terça-feira, março 12, 2024
William Buckland nasceu há duzentos e quarenta anos
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segunda-feira, março 11, 2024
Mais um achado paleontológico importante na pensínsula ibérica...
Descoberto novo dinossauro gigante do Cretácico Inferior na Península Ibérica
Foi dado a conhecer, através de um novo estudo publicado na revista Zoological Journal of the Linnean Society a descoberta de um novo dinossáurio saurópode que viveu na Península Ibérica há 122 milhões de anos.
Reconstrução do aspeto em vida de Garumbatitan morellensis (Créditos: Grup Guix)
O estudo foi liderado pelo paleontólogo português Pedro Mocho, investigador do Instituto Dom Luiz, polo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e integra os projetos desenvolvidos no Grupo de Biología Evolutiva da Universidad Nacional de Educación a Distancia na região de Morella.
Para além dos cientistas integrantes destes dois grupos, nesta publicação participam investigadores do Institut Català de Paleontologia, Grup Guix de Vila-real, Museo de Ciencias Naturales de València, Universitat Jaume I de Castelló, Universidad Autónoma de Madrid (Espanha) e do Natural History Museum of Los Angeles County (EUA).
Em particular, alguns dos primeiros restos de dinossáurios encontrados em Espanha foram descobertos na região de Morella.
Nos últimos anos, foram encontrados numerosos fósseis de vertebrados mesozoicos nas proximidades desta localidade, alguns dos quais com enorme relevância, incluindo uma importante coleção de dinossáurios ornitópodes, entre os quais se destaca Morelladon beltrani, e dinossáurios saurópodes.
Os restos deste novo dinossáurio foram encontrados e escavados nos sedimentos que afloram na localidade de Morella nos anos de 2005 e 2008 na jazida de Sant Antoni de la Vespa.
Nesta jazida foi reconhecida uma das maiores concentrações em restos de dinossáurios saurópodes do Cretácico Inferior europeu, e na qual foram identificados elementos de pelo menos quatro indivíduos, três dos quais pertencentes a esta nova espécie. Sant Antoni de la Vespa constitui assim uma das localidades chave para o estudo das faunas de dinossáurios de Espanha para este período.
“Um dos indivíduos encontrados destaca-se pelo seu grande tamanho, com vértebras de mais de um metro de largura, e um fémur que poderia alcançar dois metros de longitude; nesta jazida foram encontrados dois pés quase completos e articulados, que são particularmente raros no registo geológico” afirma Pedro Mocho.
Neste artigo é apresentada uma descrição detalhada dos restos fosseis encontrados em Sant Antoni de la Vespa, sendo identificado um conjunto de características anatómicas diferente de outros dinossáurios saurópodes. Garumbatitan carateriza-se pela morfologia singular do fémur (o osso superior da perna) e dos elementos que formam o pé.
O fémur apresenta uma morfologia similar aos fémures de saurópodes mais modernos do Cretácico Superior. Este estudo analisa ainda as relações de parentesco de Garumbatitan morellensis e de outros dinossáurios saurópodes do Cretácico Inferior da Península Ibérica.
Garumbatitan é um dos membros mais primitivos de um grupo de saurópodes denominados Somphospondyli, que corresponde a um dos grupos mais diversos e abundantes durante o Cretácico e que se extingue no final do Mesozoico.
Finalmente, este estudo coloca em evidência a enorme complexidade da história evolutiva dos saurópodes do Cretácico europeu, em particular, da Península Ibérica, com espécies aparentadas com linhagens presentes em Ásia e América do Norte, assim como alguns grupos aparentados com formas do continente africano.
Estes resultados sugerem a existência de períodos de dispersão de faunas entre estes continentes. O futuro restauro de todos os materiais fósseis encontrados nesta jazida adicionará informação importante para compreender a evolução inicial deste grupo de saurópodes, que dominou as faunas de dinossáurios durante os últimos milhões de anos da era mesozoica.
O nome da nova espécie Garumbatitan morellensis contém uma dupla referência: Garumbatitan significa “o gigante da Garumba” pelo facto deste exemplar ter sido encontrado na base da Mola de la Garumba, um dos relevos mais altos da região de Els Ports.
O nome específico morellensis faz referência à localidade em que se situa a jazida.
Os restos fósseis de Garumbatitan morellensis formam parte de uma das maiores coleções de vertebrados fósseis do Mesozoico Ibérico depositadas no Museu Temps de Dinosaures de Morella.
in RTP
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Marcadores: Cretácico, Espanha, Garumbatitan morellensis, Paleontologia
sábado, março 09, 2024
A paleontóloga Mary Anning morreu há 177 anos
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Marcadores: coprólitos, ictiossauro, Mary Anning, Paleontologia, plesiossauros, Reino Unido
sexta-feira, março 08, 2024
Achado espetacular de fóssil de Triceratops...
Unearthing History: Scientists Probe 65 Million-Year-Old Triceratops Fossil for Answers
The 65 million-year-old triceratops fossil, a relic from the distant past, has provided scientists with a treasure trove of mуѕterіeѕ and questions that have remained unanswered for millennia. This remarkable discovery not only sheds light on the enigmatic world of the late Cretaceous period but also fuels the boundless curiosity of paleontologists and researchers.
The fossil, carefully exсаⱱаted and studied, offerѕ an intricate snapshot of a time when dinosaurs гᴜɩed the eаrth. Triceratops, with its iconic frill and three facial hornѕ, was a formіdаЬle herbivore that oссuріed a unіque niche in the prehistoric ecosystem. The well-preserved specimen raises questions about its anatomy, behavior, and гoɩe in its ecosystem, inviting scientists to unravel its secrets.
One of the most рreѕѕіnɡ mуѕterіeѕ is how triceratops lived and interacted with its environment. Did it roam in herds, as some eⱱіdenсe suggests? What did it eаt, and how did it defeпd itself from the apex рredаtorѕ of its time? The fossilized bones and surrounding rock layers may һoɩd the key to unlocking these and other mуѕterіeѕ.
Additionally, the discovery of a 65 million-year-old triceratops fossil rekindles questions about the mass extіnсtіon event that marked the end of the Mesozoic erа, which wiped oᴜt the non-avian dinosaurs. What ecological changes were occurring at that time, and how did triceratops and other dinosaurs adapt or ѕuссumЬ to the environmental shifts?
Moreover, this find underscores the importance of continued exploration and scientific іnquіrу. It highlights the enduring allure of paleontology, where each fossil uneаrthed offerѕ a tantalizing glimpse into eаrth’s prehistoric past and ѕраrkѕ new questions that drіⱱe the quest for knowledge forward.
The 65 million-year-old triceratops fossil, with its many unanswered mуѕterіeѕ, reminds us that the eаrth holds an untold wealth of secrets from ages long past. It serves as a testament to the insatiable curiosity of scientists who tirelessly seek to ріeсe together the puzzle of our planet’s ancient history, one fossil at a time.
in 2000 Daily
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Marcadores: Cretácico, Paleontologia, Triceratops
domingo, março 03, 2024
Robert Hooke morreu há 321 anos
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Marcadores: célula, evolução, Física, Lei de Hooke, Paleontologia, polimata, Química, Robert Hooke
quinta-feira, fevereiro 29, 2024
Notícia sobre um fóssil interessante...
“Dragão Chinês” fossilizado com 240 milhões de anos revelado na totalidade pela primeira vez
Um trabalho de 10 anos permitiu aos paleontólogos reconstruir na totalidade o Dinocephalosaurus orientalis pela primeira vez.
Um novo estudo publicado na Earth and Environmental Science: Transactions of the Royal Society of Edinburgh relata a reconstrução pela primeira vez dos restos de um réptil marinho com 240 milhões de anos, cuja aparência lembra incrivelmente um dragão mítico chinês. Conhecido como Dinocephalosaurus orientalis, este animal de 5 metros de comprimento habitava o sudoeste da China durante o período Triássico.
Embora a espécie tenha sido identificada inicialmente em 2003, a sua aparência permanecia incerta devido aos seus restos não terem sido encontrados na totalidade. No entanto, descobertas mais recentes permitiram aos cientistas montar um único espécime, revelando pela primeira vez a magnificência da criatura em toda a sua glória, explica o IFLScience.
O espécime reconstruído baseia-se em sete exemplares, incluindo cinco restos recentemente descobertos, um dos quais está totalmente articulado. Todos foram descobertos na província de Guizhou, uma região do sul da China conhecida pelas suas descobertas paleontológicas incríveis.
Ao juntar os diversos exemplares, a equipa revelou que o D. orientalis possuía um pescoço significativamente mais longo do que se pensava anteriormente, conferindo ao animal uma aparência elegante e semelhante à de um dragão.
“Esta descoberta permite-nos ver este notável animal de pescoço longo na íntegra pela primeira vez. É mais um exemplo do mundo estranho e maravilhoso do Triássico que continua a confundir os paleontólogos,” disse num comunicado Nick Fraser, guardião de Ciências Naturais nos Museus Nacionais da Escócia.
“Estamos certos de que capturará a imaginação em todo o mundo devido à sua aparência impressionante, reminiscente do dragão chinês mítico, longo e serpenteante,” explica Fraser.
O projeto de pesquisa foi um esforço internacional envolvendo cientistas da Escócia, Alemanha, EUA e China, que estudaram os fósseis durante mais de 10 anos no Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia em Pequim.
Como indicado pelos seus membros adaptados à natação, esta espécie pré-histórica estava bem adaptada à vida oceânica. Além disso, os investigadores descobriram ossos de peixe na área do estômago de alguns espécimes, fornecendo uma visão clara de sua dieta baseada em frutos do mar.
Apesar dos seus estilos de vida aquáticos e pescoços longos, os investigadores explicam que o “dragão chinês” não estava relacionado de perto com os plesiossauros, que evoluíram cerca de 40 milhões de anos depois.
“Este notável réptil marinho é mais um exemplo dos impressionantes fósseis que continuam a ser descobertos na China”, acrescentou o Professor Robert Ellam, Editor-Chefe das Transactions e Fellow da Royal Society of Edinburgh.
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segunda-feira, fevereiro 26, 2024
Novidades paleontológicas nacionais...
Nova espécie de pterossauro “de tamanho considerável” descoberta em Portugal
A espécie, que pertence à subfamília Gnathosaurinae da família Ctenochasmatidae, remonta ao período Jurássico e é a primeira do seu género a ser encontrada em Portugal.
Com uma envergadura estimada superior a 3,6 metros, o Lusognathus almadrava é um dos maiores pterossauros conhecidos e o maior pterossauro gnatosaurino, desafiando conceções anteriores sobre o tamanho dos pterossauros do Jurássico.
O paleontólogo Octávio Mateus, investigador da Universidade Nova de Lisboa e fundador do Museu da Lourinhã, realça a riqueza e diversidade do Jurássico em Portugal, onde outros fósseis de vertebrados como plesiossauros, ictiossauros, mosassauros e dinossauros também foram encontrados.
“A distribuição global conhecida e diversidade dos pterossauros reforça o seu sucesso como grupo, uma vez que são encontrados em todos os continentes - incluindo a Antártida”, diz o paleontólogo português, citado pela Sci News.
No entanto, até agora, o registo fóssil de pterossauros em Portugal tinha sido limitado devido à sua estrutura óssea frágil, tornando esta descoberta notável. “A relativa escassez do seu registo fóssil levanta desafios na compreensão da sua paleobiologia, quando comparados com outros vertebrados”, explica Octávio Mateus.
O pterossauro recém-descoberto habitava um ambiente de lagoa flúvio-deltaica, e os seus robustos dentes sugerem que se alimentava provavelmente de peixe.
A descoberta acrescenta informações críticas à paleobiologia dos pterossauros do Jurássico, especialmente em relação ao seu tamanho.
Embora os pterossauros do Triássico e Jurássico fossem habitualmente considerados menores, com envergadura de cerca de 1,6 a 1,8 metros, novas evidências sugerem que poderiam ter sido maiores do que se pensava anteriormente.
A descobertas oferece mais evidências de que os pterossauros já tinham atingido tamanhos consideráveis no final do Jurássico, possivelmente como uma resposta evolutiva para competir com as aves. Este grande tamanho aponta para um ecossistema próspero e abundante em presas durante este período.
in ZAP
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Marcadores: Jurássico, Lourinha, Lusognathus almadrava, Paleoecologia, Paleontologia, Portugal, pterossáurios
sexta-feira, fevereiro 23, 2024
Mais uma notícia sobre a Guerra dos Ossos...
As Guerras dos Ossos: a rivalidade mais acesa e ridícula da ciência
A situação agravou-se ainda mais quando Cope cometeu um erro de anatomia num estudo sobre um réptil marinho extinto, o Elasmosaurus platyurus. Depois de Marsh apontar o erro, a inimizade entre os dois tornou-se irreversível.
A expansão da ferrovia transcontinental deu a ambos uma enorme oportunidade para avançar nos seus trabalhos. Em 1877, a descoberta de fósseis bem preservados em Como Bluff, perto da cidade de Medicine Bow, Wyoming, tornou-se o epicentro desta rivalidade. Ambos enviaram equipas de escavação, que ficaram acampadas muito perto umas das outras, resultando em episódios de lutas físicas, espionagem e acusações mútuas de sabotagem e invasão de propriedade.
Se alguém pode ser apontado como o “vencedor” deste conflito, seria Marsh. Enquanto Cope enfrentou dificuldades financeiras, investindo em minas de prata que se revelaram um fracasso, Marsh foi nomeado Paleontólogo Chefe de vertebrados do US Geological Survey.
Contudo, ambos os cientistas morreram empobrecidos e sozinhos, deixando um legado ambíguo. As suas descobertas contribuíram significativamente para o campo da paleontologia, mas o seu comportamento infantil e antiético manchou a reputação da própria ciência que ambos procuravam avançar.
Esta história serve como um lembrete de que a ciência, apesar da sua promessa de objetividade e racionalidade, é realizada por seres humanos falíveis, repletos de ego, inseguranças e preconceitos. Ser um grande cientista não significa necessariamente ser uma grande pessoa.
in ZAP
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sábado, fevereiro 17, 2024
Publicidade enganosa (ainda há peixes que respiram ar...)
Há 380 milhões de anos, um peixe australiano respirava ar
Segundo o Europa Press, o fóssil pertence à antiga linhagem dos tetrapodomorfos, que se tornaram ancestrais dos tetrápodes com membros e, mais tarde, dos humanos.
O Harajicadectes distingue-se pelas suas grandes aberturas no topo do crânio que lhe permitiam respirar ar à superfície.
“Acredita-se que essas estruturas espiraculares facilitavam a respiração do ar à superfície”, salientou o investigador Brian Choo, destacando que o animal cresceu até atingir 40 centímetros de comprimento.
John Long, professor da Flinders e especialista em peixes fósseis, referiu que o surgimento sincronizado desta adaptação à respiração aérea pode ter coincidido com um período de declínio do oxigénio atmosférico durante o período Devónico.
“A capacidade de complementar a respiração branquial com oxigénio transportado pelo ar proporcionou uma vantagem adaptativa”, sublinha o investigador.
Entre 1973 e 1991, foram encontrados vários fragmentos de ossos da espécie, mas nada e relevante que ajudasse a descrever o animal.
No entanto, desta vez, foi descoberto o crânio completo e grande parte das áreas adjacentes ao pescoço intactas no norte da Austrália, no Harajica Sandstone Member.
O artigo científico com as descobertas foi publicado no Journal of Vertebrate Paleontology.
in ZAP
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segunda-feira, fevereiro 12, 2024
Novo record paleontológico...
Descoberto dinossauro com o maior pescoço de sempre. Era seis vezes maior que o das girafas
O pescoço do Mamenchisaurus sinocanadorum media cerca de 15,1 metros, sendo o maior alguma vez encontrado em qualquer animal.
Um novo estudo publicado na Journal of Systematic Palaeontology relata a descoberta de um dinossauro com um pescoço de 15,1 metros, o maior alguma vez registado em qualquer animal.
As análises das vértebras de um saurópode do final do período Jurássico descobriram que o seu pescoço era ainda maior do que se pensava, já que o estudo original, feito após a sua descoberta, em 1987, em Xinjiang, na China, apontava para entre 10 e 11 metros de comprimento, sem dar um número concreto.
Apenas alguns ossos do Mamenchisaurus sinocanadorum, incluindo algumas vértebras e uma costela, foram preservados no exemplar analisado. Para chegarem a este número, os cientistas não se limitaram a analisar as ossadas, já que também tiveram em conta as ligações evolutivas com exemplares semelhantes e mais completos, relata a New Scientist.
Para fazerem a estimativa, os autores compararam as proporções relativas das vértebras do M. sinocanadorum com dinossauros relacionados dos quais temos fósseis do pescoço inteiro. Com 15,1 metros de comprimento, o pescoço do M. sinocanadorum era seis vezes maior do que os das girafas.
Os cientistas tentaram ainda descobrir como é que o dinossauro poderia ter suportado o peso de um pescoço tão longo. Ao colocar as vértebras restantes num scanner de tomografia axial computadorizada (TAC), concluíram que entre 69% e 77% das vértebras eram espaços vazios.
“Achamos que ter um pescoço tão longo foi possível, não apenas tornando os ossos leves, substituindo a medula por ar, mas também limitando potencialmente a mobilidade do pescoço, tornando-o mais recetivo a ser bombeado com ar”, explica Andrew Moore, autor principal do estudo.
As costelas cervicais, que se interligam abaixo do pescoço, também ajudaram a sustentar o pescoço, acreditam os investigadores.
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Marcadores: Dinossáurios, Mamenchisaurus sinocanadorum, Paleontologia, pescoço
terça-feira, fevereiro 06, 2024
Notícia sobre paleontologia portuguesa..
“Os fósseis mais antigos de Portugal” foram descobertos. Têm mais de 560 milhões de anos
Foram descobertos em Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, os fósseis de animais mais antigos encontrados em Portugal – têm idade superior a 560 milhões de anos.
Fósseis de animais com mais de 560 milhões de anos foram descobertos em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o município de Idanha-a-Nova, revelou que a descoberta foi feita por uma equipa de cientistas a trabalhar com o apoio da autarquia e coordenada por Carlos Neto de Carvalho, paleontólogo do Geopark Naturtejo.
“Os fósseis de animais mais antigos encontrados em Portugal foram agora descobertos nas proximidades de Penha Garcia. Idades obtidas nas proximidades do local onde foram encontrados os fósseis apontam para valores superiores a 560 milhões de anos”, pode ler-se.
Penha Garcia já era reconhecida pela comunidade científica internacional pela existência de fósseis de organismos marinhos que ali viveram há quase 480 milhões de anos.
O novo sítio paleontológico foi descoberto nas proximidades da Capela de Nossa Senhora de Guadalupe.
Os fósseis foram encontrados pelo paleontólogo italiano Andrea Baucon, no âmbito de uma investigação ainda em curso.
“A descoberta foi uma emoção incrível. Procuramos esses fósseis há mais de 15 anos, mas só agora os encontrámos”, afirmou Andrea Baucon.
Até hoje, nunca tinham sido encontrados restos fossilizados de animais em rochas tão antigas.
Não longe de Penha Garcia, já tinham sido descritos os fósseis mais antigos de Portugal, bactérias com dimensões de milésimas de milímetro, pelo geólogo António Sequeira.
Os fósseis agora encontrados ocorrem em rochas ainda mais antigas do que aquelas e serão, portanto, ainda mais antigos.
“Isso implica que os fósseis recém-descobertos enfrentaram um vertiginoso abismo de tempo”, referiu o paleontólogo italiano.
O animal teria pouco menos de 10 milímetros de largura e deixou preservado nas rochas o seu trajeto, algo sinuoso, enquanto se alimentava de restos orgânicos contidos nos sedimentos.
Esta marca de atividade biológica conhecida como icnofóssil permite entender o modo como este animal se alimentava.
“Sabemos que o organismo responsável pelo icnofóssil possuía um esqueleto rígido, algo que nos é indicado pela forma como penetrou e revolveu os sedimentos à medida que se deslocava com a intenção de procurar alimento, movendo-se para cima e para baixo, para o lado e para o outro – mobilidade, evidências de reação a estímulos nervosos e presença de esqueleto são critérios que melhor definem atividade animal”, referiu Carlos Neto de Carvalho.
O Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO organiza uma nova campanha de investigação em Penha Garcia, enquanto cientistas do Museu de História Natural de Piacenza e da Universidade de Génova analisam a curiosa forma das estruturas já encontradas.
in ZAP
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Mary Leakey nasceu há cento e onze anos...
Mary Leakey (London, 6 February 1913 – Nairobi, 9 December 1996) was a British archaeologist and anthropologist, who discovered the first fossilized Proconsul skull, an extinct ape now believed to be ancestral to humans, and also discovered the robust Zinjanthropus skull at Olduvai Gorge. For much of her career she worked together with her husband, Louis Leakey, in Olduvai Gorge, uncovering the tools and fossils of ancient hominines. She developed a system for classifying the stone tools found at Olduvai. She also discovered the Laetoli footprints. In 1960 she became director of excavation at Olduvai and subsequently took it over, building her own staff. After the death of her husband she became a leading palaeoanthropologist, helping to establish the Leakey tradition by training her son, Richard, in the field.
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segunda-feira, fevereiro 05, 2024
Notícia sobre paleoantropologia...
Afinal foi na Europa? Fóssil com 8,7 milhões de anos coloca em causa a origem dos humanos
A descoberta foi apresentada num artigo publicado na revista Communications Biology.
De acordo com o paleontólogo David Begun, professor da Universidade de Toronto e autor do artigo, a descoberta sugere que os hominídeos se espalharam pelo Mediterrâneo Oriental e mais tarde para África, provavelmente devido a mudanças nos ambientes e diminuição das florestas.
“Esta teoria contraria a ideia tradicional de que os macacos africanos e os humanos evoluíram exclusivamente em África”, diz o investigador, citado pelo Phys.org. A ausência de hominídeos primitivos em África até há cerca de 7 milhões de anos apoia ainda mais a hipótese da origem europeia.
O Anadoluvius turkae era semelhante em tamanho a um chimpanzé macho grande, com uma dieta provavelmente composta por raízes e rizomas. Vivia em espaços maioritariamente abertos, em contraste com os ambientes florestais dos grandes macacos atuais.
A fauna, incluindo girafas, rinocerontes e zebras, que coabitou com o Anadoluvius turkae, parece ter-se dispersado para África a partir do Mediterrâneo Oriental há cerca de 8 milhões de anos. Esta informação alinha-se com o caminho estabelecido da fauna moderna das savanas africanas.
O Anadoluvius turkae e outros macacos fósseis da Grécia e Bulgária formam um grupo que se assemelha de perto aos hominídeos mais antigos conhecidos.
O fóssil agora descoberto é o espécime mais bem preservados deste grupo de hominídeos primitivos e oferece a evidência mais convincente de que o grupo teve origem na Europa, dispersando-se posteriormente para África.
Embora convincente, esta descoberta não prova definitivamente a origem europeia dos hominídeos. Os investigadores reconhecem que são necessários mais fósseis da Europa e de África, datados entre 8 e 7 milhões de anos atrás, para solidificar a ligação entre os dois grupos.
No entanto, a descoberta do Anadoluvius turkae acrescenta peso significativo ao debate sobre as origens dos humanos e macacos africanos, podendo mudar por completo a nossa compreensão da origem e evolução humana.
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Marcadores: Anadoluvius turkae, evolução, hominização, paleoantropologia, Paleontologia
domingo, fevereiro 04, 2024
O paleontropólogo Raymond Dart nasceu há 131 anos
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Marcadores: África do Sul, Australopithecus africanus, Bebé de Taung, Paleontologia, Raymond Dart
sábado, fevereiro 03, 2024
Gideon Mantell nasceu há 234 anos
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quinta-feira, fevereiro 01, 2024
O barão de Eschwege morreu há 168 anos
Em Portugal
No Brasil
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sexta-feira, janeiro 26, 2024
O famoso naturalista e explorador Roy Chapman Andrews nasceu há cento e quarenta anos
Roy Chapman Andrews (Beloit, Wisconsin, 26 de janeiro de 1884 – Carmel, Califórnia, 11 de março de 1960) foi um naturalista, zoólogo, cientista, explorador e escritor dos Estados Unidos da América.
Fez uma viagem de exploração no Alasca, em 1908, em 1911-1912 explorou o norte da Coreia. Especializou-se no estudo das baleias e outros animais aquáticos, mas foi a descoberta dos primeiros ovos e fósseis de dinossáurios na Ásia que lhe trouxeram maior fama.
Obras
- Across Mongolian Plains (Atravessando as Planícies da Mongólia), 1921
- On the Trail of Ancient Man (Nas Pegadas do Homem Primitivo), 1926
- The New Conquest of Central Asia (A Nova Conquista da Ásia Central), 1932
- This Business of Exploring (Este Comércio da Exploração), 1935
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sexta-feira, janeiro 12, 2024
Descoberto em Portugal um novo saurópode
Nova espécie de dinossauro descoberta no cabo Espichel
Novos fósseis de dinossauros herbívoros foram descobertos a cerca de dois quilómetros a norte do cabo Espichel.
Entre os fósseis encontrados, inclui-se um que poderá ser de uma nova espécie de dinossauro saurópode, informou o Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP), esta sexta-feira.
Num comunicado, a instituição explica que foi encontrado um conjunto de fósseis de dinossauros saurópodes, datados do Cretácico Inferior – cerca de 129 milhões de anos atrás – em diferentes camadas na base de uma formação geológica.
Os restos pertencem a diferentes indivíduos de dinossauros saurópodes e a maioria deles ao grupo do titanossauros, que era muito diversificado durante o Cretácico.
Os saurópodes foram gigantescos dinossauros de pescoço e cauda compridos. Um estudo de maio, publicado na Current Biology, relata como foi a evolução dos saurópodes – os maiores animais terrestres a alguma vez existir na Terra.
Em 2019, Paleontólogos portugueses e espanhóis também tinham descoberto uma nova espécie de dinossauro saurópode, na Lourinhã.
O CPGP destaca no comunicado de hoje o achado de “duas vértebras em conexão anatómica de um pequeno indivíduo”, que poderão “pertencer a uma nova espécie destes dinossauros, um novo dinossauro de dimensões pequenas, comparadas com os seus parentes gigantescos”.
Os dinossauros terão vivido nas proximidades de um ambiente de litoral (lagunar), frequentado por diferentes espécies de vertebrados (crocodilos, pterossauros, tartarugas e outros dinossauros), que usavam a região como habitat ou zona de passagem entre área de alimentação, considera o CPGP no comunicado.
Os resultados agora divulgados resultam do trabalho de uma equipa de paleontólogos e geólogos portugueses e brasileiros, liderada pelo paleontólogo Silvério Figueiredo.
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quinta-feira, janeiro 11, 2024
O geólogo dinamarquês Nicolau Steno, que foi anatomista e bispo católico, nasceu há 386 anos
Nicolau Steno, do dinamarquês: Niels Steensen ou Niels Stensen; latinizado como Nicolaus Stenonis, por vezes referido como Nicolas Steno, (Copenhaga, 11 de janeiro de 1638 - Schwerin, 25 de novembro de 1686 ou 1 de janeiro de 1638 e 25 de novembro de 1686, no calendário juliano, então em vigor na Dinamarca) foi um bispo católico dinamarquês e cientista pioneiro nos campos da anatomia e da geologia. Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1988.
A sua conversão fez com que, gradualmente, Steno pusesse de lado os seus estudos científicos. Foi ordenado padre e, mais tarde, bispo e enviado em trabalho de missão para o norte da Alemanha, região luterana. Trabalhou inicialmente na cidade de Hanôver, onde conheceu Gottfried Leibniz, mudando-se mais tarde para Hamburgo. Após vários anos preenchidos com tarefas difíceis, morreu, após muito sofrimento, em Schwerin, em 1686.
A sua vida e trabalho têm sido intensamente estudados, em particular desde finais do século XIX. Especialmente, a sua piedade e virtude foram avaliadas, com vista a uma eventual canonização. Em 1987, foi beatificado pelo papa João Paulo II.
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