- Notícia sôbre os vegetais fósseis da flora neocomiana do solo português;
- Monografia do gênero Dicranophillum (Sistema Carbónico);
- Notice sur une algue palèozoique;
- Notícia sôbre as camadas da série permo-carbónica do Bussaco;
- Note sur une nouvel Eurypterus rothliegendes.
sexta-feira, novembro 15, 2024
Venceslau de Lima, geólogo e político monárquico, nasceu há 166 anos
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terça-feira, outubro 29, 2024
Othniel Charles Marsh, um paleontólogo protagonista da guerra dos ossos, nasceu há 193 anos
He also named the families Allosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880).
He also named many individual species of dinosaurs.
Dinosaurs named by others in honour of Marsh include Hoplitosaurus marshi (Lucas, 1901), Iaceornis marshi (Clarke, 2004), Marshosaurus (Madsen, 1976), Othnielia (Galton, 1977), and Othnielosaurus (Galton, 2007).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum of Natural History. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Brontosaurus that he discovered, which was reclassified as Apatosaurus for a time. However, an extensive study published in 2015 concluded that Brontosaurus was a valid genus of sauropod distinct from Apatosaurus.
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.
Marsh was elected a member of the American Antiquarian Society in 1877.
Marsh formulated the Law of brain growth, which states that, during the tertiary period, many taxonomic groups presented gradual increase in the size of the brain. This evolutionary law remains being used due to its explanatory, and to a certain extent, predictive potential
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Marcadores: guerra dos ossos, Museu Peabody de História Natural, Othniel Charles Marsh, Othniel Marsh, Paleontologia, USA
terça-feira, setembro 24, 2024
Há dados interessantes pouco conhecidos sobre as trilobites...!
As trilobites tinham 10 incríveis apêndices na cabeça
Um novo estudo fez revelações cruciais sobre as trilobites – um dos animais mais importantes para a compreensão da evolução dos organismos vivos.
As trilobites são artrópodes extintos que se destacaram durante a Era Paleozoica, dominando as faunas marinhas.
A estrutura corporal das trilobites era segmentada, com a cabeça formada por vários segmentos fundidos que suportavam apêndices multifuncionais – utilizados para deteção, alimentação e locomoção.
Melanie Hopkins, do Museu Americano de História Natural, que liderou o novo estudo, destacou, à Sci.News, a importância da análise dos segmentos da cabeça para entender as relações evolutivas entre os artrópodes.
“O número destes segmentos e a forma como estão associados a outras caraterísticas importantes, como os olhos e as pernas, é importante para compreender como os artrópodes estão relacionados entre si e, por conseguinte, como evoluíram”, disse a especialista.
Como menciona a Sci.News, os segmentos na cabeça da trilobite podem ser contados de duas formas diferentes: observando as ranhuras (chamadas sulcos) na parte superior do exoesqueleto duro do fóssil da trilobite, ou contando os pares de antenas e pernas preservados na parte inferior do fóssil.
No entanto, os apêndices moles das trilobites raramente são preservados e, quando se olha para os segmentos da cabeça da trilobite, os investigadores encontram regularmente uma discrepância entre estes dois métodos.
Conduzida por Hopkins e Jin-Bo Hou, da Universidade de Nanjing, a investigação explorou fósseis da espécie Triarthrus eatoni – que permitem uma observação tridimensional dos apêndices.
O estudo revelou a presença de uma perna adicional nunca antes descrita.
Comparando com o Olenoides serratus, os investigadores desenvolveram um modelo que esclarece como os apêndices estavam conectados à cabeça.
“Este modelo resolve o aparente desajuste e indica que a cabeça da trilobite incluía seis segmentos: um segmento anterior associado à origem do desenvolvimento dos olhos e cinco segmentos adicionais, associados a um par de antenas e quatro pares de patas, respetivamente”, explica a equipa de investigação.
Como enaltece a Sci.News, este modelo resolve discrepâncias anteriores e aprimora a compreensão da estrutura anatómica das trilobites.
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Marcadores: Era Paleozoica, Olenoides serratus, Paleontologia, paleozoico, Triarthrus eatoni, trilobites
sábado, setembro 14, 2024
Artigo científico do geopedrado Ricardo Pimentel (e amigos...) disponível para download...!
O nosso colega Ricardo Pimentel publicou um artigo na revista geosciences (juntamente com os Doutores Pedro Callapez e Vanda Santos, entre outros) que está disponível para download - On the Occurrence of the Gar Obaichthys africanus Grande in the Cretaceous of Portugal: Palaeoecological andPalaeobiogeographical Implications.
O artigo é muito interessante e tem ainda um bónus - se tiver um elevado número de downloads, o Ricardo Pimentel é selecionado para publicar outro na revista on-line...! Vamos aprender umas coisas e ajudar um geólogo amigo...!?!
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Marcadores: Cenomaniano, Cretácico, formação de Tentúgal, geosciences, Obaichthys africanus, Paleontologia
terça-feira, setembro 10, 2024
Stephen Jay Gould nasceu há oitenta e três anos...
Stephen Jay Gould (Nova Iorque, 10 de setembro de 1941 - Nova Iorque, 20 de maio de 2002) foi um paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos. Foi também um autor importante no que diz respeito à história da ciência. É reconhecido como o mais lido e conhecido divulgador científico da sua geração.
Desde de 1973 Gould era o Curador da coleção de Paleontologia de Invertebrados do Museu de Zoologia Comparada de Harvard e membro adjunto do Departamento de História das Ciências em Harvard. Em 1983 tornou-se Professor de Zoologia da Cátedra Alexander Agassiz (também na Universidade de Harvard) e em 1996 Professor Convidado de Biologia da Cátedra Vicent Astor na Universidade de Nova York. Gould manteve todos estes cargos até 2002.
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Marcadores: Biologia, divulgação científica, equilíbrio pontuado, Geologia, Paleontologia, Stephen Jay Gould
sexta-feira, setembro 06, 2024
Pretensas novidades sobre o local onde apareceram os humanos...
Afinal, o berço da humanidade pode não ser onde pensávamos
Durante décadas, o Rift Africano Oriental tem sido aclamado como o “Berço da Humanidade”, a região onde se acredita que os nossos primeiros antepassados evoluíram.
Esta crença baseia-se em numerosas descobertas de fósseis no Vale do Rift, que forneceram informações valiosas sobre as primeiras fases da evolução humana.
No entanto, um novo estudo, cujos resultados foram publicados em agosto na revista Natura Ecology & Evolution, sugere que esta narrativa pode estar incompleta.
O Rift Africano Oriental, uma formação geológica que se estende por toda a África Oriental, é conhecida pelos seus depósitos de rochas sedimentares que preservaram fósseis antigos durante milhões de anos.
Locais importantes como o desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, revelaram fósseis dos primeiros hominídeos, como o Paranthropus boisei e o Homo habilis, que datam de há cerca de 2 milhões de anos.
No entanto, este foco no Vale do Rift pode ter levado a uma compreensão distorcida da história inicial da nossa espécie.
“Como as provas da evolução humana inicial provêm de um pequeno número de sítios, é importante reconhecer que não temos uma imagem completa do que aconteceu em todo o continente”, explica W. Andrew Barr, primeiro autor do estudo, em comunicado publicado no EurekAlert.
O Rift Africano Oriental cobre menos de 1% do continente africano, enquanto os primeiros seres humanos provavelmente vagueavam muito para além desta estreita faixa de terra.
A preservação dos fósseis depende fortemente de condições geológicas específicas, e muitas regiões fora do Vale do Rift podem ter sido menos propícias à preservação a longo prazo dos restos mortais dos hominídeos.
Como resultado, grande parte do registo fóssil de outras partes de África provavelmente perdeu-se no tempo.
Num novo estudo, investigadores analisaram as áreas de distribuição dos mamíferos modernos no Vale do Rift e descobriram que, para os animais de médio e grande porte, o Rift Africano Oriental constituía apenas 1,6% do seu habitat. Isto sugere que os primeiros seres humanos, tal como outros animais, não se teriam confinado a esta pequena área.
O estudo também examinou a variação do tamanho do crânio e do corpo dos primatas africanos modernos, revelando que espécies como os babuínos são geralmente maiores na África Central do que na África Oriental.
Se os primeiros hominídeos apresentassem padrões semelhantes de variação morfológica, o registo fóssil do Vale do Rift não captaria esta diversidade, levando a uma imagem incompleta e potencialmente enganadora dos nossos antepassados.
in ZAP
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Marcadores: África, evolução, Grande Vale do Rift, hominídeos, paleoantropologia, Paleontologia
Na África, há cem milhões de anos...
Encontrado o lugar mais perigoso da história da Terra
Ilustração artística mostra um enorme dinossauro Carcharodontosaurus com um grupo de predadores Elosuchus, semelhantes a crocodilos, perto de uma carcaça
Um paleontólogo identificou o lugar mais perigoso da história da Terra - uma região de África repleta de predadores, há 100 milhões de anos, onde um humano que viajasse no tempo não teria uma vida muito longa.
Uma equipa internacional de paleontólogos diz ter descoberto a época e o local mais perigosos da História do nosso planeta.
Com base num estudo recentemente publicado na revista ZooKeys, o único sítio do mundo que não gostaríamos de visitar era o Sahara – há 100 milhões de anos.
“Um viajante do tempo humano não duraria muito tempo nesta região”, explica Nizar Ibrahim, investigador da Universidade de Detroit Mercy e primeiro autor do estudo, em comunicado da Universidade de Portsmouth.
Efetivamente, com répteis colossais a voar pelos céus e gigantescas bestas semelhantes a crocodilos a vaguear pela paisagem local, não é difícil aceitar o argumento dos investigadores.
A investigação, que a equipa diz ser o “trabalho mais completo sobre vertebrados fósseis do Sahara em quase um século, incluiu décadas de registos fósseis de museus de todo o mundo e notas de expedição sobre a Formação Kem Kem, conjunto de formações rochosas do Cretácico, no leste de Marrocos.
As informações extraídas destas formações foram descritas pela Universidade de Portsmouth como “o primeiro relato detalhado e totalmente ilustrado da escarpa rica em fósseis” desta formação.
Segundo os autores do estudo, um viajante do tempo seria confrontado com três dos maiores dinossauros predadores de que há registo. O Carcharodontossauro, com dentes de sabre, tinha dentes de até 20 centímetros de comprimento e media cerca de 1,5 metros. O Deltadromeus – um membro da família dos velociraptores – tinha o mesmo comprimento.
Naturalmente, outro obstáculo seria sobreviver aos enormes pterossauros, répteis que sobrevoavam as terras, aos caçadores semelhantes a crocodilos que se movimentavam e às terríveis ameaças aquáticas que espreitavam nos vastos sistemas fluviais.
“Este lugar estava cheio de peixes absolutamente enormes, incluindo uma grande abundância de celacantos gigantes e peixes-pulmonados”, explica David Martill, professor da Universidade de Portsmouth e co-autor do estudo.
“O celacanto, por exemplo, é provavelmente quatro ou mesmo cinco vezes maior do que o celacanto atual. Há um enorme tubarão-serra de água doce chamado Onchopristis com os mais temíveis dentes rostrais, que são como punhais farpados, mas lindamente brilhantes”.
A Formação Kem Kem contém uma quantidade invulgarmente elevada de fósseis de grandes carnívoros e dá uma imagem mais clara da diversidade de África em comparação com qualquer outro local do continente.
“Desde as ameaças aquáticas e aéreas descritas acima, até tartarugas, peixes e mesmo plantas, a Formação Kem Kem é uma mina de ouro virtual“, diz Nizar Ibrahim.
in ZAP
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Marcadores: Carcharodontosaurus, celacanto, Cretácico, Deltadromeus, Elosuchus, Paleoecologia, Paleontologia, pterossauros, Sahara
quinta-feira, setembro 05, 2024
Mais uma espécie de dinossáurio descoberta por um paleontólogo português...
Português descobre espécie de dinossauro com 75 milhões de anos em Espanha
Escava ções em Cuenca, Espanha
Reprodução do novo saurópode
Teria de 15 a 20 metros de comprimento, da cabeça à cauda, e cerca de 20 toneladas. É uma nova espécie de dinossauro que viveu na Península Ibérica há 75 milhões de anos e é maior do que o habitual. Chama-se Qunkasaura pintiquiniestra, nome que resulta de muitas referências geográficas e culturais, e é um saurópode, o que quer dizer herbívoro, quadrúpede e grande. Foi descoberto na região de Cuenca, em Espanha, por um grupo liderado pelo português Pedro Mocho. É um dos milhares de fosseis encontrados durante as obras da linha ferroviária de alta velocidade Madrid-Levante. O Qunkasaura pintiquiniestra chegou à Península Ibérica muito mais tarde do que os outros grupos de dinossauros. Destaca-se por ser um dos esqueletos de saurópode mais completos encontrados na Europa, incluindo vértebras cervicais, dorsais e caudais, parte da cintura pélvica e elementos dos membros.
in CM
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Marcadores: Dinossáurios, Paleontologia, Pedro Mocho, Qunkasaura pintiquiniestra, saurópode
sexta-feira, agosto 30, 2024
Os Xistos de Burgess foram descobertos há 115 anos...!
History and significance
The Burgess Shale was discovered by palaeontologist Charles Walcott
on 30 August 1909, towards the end of the season's fieldwork. He
returned in 1910 with his sons, daughter, and wife, establishing a
quarry on the flanks of Fossil Ridge. The significance of soft-bodied
preservation, and the range of organisms he recognised as new to
science, led him to return to the quarry almost every year until 1924.
At that point, aged 74, he had amassed over 65,000 specimens. Describing
the fossils was a vast task, pursued by Walcott until his death in
1927. Walcott, led by scientific opinion at the time, attempted to
categorise all fossils into living taxa, and as a result, the fossils
were regarded as little more than curiosities at the time. It was not
until 1962 that a first-hand reinvestigation of the fossils was
attempted, by Alberto Simonetta. This led scientists to recognise that
Walcott had barely scratched the surface of information available in
the Burgess Shale, and also made it clear that the organisms did not
fit comfortably into modern groups.
Excavations were resumed at the Walcott Quarry by the Geological Survey of Canada under the persuasion of trilobite expert Harry Blackmore Whittington,
and a new quarry, the Raymond, was established about 20 metres higher
up Fossil Ridge. Whittington, with the help of research students Derek Briggs and Simon Conway Morris of the University of Cambridge,
began a thorough reassessment of the Burgess Shale, and revealed that
the fauna represented were much more diverse and unusual than Walcott
had recognized. Indeed, many of the animals present had bizarre anatomical features and only the slightest resemblance to other known animals. Examples include Opabinia, with five eyes and a snout like a vacuum cleaner hose and Hallucigenia, which was originally reconstructed upside down, walking on bilaterally symmetrical spines.
With Parks Canada and UNESCO
recognising the significance of the Burgess Shale, collecting fossils
became politically more difficult from the mid-1970s. Collections
continued to be made by the Royal Ontario Museum. The curator of invertebrate palaeontology, Desmond Collins, identified a number of additional outcrops, stratigraphically
both higher and lower than the original Walcott quarry. These
localities continue to yield new organisms faster than they can be
studied.
Stephen Jay Gould's book Wonderful Life,
published in 1989, brought the Burgess Shale fossils to the public's
attention. Gould suggests that the extraordinary diversity of the
fossils indicates that life forms at the time were much more disparate
in body form than those that survive today, and that many of the unique
lineages were evolutionary experiments that became extinct. Gould's
interpretation of the diversity of Cambrian fauna relied heavily on Simon Conway Morris's
reinterpretation of Charles Walcott's original publications. However,
Conway Morris strongly disagreed with Gould's conclusions, arguing that
almost all the Cambrian fauna could be classified into modern day phyla.
The Burgess Shale has attracted the interest of paleoclimatologists who want to study and predict long-term future changes in Earth's climate. According to Peter Ward and Donald Brownlee in the 2003 book The Life and Death of Planet Earth, climatologists study the fossil records in the Burgess Shale to understand the climate of the Cambrian explosion,
and use it to predict what Earth's climate would look like 500 million
years in the future when a warming and expanding Sun combined with
declining CO2 and oxygen levels eventually heat the Earth toward temperatures not seen since the Archean
Eon 3 billion years ago, before the first plants and animals appeared,
and therefore understand how and when the last living things will die
out.
After the Burgess Shale site was registered as a World Heritage Site in 1980, it was included in the Canadian Rocky Mountain Parks WHS designation in 1984.
In February 2014, the discovery was announced of another Burgess Shale outcrop in Kootenay National Park to the south. In just 15 days of field collecting in 2013, 50 animal species were unearthed at the new site.
Postado por Fernando Martins às 01:15 0 bocas
Marcadores: Anomalocaris, Burgess Shale, Câmbrico, Canadá, Charles Walcott, formação Stephen, Lagerstätte, Ottoia, Paleontologia, pedreira de Walcott, Simon Conway Morris, Stephen Jay Gould, Xistos de Burgess
sexta-feira, agosto 23, 2024
Cuvier nasceu há 255 anos...!
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Marcadores: Anatomia Comparada, catastrofismo, Cuvier, Georges Cuvier, naturalista, Paleontologia
segunda-feira, agosto 12, 2024
O paleontólogo William Conybeare morreu há 167 anos
Postado por Fernando Martins às 16:07 0 bocas
Marcadores: Paleontologia, plesiossauros, William Conybeare
quinta-feira, agosto 08, 2024
O paleontólogo Henry Fairfield Osborn nasceu há 167 anos
Postado por Fernando Martins às 00:16 0 bocas
Marcadores: Henry Fairfield Osborn, Paleontologia, Tyrannosaurus rex, Velociraptor
segunda-feira, agosto 05, 2024
Até em rochas do Câmbrico se pode fazer achados excecionais...!
“O meu queixo caiu”. Encontrado fóssil com 520 milhões de anos de larva com cérebro preservado
O fóssil tem a anatomia interna totalmente intacta, incluindo o cérebro e os sistemas digestivo e circulatório.
Numa descoberta notável, um novo estudo publicado na Nature revela um fóssil não maior do que uma semente de sésamo foi desenterrado na China, fornecendo informações profundas sobre a história evolutiva dos artrópodes. Esta larva, que remonta a há cerca de 520 milhões de anos, ao período Câmbrico, representa um novo género e uma nova espécie denominada Youti yuanshi.
Embora diminuto, o significado deste fóssil é monumental. A sua preservação quase perfeita, incluindo a anatomia interna intacta, oferece um raro vislumbre do desenvolvimento inicial dos artrópodes – um filo que engloba as aranhas, caranguejos e insetos atuais.
O paleontólogo Martin Smith, da Universidade de Durham, no Reino Unido, mostrou-se surpreendido com o achado, salientando a improbabilidade de se descobrir um fóssil larvar tão bem preservado. “Quando vi as estruturas espantosas preservadas sob a sua pele, fiquei de queixo caído“, comentou Smith.
O fóssil foi descoberto na Formação Yu’anshan, uma formação rochosa de xisto conhecida pelos seus ricos depósitos de fósseis. Extraído com ácido acético e submetido a um exame de alta resolução, o fóssil revelou estruturas internas pormenorizadas, incluindo o cérebro, as glândulas digestivas, o sistema circulatório e o sistema nervoso. Estas características são cruciais para compreender a trajetória evolutiva dos artrópodes, relata o Live Science.
A geóloga Katherine Dobson, da Universidade de Strathclyde, no Reino Unido, destacou a preservação excecional, afirmando: “A fossilização natural conseguiu uma preservação quase perfeita nesta incrível larva minúscula”.
O significado do Y. yuanshi vai para além da sua notável preservação. Como um estágio de desenvolvimento raramente visto em fósseis antigos, oferece uma visão única sobre os estágios iniciais da evolução dos artrópodes. O protocérebro do fóssil, uma região cerebral primitiva, sugere a complexa anatomia craniana que evoluiria nos artrópodes posteriores. Do mesmo modo, os seus sistemas circulatório e digestivo fornecem ligações às características sofisticadas observadas nos artrópodes atuais.
Esta descoberta sublinha o sucesso evolutivo dos artrópodes, ilustrando a sua capacidade de diversificação e adaptação a vários nichos ecológicos em todo o mundo.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 15:43 0 bocas
Marcadores: artrópodes, Câmbrico, China, evolução, Formação Yu’anshan, Paleontologia, Youti yuanshi
Há sempre novidades na área da Paleontologia...
Fóssil raro de cobra de 38 milhões de anos desafia o que sabemos sobre a evolução
A nova espécie descoberta será uma antepassada das jiboias atuais e hibernava, um hábito extremamente raro nos répteis.
Há cerca de 38 milhões de anos, três cobras juntaram-se no que é hoje o Wyoming, possivelmente para se aquecerem e se protegerem. Os seus fósseis, descobertos em 1976 na Formação de White River, intrigaram os investigadores durante décadas.
Um novo estudo, publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, identificou finalmente estas cobras como uma nova espécie, lançando luz sobre o seu comportamento social único.
Os fósseis foram notados pela primeira vez pelo seu comportamento de agrupamento num estudo de 1986, que sugeriu que as cobras poderiam ter hibernado juntas. Este agrupamento foi considerado a primeira prova clara do comportamento social dos répteis no registo fóssil, aponta o Live Science.
Utilizando tomografias computorizadas de alta resolução, os cientistas examinaram de perto os fósseis e concluíram que as cobras estão relacionadas com as jiboias atuais. Batizaram a nova espécie de Hibernophis breithaupti, combinando a palavra latina “hibernare” (hibernar) com a palavra grega “ophis” (serpente), refletindo o presumível comportamento de hibernação das serpentes.
“Isto é realmente invulgar nos répteis”, disse Michael Caldwell, paleontólogo de vertebrados e biólogo evolutivo da Universidade de Alberta e co-autor do estudo. “Dos quase 15.000 tipos diferentes de espécies de répteis existentes atualmente, nenhum deles hiberna da forma como as cobras-liga o fazem.”
As cobras-liga, que se encontram em toda a América do Norte, reúnem-se em tocas comuns entre outubro e abril para se manterem quentes, percorrendo por vezes longas distâncias para chegar a essas tocas. Ao hibernarem em grupos, conservam o calor durante os meses frios. A H. breithaupti pode ter adotado uma estratégia semelhante, com os seus fósseis a fornecerem um retrato deste comportamento social na altura da sua morte.
Os investigadores acreditam que estas serpentes antigas foram apanhadas e mortas por uma pequena inundação enquanto estavam na sua toca de inverno. A inundação envolveu-as rapidamente em lama fina e arenosa, preservando os seus esqueletos completos e articulados. Esta preservação é particularmente rara para as cobras, uma vez que os seus esqueletos, compostos por centenas de vértebras, se dispersam facilmente.
“Existem provavelmente, nas coleções de museus de todo o mundo, cerca de um milhão de vértebras desarticuladas de serpentes”, observou Caldwell. “São fáceis de encontrar. Mas encontrar a cobra inteira? Isso é raro”.
A descoberta do Hibernophis breithaupti não só acrescenta uma nova espécie à árvore genealógica das serpentes, como também fornece informações valiosas sobre os comportamentos sociais dos répteis antigos.
Postado por Fernando Martins às 15:34 0 bocas
Marcadores: cobras, evolução, Formação de White River, herpetologia, hibernação, Hibernophis breithaupti, jiboias, Paleoecologia, Paleontologia
sábado, julho 20, 2024
Richard Owen nasceu há 220 anos
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Marcadores: Anatomia Comparada, Biologia, Dinossáurios, Paleontologia, Richard Owen
terça-feira, julho 09, 2024
Notícia interessante sobre Paleontologia...
Predador gigante com cabeça de tampa de sanita aterrorizou o Pérmico antes dos dinossauros
Toda a parte da frente da boca era só dentes gigantes. Este era um daqueles predadores ferozes que não gostaríamos de encontrar durante um mergulho nos pântanos da Terra antiga.
O recém-descoberto Gaiasia jennyae era uma criatura do pântano com grandes presas, semelhante a uma salamandra, com um crânio de cerca de 60 centímetros de comprimento com a bizarra forma de uma tampa de sanita.
Segundo um novo estudo de uma equipa internacional de investigadores, publicado esta quarta-feira na Nature, o G. jennyae viveu há cerca de 280 milhões de anos, no início do Pérmico - 40 milhões de anos antes da chegada dos dinossauros.
A nova espécie foi identificada a partir de fragmentos de esqueletos fossilizados de quatro espécimes, que foram encontrados na Formação Gai-As, na Namíbia.
“Quando encontrámos este enorme espécime deitado no afloramento como uma concreção gigante, foi realmente chocante”, diz a paleontóloga de vertebrados Claudia Marsicano, investigadora da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, e primeira autora do estudo, em comunicado publicado no EurekAlert.
“Só de o ver, percebi que se tratava de algo completamente diferente. Ficámos todos muito entusiasmados”, acrescenta a investigadora.
O nome Gaiasia jennyae foi atribuído em referência ao local onde foi descoberto e à falecida Jenny Clack, paleontóloga muito respeitada que se especializou na evolução dos primeiros tetrápodes — a categoria de vertebrados com quatro membros, em que se insere o G. jennyae.
“O Gaiasia jennyae era consideravelmente maior do que uma pessoa e provavelmente andava perto do fundo de pântanos e lagos”, diz Jason Pardo, um paleontólogo do Museu Field de História Natural em Chicago e co-autor do estudo.
Pardo descreve a criatura de forma que provavelmente não irá diminuir as nossas probabilidade de ter pesadelos com ela: “Tinha uma cabeça grande, achatada, em forma de tampa de sanita, que lhe permitia abrir a boca e sugar a presa, e umas presas enormes. Toda a parte da frente da boca era só dentes gigantes“.
Numa nota um pouco mais tranquilizadora, o G. jennyae era provavelmente relativamente lento, baseando-se mais em emboscadas do que na velocidade, por isso, quem tropeçasse num destes bichos poderia ter tido uma hipótese de escapar às suas garras.
“A estrutura da parte frontal do crânio chamou-me a atenção”, diz Marsicano. “Era a única parte claramente visível na altura e apresentava grandes presas entrelaçadas de forma invulgar, criando uma mordida invulgar entre os primeiros tetrápodes“.
O crânio de G. jennyae é muito maior do que o de fósseis relacionados encontrados na Europa e na América do Norte.
Os investigadores pensam que a nova espécie pode preencher algumas lacunas no registo fóssil, uma vez que há indicações de que os primeiros tetrápodes, como este, podem ter coberto mais áreas do planeta do que se pensava anteriormente.
A Namíbia situa-se atualmente a noroeste da África do Sul, mas há 300 milhões de anos estava ainda mais a sul — tocava a Antártida. Quando uma era glaciar estava a chegar ao fim, pântanos como os que G. jennyae habitava existiam possivelmente ao lado de extensões de gelo e glaciares.
“Isto diz-nos que o que estava a acontecer no extremo sul era muito diferente do que estava a acontecer no equador, o que é muito importante, porque apareceram muitos grupos de animais desta altura que não sabemos bem de onde vieram“, conclui Pardo.
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