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domingo, dezembro 07, 2025

O paleontólogo Louis Dollo nasceu há 168 anos

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Louis Antoine Marie Joseph Dollo (Lille, 7 de dezembro de 1857Bruxelas, 19 de abril de 1931) foi um paleontologista belga nascido na França, conhecido por seu trabalho sobre dinossauros. Propôs que a evolução é irreversível, conhecida como lei de Dollo. Juntamento com o austríaco Othenio Abel, estabeleceu a disciplina paleontológica da paleobiologia.  

Vida

Louis Dollo nasceu em Lille, Nord-Pas-de-Calais, descendente de uma antiga família bretã. Estudou na École Centrale de Lille, com o geólogo Jules Gosselet e o zoólogo Alfred Mathieu Giard.  Graduado em engenharia em 1877, trabalhando em seguida na indústria mineira durante cinco anos, desenvolvendo simultaneamente uma paixão por paleontologia. Em 1879 foi para Bruxelas.

 

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Louis Dollo supervisionando a montagem de um esqueleto de iguanodonte, entre 1882 e 1885

 

in Wikipédia 

terça-feira, novembro 18, 2025

O Calvin e o Hobbes fazem hoje quarenta anos...!

 
Calvin and Hobbes é uma série de tiras criada, escrita e ilustrada pelo autor norte-americano Bill Watterson e publicada em mais de 2.000 jornais do mundo inteiro, entre 18 de novembro de 1985 e 31 de dezembro de 1995, tendo ganho em 1986 e 1988 o Reuben Award, da Associação Nacional de Cartunistas dos Estados Unidos.
Calvin é um rapaz de seis anos de idade, cheio de personalidade, que tem como companheiro Hobbes, um tigre sábio e sardónico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de peluche. De acordo com algumas visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.
Ao fim de dez anos de publicação, os fãs consideram Calvin & Hobbes uma obra prima, pela sua visão única do mundo, pela imaginação do protagonista e pelas situações insólitas que se estabelecem.
Watterson abandonou a criação que o tornou famoso em 1995, embora as tiras continuem em publicação em vários jornais, incluindo o português Correio da Manhã e o brasileiro O Estado de S. Paulo, primeiros jornais nos respetivos países a publicar a tira.
A última tira inédita foi publicada a 31 de dezembro de 1995.



 

domingo, julho 20, 2025

Richard Owen nasceu há 221 anos

    
Richard Owen (Lancaster, 20 de julho de 1804 - Londres, 18 de dezembro de 1892) foi um biólogo,  especialista em anatomia comparada e paleontólogo britânico. É considerado (depois de Charles Darwin) o segundo mais significativo naturalista da era vitoriana.
     
Sir Richard Owen ao lado do esqueleto de um Dinornis robustus (Moa)
     
Introduziu na Inglaterra a anatomia comparada, desenvolvida na França e Alemanha. Foi laureado com a Medalha Wollaston em 1838, com a Medalha Real em 1846, com a Medalha Copley em 1851 e com a Medalha Linneana em 1888. Owen foi o primeiro a sugerir o termo dinossauro (lagarto terrível) para indicar os repteis de ossos gigantes que encontrara no sul da Inglaterra.
    
       

sábado, julho 05, 2025

Bill Watterson, o criador de Calvin & Hobbes, nasceu há 67 anos

  
William B. Watterson II, mais conhecido como Bill Watterson, (Washington, 5 de julho de 1958) é o autor da tira de jornal Calvin e Hobbes.
Watterson nasceu em Washington DC, mas mudou-se com a família para Changrin Falls, em Ohio, com seis anos de idade. Ele formou-se no Kenyon College em ciências políticas em 1980 e começou a trabalhar no Cincinnati Post como caricaturista, mas foi demitido em poucos meses. Calvin e Hobbes só foi publicado em 18 de novembro de 1985. Watterson retirou-se em 9 de novembro de 1995, dedicando-se desde então à pintura
        
 
in Wikipédia

 

quarta-feira, junho 18, 2025

Notícia sobre dinossáurios portugueses...

Dinossauros de Pombal são estrelas em série da BBC

 

No Verão de 2022, Pombal foi notícia por todo o mundo, após ser revelada a descoberta de ossadas de um dos maiores dinossauros do mundo num terreno particular na freguesia de Vila Cã. As escavações, conduzidas por cientistas do IDL – Instituto Dom Luiz, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, UNED – Universidad Nacional de Educación a Distancia e Universidad Complutense de Madrid, revelaram tratar-se de um “grande saurópode”, possivelmente do grupo Brachiosauridae, “eventualmente correspondente ao maior dinossáurio encontrado no Jurássico Superior”.

 

 

Un schelet gigantic de dinozaur, găsit într-o grădină din Portugalia

As ossadas encontram-se num terreno particular da freguesia de Vila Cã

 

Os trabalhos efectuados no concelho de Pombal estão agora em destaque na série “Walking with Dinosaurs”. Uma produção da BBC, com seis episódios, que estreou no passado dia 25 de maio no canal inglês e que está apenas acessível, no iplayer da BBC, para os residentes no Reino Unido. Contudo, essa limitação pode ser contornada. O episódio em questão pode ser visualizado, por exemplo, no endereço electrónico https://www.dailymotion.com/video/x9k94xa, se bem que sem legendagem em português. Nele, o destaque é dado ao Lusotitan, ou Titã Lusitano, aquele que será o maior dinossauro, em altura e peso, encontrado até agora em Portugal.

 

Os trabalhos efetuados no concelho de Pombal estão agora em destaque na série “Walking with Dinosaurs” 

 

O episódio é também protagonizado pelos portugueses Pedro Mocho e Elisabete Malafaia e pelo espanhol Francisco Ortega, mostrando os trabalhos que lideraram no concelho de Pombal.

Apesar de Pombal nunca ser referido no episódio, onde se fala apenas da descoberta no centro de Portugal (as localizações continuam a ser mantidas em segredo para preservar as jazidas), o Pombal Jornal sabe que as filmagens decorreram há cerca de dois anos, durante os trabalhos realizados nas freguesias de Vila Cã e de Pombal.
Na série, acompanhamos os cientistas nas escavações e vemos como deveriam viver os dinossauros no seu tempo. Um dos Lusotitans descoberto no concelho de Pombal é descrito como podendo ter cerca de 25 metros de comprimento e 12 de altura, tornando-o um dos maiores esqueletos da Europa e do mundo. Aquando da descoberta, os investigadores explicaram que “não é nada habitual encontrar todas as costelas num animal como este, muito menos na posição em que estariam no corpo, colocados no mesmo sítio”. Além da descoberta na freguesia de Vila Cã, o episódio revela outros achados, na freguesia de Pombal, e a hipótese da jazida de Vila Cã ter mais do que um esqueleto de dinossauro.
Os ossos que já foram extraídos das escavações efetuadas estão preservados num local no concelho de Pombal, à espera de uma decisão sobre onde ficarão expostos para poderem ser mostrados ao mundo.

 

in Pombal Jornal 

domingo, maio 04, 2025

O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) faz hoje 46 anos

  
A 4 de maio comemora-se o Dia do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros criado pelo Decreto-Lei nº 118/79, dessa data.  As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório das formações calcárias existente em Portugal, sendo esta a razão primeira da sua classificação como Parque Natural. Morfologia cársica, natureza do coberto vegetal, a rede de cursos de água subterrâneos, uma fauna específica, nomeadamente cavernícola, património arquitetónico e cultural, bem como intensa atividade no domínio da extração da pedra são outros tantos aspetos que o diploma classificatório tenta preservar e disciplinar.
A secura, acentuada pela ausência de cursos de água superficiais, marca uma paisagem a que falhas, escarpas e afloramentos rochosos conferem um traço vigoroso.
A água corre através de uma intrincada rede subterrânea. A erosão cársica originou formações características - poldjes, campos de lapiás, lapas e algares, uvalas e dolinas numa rara profusão de formas. As cavidades são férteis em temas espeleológicos.
O coberto vegetal é marcado pela presença de pequenas manchas de carvalho cerquinho ou azinheira. Dentre as plantas autóctones destaca-se o cortejo das plantas aromáticas, medicinais e melíferas repartidas por algumas dezenas de espécies. A oliveira, a recordar o esforço dos cistercienses, domina a vegetação não espontânea. A fauna destes calcários inclui numerosas aves, nomeadamente a Gralha-de-bico-vermelho, com hábitos de nidificação cavernícola. Uma dezena de espécies de morcegos.
A presença humana é atestada desde o paleolítico. A estrada romana de Alqueidão da Serra testemunha caminhos antigos. Têxtil, curtumes, agricultura, criação intensiva de gado e indústria extrativa de pedra e argila justificam, na atualidade, a presença de numerosa população. 
A jazida da Pedreira do Galinha, na vertente oriental da serra de Aire (Jurássico Médio - 175 MA) contém a mais antiga e longa (147 metros) pista de dinossáurios saurópodes até hoje conhecida no mundo. Centenas de pegadas organizam-se em cerca de duas dezenas de pistas constituídas pelas impressões deixadas por grandes animais quadrúpedes.

in ICNF

 

 

 

Nota -  algumas sugestões de sites sobre o PNSAC de geopedrados, para ver nesta data:

domingo, abril 27, 2025

Às vezes é mesmo preciso mexer na porcaria para fazer descobertas...

Cocós e vómitos fossilizados explicam como dinossauros dominaram a Terra

Pesquisadores estudaram mais de 500 fósseis coletados ao longo de 25 anos em cerca de 10 locais na Bacia Polaca, no sul da Polónia 

 


 

Os primeiros dinossauros eram criaturas insignificantes, figurantes num supercontinente lotado de outros répteis antigos quando evoluíram pela primeira vez há cerca de 230 milhões de anos.

No entanto, 30 milhões de anos para frente, os dinossauros dominaram o planeta, vindo em todas as formas, tamanhos e tipos, enquanto muitos de seus pares reptilianos haviam desaparecido. Por que eles foram tão bem-sucedidos evolutivamente é um mistério de longa data, mas novas pesquisas sugerem que algumas respostas para essa pergunta podem estar contidas no que eles deixaram para trás: fezes de dinossauro.

“Sabemos muito sobre suas vidas e extinção, mas não sobre como eles surgiram”, disse Martin Qvarnström, autor principal de um estudo sobre a ascensão dos dinossauros publicado o ano passado na revista Nature e paleontólogo da Universidade de Uppsala, na Suécia.

Para entender melhor os gigantes extintos, Qvarnström e seus colegas investigaram fósseis negligenciados conhecidos como bromalitos: restos do sistema digestivo — ou seja, fezes e vómitos de dinossauro.

Eles estudaram mais de 500 fósseis coletados ao longo de 25 anos em cerca de 10 locais na Bacia Polaca, uma área no sul da Polónia. Os restos datavam de uma faixa de tempo que abrange o final do Triássico ao início do período Jurássico, de cerca de 247 milhões de anos atrás a 200 milhões de anos atrás.

Para entender melhor os gigantes extintos, Qvarnström e seus colegas investigaram fósseis negligenciados conhecidos como bromalitos: restos do sistema digestivo - ou seja, fezes e vómitos de dinossauro.

Eles estudaram mais de 500 fósseis coletados ao longo de 25 anos em cerca de 10 locais na Bacia Polaca, uma área no sul da Polónia. Os restos datavam de uma faixa de tempo que abrange o final do Triássico ao início do período Jurássico, de cerca de 247 milhões de anos atrás a 200 milhões de anos atrás.

“Os bromalitos contêm tanta informação paleoecológica, mas não acho que os paleontólogos tenham realmente reconhecido isso e os tenham visto principalmente como uma piada; você coleta alguns coprólitos porque é engraçado”, disse Qvarnström, referindo-se às fezes fossilizadas. Eles descobriram que as fezes e vómitos fossilizados — cientificamente conhecidos como coprólitos e regurgitalitos, respetivamente — aumentaram em tamanho e variedade ao longo do tempo, indicando o surgimento de animais maiores e dietas diferentes.

Ao estudar a forma e o conteúdo dos bromalitos e ligá-los a esqueletos fossilizados e pegadas encontrados nos locais, os pesquisadores puderam identificar e categorizar os animais que provavelmente os produziram.

Fazendo isso, os pesquisadores puderam entender quantos e que tipo e tamanho de dinossauros, bem como outros animais vertebrados, estavam na paisagem em um determinado momento. A análise, que levou 10 anos para ser concluída, permitiu que a equipe reconstruísse por que os dinossauros vieram à proeminência.

 

Revelações do cocó antigo

Em alguns casos, foi possível fazer uma avaliação visual do tipo de dinossauro responsável por um bromalito com base no tamanho e na forma do fóssil — um coprólito em forma de espiral provavelmente veio de um animal com um intestino em espiral. Mas, em muitos outros, foi necessário fazer uma varredura 3D detalhada da estrutura interna do bromalito usando equipamentos especializados para entender o que os fósseis continham.

Restos digestivos antigos podem “parecer algo deixado por seu cachorro no parque e é muito evidente o que eles são. Em outros casos, especialmente herbívoros, são mais difíceis de reconhecer”, disse ele.

A equipe scaneou a estrutura interna dos fósseis na European Synchrotron Radiation Facility em Grenoble, França. A instalação maciça, um sincrotrão em forma de anel com 844 metros de circunferência, gera feixes de raios-X 10 biliões de vezes mais brilhantes que os raios-X médicos e permite que os cientistas estudem a matéria no nível molecular e atómico.

“É um pouco como um scanner de tomografia computadorizada no hospital. Funciona da mesma maneira, mas com energia muito maior. Precisamos disso para obter essa resolução muito alta e também um bom contraste”, disse Qvarnström.

Os coprólitos continham restos de peixes, insetos e plantas, e às vezes outros animais de presa. Alguns restos estavam lindamente preservados, incluindo pequenos besouros e peixes meio acabados. Outros coprólitos continham ossos esmagados por predadores.

“Os fósseis de esqueleto, pegadas e bromalitos de locais na Polónia fornecem uma série de instantâneos temporais discretos que demonstram uma transição de um mundo com poucos dinossauros para um em que eles dominavam”, disse Lawrence H. Tanner, paleontólogo do departamento de ciências biológicas e ambientais da Le Moyne College, em Nova York. Tanner não esteve envolvido no estudo.

“Usando as técnicas deste estudo em outros locais, poderíamos fornecer um contexto mais global e construir uma imagem mais detalhada”, escreveu Tanner em um artigo de comentário que foi publicado junto com a pesquisa.

 

 Reconstruindo a ascensão dos dinossauros

Os autores chegaram a cinco fases para explicar a ascensão dos dinossauros: osseus ancestrais eram omnívoros, comendo plantas e animais. Eles evoluíram para os primeiros dinossauros carnívoros e herbívoros.

Um ponto de virada fundamental ocorreu quando o aumento da atividade vulcânica pode ter levado a uma gama mais diversa de plantas para se alimentar, seguido pelo surgimento de dinossauros herbívoros maiores e mais diversos.

Por sua vez, essa fase levou à evolução dos dinossauros carnívoros gigantes, amados por diretores de cinema e livros infantis, no início do período Jurássico, há 200 milhões de anos. A supremacia dos dinossauros durou até que um asteroide que atingiu a costa do que hoje é o México, há 66 milhões de anos, e condenou os dinossauros à extinção.

Antes desta última pesquisa, duas teorias foram propostas para explicar a transição de um mundo dominado por répteis não dinossaurianos para um em que os dinossauros eram ascendentes, observou o estudo.

Um modelo sugeriu que os dinossauros evoluíram para superar fisicamente seus rivais, segundo o estudo. A postura ereta dos dinossauros, resultante do posicionamento de seus membros posteriores diretamente abaixo de seu corpo, combinada com tornozelos flexíveis, os tornou altamente ágeis e mais eficientes do que seus concorrentes evolutivos, como répteis com pernas abertas.

Alternativamente, alguns pesquisadores acreditam que os dinossauros foram, por acaso, mais capazes de se adaptar às mudanças climáticas dramáticas que ocorreram no final do Triássico.

Qvarnström disse que a pesquisa baseada nos fósseis polacos sugeriu que uma combinação das duas hipóteses fornecia uma explicação mais provável, com uma “interação complexa de vários processos” que significava que os dinossauros eram mais capazes de lidar com a forma como as mudanças ambientais alteraram a disponibilidade de alimentos.

Por exemplo, o estudo descobriu que os resíduos alimentares extraídos de bromalitos pertencentes a dicinodontes, um parente antigo de mamíferos com cabeça em forma de tartaruga, sugeriam que a criatura tinha uma dieta restrita, alimentando-se principalmente de coníferas. Ele desapareceu do registo fóssil há cerca de 200 milhões de anos.

Os dinossauros, por outro lado, pareciam comer uma ampla variedade de plantas. Por exemplo, a equipe descobriu que o conteúdo dos coprólitos dos primeiros grandes dinossauros herbívoros, os sauropodomorfos, continha grandes quantidades de fetos arborescentes, mas também muitos outros tipos de plantas e carvão vegetal. A equipe suspeita que o carvão ajudou a desintoxicar dos fetos, que podem ser tóxicos.

Grzegorz Niedźwiedzki, autor sénior do estudo e paleontólogo do departamento de biologia do organismo; evolução e desenvolvimento da Uppsala, disse que a razão por trás do sucesso evolutivo dos dinossauros era uma mensagem que ainda se aplica hoje: “Coma seus vegetais e viva mais tempo”.


in CNN Brasil

sábado, abril 19, 2025

E agora uma pequena lição para criacionistas e outros malucos...

Porque nunca encontraremos um dinossauro congelado, mas existem dinossauros mumificados

 


 

Quem adora tudo o que envolve dinossauros, certamente um dia gostaria de encontrar ou que fosse encontrado um dinossauro inteiro congelado no permafrost, como os mamutes, rinocerontes lanudos e lobos encontrados na Sibéria e no Canadá.

Infelizmente, nunca encontraremos um dinossauro congelado. Segundo o IFL Science, quem o confirma é Susannah Maidment, investigadora sénior na divisão de Vertebrados, Antropologia e Paleobiologia do Museu de História Natural, em Londres.

A mumificação é frequentemente associada ao Antigo Egito, mas pode ocorrer naturalmente quando o ecossistema de decomposição é impedido de fazer o seu trabalho.

Os antigos faraós, que governaram há milhares de anos, eram mumificados propositadamente, mas já foram encontrados corpos mumificados em pântanos e outros cadáveres que se mumificaram naturalmente - por vezes, numa questão numa questão de dias.

No caso dos dinossauros mumificados, não se trata de um termo formal, mas foram encontradas espécimes com características mumificadas.

“Quando as pessoas dizem ‘múmias de dinossauro‘, tendem a falar destes dinossauros que estão totalmente envoltos em pele, e por isso a sua pele preservou outros tecidos moles”, disse Maidment.

Por vezes encontramos dinossauros com penas, mas normalmente não os classificamos como múmias. Portanto, não é a preservação dos tecidos moles, por si só. Penso que é esta ideia de que temos a carcaça envolva em pele, que é o que as pessoas tendem a designar por múmia, mas é um termo informal”.

Os fósseis de dinossauros com tecidos moles intactos são uma descoberta muito excitante para os palentólogos, mas são raros quando comparados com os achados baseados em ossos. Encontrámos tiranossauros com conteúdo estomacal e um psitacossauro com o primeiro orifício do rabo de dinossauro descrito, mas os favoritos de Maidmente são os anquilossauros.

“Eu trabalho com dinossauros blindados e há cerca de três ou quatro anquilossauros que estão preservados de uma forma que se pode dizer que são múmias”, disse a investigadora. “Há um muito famoso que foi encontrado há alguns anos no Canadá, chamado Borealopelta, que tem todos os seus pedaços no sítio certo, e há alguns vídeos fantásticos dele online onde se pode rodar. É muito fixe”.

“Eu não vi esse, mas temos um no Museu de História Natural que foi encontrado no início do século XX e chama-se Scolosaurus cutleri. Na verdade, falta-lhe a cabeça, mas está na galeria dos dinossauros e pode ir vê-lo”.

“Está de lado e, se olharmos para as costas, tem todas as suas escamas ainda no sítio, porque tem um armadura nas costas. Depois, se dermos a volta para o outro lado, podemos ver a cavidade do estômago. Desse lado, podem ver-se os membros e o esqueleto”.

Quando um animal morre, são as partes duras que têm mais hipóteses de sobreviver. O ecossistema da decomposição tem muitas vias de ataque, desde bactérias microscópicas prontas para transformar o cadáver numa tenda de circo, até à macrofauna que pode espalhar membros inteiros por todo o lado.

O que resta tem uma hipótese de ser preservado no registo fóssil, mas a realidade é que, para a maior parte da vida na Terra, simplesmente desaparece”.

“Para a grande maioria dos animais que já viveram, nem mesmo as suas partes duras permanecem”, disse Maidment. “O processo de fossilização é muito raro, mas por vezes temos coisas como a pele e outros tecidos moles, como as penas, preservados. Normalmente, isso requer um conjunto único de condições de enterramento, muitas vezes um enterramento muito rápido”.

“Alguns animais [dos mais bem preservados] caíram em lagos ou foram vencidos por dunas de areia, como no caso dos famosos dinossauros do deserto de Gobi. Estes são os tipos de processos de que precisamos para que as partes moles sejam preservadas”.

 

Porque é que nunca encontraremos um dinossauro congelado na Antártida

Em primeiro lugar nunca foi encontrado nenhum T. rex fora da América do Norte, mas principalmente “porque o gelo simplesmente não é assim tão antigo”, disse Maidment. “A Antártida não foi permanentemente gelada até há cerca de 30 milhões de anos e, embora pudessem ter existido camadas de gelo, estas teriam surgido e desaparecido. O mesmo acontece com os mantos de gelo do hemisfério norte”.

“Os animais que estamos a encontrar na Sibéria são todos uma ordem de grandeza mais novos [do que os dinossauros]. Os mamutes só morreram há 4.0000 anos. Os dinossauros extinguiram-se há 66 milhões de anos. Não temos gelo tão antigo, por isso não vamos encontrar um dinossauro preso no gelo”.


in ZAP

quarta-feira, abril 02, 2025

Mais um dinossáurio descoberto em Portugal...

Descoberto novo dinossauro que viveu em Portugal há quase 150 milhões de anos  

 

SHN.JJS.015

 

Estudo permitiu identificar um exemplar depositado na Sociedade de História Natural de Torres Vedras, como um dinossauro herbívoro do grupo dos iguanodontianos.

 

Uma nova espécie de dinossauro iguanodontiano, que habitou Portugal há quase 150 milhões de anos, foi descoberto por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, divulgou esta quarta-feira a Nova FCT.

Num comunicado, o estabelecimento de ensino superior adianta que o trabalho contou com a colaboração de cientistas da Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), em Espanha, e que a "notável descoberta constitui um avanço significativo no conhecimento sobre a diversidade da fauna de dinossauros presente na parte final do Jurássico".

"Foi uma surpresa", confessou Filippo Maria Rotatori, do GEOBIOTEC (GeoBiociências, Geotecnologias e Geoengenharias), centro de investigação da Nova FCT e autor principal do estudo.

"Acreditávamos que a diversidade deste grupo de dinossauros já estava bem documentada no Jurássico Superior de Portugal e esta descoberta demonstra que ainda há muito a aprender e que ainda podem surgir descobertas emocionantes num futuro próximo. Infelizmente, devido ao pouco material recuperado, ainda não podemos atribuir um nome científico formal a esta espécie", adiantou, citado no comunicado.

O estudo permitiu identificar um exemplar, o SHN.JJS.015, depositado na Sociedade de História Natural de Torres Vedras, como um dinossauro herbívoro do grupo dos iguanodontianos, que também se destaca pelas suas dimensões, tendo um exame detalhado confirmado que "não corresponde a nenhuma espécie previamente identificada".

"Era um peso pesado", salientou Fernando Escaso, outro dos autores principais e professor na UNED. 

"Quando estimámos o seu tamanho e massa corporal, descobrimos que este novo dinossauro era significativamente mais corpulento do que outras espécies de iguanodontianos, como Draconyx ou Eousdryosaurus, com as quais muito provavelmente partilhou o ecossistema".

Bruno Camilo, doutorando no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e diretor do Ci2Paleo da Sociedade de História Natural de Torres Vedras, assinalou tratar-se da primeira vez que são encontrados "diferentes grupos etários deste tipo de dinossauro em Portugal, o que abre novas possibilidades de investigação".

Além do referido exemplar, foram descobertos outros vestígios fósseis, incluindo fémures isolados de menor tamanho, "o que sugere que estes dinossauros eram relativamente comuns em Portugal durante o Jurássico Superior", explicou.

A descoberta também reforça a importância da Europa na história evolutiva e migratória dos dinossauros, assinalando o investigador Filippo Bertozzo, do Royal Belgian Institute of Natural Sciences, que o animal agora conhecido "apresenta muitas semelhanças com outras espécies de iguanodontianos encontradas na América do Norte e noutras partes da Europa". 

"Durante o Jurássico, a Península Ibérica provavelmente desempenhou um papel crucial nas trocas faunísticas entre continentes. Ainda estamos a trabalhar para compreender como estes processos se desenvolveram".

"Esta investigação foi possível graças à colaboração de várias instituições europeias e organizações locais dedicadas à preservação do património geológico e paleontológico de Portugal", referiu Miguel Moreno-Azanza, da Universidade de Zaragoza, em Espanha.

Além da Nova FCT e da UNED, participaram no estudo, publicado na revista científica Journal of Systematic Palaeontology, instituições de investigação portuguesas, como a Sociedade de História Natural de Torres Vedras e o Museu da Lourinhã, que albergam o material estudado, e a Universidade de Lisboa.

 

in CM

segunda-feira, fevereiro 03, 2025

Gideon Mantell nasceu há 235 anos

  
Gideon Algernon Mantell (Lewes, 3 de fevereiro de 1790 - Londres, 10 de novembro de 1852) foi um ginecologista, geólogopaleontólogo britânico. As suas tentativas de reconstruir a estrutura e vida do Iguanodon iniciaram o estudo científico dos dinossauros. Em 1822, foi responsável pela descoberta (e eventual identificação) do primeiro dente fóssil, e mais tarde a maioria do esqueleto, do Iguanodon

 


lustração de Mantell dos dentes fósseis do Iguanodonte

 

 

domingo, janeiro 26, 2025

Roy Chapman Andrews nasceu há cento e quarenta e um anos


Roy Chapman Andrews (Beloit, Wisconsin, 26 de janeiro de 1884Carmel, Califórnia, 11 de março de 1960) foi um naturalista, zoólogo, cientista, explorador e escritor dos Estados Unidos da América.

Fez uma viagem de exploração no Alasca, em 1908, em 1911-1912 explorou o norte da Coreia. Especializou-se no estudo das baleias e outros animais aquáticos, mas foi a descoberta dos primeiros ovos e fósseis de dinossáurios na Ásia que lhe trouxeram maior fama. 

  


Obras
  • Across Mongolian Plains (Atravessando as Planícies da Mongólia), 1921
  • On the Trail of Ancient Man (Nas Pegadas do Homem Primitivo), 1926
  • The New Conquest of Central Asia (A Nova Conquista da Ásia Central), 1932
  • This Business of Exploring (Este Comércio da Exploração), 1935

 

segunda-feira, novembro 18, 2024

O Calvin e o Hobbes fazem hoje 39 anos

 
Calvin and Hobbes é uma série de tiras criada, escrita e ilustrada pelo autor norte-americano Bill Watterson e publicada em mais de 2.000 jornais do mundo inteiro, entre 18 de novembro de 1985 e 31 de dezembro de 1995, tendo ganho em 1986 e 1988 o Reuben Award, da Associação Nacional de Cartunistas dos Estados Unidos.
Calvin é um rapaz de seis anos de idade, cheio de personalidade, que tem como companheiro Hobbes, um tigre sábio e sardónico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de peluche. De acordo com algumas visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.
Ao fim de dez anos de publicação, os fãs consideram Calvin & Hobbes uma obra prima, pela sua visão única do mundo, pela imaginação do protagonista e pelas situações insólitas que se estabelecem.
Watterson abandonou a criação que o tornou famoso em 1995, embora as tiras continuem em publicação em vários jornais, incluindo o português Correio da Manhã e o brasileiro O Estado de S. Paulo, primeiros jornais nos respetivos países a publicar a tira.
A última tira inédita foi publicada a 31 de dezembro de 1995.

 


 

domingo, outubro 06, 2024

Afinal havia outro - asteroide...

Afinal, o asteroide que matou os dinossauros não o fez sozinho

 

 

Ilustração artística de dinossauro da ilha de Wight

 

O asteroide que levou os dinossauros à extinção, há 66 milhões de anos, não estava sozinho: um novo estudo encontrou evidências de um “evento catastrófico” provocado por outro asteroide.

Novas análises da cratera submarina Nadir, encontrada na costa da África Ocidental, mostraram que esta formação surgiu quando outra rocha espacial colidiu com o nosso planeta.

O evento ocorreu por volta do final do Período Cretácico - que foi também quando aconteceu a extinção dos dinossauros.

Uisdean Nicholson, geólogo marinho que estudou a cratera e publicou as descobertas num estudo na revista Nature Communications Earth & Environment, descobriu a cratera Nadir em 2022, e, na altura, os detalhes da sua formação ainda eram incertos.

Os novos dados mostraram que o impacto violento, ocorrido entre 65 e 67 milhões de anos atrás, abriu uma cratera com cerca de oito quilómetros de diâmetro. O asteroide parece ter medido cerca de 400 metros e atingiu a Terra enquanto se deslocava a quase 75 mil km/h.

Se for esse o caso, o objeto seria menor que o asteroide responsável pela extinção em massa no nosso planeta, mas suficientemente grande para deixar marcas significativas.

“As novas imagens descrevem uma cena de um evento catastrófico”, explicou Nicholson

O impacto parece ter causado tremores fortes, que derreteram os sedimentos no fundo do oceano e formaram falhas sob o leito oceânico. Além disso, a colisão causou deslizamentos com vestígios visíveis por milhares de quilómetros quadrados para além da borda da cratera.

Os efeitos não se ficaram por aí: a colisão do objeto causou um tsunami com 800 metros de altura, que pode ter percorrido as águas do Atlântico.

Por agora, não está claro onde exatamente ocorreu a colisão. Por outro lado, a descoberta da cratera e da sua idade aproximada sugerem que é uma de várias crateras formadas por impactos no final do Cretácico.

Para comparação, o asteroide relacionado com a extinção dos dinossauros era consideravelmente maior do que aquele que formou Nadir e deixou uma cratera com mais de 180 quilómetros na península de Iucatão, no México.

“O mais próximo que os humanos chegaram de ver algo semelhante foi o evento de Tunguska em 1908, quando um asteroide de 50 metros entrou na atmosfera da Terra e explodiu nos céus da Sibéria”, recordou Nicholson.

“Os novos dados sísmicos em 3D de toda a cratera Nadir são uma oportunidade sem precedentes para testar hipóteses sobre crateras de impacto, desenvolver novos modelos de formação de crateras no ambiente marinho e compreender as consequências de um evento deste tipo”, concluiu.

 

in ZAP

quinta-feira, setembro 12, 2024

Quando a Astronomia mexe com a Geologia...

Cientistas descobrem de onde veio o asteroide que matou os dinossáurios

 

 

O mítico Chicxulub, que levou os dinossáurios à extinção, era uma rocha rara vinda do exterior de Júpiter, revela um novo estudo, que analisou a “impressão digital genética” do asteroide.

A rocha espacial que dizimou os dinossáurios há 66 milhões de anos era um raro asteroide com origem para lá de Júpiter, nos confins do nosso sistema solar, revela um novo estudo.

Os resultados do estudo, publicado esta quinta-feira na revista Science, permitem determinar a natureza da fatídica rocha espacial e a sua origem no nosso sistema solar, e podem abrir portas a novas técnicas de previsão da queda de asteroides no nosso planeta.

A maioria dos cientistas concorda que o Chicxulub, cujo nome tem origem na comunidade situada no atual México, perto da cratera de 145 quilómetros de largura escavada pela rocha, veio do nosso sistema solar.

Mas as suas origens exatas continuavam por esclarecer, devido à falta de provas químicas claras que não tivessem sido contaminadas por material da própria Terra.

No novo estudo, a equipa de investigadores analisou restos de impactos de asteroides recolhidos em regiões europeias da crosta do nosso planeta, e descobriu que a composição química de um elemento raro chamado ruténio é semelhante à dos asteroides que pairam entre as órbitas de Marte e Júpiter.

“Este elemento é uma impressão digital genética das rochas da cintura de asteroides, onde a rocha do tamanho de uma cidade se encontrava antes de atingir a Terra há 66 milhões de anos”, explicou ao Live Science Mario Fischer-Gödde, investigador da Universidade de Colónia, na Alemanha, e autor principal do estudo.

O asteroide terá provavelmente sido empurrado em direção à Terra, ou por colisões com outras rochas espaciais, ou por influências no sistema solar exterior, onde gigantes gasosos como Júpiter abrigam imensas forças de maré capazes de perturbar órbitas de asteroides - que, de outra forma, seriam estáveis, dizem os autores do estudo.

As descobertas baseiam-se numa nova técnica que essencialmente quebra todas as ligações químicas que sustentam uma amostra de rocha enquanto esta é armazenada num tubo selado, e que permitiu aos cientistas medir os níveis específicos de ruténio no local de impacto do Chicxulub.

“O elemento manteve-se notavelmente estável ao longo de milhares de milhões de anos face à frequente atividade geológica da Terra, que recicla a paisagem”, explica Fischer-Gödde, que desenvolveu a nova técnica na última década e é um dos poucos especialistas no mundo que consegue analisar com precisão o elemento raro.

Os investigadores compararam os resultados com amostras de outros locais de impacto de asteroides na África do Sul, Canadá e Rússia, e também com um par de meteoritos carbonosos, que dominam a região exterior da cintura principal de asteroides.

As assinaturas químicas do ruténio no local de impacto do Chicxulub eram consistentes apenas com as dos meteoritos carbonáceos, apontando para a sua origem no sistema solar exterior, concluiu a equipa.

 

 

in ZAP

quinta-feira, setembro 05, 2024

Mais uma espécie de dinossáurio descoberta por um paleontólogo português...

Português descobre espécie de dinossauro com 75 milhões de anos em Espanha

  

1 Escava-
ções em Cuenca, Espanha 2 Repro-
dução 
do novo saurópode

Escava
ções em Cuenca, Espanha

 


Reprodução 
do novo saurópode

 

Teria de 15 a 20 metros de comprimento, da cabeça à cauda, e cerca de 20 toneladas. É uma nova espécie de dinossauro que viveu na Península Ibérica há 75 milhões de anos e é maior do que o habitual. Chama-se Qunkasaura pintiquiniestra, nome que resulta de muitas referências geográficas e culturais, e é um saurópode, o que quer dizer herbívoro, quadrúpede e grande. Foi descoberto na região de Cuenca, em Espanha, por um grupo liderado pelo português Pedro Mocho. É um dos milhares de fosseis encontrados durante as obras da linha ferroviária de alta velocidade Madrid-Levante. O Qunkasaura pintiquiniestra chegou à Península Ibérica muito mais tarde do que os outros grupos de dinossauros. Destaca-se por ser um dos esqueletos de saurópode mais completos encontrados na Europa, incluindo vértebras cervicais, dorsais e caudais, parte da cintura pélvica e elementos dos membros. 


in CM

sábado, julho 20, 2024

Richard Owen nasceu há 220 anos

    
Richard Owen (Lancaster, 20 de julho de 1804 - Londres, 18 de dezembro de 1892) foi um biólogo,  especialista em anatomia comparada e paleontólogo britânico. É considerado (depois de Charles Darwin) o segundo mais significativo naturalista da era vitoriana.
     
Sir Richard Owen ao lado do esqueleto de um Dinornis robustus (Moa)
     
Introduziu na Inglaterra a anatomia comparada, desenvolvida na França e Alemanha. Foi laureado com a Medalha Wollaston em 1838, com a Medalha Real em 1846, com a Medalha Copley em 1851 e com a Medalha Linneana em 1888. Owen foi o primeiro a sugerir o termo dinossauro (lagarto terrível) para indicar os repteis de ossos gigantes que encontrara no sul da Inglaterra.
    
       

sexta-feira, julho 05, 2024

Bill Watterson, o criador de Calvin & Hobbes, nasceu há 66 anos

  
William B. Watterson II, mais conhecido como Bill Watterson, (Washington, 5 de julho de 1958) é o autor da tira de jornal Calvin e Hobbes.
Watterson nasceu em Washington DC, mas mudou-se com a família para Changrin Falls, em Ohio, com seis anos de idade. Ele formou-se no Kenyon College em ciências políticas em 1980 e começou a trabalhar no Cincinnati Post como caricaturista, mas foi demitido em poucos meses. Calvin e Hobbes só foi publicado em 18 de novembro de 1985. Watterson retirou-se em 9 de novembro de 1995, dedicando-se desde então à pintura
        
 
in Wikipédia


 

sexta-feira, junho 28, 2024

Novidades sobre um dos mais famosos dinossáurios portugueses...

Mistérios da vida sexual dos Lourinhanosaurus revelados por paleontólogos portugueses

 

Um dinossauro terópode a vigiar o seu ninho, conceito artístico

 

Um “ninho” com mais de 80 ovos de dinossauro permite perceber como os grandes carnívoros do Jurássico construíam os seus ninhos e como as catástrofes naturais os destruíam.

Um grupo multidisciplinar da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com as universidades de Aveiro e Saragoça, estudou um dos fósseis mais emblemáticos de Portugal, revelando como os dinossauros nidificavam há 152 milhões de anos.

O “ninho de Paimogo” é uma acumulação de quase uma centena de ovos de dinossauros terópodes allosauroideos, provavelmente pertencentes à espécie Lourinhanosaurus.

Alguns destes ovos contêm exemplares dos embriões de dinossauro terópode mais antigos do mundo.

Descoberto na Lourinhã e descrito nos anos 90 do século passado pelo casal de paleontólogos amadores Isabel e Horácio Mateus, trata-se de um dos fósseis mais emblemáticos de Portugal, tendo recentemente sido cunhada uma moeda comemorativa de 5 euros dedicada a este exemplar.

O estudo liderada por Lope Ezquerro e dirigida por Miguel Moreno Azanza, investigadores da Universidade de Saragoça e ex-membros da NOVA FCT, pretende responder à pergunta se uma única fêmea poderia ter dado origem a uma acumulação de quase uma centena de ovos.

Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado na revista Geoscience Frontiers.

 

 Imagem de consulta de pesquisa visual

 

Dadas as características do exemplar, formado por uma acumulação desordenada e sem estruturas de nidificação aparentes, a equipa abordou o estudo de forma marcadamente multidisciplinar, realizando estudos sedimentológicos, paleontológicos, geoquímicos e de paleomagnetismo, com o objetivo de aprofundar os processos que levaram à formação deste fóssil singular.

A evidência paleontológica e geoquímica sugere que a acumulação inclui ovos de, pelo menos, duas fêmeas diferentes, embora tenha sido impossível determinar se os ovos foram postos ao mesmo tempo ou em temporadas de nidação sucessivas.

Por outro lado, os estudos sedimentológicos e paleomagnéticos concluíram que os ovos foram arrastados e acumulados por uma inundação causada pelo transbordo de um rio próximo, que destruiu várias posturas de diferentes origens e as transportou, acumulando-as numa área próxima, onde os ovos ficaram presos entre a vegetação.

Este processo acarretou a morte de várias das crias ainda dentro do ovo, que resultaram nos fósseis de embriões, únicos no mundo.

O trabalho tem implicações sobre as estratégias de nidificação deste grupo de dinossauros carnívoros, entre os quais se encontra o famoso Allosaurus.

A reconstrução desta acumulação sugere que os allosauroideos nidificavam em montículos de terra ou plantas, construídos sobre o solo, como fazem algumas aves e outros terópodes mais modernos, e não em buracos escavados como outros dinossauros.

A principal contribuição desta colaboração luso-espanhola é que estabelece um precedente de como devem ser analisados os possíveis ninhos de dinossauro para confirmar a sua identidade.

É a primeira vez que paleontólogos, sedimentólogos, geoquímicos e geofísicos trabalham em conjunto para entender melhor uma possível estrutura de nidificação, abrindo a porta para reinterpretar acumulações de ovos de dinossauro de todo o mundo.

Os ovos de Paimogo podem ser visitados na exposição do Museu da Lourinhã, incluída no Parque dos Dinossauros da Lourinhã, o maior parque de atrações sobre fauna extinta da Península Ibérica.

Além disso, uma pequena exposição dedicada aos resultados desta investigação pode ser visitada na sede do novo Geoparque Oeste, no município português de Bombarral.

O estudo confirma que a Península Ibérica é um dos locais mais ricos em ovos de dinossauro do mundo, contando com jazidas únicas como as do Jurássico português, que se juntam a megajazidas de ovos de dinossauro do final do Cretácico recuperados na Catalunha, Castela-Mancha e Aragão.

 

in ZAP

segunda-feira, maio 27, 2024

Notícia divertida sobre Dinossáurios...

O T-Rex já não é o rei dos dinossauros com bracinhos pequenos

   

   

Achava que os braços minúsculos do Tyrannosaurus rex eram pequenos? Uma equipa de investigadores argentinos identificou uma nova espécie de dinossauro - com bracinhos muito mais pequenos do que os T-Rex.

Um novo estudo publicado na revista Cladistics relata a descoberta de uma nova espécie de dinossauro abelisaurídeo denominada Koleken inakayali, que foi encontrada na Formação La Colonia da Patagónia, datada de há 70 milhões de anos.

O estudo foi liderado por Diego Pol, paleontólogo do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, em Buenos Aires.

Esta nova espécie, notável pelos seus braços incrivelmente pequenos, está a contribuir para a nossa compreensão da diversidade de dinossauros na região durante o período Cretácico Superior.

O Koleken inakayali, cujo nome homenageia o povo Tehuelche e o seu líder Inakayal, assemelha-se ao conhecido Carnotaurus, muitas vezes referido como o “touro de carne” e popularizado pela série de filmes Jurassic World.

No entanto, Koleken difere significativamente, com características únicas no crânio, tamanho geral mais pequeno e falta dos chifres frontais característicos do Carnotaurus.

Apesar destas diferenças, Koleken partilha a caraterística abelisaurídea de ter braços desproporcionalmente pequenos, levantando questões intrigantes sobre a sua função, refere o IFLScience.

O esqueleto parcial de Koleken recuperado da Formação La Colonia inclui vários ossos do crânio, a maior parte das vértebras, uma anca completa, alguns ossos da cauda e duas pernas quase completas.

Esta descoberta abrangente é notável, especialmente quando comparada com outras descobertas significativas, como a de um animal gigante recentemente identificado a partir de um fragmento de maxilar.

descoberta faz parte de um projeto mais vasto, financiado pela National Geographic Society, que visa estudar o fim da “era dos dinossauros” na Patagónia. Esta iniciativa centra-se nos últimos 15 milhões de anos do Período Cretáceo, um período de tempo que tem sido tradicionalmente melhor estudado no Hemisfério Norte.

Os braços minúsculos de Koleken e de outros abelisaurídeos continuam a intrigar os cientistas. Enquanto que o Carnotaurus pode ter usado os seus braços pequenos e a sua cintura escapular adaptada para atrair parceiros, o objetivo exato dos braços de Koleken permanece desconhecido.

À medida que a investigação avança, cada nova descoberta acrescenta peças ao puzzle de como estas fascinantes criaturas viveram e evoluíram.

 

in ZAP

domingo, maio 26, 2024

Notícia sobre Dinossáurios em Portugal...

Fósseis de dinossauros em Portugal: onde se escondem os vestígios

 
Portugal é um dos principais palcos da paleontologia mundial e são várias as localidades que escondem vestígios de dinossauros.
 

 Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

A exploração de fósseis de dinossauros, em Portugal, tem desvendado capítulos fascinantes da história do país. Com uma riqueza geológica única, Portugal apresenta-se como um dos principais palcos para a paleontologia mundial, oferecendo perceções preciosas sobre os gigantes que dominaram a Terra há milhões de anos.

Os vestígios paleontológicos não só enriquecem o conhecimento científico como também capturam a imaginação do público, revelando detalhes sobre a vida e o ambiente desses seres extraordinários que viveram no período jurássico.

 

Descobertas emblemáticas sobre dinossauros

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

As recentes escavações na região de Pombal trouxeram à luz o que pode ser o maior saurópode já encontrado na Europa, marcando um momento histórico para a paleontologia portuguesa e global. Este vestígio, juntamente com outros descobertos em várias partes do país, como a jazida de Monte Agudo, destaca a diversidade e a magnitude dos dinossauros que habitaram o território português.

A descoberta em Pombal desafia as conceções anteriores sobre a distribuição geográfica destes animais e afirma que Portugal foi um habitat propício para os saurópodes há cerca de milhões de anos.

Os fósseis encontrados estão a proporcionar dados valiosos para os cientistas, permitindo-lhes reconstruir não apenas a anatomia destes animais gigantescos, mas também, o seu comportamento e ecologia. A paleontóloga Elisabete Malafaia, líder da equipa que realizou as escavações, destaca que os fósseis encontrados em posição anatómica original oferecem uma rara oportunidade de entender melhor o modo de preservação relativamente intacto destes seres pré-históricos.

Com dimensões que rivalizam com as do famoso Brachiosaurus altithorax e Giraffatitan brancai, o saurópode de Pombal promete redefinir o registo fóssil de vertebrados do Jurássico Superior português.

 

A jornada paleontológica: de casualidades a descobertas científicas

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

As histórias por detrás das descobertas paleontológicas em Portugal são tão variadas quanto fascinantes. Desde fósseis encontrados acidentalmente em quintais, até meticulosas escavações que revelam vestígios de vertebrados do Jurássico Superior. Cada vestígio é uma peça do quebra-cabeças da vida pré-histórica em solo português.

A paleontologia, ciência que estuda os fósseis, tem sido enriquecida com as descobertas de fósseis de dinossauros em Portugal, que vão desde simples ossadas até complexas jazidas que oferecem um panorama detalhado da biodiversidade de um passado distante.

Em particular, a jazida de Monte Agudo tem-se destacado como um local de relevância internacional, onde a descoberta de fósseis com cerca de milhões de anos fornece dados cruciais para o registo fóssil de vertebrados. Estes vestígios paleontológicos, não são apenas testemunhos da história natural, mas também, são fundamentais para compreender as mudanças climáticas e geográficas que ocorreram na Terra ao longo dos séculos. A dedicação dos paleontólogos, como a investigadora Elisabete Malafaia, tem permitido que estas descobertas casuais se transformem em avanços científicos significativos.

 

Fósseis de dinossauros: impacto global

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

Os fósseis de dinossauros encontrados em território nacional, não são apenas significativos localmente, mas também oferecem contribuições valiosas para o entendimento global da evolução dos dinossauros. Comparando-os com os vestígios de outras regiões, os cientistas podem observar e compreender melhor as migrações e as mudanças ambientais que ocorreram ao longo de milhões de anos. Esta análise comparativa é essencial para a paleontologia, pois permite criar uma ligação dos fósseis de dinossauros, em Portugal com uma narrativa mais ampla sobre a história da vida na Terra.

Através do estudo meticuloso dos fósseis, os paleontólogos conseguem reconstruir ecossistemas inteiros e entender como diferentes espécies interagiam entre si e com o ambiente à sua volta. O registo fóssil de dinossauros, em particular, tem um papel crucial neste processo, pois os dinossauros ocuparam uma variedade de nichos ecológicos e foram distribuídos por todo o globo. Assim, cada novo fóssil encontrado, não só enriquece o património científico nacional, mas também contribui para a grande tapeçaria da história evolutiva global.

 

Desafios da paleontologia em Portugal

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

A procura por fósseis, em Portugal, enfrenta diversos desafios, desde questões de conservação até à necessidade de financiamento para pesquisas. A história da paleontóloga Elisabete Malafaia ilustra bem essas dificuldades, mas também destaca a paixão e a dedicação dos cientistas que trabalham para preservar e estudar esse legado.

A paleontologia nacional, apesar de contar com descobertas de relevância mundial, como os fósseis de dinossauros em particular, luta por reconhecimento e apoios necessários para avançar. A preservação de locais ricos em fósseis, como a jazida de Monte Agudo, é uma preocupação constante, pois sem a proteção adequada, estes sítios podem ser danificados ou mesmo perdidos para a construção e outras atividades humanas.

Outro grande desafio é o financiamento. A pesquisa paleontológica requer investimentos significativos em equipamento pessoal e tempo. Em Portugal, como em muitos outros países, a ciência enfrenta cortes orçamentais que afetam diretamente o progresso das investigações. Elisabete Malafaia e outros paleontólogos têm trabalhado incansavelmente para trazer à luz o registo fóssil de dinossauros e outros vertebrados do Jurássico Superior português, mas a falta de recursos pode retardar ou até mesmo impedir novas descobertas. A colaboração internacional e o apoio de instituições privadas são, muitas vezes, a solução encontrada para superar essas barreiras financeiras.

 

O legado dos dinossauros: educação e turismo

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

Além do impacto científico, os fósseis de dinossauros têm um papel importante na educação e no turismo. Museus e parques dedicados à paleontologia atraem visitantes de todas as idades, promovendo não apenas o conhecimento, mas também o interesse pela ciência e pela história natural.

O Museu da Lourinhã, por exemplo, é reconhecido internacionalmente pela sua coleção de fósseis dinossauros e tem sido um centro de aprendizagem e inspiração para muitos. As exposições interativas e as réplicas em tamanho real permitem que as pessoas tenham uma experiência imersiva no mundo pré-histórico.

O turismo paleontológico também tem crescido em popularidade, com muitos entusiastas que viajam para Portugal à procura de fósseis e locais de escavação. Esta forma de turismo, não só beneficia a economia local como, também, sensibiliza o público para a importância da conservação do património paleontológico.

Iniciativas educativas, como workshops e palestras sobre os saurópodes do Jurássico Superior e outros dinossauros que habitaram no território português, são fundamentais para criar uma nova geração consciente da riqueza científica e cultural que os fósseis representam.

 

Lourinhã: a terra dos dinossauros

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

Situada a 63 quilómetros de Lisboa, a Lourinhã é um local de pegadas com história, onde a ruralidade se mistura harmoniosamente com o mar. Conhecida como a terra dos dinossauros, guarda um precioso património paleontológico.

Há 152 milhões de anos, durante o período Jurássico, a Lourinhã foi habitat de diversas espécies de dinossauros, sendo hoje reconhecida pelo o Museu, o Dino Parque e a Mostra Urbana de Dinossauros.

 

Dino Parque: atrações a não perder

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

Considerada a maior exposição ao ar livre, o Dino Parque conta com 10 hectares onde podes observar quase 200 modelos de espécies de dinossauros à escala real, composto por vários e diferentes percursos. 

No edifício central do Dino Parque, os visitantes podem explorar o live lab e o espaço museológico, que abriga a exposição paleontológica "Dinossauros da Lourinhã", sob a supervisão técnica e científica do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL). Neste local, é possível observar uma mistura de fósseis autênticos e réplicas, com destaque para o ninho de ovos de dinossauros, datado de cerca de 150 milhões de anos.

No Dino Parque da Lourinhã podes ainda visualizar outras réplicas de dinossauros, sempre à escala real, além de outras atrações, como o trilho da idade do gelo, com 14 novos modelos à escala real; o Supersaurus, o maior dinossauro do mundo; o Iberospinus natarioi, um dos achados mais relevantes das últimas décadas; e a torre de observação Jurássica que possui cerca de seis metros de altura, onde podes contemplar uma vista fantástica.

 

Um tesouro paleo-histórico em terras lusitanas

 

Fósseis de dinossauros em Portugal: os segredos do passado

 

Portugal continua a ser um terreno fértil para descobertas paleontológicas, cada fóssil encontrado abre novas janelas para o passado distante. Através do estudo dos fósseis de dinossauros, os cientistas e entusiastas podem explorar a rica tapeçaria da vida na Terra, reforçando o papel crucial de Portugal no mapa mundial da paleontologia.

Com uma história geológica que remonta a cerca de milhões de anos, os sítios paleontológicos como a jazida de Monte Agudo e as descobertas em Pombal, tornam-se não apenas pontos de interesse científico, mas também cultural e educativo. O registo fóssil de vertebrados e, em particular, dos saurópodes do Jurássico Superior, coloca Portugal numa posição de destaque no que diz respeito ao estudo da biodiversidade e das mudanças ambientais ocorridas no planeta.

A pesquisa paleontológica em Portugal, liderada por figuras como a paleontóloga Elisabete Malafaia, tem revelado dados impressionantes sobre os gigantes que uma vez caminharam por estas terras. As descobertas vão muito mais além dos ossos e esqueletos, incluem pegadas e outras partes do esqueleto que se mantiveram em posição anatómica original, oferecendo pistas sobre o comportamento e a ecologia destes animais pré-históricos. 


in idealista