O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas. Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Postado por Fernando Martins às 00:39 0 bocas
Marcadores: Calvin e Hobbes, cartoon, Dinossáurios, geohumor, Humor
Afinal, o asteroide que matou os dinossauros não o fez sozinho
Ilustração artística de dinossauro da ilha de Wight
O asteroide que levou os dinossauros à extinção, há 66 milhões de anos, não estava sozinho: um novo estudo encontrou evidências de um “evento catastrófico” provocado por outro asteroide.
Novas análises da cratera submarina Nadir, encontrada na costa da África Ocidental, mostraram que esta formação surgiu quando outra rocha espacial colidiu com o nosso planeta.
O evento ocorreu por volta do final do Período Cretácico - que foi também quando aconteceu a extinção dos dinossauros.
Uisdean Nicholson, geólogo marinho que estudou a cratera e publicou as descobertas num estudo na revista Nature Communications Earth & Environment, descobriu a cratera Nadir em 2022, e, na altura, os detalhes da sua formação ainda eram incertos.
Os novos dados mostraram que o impacto violento, ocorrido entre 65 e 67 milhões de anos atrás, abriu uma cratera com cerca de oito quilómetros de diâmetro. O asteroide parece ter medido cerca de 400 metros e atingiu a Terra enquanto se deslocava a quase 75 mil km/h.
Se for esse o caso, o objeto seria menor que o asteroide responsável pela extinção em massa no nosso planeta, mas suficientemente grande para deixar marcas significativas.
“As novas imagens descrevem uma cena de um evento catastrófico”, explicou Nicholson
O impacto parece ter causado tremores fortes, que derreteram os sedimentos no fundo do oceano e formaram falhas sob o leito oceânico. Além disso, a colisão causou deslizamentos com vestígios visíveis por milhares de quilómetros quadrados para além da borda da cratera.
Os efeitos não se ficaram por aí: a colisão do objeto causou um tsunami com 800 metros de altura, que pode ter percorrido as águas do Atlântico.
Por agora, não está claro onde exatamente ocorreu a colisão. Por outro lado, a descoberta da cratera e da sua idade aproximada sugerem que é uma de várias crateras formadas por impactos no final do Cretácico.
Para comparação, o asteroide relacionado com a extinção dos dinossauros era consideravelmente maior do que aquele que formou Nadir e deixou uma cratera com mais de 180 quilómetros na península de Iucatão, no México.
“O mais próximo que os humanos chegaram de ver algo semelhante foi o evento de Tunguska em 1908, quando um asteroide de 50 metros entrou na atmosfera da Terra e explodiu nos céus da Sibéria”, recordou Nicholson.
“Os novos dados sísmicos em 3D de toda a cratera Nadir são uma oportunidade sem precedentes para testar hipóteses sobre crateras de impacto, desenvolver novos modelos de formação de crateras no ambiente marinho e compreender as consequências de um evento deste tipo”, concluiu.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 19:06 0 bocas
Marcadores: cratera Nadir, crateras de impacto, Dinossáurios, extinções, KTB
Cientistas descobrem de onde veio o asteroide que matou os dinossáurios
O mítico Chicxulub, que levou os dinossáurios à extinção, era uma rocha rara vinda do exterior de Júpiter, revela um novo estudo, que analisou a “impressão digital genética” do asteroide.
A rocha espacial que dizimou os dinossáurios há 66 milhões de anos era um raro asteroide com origem para lá de Júpiter, nos confins do nosso sistema solar, revela um novo estudo.
Os resultados do estudo, publicado esta quinta-feira na revista Science, permitem determinar a natureza da fatídica rocha espacial e a sua origem no nosso sistema solar, e podem abrir portas a novas técnicas de previsão da queda de asteroides no nosso planeta.
A maioria dos cientistas concorda que o Chicxulub, cujo nome tem origem na comunidade situada no atual México, perto da cratera de 145 quilómetros de largura escavada pela rocha, veio do nosso sistema solar.
Mas as suas origens exatas continuavam por esclarecer, devido à falta de provas químicas claras que não tivessem sido contaminadas por material da própria Terra.
No novo estudo, a equipa de investigadores analisou restos de impactos de asteroides recolhidos em regiões europeias da crosta do nosso planeta, e descobriu que a composição química de um elemento raro chamado ruténio é semelhante à dos asteroides que pairam entre as órbitas de Marte e Júpiter.
“Este elemento é uma impressão digital genética das rochas da cintura de asteroides, onde a rocha do tamanho de uma cidade se encontrava antes de atingir a Terra há 66 milhões de anos”, explicou ao Live Science Mario Fischer-Gödde, investigador da Universidade de Colónia, na Alemanha, e autor principal do estudo.
O asteroide terá provavelmente sido empurrado em direção à Terra, ou por colisões com outras rochas espaciais, ou por influências no sistema solar exterior, onde gigantes gasosos como Júpiter abrigam imensas forças de maré capazes de perturbar órbitas de asteroides - que, de outra forma, seriam estáveis, dizem os autores do estudo.
As descobertas baseiam-se numa nova técnica que essencialmente quebra todas as ligações químicas que sustentam uma amostra de rocha enquanto esta é armazenada num tubo selado, e que permitiu aos cientistas medir os níveis específicos de ruténio no local de impacto do Chicxulub.
“O elemento manteve-se notavelmente estável ao longo de milhares de milhões de anos face à frequente atividade geológica da Terra, que recicla a paisagem”, explica Fischer-Gödde, que desenvolveu a nova técnica na última década e é um dos poucos especialistas no mundo que consegue analisar com precisão o elemento raro.
Os investigadores compararam os resultados com amostras de outros locais de impacto de asteroides na África do Sul, Canadá e Rússia, e também com um par de meteoritos carbonosos, que dominam a região exterior da cintura principal de asteroides.
As assinaturas químicas do ruténio no local de impacto do Chicxulub eram consistentes apenas com as dos meteoritos carbonáceos, apontando para a sua origem no sistema solar exterior, concluiu a equipa.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 17:39 0 bocas
Marcadores: asteróides, astronomia, Chicxulub, condritos carbonáceos, crateras de impacto, Dinossáurios, KTB, meteoritos, ruténio
Português descobre espécie de dinossauro com 75 milhões de anos em Espanha
Escava ções em Cuenca, Espanha
Reprodução do novo saurópode
Teria de 15 a 20 metros de comprimento, da cabeça à cauda, e cerca de 20 toneladas. É uma nova espécie de dinossauro que viveu na Península Ibérica há 75 milhões de anos e é maior do que o habitual. Chama-se Qunkasaura pintiquiniestra, nome que resulta de muitas referências geográficas e culturais, e é um saurópode, o que quer dizer herbívoro, quadrúpede e grande. Foi descoberto na região de Cuenca, em Espanha, por um grupo liderado pelo português Pedro Mocho. É um dos milhares de fosseis encontrados durante as obras da linha ferroviária de alta velocidade Madrid-Levante. O Qunkasaura pintiquiniestra chegou à Península Ibérica muito mais tarde do que os outros grupos de dinossauros. Destaca-se por ser um dos esqueletos de saurópode mais completos encontrados na Europa, incluindo vértebras cervicais, dorsais e caudais, parte da cintura pélvica e elementos dos membros.
in CM
Postado por Fernando Martins às 21:28 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, Paleontologia, Pedro Mocho, Qunkasaura pintiquiniestra, saurópode
Postado por Fernando Martins às 02:20 0 bocas
Marcadores: Anatomia Comparada, Biologia, Dinossáurios, Paleontologia, Richard Owen
Postado por Fernando Martins às 06:06 0 bocas
Marcadores: Bill Watterson, Calvin e Hobbes, cartoon, Dinossáurios, Humor
Mistérios da vida sexual dos Lourinhanosaurus revelados por paleontólogos portugueses
Um “ninho” com mais de 80 ovos de dinossauro permite perceber como os grandes carnívoros do Jurássico construíam os seus ninhos e como as catástrofes naturais os destruíam.
Um grupo multidisciplinar da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com as universidades de Aveiro e Saragoça, estudou um dos fósseis mais emblemáticos de Portugal, revelando como os dinossauros nidificavam há 152 milhões de anos.
O “ninho de Paimogo” é uma acumulação de quase uma centena de ovos de dinossauros terópodes allosauroideos, provavelmente pertencentes à espécie Lourinhanosaurus.
Alguns destes ovos contêm exemplares dos embriões de dinossauro terópode mais antigos do mundo.
Descoberto na Lourinhã e descrito nos anos 90 do século passado pelo casal de paleontólogos amadores Isabel e Horácio Mateus, trata-se de um dos fósseis mais emblemáticos de Portugal, tendo recentemente sido cunhada uma moeda comemorativa de 5 euros dedicada a este exemplar.
O estudo liderada por Lope Ezquerro e dirigida por Miguel Moreno Azanza, investigadores da Universidade de Saragoça e ex-membros da NOVA FCT, pretende responder à pergunta se uma única fêmea poderia ter dado origem a uma acumulação de quase uma centena de ovos.
Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado na revista Geoscience Frontiers.
Dadas as características do exemplar, formado por uma acumulação desordenada e sem estruturas de nidificação aparentes, a equipa abordou o estudo de forma marcadamente multidisciplinar, realizando estudos sedimentológicos, paleontológicos, geoquímicos e de paleomagnetismo, com o objetivo de aprofundar os processos que levaram à formação deste fóssil singular.
A evidência paleontológica e geoquímica sugere que a acumulação inclui ovos de, pelo menos, duas fêmeas diferentes, embora tenha sido impossível determinar se os ovos foram postos ao mesmo tempo ou em temporadas de nidação sucessivas.
Por outro lado, os estudos sedimentológicos e paleomagnéticos concluíram que os ovos foram arrastados e acumulados por uma inundação causada pelo transbordo de um rio próximo, que destruiu várias posturas de diferentes origens e as transportou, acumulando-as numa área próxima, onde os ovos ficaram presos entre a vegetação.
Este processo acarretou a morte de várias das crias ainda dentro do ovo, que resultaram nos fósseis de embriões, únicos no mundo.
O trabalho tem implicações sobre as estratégias de nidificação deste grupo de dinossauros carnívoros, entre os quais se encontra o famoso Allosaurus.
A reconstrução desta acumulação sugere que os allosauroideos nidificavam em montículos de terra ou plantas, construídos sobre o solo, como fazem algumas aves e outros terópodes mais modernos, e não em buracos escavados como outros dinossauros.
A principal contribuição desta colaboração luso-espanhola é que estabelece um precedente de como devem ser analisados os possíveis ninhos de dinossauro para confirmar a sua identidade.
É a primeira vez que paleontólogos, sedimentólogos, geoquímicos e geofísicos trabalham em conjunto para entender melhor uma possível estrutura de nidificação, abrindo a porta para reinterpretar acumulações de ovos de dinossauro de todo o mundo.
Os ovos de Paimogo podem ser visitados na exposição do Museu da Lourinhã, incluída no Parque dos Dinossauros da Lourinhã, o maior parque de atrações sobre fauna extinta da Península Ibérica.
Além disso, uma pequena exposição dedicada aos resultados desta investigação pode ser visitada na sede do novo Geoparque Oeste, no município português de Bombarral.
O estudo confirma que a Península Ibérica é um dos locais mais ricos em ovos de dinossauro do mundo, contando com jazidas únicas como as do Jurássico português, que se juntam a megajazidas de ovos de dinossauro do final do Cretácico recuperados na Catalunha, Castela-Mancha e Aragão.
Postado por Fernando Martins às 20:24 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, Lourinhanosaurus, Museu da Lourinhã, Paimogo, Parque dos Dinossauros da Lourinhã, terópodes
O T-Rex já não é o rei dos dinossauros com bracinhos pequenos
Achava que os braços minúsculos do Tyrannosaurus rex eram pequenos? Uma equipa de investigadores argentinos identificou uma nova espécie de dinossauro - com bracinhos muito mais pequenos do que os T-Rex.
Um novo estudo publicado na revista Cladistics relata a descoberta de uma nova espécie de dinossauro abelisaurídeo denominada Koleken inakayali, que foi encontrada na Formação La Colonia da Patagónia, datada de há 70 milhões de anos.
O estudo foi liderado por Diego Pol, paleontólogo do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, em Buenos Aires.
Esta nova espécie, notável pelos seus braços incrivelmente pequenos, está a contribuir para a nossa compreensão da diversidade de dinossauros na região durante o período Cretácico Superior.
O Koleken inakayali, cujo nome homenageia o povo Tehuelche e o seu líder Inakayal, assemelha-se ao conhecido Carnotaurus, muitas vezes referido como o “touro de carne” e popularizado pela série de filmes Jurassic World.
No entanto, Koleken difere significativamente, com características únicas no crânio, tamanho geral mais pequeno e falta dos chifres frontais característicos do Carnotaurus.
Apesar destas diferenças, Koleken partilha a caraterística abelisaurídea de ter braços desproporcionalmente pequenos, levantando questões intrigantes sobre a sua função, refere o IFLScience.
O esqueleto parcial de Koleken recuperado da Formação La Colonia inclui vários ossos do crânio, a maior parte das vértebras, uma anca completa, alguns ossos da cauda e duas pernas quase completas.
Esta descoberta abrangente é notável, especialmente quando comparada com outras descobertas significativas, como a de um animal gigante recentemente identificado a partir de um fragmento de maxilar.
descoberta faz parte de um projeto mais vasto, financiado pela National Geographic Society, que visa estudar o fim da “era dos dinossauros” na Patagónia. Esta iniciativa centra-se nos últimos 15 milhões de anos do Período Cretáceo, um período de tempo que tem sido tradicionalmente melhor estudado no Hemisfério Norte.
Os braços minúsculos de Koleken e de outros abelisaurídeos continuam a intrigar os cientistas. Enquanto que o Carnotaurus pode ter usado os seus braços pequenos e a sua cintura escapular adaptada para atrair parceiros, o objetivo exato dos braços de Koleken permanece desconhecido.
À medida que a investigação avança, cada nova descoberta acrescenta peças ao puzzle de como estas fascinantes criaturas viveram e evoluíram.
Postado por Fernando Martins às 16:20 0 bocas
Marcadores: abelisaurídeo, Argentina, Cretácico, Dinossáurios, Koleken inakayali, Patagónia, T-Rex, T. rex, Tyrannosaurus rex
Fósseis de dinossauros em Portugal: onde se escondem os vestígios
A exploração de fósseis de dinossauros, em Portugal, tem desvendado capítulos fascinantes da história do país. Com uma riqueza geológica única, Portugal apresenta-se como um dos principais palcos para a paleontologia mundial, oferecendo perceções preciosas sobre os gigantes que dominaram a Terra há milhões de anos.
Os vestígios paleontológicos não só enriquecem o conhecimento científico como também capturam a imaginação do público, revelando detalhes sobre a vida e o ambiente desses seres extraordinários que viveram no período jurássico.
Descobertas emblemáticas sobre dinossauros
As recentes escavações na região de Pombal trouxeram à luz o que pode ser o maior saurópode já encontrado na Europa, marcando um momento histórico para a paleontologia portuguesa e global. Este vestígio, juntamente com outros descobertos em várias partes do país, como a jazida de Monte Agudo, destaca a diversidade e a magnitude dos dinossauros que habitaram o território português.
A descoberta em Pombal desafia as conceções anteriores sobre a distribuição geográfica destes animais e afirma que Portugal foi um habitat propício para os saurópodes há cerca de milhões de anos.
Os fósseis encontrados estão a proporcionar dados valiosos para os cientistas, permitindo-lhes reconstruir não apenas a anatomia destes animais gigantescos, mas também, o seu comportamento e ecologia. A paleontóloga Elisabete Malafaia, líder da equipa que realizou as escavações, destaca que os fósseis encontrados em posição anatómica original oferecem uma rara oportunidade de entender melhor o modo de preservação relativamente intacto destes seres pré-históricos.
Com dimensões que rivalizam com as do famoso Brachiosaurus altithorax e Giraffatitan brancai, o saurópode de Pombal promete redefinir o registo fóssil de vertebrados do Jurássico Superior português.
A jornada paleontológica: de casualidades a descobertas científicas
As histórias por detrás das descobertas paleontológicas em Portugal são tão variadas quanto fascinantes. Desde fósseis encontrados acidentalmente em quintais, até meticulosas escavações que revelam vestígios de vertebrados do Jurássico Superior. Cada vestígio é uma peça do quebra-cabeças da vida pré-histórica em solo português.
A paleontologia, ciência que estuda os fósseis, tem sido enriquecida com as descobertas de fósseis de dinossauros em Portugal, que vão desde simples ossadas até complexas jazidas que oferecem um panorama detalhado da biodiversidade de um passado distante.
Em particular, a jazida de Monte Agudo tem-se destacado como um local de relevância internacional, onde a descoberta de fósseis com cerca de milhões de anos fornece dados cruciais para o registo fóssil de vertebrados. Estes vestígios paleontológicos, não são apenas testemunhos da história natural, mas também, são fundamentais para compreender as mudanças climáticas e geográficas que ocorreram na Terra ao longo dos séculos. A dedicação dos paleontólogos, como a investigadora Elisabete Malafaia, tem permitido que estas descobertas casuais se transformem em avanços científicos significativos.
Fósseis de dinossauros: impacto global
Os fósseis de dinossauros encontrados em território nacional, não são apenas significativos localmente, mas também oferecem contribuições valiosas para o entendimento global da evolução dos dinossauros. Comparando-os com os vestígios de outras regiões, os cientistas podem observar e compreender melhor as migrações e as mudanças ambientais que ocorreram ao longo de milhões de anos. Esta análise comparativa é essencial para a paleontologia, pois permite criar uma ligação dos fósseis de dinossauros, em Portugal com uma narrativa mais ampla sobre a história da vida na Terra.
Através do estudo meticuloso dos fósseis, os paleontólogos conseguem reconstruir ecossistemas inteiros e entender como diferentes espécies interagiam entre si e com o ambiente à sua volta. O registo fóssil de dinossauros, em particular, tem um papel crucial neste processo, pois os dinossauros ocuparam uma variedade de nichos ecológicos e foram distribuídos por todo o globo. Assim, cada novo fóssil encontrado, não só enriquece o património científico nacional, mas também contribui para a grande tapeçaria da história evolutiva global.
Desafios da paleontologia em Portugal
A procura por fósseis, em Portugal, enfrenta diversos desafios, desde questões de conservação até à necessidade de financiamento para pesquisas. A história da paleontóloga Elisabete Malafaia ilustra bem essas dificuldades, mas também destaca a paixão e a dedicação dos cientistas que trabalham para preservar e estudar esse legado.
A paleontologia nacional, apesar de contar com descobertas de relevância mundial, como os fósseis de dinossauros em particular, luta por reconhecimento e apoios necessários para avançar. A preservação de locais ricos em fósseis, como a jazida de Monte Agudo, é uma preocupação constante, pois sem a proteção adequada, estes sítios podem ser danificados ou mesmo perdidos para a construção e outras atividades humanas.
Outro grande desafio é o financiamento. A pesquisa paleontológica requer investimentos significativos em equipamento pessoal e tempo. Em Portugal, como em muitos outros países, a ciência enfrenta cortes orçamentais que afetam diretamente o progresso das investigações. Elisabete Malafaia e outros paleontólogos têm trabalhado incansavelmente para trazer à luz o registo fóssil de dinossauros e outros vertebrados do Jurássico Superior português, mas a falta de recursos pode retardar ou até mesmo impedir novas descobertas. A colaboração internacional e o apoio de instituições privadas são, muitas vezes, a solução encontrada para superar essas barreiras financeiras.
O legado dos dinossauros: educação e turismo
Além do impacto científico, os fósseis de dinossauros têm um papel importante na educação e no turismo. Museus e parques dedicados à paleontologia atraem visitantes de todas as idades, promovendo não apenas o conhecimento, mas também o interesse pela ciência e pela história natural.
O Museu da Lourinhã, por exemplo, é reconhecido internacionalmente pela sua coleção de fósseis dinossauros e tem sido um centro de aprendizagem e inspiração para muitos. As exposições interativas e as réplicas em tamanho real permitem que as pessoas tenham uma experiência imersiva no mundo pré-histórico.
O turismo paleontológico também tem crescido em popularidade, com muitos entusiastas que viajam para Portugal à procura de fósseis e locais de escavação. Esta forma de turismo, não só beneficia a economia local como, também, sensibiliza o público para a importância da conservação do património paleontológico.
Iniciativas educativas, como workshops e palestras sobre os saurópodes do Jurássico Superior e outros dinossauros que habitaram no território português, são fundamentais para criar uma nova geração consciente da riqueza científica e cultural que os fósseis representam.
Lourinhã: a terra dos dinossauros
Situada a 63 quilómetros de Lisboa, a Lourinhã é um local de pegadas com história, onde a ruralidade se mistura harmoniosamente com o mar. Conhecida como a terra dos dinossauros, guarda um precioso património paleontológico.
Há 152 milhões de anos, durante o período Jurássico, a Lourinhã foi habitat de diversas espécies de dinossauros, sendo hoje reconhecida pelo o Museu, o Dino Parque e a Mostra Urbana de Dinossauros.
Dino Parque: atrações a não perder
Considerada a maior exposição ao ar livre, o Dino Parque conta com 10 hectares onde podes observar quase 200 modelos de espécies de dinossauros à escala real, composto por vários e diferentes percursos.
No edifício central do Dino Parque, os visitantes podem explorar o live lab e o espaço museológico, que abriga a exposição paleontológica "Dinossauros da Lourinhã", sob a supervisão técnica e científica do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL). Neste local, é possível observar uma mistura de fósseis autênticos e réplicas, com destaque para o ninho de ovos de dinossauros, datado de cerca de 150 milhões de anos.
No Dino Parque da Lourinhã podes ainda visualizar outras réplicas de dinossauros, sempre à escala real, além de outras atrações, como o trilho da idade do gelo, com 14 novos modelos à escala real; o Supersaurus, o maior dinossauro do mundo; o Iberospinus natarioi, um dos achados mais relevantes das últimas décadas; e a torre de observação Jurássica que possui cerca de seis metros de altura, onde podes contemplar uma vista fantástica.
Um tesouro paleo-histórico em terras lusitanas
Portugal continua a ser um terreno fértil para descobertas paleontológicas, cada fóssil encontrado abre novas janelas para o passado distante. Através do estudo dos fósseis de dinossauros, os cientistas e entusiastas podem explorar a rica tapeçaria da vida na Terra, reforçando o papel crucial de Portugal no mapa mundial da paleontologia.
Com uma história geológica que remonta a cerca de milhões de anos, os sítios paleontológicos como a jazida de Monte Agudo e as descobertas em Pombal, tornam-se não apenas pontos de interesse científico, mas também cultural e educativo. O registo fóssil de vertebrados e, em particular, dos saurópodes do Jurássico Superior, coloca Portugal numa posição de destaque no que diz respeito ao estudo da biodiversidade e das mudanças ambientais ocorridas no planeta.
A pesquisa paleontológica em Portugal, liderada por figuras como a paleontóloga Elisabete Malafaia, tem revelado dados impressionantes sobre os gigantes que uma vez caminharam por estas terras. As descobertas vão muito mais além dos ossos e esqueletos, incluem pegadas e outras partes do esqueleto que se mantiveram em posição anatómica original, oferecendo pistas sobre o comportamento e a ecologia destes animais pré-históricos.
in idealista
Postado por Fernando Martins às 17:26 0 bocas
Marcadores: Dino Parque, Dinossáurios, Elisabete Malafaia, jazida de Monte Agudo, Lourinhã, Paleontologia, Pombal
Postado por Fernando Martins às 00:45 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, Ecologia, paisagem cársica, Parques Naturais, Pedreira do Galinha, PNSAC
Os T-Rex não eram tão espertos como se pensava
Os dinossauros eram tão inteligentes como os répteis, mas não tão inteligentes como os macacos.
Uma equipa internacional de paleontólogos, cientistas comportamentais e neurologistas reexaminou o tamanho e a estrutura do cérebro dos dinossauros e concluiu que estes se comportavam mais como crocodilos e lagartos do que como mamíferos.
Num estudo publicado no ano passado no The Journal of Comparative Neurology, afirmava-se que os dinossauros como o T. rex tinham um número excecionalmente elevado de neurónios e eram substancialmente mais inteligentes do que se pensava.
Segundo a autora do estudo, Suzana Herculano-Houzel, este elevado número de neurónios daria evidências diretas sobre a inteligência, o metabolismo e a história de vida dos T. rex - que seriam bastante semelhante aos primatas em alguns dos seus hábitos.
Assim, concluiu na altura a investigadora, entre outros exemplos de características cognitivas, os Tyrannosaurus rex teriam sido capazes de usar ferramentas, resolver problemas e ser dotados de cultura; seriam os Einsteins da pré-história.
No entanto, um novo estudo, publicado a semana passada na revista científica The Anatomical Record, analisou mais de perto as técnicas usadas para prever o tamanho do cérebro e o número de neurónios nos cérebros dos dinossauros - e chegou a conclusões diferentes.
O estudo foi liderado pelo primatólogo Kai Caspar, da Universidade Heinrich Heine, em Dusseldorf, na Alemanha, Cristian Gutierrez-Ibanez, da Universidade de Alberta, e Grant Hurlburt, do Museu Real do Ontário, no Canadá, e envolveu investigadores da Universidade de Bristol e da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
Os investigadores descobriram que os pressupostos anteriores sobre o tamanho do cérebro dos dinossauros e o número de neurónios que os seus cérebros continham não eram fiáveis.
A investigação segue-se a décadas de análises em que paleontólogos e biólogos examinaram o tamanho e a anatomia do cérebro dos dinossauros e utilizaram estes dados para inferir o comportamento e o estilo de vida.
A informação sobre os cérebros dos dinossauros provém de enchimentos minerais da cavidade cerebral, denominados endocasts, bem como das formas das próprias cavidades.
A equipa descobriu que o tamanho do cérebro dos T. rex, e portanto o número dos seus neurónios, tinha sido sobrestimado. Além disso, mostram que as estimativas da contagem de neurónios não são um guia fiável para a inteligência.
Para reconstruir de forma fiável a biologia de espécies há muito extintas, a equipa argumenta que os investigadores devem analisar várias linhas de evidência, incluindo a anatomia do esqueleto, a histologia óssea, o comportamento de parentes vivos e os vestígios fósseis.
“A melhor forma de determinar a inteligência dos dinossauros e de outros animais extintos é utilizar muitas linhas de evidência, desde a anatomia grosseira até às pegadas fósseis, em vez de se basear apenas em estimativas do número de neurónios”, explicou Hady George, investigador da Universidade de Bristol e co-autor do estudo.
“Consideramos que não é uma boa prática prever a inteligência em espécies extintas quando as contagens de neurónios reconstruídas a partir de endocasts são tudo o que temos para nos basear”, acrescenta Kai Caspar, primeiro autor do estudo, em comunicado publicado no EurekAlert.
“A possibilidade de o Tyrannosaurus rex ter sido tão inteligente como um babuíno é fascinante e assustadora, com o potencial de reinventar a nossa visão do passado”, diz Darren Naish, investigador da Universidade de Southampton e também co-autor do estudo
“Mas o nosso estudo mostra que todos os dados de que dispomos são contrários a esta ideia. Eles eram mais parecidos com crocodilos gigantes inteligentes, e isso é igualmente fascinante”, conclui o investigador.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 19:14 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, inteligência, molde interno, Paleontologia, T. rex, Tyrannosaurus rex
Povo desconhecido gravou símbolos misteriosos ao lado de pegadas de dinossauro no Brasil
Um local único no Brasil apresenta gravuras rupestres associadas a pegadas de dinossauro - que o povo pré-histórico que as esculpiu considerava aparentemente significativas.
Gravuras rupestres misteriosas cuidadosamente esculpidas junto a pegadas de dinossauro no Brasil sugerem que os povos ancestrais que as descobriram há milhares de anos as consideravam importantes, e lhes terão eventualmente dado algum tipo de significado ritual.
Encontradas no sítio de Serrote do Letreiro, no estado da Paraíba, as pegadas foram deixadas por dinossauros terópodes, saurópodes e ornitópodes do início do Cretácico, período geológico entre 145 milhões e 100 milhões de anos atrás.
Ao lado destas pegadas encontram-se gravadas mais de 30 gravuras rupestres, sem se sobreporem às pegadas de dinossauro. Estes petroglifos, com motivos abstratos, são predominantemente circulares com linhas radiais.
As gravuras foram encontradas por uma equipa liderada pelo arqueólogo brasileiro Leonardo Troiano, investigador do Instituto Nacional do Património Histórico e Artístico do Brasil, que nas suas visitas ao sítio arqueológico usou pela primeira vez drones para fazer um levantamento aéreo do local.
A descoberta destas gravuras foi apresentada num artigo publicado a semana passada na revista Scientific Reports.
Pouco se sabe sobre os criadores destes petroglifos. “Eram grupos nómadas ou povos semi-sedentários que viviam no nordeste do Brasil”, explica Troiano, citado pela New Scientist.
Os misteriosos artistas “usavam ferramentas de pedra, viviam da caça e recolhiam os recursos naturais disponíveis na região”, acrescenta o investigador. “Considerando os dados obtidos nos poucos sítios datados nesta região, especulamos que os petroglifos foram feitos entre 3.000 e 9.000 anos atrás“.
Segundo Troiano, há uma relação especial entre os petroglifos e as pegadas, mas é impossível perceber qual o seu significado. “Fomos os primeiros a dar atenção à relação íntima entre os petróglifos e as pegadas”, explica o investigador em entrevista à Newsweek.
“Determinar os motivos por trás destas representações é um desafio verdadeiramente complexo”, diz o investigador. “Os artistas pré-históricos podem ter pensado que eram pegadas de aves gigantes“.
Alguns paleontólogos consideram que as aves gigantes das narrativas tradicionais representadas em imagens rupestres por toda a América do Norte podem ser representações de Teratornis, um género de aves de rapina massivas que se extinguiram no final do Pleistoceno.
Embora não representem animais reais, a semelhança destas gravuras com outros petróglifos encontrados na região sugere haver uma ligação cultural entre diferentes sítios arqueológicos do nordeste brasileiro.
Segundo Leonardo Troiano, os petróglifos esculpidos por estes povos ancestrais poderão ter sido criados num contexto ritualístico, e o local terá sido escolhido para as cerimónias rituais precisamente devido à presença destas pegadas.
“Tradicionalmente, a ciência ignorou e menosprezou a história dos Nativos Americanos, e rejeitou sempre a ideia de que os povos indígenas, ‘devido às suas ideias simples ou primitivas’, pudessem ser capazes de admirar ou ter curiosidade científica sobre fósseis”, explica o investigador.
O seu estudo parece contradizer definitivamente tal ideia.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 14:00 0 bocas
Marcadores: Brasil, Cretácico, Dinossáurios, gravuras rupestres, icnofósseis, índios, pegadas de dinossáurio, petroglifos
Nova cápsula do tempo geológica explica a extinção dos dinossauros
Está cada vez mais claro – apenas metaforicamente falando – que foi a ausência de luz, devido às poeiras resultantes do asteroide caído no Golfo do México, há 66 milhões de anos, que provocou a extinção dos dinossauros.
Um estudo publicado recentemente, na Nature Geoscience, sugere que as partículas finas de poeira na atmosfera contribuíram significativamente para a extinção dos dinossauros, há aproximadamente 66 milhões de anos.
A teoria vulgarmente conhecida e aceite diz que um asteroide Chicxulub atingiu a Terra perto da costa do México, causando catástrofes massivas e exterminando três quartos da vida na Terra. No entanto, os detalhes de como esse fenómeno ocorreu têm sido, desde sempre, objeto de debate.
Os investigadores analisaram agora uma “cápsula do tempo” geológica que indica que o impacto do asteroide levou a uma nuvem de poeira fina que bloqueou a luz solar, arrefeceu a Terra e desorganizou a cadeia alimentar.
Teorias anteriores desconsideravam a poeira fina como um fator contribuinte, devido à falta de evidências em amostras de rochas.
Planeta às escuras
O estudo mais recente utilizou 40 amostras de sedimento de um depósito com 1,3 metros de profundidade em Tanis, Dakota do Norte (EUA) – aproximadamente a 3.000 quilómetros a norte da cratera do asteroide Chicxulub.
Os cientistas encontraram uma maior composição de poeira fina de silicato, do que se pensava anteriormente, e concluíram que aquela poeira fina foi “a partícula mais letal” libertada durante a colisão do asteroide.
O estudo mostrou que os altos níveis de poeira atmosférica poderão ter resultado em quase dois anos de escuridão global, inviabilizando a fotossíntese e fazendo colapsar a cadeia alimentar.
“Descobrimos que a escuridão global e a perda prolongada da atividade fotossintética do planeta ocorrem apenas no cenário de poeira de silicato, até quase 1,7 anos (620 dias) após o impacto”, escreveram os investigadores, citados pela Science Alert.
Animais e plantas não adaptados a tais condições terão sido extintas, enquanto as espécies com dietas e habitats flexíveis terão tido mais hipótese de sobreviver.
De acordo com a equipa de investigação, a poeira poderá ter permanecido no ar até 15 anos, levando ainda a uma queda nas temperaturas globais de 15°C.
in ZAP
Unexpected Revelation in Evolution: Fossil Feathers Show Muscle Imprints on Dinosaur, Uncovered by Laser Imaging
The study analysed more than 1,000 foѕѕіlѕ of flying feathered dinosaurs.
Laser-stimulated fluorescence (LSF) image of the early Cretaceous beaked bird Confuciusornis, showing large shoulders that powered the wing upstroke
Palaeontologists have previously determined that flying dinosaurs – ancestors of today’s birds – must have used shoulder muscles to рoweг their wings’ upstrokes, and сһeѕt muscles to рoweг downstrokes. However, this was based only on existing bony fossil eⱱіdeпсe and comparison with living flying creatures.
Now, Chinese University of Hong Kong (CUHK) research has finally confirmed this by finding elusive soft tissues. The findings, which include the earliest soft anatomy profiles of flying dinosaurs, are published in ргoсeedіпɡѕ of the National Academy of Sciences (PNAS).
The study analysed more than 1,000 foѕѕіɩѕ of flying feathered dinosaurs that lived in the late Jurassic and early Cretaceous periods, found in north-eastern China.
Using a Laser-Stimulated Fluorescence (LSF) technique, the researchers targeted the shoulder and сһeѕt regions of the fossilised animals to study preserved soft tissue fɩіɡһt anatomy. Combining this data with ѕkeɩetаɩ reconstructions, the team validated the understanding of how the first birds took fɩіɡһt as paravian dinosaurs.
“We have a good understanding of how living birds fly, but we know much less about how early fossil birds and their closest relatives flew since their soft tissues are rarely preserved,” says lead author Michael Pittman, an assistant professor at CUHK. “By using LSF imaging, my team can now see these elusive soft tissues that were only suggested previously by fossil bones.”
“The LSF data validated the ancestral fɩіɡһt condition of flying dinosaurs, where shoulder muscles powered the wing upstroke and сһeѕt muscles powered the wing downstroke, moving the field closer to accurately reconstructing early fɩіɡһt capability,” Pittman adds.
Also included in the study was an early beaked bird, Confuciusornis which lived 125 million years ago. With their reconstruction, the scientists could tell that this ancient bird had a weakly-constructed сһeѕt and ѕtгoпɡ shoulders.
“Our Confuciusornis reconstruction indicates the earliest eⱱіdeпсe of upstroke-enhanced fɩіɡһt, which is very exciting,” says joint-corresponding author Professor Xiaoli Wang from Linyi University in China’s Shandong Province.
Some early flying birds and dinosaurs are mіѕѕіпɡ a breastbone, or sternum. This ѕtгапɡe quirk of evolution has been a mystery in palaeontology.
“We used our LSF data to propose that a more weakly constructed сһeѕt in early birds like Anchiornis was behind their ɩасk of a breast bone,” says co-author Thomas G. Kaye from the Foundation for Scientific Advancement in Arizona. “They didn’t use their сһeѕt muscles enough for the sternum to be needed, so it was loѕt.”
Many of the specimens displayed at the Shandong Tianyu Museum of Nature in Shandong Province. The museum is world-famous for its collection of feathered dinosaurs.
Museum Director and co-author Professor Xiaoting Zheng adds: “We are delighted that the team used data from more than 1,000 of our specimens to produce further ѕіɡпіfісапt advances in the study of flying dinosaurs. We look forward to sharing more exciting discoveries in the future.”
Scientists from Beijing’s Capital Normal University found 10 of the tiny insects in well-preserved downy feathers that — Jurassic Park-style — were trapped in plant resin some 100 million years ago.
While paleontologists had ѕᴜѕрeсted that parasites preyed on feathered dinosaurs in the Mesozoic eга, they had not been able to рɩᴜɡ an obvious gap in the fossil record.
Such small bugs are unlikely to create their own foѕѕіɩѕ, and when they do, they’re hard to ѕрot.
The Beijing team had looked through some 1,000 pieces of amber over a period of roughly five years. They noticed the lice in only two of the samples.
The insects, roughly twice the width of a human hair, are somewhat different from today’s lice, with less sophisticated mouthparts.
“They look a Ьіt weігd, but they definitely have louse-y features,” Allen told Science.
It’s thought that the lice probably didn’t Ьіte their һoѕt’s skin and so wouldn’t have itched, but dаmаɡe to feathers could have bothered the dinosaurs.
“Now we know that feathered dinosaurs not only had feathers, they also had parasites - and they most likely had wауѕ they tried to ɡet rid of them,” Allen said.
in 2000 Daily
Postado por Fernando Martins às 11:58 0 bocas
Marcadores: China, Confuciusornis, Dinossáurios, Paleontologia
Identificada nova espécie de dinossauro na Lourinhã
A nova espécie chama-se ‘Hesperonyx martinhotomasorum’, juntando os nomes 'martinho' e 'tomas', em homenagem a Micael Martinho e Carla Tomás, os preparadores de fósseis do Museu da Lourinhã.
Paleontólogos identificaram na Lourinhã uma nova espécie de dinossauro, que percorria o local há 150 milhões de anos, era herbívoro, bípede e relativamente pequeno, anunciou esta segunda-feira em comunicado o Museu da Lourinhã, que colaborou nas investigações.
O resultado do trabalho, feito por paleontólogos das Universidades Nova de Lisboa, de Saragoça (Espanha) e Bona (Alemanha), em colaboração com o Museu da Lourinhã e a Sociedade de História Natural de Torres Vedras, é divulgado esta segunda-feira na edição digital da publicação da especialidade Journal of Vertebrate Paleontology.
A nova espécie tem na sua designação os nomes 'martinho' e 'tomas', em homenagem a Micael Martinho e Carla Tomás, os preparadores de fósseis do Museu da Lourinhã, onde os restos da pata do Hesperonyx martinhotomasorum estão expostos ao público.
Segundo os investigadores, o novo dinossauro, pelas suas características, era bastante raro no período geológico do Jurássico na Europa.
in SIC Notícias
Postado por Fernando Martins às 18:56 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, Hesperonyx martinhotomasorum, Jurássico, Lourinhã, Museu da Lourinhã, Porto Dinheiro, Sociedade de História Natural de Torres Vedras
As Guerras dos Ossos: a rivalidade mais acesa e ridícula da ciência
A situação agravou-se ainda mais quando Cope cometeu um erro de anatomia num estudo sobre um réptil marinho extinto, o Elasmosaurus platyurus. Depois de Marsh apontar o erro, a inimizade entre os dois tornou-se irreversível.
A expansão da ferrovia transcontinental deu a ambos uma enorme oportunidade para avançar nos seus trabalhos. Em 1877, a descoberta de fósseis bem preservados em Como Bluff, perto da cidade de Medicine Bow, Wyoming, tornou-se o epicentro desta rivalidade. Ambos enviaram equipas de escavação, que ficaram acampadas muito perto umas das outras, resultando em episódios de lutas físicas, espionagem e acusações mútuas de sabotagem e invasão de propriedade.
Se alguém pode ser apontado como o “vencedor” deste conflito, seria Marsh. Enquanto Cope enfrentou dificuldades financeiras, investindo em minas de prata que se revelaram um fracasso, Marsh foi nomeado Paleontólogo Chefe de vertebrados do US Geological Survey.
Contudo, ambos os cientistas morreram empobrecidos e sozinhos, deixando um legado ambíguo. As suas descobertas contribuíram significativamente para o campo da paleontologia, mas o seu comportamento infantil e antiético manchou a reputação da própria ciência que ambos procuravam avançar.
Esta história serve como um lembrete de que a ciência, apesar da sua promessa de objetividade e racionalidade, é realizada por seres humanos falíveis, repletos de ego, inseguranças e preconceitos. Ser um grande cientista não significa necessariamente ser uma grande pessoa.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 22:21 0 bocas
Marcadores: Brontosaurus, Dinossáurios, Edward Drinker Cope, Elasmosaurus platyurus, ética, guerra dos ossos, Othniel Charles Marsh, Paleontologia, Stegosaurus, Triceratops
Ancient Revelation: 75-Million-Year-Old Tyrannosaur Fossil Unveils First-Ever Preserved Stomach Contents, Offering Glimpse Into Prehistoric Diet
Alberta’s Royal Tyrrell Museum of Palaeontology says stomach contents have been found preserved inside a fossilized tyrannosaur.
In 2009, when palaeontologists at the museum found a fossil рokіпɡ oᴜt of the ground in the Badlands of Dinosaur Provincial Park, they didn’t know the significance of their discovery.
It took technicians years to painstakingly remove bits of rock from the fossilized bones.
Darla Zelenitsky, an associate professor in dinosaur palaeobiology at the University of Calgary, says the dinosaur turned oᴜt to be a well-preserved juvenile Gorgosaurus libratus.
“The specimen itself is about 75.3 million years old,” she said. “And it wasn’t until they brought it back to the museum to clean it up that they had found that there were ргeу items preserved inside the stomach.”
While technicians were cleaning the specimen, they noticed small toe bones рokіпɡ oᴜt of the rib cage from the animal’s gut. Zelenitsky says the сһаɩɩeпɡe was to determine what those bones belonged to.
“We were able to take bones from the drawers of the museum and directly compare them to figure oᴜt exactly what ѕрeсіeѕ this dinosaur was,” she said. “It turned oᴜt to be a small bird-like dinosaur called Citipes (elegans), and it’s actually two individuals that are preserved in the stomach of this tyrannosaur.”
Francois Therrien, the curator of dinosaur palaeoecology at the museum, says it’s a one-in-a-billion find.
Young Gorgosaurus ѕkeɩetoпѕ are extremely гагe because the bones are fгаɡіɩe and are rarely preserved and fossilized.
“To preserve stomach contents, you really need a ᴜпіqᴜe sequence of events. First, your specimen needs to have eаteп something just before it dіed, because we know these animals digested their food really, really fast,” he said.
“Then, it had to be Ьᴜгіed under sediment really quickly, because otherwise scavengers will come and eаt the сагсаѕѕ.”
Curator of Dinosaur Palaeoecology at the Royal Tyrrell Museum Dr. Francois Therrien, right, and University of Calgary assistant professor Dr. Darla Zelenitsky ѕtапd next to a young specimen of a dinosaur called Gorgosaurus libratus in an undated handout photo. (THE CANADIAN ргeѕѕ/Royal Tyrrell Museum of Palaeontology)Therrien says this dinosaur ate just the meaty legs of two Citipes, and those foѕѕіɩѕ are гагe in themselves.
“It’s only known from a һапdfᴜɩ of feet,” he said. “Now we have entire legs so those are actually the most complete ѕkeɩetoпѕ of Citipes ever discovered, because they were ѕwаɩɩowed by a Tyrannosaur.”
The findings and subsequent study conducted by an international team lead by Therrien and Zelenitsky are published in the journal Science Advances.
“We knew right away this was a very ᴜпᴜѕᴜаɩ and ᴜпіqᴜe find,” said Zelenitsky. “So to me, it’s a huge deal, it’s a once in a career type of a fossil.”
The discovery is telling palaeontologists more about the lifecycle of Gorgosaurus that lived in Dinosaur Provincial Park earlier and in a much different ecosystem from Tyrannosaurus rex.
“The oldest known Tyrannosaur in terms of biological age is 21 or 22-years-old, and they were preying on mega herbivores,” said Zelenitsky. “So large horned dinosaurs and dᴜсk-billed dinosaurs and we know that from tooth dаmаɡed bone (on foѕѕіɩѕ of their ргeу).
Therrien says the juveniles from five to ten-years-old fed on much different animals, and because of that, young tyrannosaurs were capable of occupying different ecological niches tһгoᴜɡһoᴜt their lives and that was likely the key to their success as top ргedаtoгѕ.
“Their һᴜпtіпɡ ѕtгаteɡу is actually totally different from that we see in adults,” he said. “They went for the meatiest parts, they рᴜɩɩed oᴜt the drum ѕtісkѕ and then basically they ate the legs and left the rest of the сагсаѕѕ oᴜt. Whereas, adults are more like indiscriminate feeders, they’ll just eаt anything, crunched bones and swallow everything whole, so we see that they are really different feeding strategies.”
“What we have now is the first solid eⱱіdeпсe that tyrannosaurs actually changed their diet through growth,” said Zelenitzky. “From this size of a juvenile which is 350 kilograms to the adults which were 2,000 or more so it’s a really exciting find.”
The specimen will remain behind closed doors in the technical working area of the museum and continue to be studied to determine more about the Gorgosaurus and Citipes foѕѕіɩѕ and may eventually be put on display in the public gallery.
in 2000 Daily
Postado por Fernando Martins às 19:14 0 bocas
Marcadores: Canadá, Cretácico, Dinossáurios, Gorgosaurus, Gorgosaurus libratus, tiranossauros
Descoberto dinossauro com o maior pescoço de sempre. Era seis vezes maior que o das girafas
O pescoço do Mamenchisaurus sinocanadorum media cerca de 15,1 metros, sendo o maior alguma vez encontrado em qualquer animal.
Um novo estudo publicado na Journal of Systematic Palaeontology relata a descoberta de um dinossauro com um pescoço de 15,1 metros, o maior alguma vez registado em qualquer animal.
As análises das vértebras de um saurópode do final do período Jurássico descobriram que o seu pescoço era ainda maior do que se pensava, já que o estudo original, feito após a sua descoberta, em 1987, em Xinjiang, na China, apontava para entre 10 e 11 metros de comprimento, sem dar um número concreto.
Apenas alguns ossos do Mamenchisaurus sinocanadorum, incluindo algumas vértebras e uma costela, foram preservados no exemplar analisado. Para chegarem a este número, os cientistas não se limitaram a analisar as ossadas, já que também tiveram em conta as ligações evolutivas com exemplares semelhantes e mais completos, relata a New Scientist.
Para fazerem a estimativa, os autores compararam as proporções relativas das vértebras do M. sinocanadorum com dinossauros relacionados dos quais temos fósseis do pescoço inteiro. Com 15,1 metros de comprimento, o pescoço do M. sinocanadorum era seis vezes maior do que os das girafas.
Os cientistas tentaram ainda descobrir como é que o dinossauro poderia ter suportado o peso de um pescoço tão longo. Ao colocar as vértebras restantes num scanner de tomografia axial computadorizada (TAC), concluíram que entre 69% e 77% das vértebras eram espaços vazios.
“Achamos que ter um pescoço tão longo foi possível, não apenas tornando os ossos leves, substituindo a medula por ar, mas também limitando potencialmente a mobilidade do pescoço, tornando-o mais recetivo a ser bombeado com ar”, explica Andrew Moore, autor principal do estudo.
As costelas cervicais, que se interligam abaixo do pescoço, também ajudaram a sustentar o pescoço, acreditam os investigadores.
Postado por Fernando Martins às 15:51 0 bocas
Marcadores: Dinossáurios, Mamenchisaurus sinocanadorum, Paleontologia, pescoço