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terça-feira, janeiro 15, 2019

Há dez anos, um pequeno grande milagre ocorreu no rio Hudson, em Nova Iorque

 O Airbus A320, depois da queda, flutuando no rio Hudson
   
O Voo US Airways 1549 foi um voo comercial de passageiros rotineiro, que iria de Nova Iorque para Charlotte, na Carolina do Norte, que, a 15 de janeiro de 2009, caiu no rio Hudson, numa zona adjacente a Manhattan, seis minutos após descolar do Aeroporto de LaGuardia.
Enquanto ganhava altitude, o Airbus A320 atingiu um grupo de gansos-do-canadá, o que resultou numa imediata perda de potência de ambas as turbinas. Quando a tripulação determinou que o avião não poderia alcançar da sua posição, logo a nordeste da ponte George Washington, nenhum local de aterragem, decidiram guiar o avião para sul e estabeleceu o seu voo para o rio Hudson, e então aterrou o avião, virtualmente intacto, curiosamente perto do Intrepid Sea-Air-Space Museum, no centro de Manhattan. Logo após a aterragem de emergência no rio, os 155 passageiros do avião, parcialmente submerso e em naufrágio, saíram e foram todos resgatados por embarcações próximas.
Toda a tripulação do voo 1549 foi mais tarde condecorada com a Medalha de Mestre da Guild of Air Pilots and Air Navigators. No momento da entrega das medalhas, foi dito que "...esta aterragem de emergência e a evacuação do avião, sem a perda de vidas humanas, é uma conquista heróica e única da aviação".
  
(...)
      
Em 8 de fevereiro de 2009, o programa da CBS, 60 Minutes, exibiu três segmentos que incluíram entrevistas com a tripulação, assim como a sua reunião com os passageiros.
Em 19 de fevereiro de 2009, o Channel 4 (Reino Unido) exibiu um documentário intitulado The Miracle of the Hudson Plane Crash (O Milagre da Queda do Avião no Hudson), que incluiu a primeira testemunha do acidente, além de relatos de outras testemunhas, incluindo passageiros e pessoas que participaram diretamente no resgate.
Em 21 de fevereiro de 2009, a ABC7 News exibiu uma entrevista com o comandante Sullenberger no programa "Face to Face", que contou suas experiências durante o acidente e desde o evento.
Em 4 de março de 2009, o Discovery Channel exibiu um documentário intitulado Hudson Plane Crash - What Really Happened (Acidente de Avião no Hudson - O que aconteceu realmente) pela primeira vez. O documentário de TV de uma hora examinou as circunstâncias que rodeavam o acidente e o resgate; o filme destacou animações geradas por computador e novas entrevistas com os passageiros, a tripulação, testemunhas, pessoas diretamente envolvidas no resgate e especialistas em segurança na aviação.
Em 14 de março de 2011, o National Geographic (NatGeo) exibiu um documentário da série Mayday Desastres Aéreos "Hudson River Runway" (Pouso do Rio Hudson) onde o documentário mostrou deste a descolagem até a aterragem na água.
Em 2016, o caso passou para o filme Sully, dirigido por Clint Eastwood, e protagonizado por Tom Hanks.
 

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Há cinco anos, um pequeno grande milagre ocorreu no rio Hudson, em Nova Iorque

 O Airbus A320, depois da queda, flutuando no rio Hudson

O Voo US Airways 1549 foi um voo comercial de passageiros rotineiro, que iria de Nova Iorque para Charlotte, na Carolina do Norte, que, a 15 de janeiro de 2009, caiu no rio Hudson, numa zona adjacente a Manhattan, seis minutos após descolar do Aeroporto de LaGuardia.
Enquanto ganhava altitude, o Airbus A320 atingiu um grupo de gansos-do-canadá, o que resultou numa imediata perda de potência de ambas as turbinas. Quando a tripulação determinou que a aeronave não poderia alcançar da sua posição, logo a nordeste da ponte George Washington, nenhum local de aterragem, decidiram guiar o avião para sul e estabeleceu o seu voo para o rio Hudson, e então aterrou o avião, virtualmente intacto, curiosamente perto do Intrepid Sea-Air-Space Museum, no centro de Manhattan. Logo após a aterragem de emergência no rio, os 155 passageiros do avião, parcialmente submerso e em naufrágio, saíram e foram todos resgatados por embarcações próximas.
Toda a tripulação do voo 1549 foi mais tarde condecorada com a Medalha de Mestre da Guild of Air Pilots and Air Navigators. No momento da entrega das medalhas, foi dito que "...esta aterragem de emergência e a evacuação do avião, sem a perda de vidas humanas, é uma conquista heroica e única da aviação".
 

sábado, outubro 13, 2012

Há 95 anos, em Fátima, uma multidão viu o Milagre do Sol

Página de Ilustração Portuguesa, 29 de outubro de 1917, mostrando as pessoas a observar o milagre

O Milagre do Sol foi um fenómeno testemunhado por cerca de 70 mil pessoas em 13 de outubro de 1917 nos campos de Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal. As estimativas do tamanho da multidão variam de "trinta a quarenta mil" por Avelino de Almeida, escrevendo para o jornal português O Século, a cem mil, segundo estimativa de José de Almeida Garrett, professor de ciências naturais na Universidade de Coimbra. Ambos presenciaram o fenómeno.
As crianças haviam relatado em datas anteriores que Nossa Senhora tinha prometido um milagre para o meio-dia de 13 de outubro, na Iria de Cova, "de modo que todos pudessem acreditar."
De acordo com muitas indicações das testemunhas, por exemplo o avô materno de Fátima Magalhães, entre muitos outros, após uma chuva torrencial, as nuvens desmancharam-se no firmamento e o Sol apareceu como um disco opaco, girando no céu. Algumas afirmaram que não se tratava do Sol, mas de um disco em proporções solares, semelhante à lua. Disse-se ser significativamente menos brilhante do que o normal, acompanhado de luzes multicoloridas, que se reflectiram na paisagem, nas pessoas e nas nuvens circunvizinhas. Foi relatado que o pretenso Sol se teria movido com um padrão de ziguezague, assustando muitos daqueles que o presenciaram, que pensaram ser o fim do mundo. Muitas testemunhas relataram que a terra e as roupas previamente molhadas ficaram completamente secas, num curto intervalo de tempo.
De acordo com relatórios das testemunhas, o Milagre do Sol durou aproximadamente dez minutos. As três crianças, relataram terem observado Jesus, a Virgem Maria, e São José abençoando as pessoas dentro ou junto do Sol. Outras testemunhas afirmaram ter visto vultos de configuração humana dentro do Sol quando este desceu.



O Milagre do Sol

Um relado de testemunha do Dr. José Maria de Almeida Garrett, professor da Faculdade de Ciências em Coimbra, Portugal

"Seria 13.30 horas quando surgiu, no sítio exato onde estavam as crianças, uma coluna de fumo, fino, delicado e azulado, que se estendia talvez uns dois metros por cima das suas cabeças e se evaporava a essa altura. Este fenómeno, perfeitamente visível ao olho nu, durou uns segundos. Não tendo notado quanto durou, não posso dizer se foi mais ou menos de um minuto. O fumo dissipou repentinamente, e depois de algum tempo, voltou a aparecer uma segunda vez, e depois uma terceira.

"O céu, que tinha estado encoberto todo o dia, de repente se aclarou; a chuva parou e parecia que o Sol ia encher de luz a paisagem que a manhã de inverno tinha tornado tão triste. Eu estava olhando para o sítio das aparições na expetativa serena e fria de que acontecesse alguma coisa e já com a curiosidade diminuída porque tinha passado muito tempo sem que nada despertasse a minha atenção. O Sol, uns momentos antes, tinha penetrado a camada espessa de nuvens que o escondiam e agora brilhava claro e intensamente.

"Sùbitamente ouvi o alvoroço de milhares de vozes e vi toda a multitude espalhada nesse espaço vasto aos meus pés… virar as costas ao sítio onde, até então, todas as suas expetativas estavam focadas, e olhar para o sol no outro lado. Eu também me virei para o ponto que comandava o seu olhar e pude ver o Sol, como um disco muito claro com uma margem muito aguda, que vislumbrava sem ferir a vista. Não se podia confundir com o sol visto através de um nevoeiro (não havia nevoeiro nesse momento), pois nem estava velado nem turvo. Em Fátima, mantinha a sua luz e o seu calor, e sobressaia nitidamente no céu, com uma margem aguda, como uma grande mesa de jogo. A coisa mais espantosa era poder olhar para o disco solar por muito tempo, brilhando com luz e calor, sem ferir os olhos ou prejudicar a retina. [Durante este tempo], o disco do Sol não se manteve imóvel, teve um movimento vertiginoso, não como a cintilação de uma estrela em todo o seu brilho, pois girou sobre si mesmo num rodopio louco.

"Durante este fenómeno solar, que acabo de descrever, houve também mudanças de cor na atmosfera. Olhando para o sol, notei que tudo se escurecia. Olhei primeiro para os objetos mais perto e depois estendi a minha vista ao longo do campo até ao horizonte. Vi que tudo tinha assumido cor de ametista. Os objetos à minha volta, o céu e a atmosfera, eram da mesma cor. Tudo perto e longe tinha mudado, tomando a cor de velho damasco amarelo. As pessoas pareciam que sofriam de icterícia e lembro-me de uma sensação de divertimento ao vê-los tão feios e repulsivos. A minha mão estava da mesma cor.

"Então, de repente, ouviu-se um clamor, um grito de agonia vindo de toda a gente. O Sol, girando loucamente, parecia de repente soltar-se do firmamento e, vermelho como o sangue, avançar ameaçadoramente sobre a terra como se fosse para nos esmagar com o seu peso enorme e abrasador. A sensação durante esses momentos foi verdadeiramente terrível.

"Todos os fenómenos que descrevi foram observados por mim num estado de mente calmo e sereno sem nenhuma perturbação emocional. Cabe aos outros interpretá-los e explicá-los. Finalmente, tenho que declarar que nunca, antes ou depois de 13 de outubro [1917], observei semelhante fenómeno solar ou atmosférico."

quarta-feira, outubro 12, 2011

Há 94 anos, na Cova da Iria...

Milagre do Sol foi um fenómeno testemunhado por cerca de 70 mil pessoas em 13 de outubro de 1917 nos campos de Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal . As estimativas do tamanho da multidão variam de "trinta a quarenta mil" por Avelino de Almeida, escrevendo para o jornal português O Século, a cem mil, segundo estimativa de José de Almeida Garrett, professor de ciências naturais na Universidade de Coimbra. Ambos presenciaram o fenómeno.
As crianças haviam relatado em datas anteriores que Nossa Senhora tinha prometido um milagre para o meio-dia de 13 de outubro, na  Cova da Iria, "de modo que todos pudessem acreditar."
De acordo com muitas indicações das testemunhas, por exemplo o avô materno de Fátima Magalhães, entre muitos outros, após uma chuva torrencial, as nuvens desmancharam-se no firmamento e o Sol apareceu como um disco opaco, girando no céu. Algumas afirmaram que não se tratava do Sol, mas de um disco em proporções solares, semelhante à lua. Disse-se ser significativamente menos brilhante do que o normal, acompanhado de luzes multicoloridas, que se reflectiram na paisagem, nas pessoas e nas nuvens circunvizinhas. Foi relatado que o pretenso Sol se teria movido com um padrão de ziguezague, assustando muitos daqueles que o presenciaram, que pensaram ser o fim do mundo. Muitas testemunhas relataram que a terra e as roupas previamente molhadas ficaram completamente secas, num curto intervalo de tempo.
De acordo com relatórios das testemunhas, o Milagre do Sol durou aproximadamente dez minutos. As três crianças , relataram terem observado Jesus, a Virgem Maria, e São José abençoando as pessoas dentro ou junto do Sol. Outras testemunhas afirmaram ter visto vultos de configuração humana dentro do Sol quando este desceu.

quinta-feira, novembro 18, 2010

A ética republicana e socialista - versão estranho caso do assessor da câmara de Lisboa


(imagem daqui)
Instituto do Emprego ordenou averiguação por indícios de acumulação ilegal
Assessor do PS na Câmara de Lisboa recebeu 41.100 euros indevidamente

Câmara não explica contratação e diz que desconhece subsídios do IEFP

Jovem dirigente do PS ganha o salário de assessor a tempo inteiro ao mesmo tempo que recebe subsídios do IEFP para criar o seu posto de trabalho. Empresa criada está inactiva.

Um jovem de 26 anos, sem currículo profissional nem formação de nível superior, foi contratado, em Dezembro, como assessor técnico e político do gabinete da vereadora Graça Fonseca na Câmara de Lisboa (CML). Remuneração mensal: 3950 euros ilíquidos a recibo verde. Desde então, o assessor - que estava desempregado, fora funcionário do PS e candidato derrotado à Junta de Freguesia de Belém - acumulou esse vencimento com cerca de 41.100 euros de subsídios relacionados com a criação do seu próprio posto de trabalho.

Filho de um funcionário do PS que residiu até 2008 numa casa da CML com uma renda de 48 euros/mês, Pedro Silva Gomes frequentou o ensino secundário e entrou muito novo para os quadros do partido. Em 2006 foi colocado na Federação Distrital de Setúbal, onde se manteve até meados de 2008, ano em que foi reeleito coordenador do secretariado da secção de Santa Maria de Belém, em Lisboa. Entre os membros deste órgão conta-se a vereadora da Modernização Administrativa da CML, Graça Fonseca.

Já em 2009, Gomes rescindiu por mútuo acordo o contrato com o PS - passando a receber o subsídio de desemprego - e em Outubro foi o candidato socialista à Junta de Belém. No mês seguinte, perdidas as eleições, criou a empresa de construção civil Construway, com sede na sua residência, no Montijo, e viu aprovado o pagamento antecipado dos meses de subsídios de desemprego a que ainda tinha direito, no valor total de 1875 euros, com vista à criação do seu próprio posto de trabalho.

Logo em Dezembro, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aprovou-lhe também um subsídio, não reembolsável, de 57.439 euros, para apoio ao investimento na Construway e para a criação de quatro postos de trabalho, incluindo o seu. Deste valor Pedro Gomes recebeu 26.724 euros ainda em Dezembro, sendo 4086 para investimento e 22.637 para os postos de trabalho. No dia 1 desse mesmo mês, porém, o jovem empresário celebrou dois contratos de prestação de serviços com a CML, para desempenhar funções de "assessoria técnica e política" no gabinete de Graça Fonseca. O primeiro tem o valor de 3950 euros e o prazo de 31 dias. O segundo tem o valor de 47.400 euros e o prazo de 365 dias. O segundo destes contratos refere que os serviços serão prestados no gabinete de Graça Fonseca e no Gabinete de Apoio ao Agrupamento Político dos Vereadores do PS.

A autarca disse ontem ao PÚBLICO que foi ela quem convidou Gomes e garantiu que ele é "efectivamente" assessor do gabinete do PS, cuja coordenação, acrescentou, lhe foi "confiada". Este gabinete, porém, não tem existência real, sendo que Pedro Gomes é assessor de Graça Fonseca, tal como outro dos três assessores que teoricamente o compõem. O terceiro é assessor da vereadora Helena Roseta.

Graça Fonseca disse que Gomes "foi contratado por estar à altura das funções às quais foi adstrito e por ser um lugar de confiança política". A autarca garantiu que desconhece o facto de o seu assessor ter recebido os subsídios do IEFP. Já a direcção deste instituto adiantou que Gomes já recebeu este ano mais 12.593 euros para apoio ao investimento, tendo ainda a receber cerca de 10.500 euros. Face às perguntas do PÚBLICO sobre a acumulação ilegal do lugar de assessor com os apoios recebidos e aos indícios de que a Construway não tem qualquer actividade, o IEFP ordenou uma averiguação interna e admite que a restituição dos valores recebidos pelo empresário venha a ser ordenada. O presidente da CML, António Costa, não respondeu às perguntas do PÚBLICO.


PS não explica rescisão do contrato de trabalho

Os subsídios recebidos por Pedro Gomes foram concedidos ao abrigo de uma cláusula legal referente a pessoas em situação de "desemprego involuntário". Nos termos da lei, considera-se involuntário, entre outros, o desemprego que tenha origem num acordo de cessação do contrato de trabalho. A lei estabelece, porém, que só são considerados desempregados involuntários os trabalhadores cujas rescisões de contratos de trabalho por comum acordo "se integrem num processo de redução de efectivos, quer por motivo de reestruturação, viabilização ou recuperação da empresa, quer ainda por a empresa se encontrar em situação económica difícil". Quer isto dizer que para ter acesso ao subsídio de desemprego e aos apoios que recebeu do IEFP, Pedro Gomes teria de ter saído do Partido Socialista no quadro de um processo de redução de pessoal determinado por um daqueles motivos. O PÚBLICO perguntou ao PS qual o fundamento do acordo de rescisão acordada com Pedro Gomes no ano passado mas não obteve resposta.


NOTA: São Rosas, senhores, e em Novembro... Milagre, milagre!