segunda-feira, março 23, 2020

Damon Albarn - 52 anos

   
Damon Albarn (Londres, 23 de março de 1968) é um cantor britânico, mais conhecido por ser vocalista das bandas Blur e Gorillaz. Na juventude participou das bandas Circus, Real Lives e The Aftermath. Nos anos 90 ganhou notoriedade como líder e vocalista do Blur, uma das mais importantes e emblemáticas bandas inglesas do chamado Britpop. Formado por Graham Coxon (guitarra e voz), Alex James (baixo), Dave Rowntree (bateria) e Damon Albarn (voz e teclado), o Blur lançou oito álbuns: Leisure (1991), Modern Life Is Rubbish (1993), Parklife (1994), The Great Escape (1995), Blur (1997), 13 (1999), Think Tank (2003) e The Magic Whip (2015), além de inúmeros hits no topo das paradas de sucesso entre eles "There's No Other Way", "Girls And Boys", "Song 2" e "Coffee And TV".
Damon esteve se dedicando desde 2003 a outros projetos de sucesso comercial e/ou de crítica. O primeiro deles foi os Gorillaz, banda virtual onde os músicos são desenhos animados. Os Gorillaz já lançaram, desde 2001, seis álbuns de estúdio e contaram com a participação de diversos artistas como Miho Hatori, De La Soul, Neneh Cherry, Shaun Ryder, Lou Reed e Snoop Dogg, entre outros.
Em 2002, Damon lançou Mali Music, álbum gravado durante uma viagem que fez em apoio a ONG Oxfam, em 2000. O projeto contou com a participação de músicos locais e tem sua sonoridade baseada na música de Mali e no Britpop.
Em 2006, ele lançou o projeto The Good, the Bad and the Queen, banda que tem em sua formação, além de Damon (voz e piano), o baixista Paul Simonon (The Clash), o guitarrista Simon Tong (The Verve) e o baterista Tony Allen (Fela Kuti). O grupo lançou o disco homónimo que estreou em janeiro de 2007.
Em 2008, formou o supergrupo Rocket Juice and The Moon juntamente com o baixista dos Red Hot Chili Peppers, Flea e o baterista Tony Allen.
Em 2012, ainda lançou pelos Blur o EP Under the Westway.
Mesmo com os Blur reunidos e realizando concertos por todo o mundo em turnês, Damon Albarn ainda se dedica a outros projetos como os Gorillaz, além de sua carreira individual. Ele lançou o seu primeiro álbum solo, Everyday Robots, em abril de 2014.
Em abril de 2015, é lançado um novo álbum de inéditas com os Blur, The Magic Whip, o primeiro álbum lançado pelo grupo em 12 anos, e também o primeiro após o retorno da banda, em 2009.
Em 2017 e 2018, novamente com os Gorillaz, lança respectivamente os álbuns Humanz e The Now Now.
Em novembro de 2018 retoma as atividades com os The Good, the Bad and the Queen lançando Merrie Land, o primeiro material de inéditas do grupo desde 2007.
 








O pintor, escritor e poeta Reis Ventura nasceu há 110 anos

(imagem daqui)
   
Manuel Joaquim Reis Ventura (Calvão, Chaves, 23 de março de 1910 - Oeiras, 29 de janeiro de 1988), mais conhecido por Reis Ventura, foi um pintor, escritor e poeta português.
   
Biografia
Reis Ventura, que também usou o pseudónimo de Vasco Reis, notabilizou-se pela escrita de obras de temática colonial.
Radicado em Angola, dedicou-se à escrita e ao jornalismo e pertenceu à segunda fase da literatura colonial portuguesa do século XX, de clara inspiração africana.
     
Homenagens
A 18 de julho de 1972 foi feito Oficial da Ordem do Império. Em Chaves existe, em sua homenagem, a Rua Reis Ventura.
   
Obras publicadas
  • 1934 - A Romaria, obra vencedora do Prémio de Poesia Antero de Quental (1934), do Secretariado de Propaganda Nacional (como Vasco Reis).
  • 1941 - A Grei.
  • 1958 - Cidade Alta.
   
    
 
REIS VENTURA - Ervedelo/Chaves, 1910 - Lisboa, 1992
 
Reis Ventura é o pseudónimo literário de Manuel Joaquim dos Reis Barroso. Tendo começado a sua vida pela Ordem de São Francisco, onde professou com o nome de Vasco Reis e recebeu ordens sacras, estudou Teologia em Espanha, tendo seguido depois para Moçambique como missionário. Ali abandonaria não só os franciscanos como as próprias ordens sacerdotais, tendo regressado a Lisboa onde estudou então na Escola Superior Colonial. Em 1938 seguiu para Angola, onde trabalhou primeiro como funcionário administrativo e, ultimamente, como empregado da companhia de petróleos daquela então colónia. Regressou a Portugal em 1975, tendo-se fixado em Lisboa. Estreou-se como poeta com o volume A Romaria, que, em 1934, recebeu o "Prémio Antero de Quental" do Secretariado de Propaganda Nacional, ex-aequo com a Mensagem de Fernando Pessoa. Para além de continuar a cultivar a poesia, dedicou-se depois a escrever crónicas, contos e romances de temática colonial, pelo que recebeu alguns prémios da antiga Agência Geral das Colónias. Está representado nas antologias: Novos Contos d'África, de Garibaldino de Andrade e Leonel Cosme, 1962; Contos Portugueses do Ultramar, de Amândio César, 1969; O Corpo da Pátria, antologia poética sobre a guerra colonial, de Pinharanda Gomes, 1971; e Antologia do Conto Ultramarino, de Amândio César, 1972.
     
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Lisboa, 1997 (daqui)
  
Baião de Luanda

Tão velhinha e tão linda, e tão presa
nos mistérios das ondas do mar,
é Luanda uma flor, uma beleza
com perfume e encantos sem par.

De S. Paulo à Marginal
- Vem ver, meu amor! -
Luanda ao sol-pôr,
Como é sem favor, divinal!

Raparigas do Bungo e da Samba,
do Cruzeiro e da Sé, do Balão,
na Paris, Polo Norte ou Mutamba,
são a nossa maior tentação.

Nesta terra onde eu nasci
eu quero casar
e ter o meu lar
e rir e chorar
só por ti.

Pelos bailes seletos da Alta,
nos batuques tão ricos de cor,
é Luanda que dança e que salta,
numa festa de vida e amor.

Bungo, Samba e Sambizanga
ou Portas do Mar
- Tudo isto é Luanda,
cidade e quitanda
ao luar...

Tão velhinha e tão bela e fagueira,
debruçada nas ondas do mar,
É Luanda sagaz, feiticeira.
Quem cá chega, cá quer ficar!


Reis Ventura

domingo, março 22, 2020

Jorge Ben Jor - 75 anos!

   
Jorge Ben ou Jorge Ben Jor (Rio de Janeiro, 22 de março de 1945) é um guitarrista, cantor e compositor brasileiro. O seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos. A obra de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no swing e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, trouxe influências árabes e africanas, oriundas da sua mãe, nascida na Etiópia.
   
 

A poetisa Branca de Gonta Colaço morreu há 75 anos

(imagem daqui)
    
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço (Lisboa, 8 de julho de 1880 - Lisboa, 22 de março de 1945), mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.
    
Biografia
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro nasceu em Lisboa a 8 de julho de 1880, filha do político e poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa Ann Charlotte Syder. Nascida numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da época, na sua juventude convive com nomes de relevo das letras e das artes portuguesas.
Com apenas 18 anos de idade, casou, em 1898, com o pintor e azulejista Jorge Rey Colaço, adoptando o nome de Branca de Gonta Colaço. O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de Parada de Gonta, a aldeia natal do seu pai.
Cedo revelando talento para as letras, inicia-se como poetisa e como colaboradora de publicações literárias, contribuindo activamente para um grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por múltiplos periódicos, com destaque para os jornais O Dia, de José Augusto Moreira de Almeida, e O Talassa (1913-1915), um periódico humorístico que foi dirigido pelo seu marido. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas Serões (1901-1911), Illustração portugueza (1903-1980) e Ilustração (1926-).
Por iniciativa sua, a Academia das Ciências de Lisboa promoveu, em 1918, uma homenagem a Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião distinguiu-se também como conferencista e recitalista.
Era poliglota, escrevendo correntemente em inglês, sendo-lhe devidas algumas traduções de grande mérito.
A sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte.
Com uma obra reconhecida em Portugal e no Brasil, França e Espanha, foi distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e estrangeiras. O estado português agraciou-a com a Ordem de Santiago da Espada.
Branca Colaço foi mãe do escritor Tomás Ribeiro Colaço e da escultora Ana de Gonta Colaço.
Faleceu em Lisboa a 22 de março de 1945. Em Lisboa e em Parada de Gonta existem ruas com o seu nome.

   
  
  
De Profundis

… E silenciosamente

morri, de morte humilde, humildemente,
numa longínqua torre,
num triste anoitecer ...

…………………………..

Não é quando se acaba que se morre;
é quando acaba o gosto de viver.


Branca de Gonta Colaço

Hoje é o Dia Mundial da Água...!

Canhão da Ribeira dos Amiais - Olhos de Água do Alviela (foto pessoal)
 
O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos Hídricos) da Agenda 21.
Nesse período vários estados foram convidados, como se fosse mais apropriado no contexto nacional, a realizar no Dia, atividades concretas que promovam a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações proposta pela Agenda 21. A cada ano, uma agência diferente das Nações Unidas produz um kit para imprensa sobre o DMA que é distribuído nas redes de agências contatadas. Este kit tem como objetivos, além de focar a atenção nas necessidades, entre outras, de:
  • Tocar assuntos relacionados a problemas de abastecimento de água potável;
  • Aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água, fontes e suprimentos de água potável;
  • Aumentar a consciência dos governos, de agências internacionais, organizações não-governamentais e setor privado;
   
 

  

Ofelia, 1891, Georg Pauli (1855-1935 - imagem daqui)
  
    
Lição sobre a água
  
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
  
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
  
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.

   
   
in
Linhas de Força (1967) - António Gedeão

sábado, março 21, 2020

Porque hoje foi o Dia Mundial da Poesia e da Árvore...

(imagem daqui)
  
Sabes, leitor
 
Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas – podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia – e essa é a verdade – cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.
   
A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão
   
   

in Poesia (2012) - Daniel Faria

Música para celebrar o aniversário de um Campeão que já partiu...



O príncipe herdeiro D. Luís Filipe nasceu há 133 anos

       
D. Luís Filipe, de nome completo Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Bragança Orleães Saboia e Saxe-Coburgo-Gotha (Santa Maria de Belém, Lisboa, 21 de março de 1887 - Praça do Comércio, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi Príncipe Real de Portugal, tendo sido Príncipe da Beira antes da subida do seu pai ao trono. Era o filho mais velho do Rei D. Carlos I de Portugal e de sua mulher, a Rainha D. Amélia de Orleães.
  
Brasão de armas do Príncipe Real de Portugal
   

Solomon Burke nasceu há oitenta anos

   
Solomon Vincent McDonald Burke (Filadélfia, 21 de março de 1940 - Amesterdão, 10 de outubro de 2010), sendo mundialmente referido como Rei do Rock 'N Soul e Bispo do Soul, foi um cantor e compositor de música soul, gospel e rock americano, reconhecido como um dos músicos mais influentes do século XX, responsável pela introdução de ritmo gospel nas músicas de soul e rock & roll. Já vendeu cerca de 17 milhões de álbuns e foi eleito pela revista Rolling Stone o 89º maior artista da música de todos os tempos.
   

Roger Hodgson faz hoje setenta anos!

Roger Hodgson (registado como Charles Roger Pomfret Hodgson; Portsmouth, Hampshire, Inglaterra, 21 de março de 1950) é um músico e cantor inglês e co-fundador da banda progressiva Supertramp. É conhecido pela sua voz, que pode atingir altos agudos, uma marca registada dos Supertramp.

     
 

Ayrton Senna nasceu ha sessenta anos...

  
Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 - Bolonha, 1 de maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em um acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prémio de San Marino de 1994. Está entre os pilotos de Fórmula 1 mais influentes e bem-sucedidos da era moderna e é considerado um dos maiores pilotos da história do desporto.
  

O Massacre de Sharpeville foi há sessenta anos

Pintura retratando o Massacre de Sharpeville
   
No dia 21 de março de 1960, ocorreu na cidade de Sharpeville, na província de Gauteng, na África do Sul, um protesto, realizado pelo Congresso Pan-Africano (PAC). O protesto pregava contra a Lei do Passe, que obrigava os negros da África do Sul a usarem uma caderneta na qual estava escrito até onde eles podiam ir.
Cerca de vinte mil manifestantes reuniram-se em Sharpeville, uma cidade negra nos arredores de Joanesburgo, e marcharam calmamente, num protesto pacífico. A polícia sul-africana conteve o protesto com rajadas de metralhadora. Morreram 69 pessoas e cerca de 180 ficaram feridas.
Após esse dia, a opinião pública mundial focou a sua atenção pela primeira vez na questão do apartheid. No dia 21 de novembro de 1969, a ONU implementou o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que passou a ser comemorado todo dia 21 de março, a partir do ano seguinte.
   
   

Nem sessenta anos limpam uma vergonha - música para recordar um massacre...



Porque hoje é o Dia Mundial da Árvore...

(imagem daqui)
   
Velhas Árvores
  
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
  
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
  
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
  
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

   
  
Olavo Bilac

Música para celebrar o Dia da Poesia...


Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz, Luiz Goes
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura



sexta-feira, março 20, 2020

Só para recordar que a primavera já começou...


A Primavera, também conhecido como Alegoria da Primavera, é um quadro do pintor renascentista Sandro Botticelli. A pintura utiliza a técnica de têmpera sobre madeira. Pintado no ano 1482, o quadro é descrito na revista "Velozes e Furiosos" (2009) como "um dos quadros mais populares na arte ocidental". É também, segundo a publicação "Botticelli, Primavera" (1998), uma das pinturas mais faladas, e mais controversas do mundo". Enquanto a maioria dos críticos concordam que a pintura, retrata um grupo de figuras mitológicas num jardim (alegoria para o crescimento exuberante da Primavera), outros dão sentidos diferente à obra, sendo, por vezes, citado para ilustrar o ideal de amor neoplatónico.
A história da pintura não é muito conhecida, porém, parece ter sido encomendada por Lorenzo di Pierfrancesco de Médici. É provável que Botticelli se tenha inspirado nas odes de Poliziano para realizar esta obra. As outras fontes são da Antiguidade: os Faustos de Ovídio e De rerum natura de Lucrécio. Desde 1919 que a pintura faz parte da colecção da Galeria Uffizi em Florença, Itália

Música para celebrar a chegada da estação das andorinhas...



O baterista Carl Palmer faz esse setenta anos!

  
Carl Palmer (nascido Carl Frederick Kendall Palmer, em 20 de março de 1950, em Handsworth, Birmingham, Inglaterra) é um percussionista e baterista britânico. Palmer é veterano em várias bandas britânicas, incluindo The Crazy World of Arthur BrownAtomic RoosterEmerson, Lake & Palmer e Asia, tendo também contribuído para trabalhos de Mike Oldfield. É frequentemente referido como um dos maiores e mais influentes bateristas de rock de todos os tempos, votado durante toda a década de 70 como o melhor baterista do ano no Reino Unido pelo jornal Melody Maker, vencendo nomes como John Bonham, Roger Taylor e Billy Cobham, além de mais de 20 prémios ao longo das décadas. Embora possua um longo currículo, caracterizando-o como um dos melhores bateristas do mundo, por ter integrado bandas com trajetórias instáveis, não é tão reconhecido atualmente entre o grande público.
Um ponto de confusão na sua carreira é relacionado com seu trabalho nos The Crazy World of Arthur Brown. Ele foi baterista durante a turnê do grupo, mas não participou do álbum auto intitulado da banda, cargo ocupado por Drachen Theaker. Entretanto, o medo em voar de Theaker o impossibilitava em realizar turnês com o grupo, tarefa passada então para Palmer.
Seguido da sua saída dos The Crazy World of Arthur Brown, Palmer juntou-se a Vincent Crane para formar os Atomic Rooster. Tocou somente em um álbum antes de sua saída para os Emerson, Lake, and Palmer. Palmer permaneceu na banda até o fim em 1979. Seguiu com uma nova banda P.M. e deixou posteriormente o projeto em favor dos Asia, com antigos membros dos Yes, King Crimson e The Buggles. Palmer e Emerson reuniram-se novamente, dessa vez com o guitarrista e vocalista Robert Berry, para formar o 3, lançando um álbum, sem sucesso, em 1988.
Palmer reuniu-se para reformular o ELP em 1992 para Black Moon e In the Hot Seat em 1994. Seguido do final definitivo do ELP em 1998, e do High Voltage Festival em 2010, Palmer continua a realizar turnês com sua própria banda tocando versões de músicas do ELP.
Apesar de nenhuma das bandas em que Palmer foi integrante estar no Hall da Fama do Rock and Roll em Cleveland, a bateria de Palmer está presente, após ter sido comprada e doada por Ringo Starr.
    
  

Para celebrar a chegada da primavera...

 
 (imagem daqui)
  
 
Equinócio
  

 
Chega-se a este ponto em que se fica à espera
Em que apetece um ombro o pano de um teatro
um passeio de noite a sós de bicicleta
o riso que ninguém reteve num retrato

Folheia-se num bar o horário da Morte
Encomenda-se um gin enquanto ela não chega
Loucura foi não ter incendiado o bosque
Já não sei em que mês se deu aquela cena

Chega-se a este ponto Arrepiar caminho
Soletrar no passado a imagem do futuro
Abrir uma janela Acender o cachimbo
para deixar no mundo uma herança de fumo

Rola mais um trovão Chega-se a este ponto
em que apetece um ombro e nos pedem um sabre
Em que a rota do Sol é a roda do sono
Chega-se a este ponto em que a gente não sabe



david mourão-ferreira

Começou a primavera...!

   
Na astronomia, o equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste).
No referencial da Terra, o Sol se move ao longo do ano sobre a Eclíptica, que se estende sobre as treze constelações que formam o Zodíaco incluindo a constelação de Ofiúco. Entre o plano eclíptico e o plano equatorial celeste há um ângulo esférico de 23,5 graus, aproximadamente, e estes planos interceptam-se definindo uma reta. Esta reta intercepta a esfera celeste em dois pontos. Em definição equivalente, o equinócio corresponde ao momento em que o Sol, em sua trajetória ao longo do Zodíaco, encontra-se sobre um dos pontos definidos pela interseção entre o plano eclíptico, o plano equatorial terrestre e a esfera celeste.
O equinócio ocorre duas vezes no ano, em março e em setembro. No equinócio ambos os hemisférios da Terra encontram-se igualmente iluminados pelo Sol.
O ponto do céu que o Sol ocupa no equinócio de março define o ponto vernal. Devido à precessão dos equinócios, a localização do ponto vernal ao longo dos milénios não é fixa. Atualmente, encontramo-nos na era dos Peixes; ou seja, em dias atuais o ponto vernal localiza-se na constelação dos Peixes. No equinócio de setembro o Sol localiza-se na constelação da Virgem

Em várias culturas nórdicas ancestrais, o equinócio da primavera era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com a Páscoa da religião cristã.

Data e hora UTC dos solstícios e equinócios
Ano Equinócio
de março
Solstício
de junho
Equinócio
de setembro
Solstício
de dezembro
Dia Hora Dia Hora Dia Hora Dia Hora
2020 20 03:50 20 21:44 22 13:31 21 10:02
  

A seita Aum Shinrikyo (Verdade Suprema) atacou com gás sarin o Metro de Tóquio há 25 anos

(imagem daqui)
   
The Sarin attack on the Tokyo subway, usually referred to in the Japanese media as the Subway Sarin Incident, was an act of domestic terrorism perpetrated by members of Aum Shinrikyo on March 20, 1995.
In five coordinated attacks, the perpetrators released sarin on several lines of the Tokyo Metro, killing thirteen people, severely injuring fifty and causing temporary vision problems for nearly a thousand others. The attack was directed against trains passing through Kasumigaseki and Nagatachō, home to the Japanese government. It is the most serious attack to occur in Japan since the end of World War II.
   

A Rainha D. Maria I de Portugal morreu há 204 anos

   
D.ª Maria I de Portugal, de nome completo Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança (Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) foi Rainha de Portugal de 24 de fevereiro de 1777 a 20 de março de 1816, sucedendo ao seu pai, El-Rei D. José I. D. Maria foi, antes de assumir o trono, Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança.
Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transportada após a morte.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa à Igreja Católica - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela, em Lisboa. No Brasil, é conhecida pelo cognome de Dona Maria, a Louca ou Maria Louca, devido à doença mental, manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.
  
Brasão da Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
   

A Namíbia tornou-se finalmente independente há trinta anos atrás

 
Namíbia, oficialmente República da Namíbia (em inglês: Republic of Namibia; em alemão: Republik Namibia; em africâner: Republiek van Namibië) é um país da África Austral limitado a norte por Angola e Zâmbia, a leste pelo Botswana, a sul pela África do Sul e a oeste pelo Oceano Atlântico. Embora não faça fronteira com o Zimbabwe, menos de 200 metros da fronteira com a Zâmbia e Botswana separa-os nos seus pontos mais próximos. O país obteve a independência da África do Sul em 21 de março de 1990, após a Guerra de Independência da Namíbia. A sua capital e maior cidade é Windhoek. A Namíbia é um país membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), da União Africana (UA) e da Commonwealth.
O território da Namíbia foi habitado desde os tempos antigos pelos povos Khoisan, Damaras e Namaqua, com uma notável imigração de Bantos a partir do século XIV, no que ficou conhecido como Expansão Banta. A maior parte do território tornou-se um protetorado do Império Alemão em 1884, tendo permanecido como colônia alemã até o final da Primeira Guerra Mundial. Em 1920, a Liga das Nações transferiu sua administração para a África do Sul, que impôs suas leis ao novo território e, consequentemente, sua política de Apartheid a partir de 1948. O porto de Walvis Bay e as Ilhas do Pinguim, que haviam sido anexadas pela Colónia do Cabo sob a coroa britânica em 1878, tornaram-se parte integrante da nova União Sul-Africana na sua criação em 1910.
As crescentes demandas levantadas por líderes africanos levaram a ONU a assumir a responsabilidade direta sobre o território do país. Assim, a Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO) foi reconhecida como representante oficial do povo da Namíbia em 1973. A Namíbia, no entanto, permaneceu sob a administração da África do Sul durante este tempo, sendo administrada como África do Sul-Oeste. Após guerrilhas e conflitos internos, com grande participação da SWAPO, a África do Sul instalou uma administração interina na Namíbia em 1985. Cinco anos depois, em 21 de março de 1990, a Namíbia obteve a independência total da África do Sul (com exceção de Walvis Bay e as Ilhas do Pinguim, que permaneceram sob controle sul-africano, até 1994).
Com um população de 2,1 milhões de habitantes, o país é um dos menos povoados do mundo. O seu regime político consiste numa democracia parlamentarista multipartidária, tendo Hage Geingob, da SWAPO, como presidente desde 2015. A agricultura, o turismo e a indústria de mineração - incluindo minas de diamantes, urânio, ouro, prata e metais comuns - formam a base da economia da Namíbia.
  
  

quinta-feira, março 19, 2020

O sismólogo Emil Wiechert morreu há 92 anos

   
Johann Emil Wiechert (Sovetsk, 26 de dezembro de 1861 - Göttingen, 19 de março de 1928) foi um físico e sismólogo alemão.
  
(...)
  
Por sugestão de Wiechert foi fundada em 1922 a atual Sociedade Geofísica Alemã, da qual foi o primeiro presidente. A sociedade concede a Medalha Emil Wiechert.
Emil Wiechert é considerado o mais significativo sismólogo alemão. No lado oculto da lua uma cratera foi batizada com o seu nome. A descontinuidade que separa o Manto do Núcleo da Terra é chamada, em sua homenagem (e do seu colega sismólogo alemão Beno Gutenberg) de descontinuidade de Wiechert-Gutenberg.
   

Bruce Willis - 65 anos

   
Walter Bruce Willis (Idar-Oberstein, 19 de março de 1955) é um ator norte-americano, nascido na Alemanha, vencedor de dois Prémios Emmy e um Globo de Ouro.
   
Biografia
Em 1945, terminava uma das guerras mais sangrentas e marcantes da história, a Segunda Guerra Mundial. Para manter a ordem na Alemanha, os Estados Unidos enviaram tropas para o território. De entre os muitos soldados enviados, encontrava-se David Willis. Bruce nasce em Idar-Oberstein.
Durante tempo que esteve lá conheceu Marlene, uma cidadã alemã que trabalhava como empregada de bar. Casaram-se e tiveram quatro filhos: Walter Bruce Willis, o único nascido em solo alemão, David Jr., Florence e Robert (falecido em 2001 devido a um cancro no pâncreas). Como a vida no pós-guerra não era fácil, a família Willis resolve então regressar aos Estados Unidos alguns anos após o nascimento de Bruce e foram morar na pequena cidade de Penns Grove, onde cresceu, num gueto italiano.
Bruce sempre foi um rapaz popular e até chegou a ser presidente do associação de estudantes da sua escola. Gostava de atenções e, sempre que podia, gostava de pregar partidas. Certa vez, ele foi expulso da escola. Todos conheciam o seu jeito brincalhão e aproveitaram-se desta sua característica e armaram uma confusão no refeitório. A culpa caiu toda sobre ele, embora nem estivesse no local. Ele avisou o seu pai, David, que procurou um advogado e conseguiu que Bruce fosse reintegrado.
Sobre a sua infância, não se sabe muito, mas sim sobre o seu talento profissional. Há os que dizem que o seu talento especial para fazer graça de tudo, veio de seus amigos italianos, herdando o jeito de falar e a excessiva utilização de gestos.
Bruce era gago e, mesmo que isso fosse muito constrangedor, não o tornou menos querido pelos seus amigos. Certa vez, ele entrou na encenação de uma peça de Shakespeare (Sonho de uma Noite de Verão) e assim que pisou no palco, a sua gagueira desapareceu. Ele decidiu então investigar aquele acontecimento e, aos 17 anos, aproximadamente (mais ou menos na época em que os seus pais se separaram), resolveu tentar a vida em Nova York. Teve um começo difícil como muitos, com pouco dinheiro, trabalhou em empregos como segurança de uma central nuclear, onde não ficou muito tempo pois adquiriu uma pneumonia e ficou um mês internado, e empregado de bar. Morou nos subúrbios de Nova York, em locais que estão longe das suas atuais mansões.
Com o dinheiro que conseguiu juntar, Bruce se matriculou num curso de improvisação, mas era muito inquieto para nele permanecer. O seu desejo nunca coincidia com a teoria e sim com a prática. Fez alguns espectáculos teatrais e chegou a participar em alguns filmes com grandes estrelas, de sucesso já consagrado, como em O Veredicto, onde pode observar de perto a arte de Paul Newman, literalmente observar, já que Bruce fazia figuração em uma das cenas de júri. Entretanto, o início de sua carreira começou mesmo com a série Moonlighting (Modelo e Detective). A sua escolha foi difícil, já que os produtores queriam um rosto que fosse mais conhecido para trabalhar ao lado de Cybill Shepherd que já era uma estrela na época, mas graças ao seu charme encantador, sua personalidade peculiar e o seu carisma, ele obteve o papel.
O contrato foi assinado por cinco anos. Cybill e Bruce não se davam bem e os produtores aproveitavam as disputas dos atores para escrever as histórias. Mas foi graças a uma pausa nas gravações, a gravidez de Cybill, que ele teve um tempo para gravar Die Hard (Assalto ao Arranha-Céus), grande sucesso de público e crítica, que revolucionou o modo de se fazer filmes de ação e que influenciou as gerações de filmes que hoje conhecemos.
Neste filme, ele deu vida ao detective John McClane. O enredo centra-se na luta de McClane, sozinho, contra 12 terroristas, sequestradores de um grande prédio de escritórios em Los Angeles e isso tudo sem parecer um Super Homem, mas mostrando um herói vulnerável, sensível e dotado de grande inteligência e perspicácia. Foi eleito recentemente pela revista Empire como um dos 500 melhores de todos os tempos.
O sucesso foi tanto que ele repetiu a dose e fez outras três continuações. Live Free or Die Hard, estreou em julho de 2007 nas salas de cinemas no topo das bilheteiras e foi um sucesso de público e crítica. O receio de se fazer um remake sempre aparece, mas em Live Free or Die Hard 4.0, tivemos a oportunidade de reviver as aventuras do policial mais sarcástico que já apareceu no cinema.
Como nem tudo são flores, a sua carreira foi marcada por altos e baixos (mais altos do que baixos). Alguns filmes merecendo serem lembrados e outros esquecidos, mas certamente, ele é dono de um currículo cinematográfico invejável. Quando se pensa que sua carreira está no fim, ele surge com um grande sucesso de público e crítica.
Em outubro de 2006 Bruce ganhou uma estrela na Calçada da Fama, "Costumava vir aqui e olhava para estas estrelas, mas nunca consegui imaginar completamente o que se deveria fazer para consegui-la", disse ele durante a cerimónia em que estavam presentes a sua ex-mulher Demi Moore, que apareceu ao lado do ex-marido Ashton Kutcher, tal como os atores Kevin Costner, Ben Affleck e Sylvester Stallone.
   
Vida pessoal
Foi casado durante 13 anos com a atriz Demi Moore, de quem tem três filhas: Rumer, Scout e Tallulah (que recentemente trocou de nome). As três já se aventuraram no cinema. A primeira foi Rumer, que participou, ao lado da mãe, no filme Striptease. Já com o pai elas fizeram filmes como Refém, Meu vizinho mafioso 2 e Vida bandida. Em 2009, Bruce casou com a modelo Emma Heming, numa cerimónia discreta, que aconteceu em Turks e Caicos.
   
   in Wikipédia

O geólogo ex-Reitor da Universidade de Coimbra Professor Doutor Cotelo Neiva faleceu há cinco anos

   
Nasceu a 18 de fevereiro de 1917 na freguesia de Cedofeita, Porto, foi nomeado Professor Catedrático da Universidade de Coimbra em 1949 e seu Reitor entre 1971 e 1974, tendo-se Jubilado como Professor Catedrático do Departamento de Ciências da Terra em 1987.
Licenciado em Ciências Geológicas com distinção, pela Universidade do Porto, em 1938, onde foi contratado em 1939 como assistente do Grupo de Ciências Geológicas. Doutorado nesta Universidade em 1944, com a tese “Jazigos Portugueses de Cassiterite e Volframite”, onde passou a exercer funções de 1º assistente de 1945 a 1948. Prestou provas públicas para professor extraordinário com a tese “Rochas e minérios da região de Bragança-Vinhais”, em 1948, na Universidade do Porto. Foi Professor Extraordinário nesta Universidade de 1948 a 1949. Em 1949, prestou provas públicas para Professor Catedrático na Universidade de Coimbra, tendo dado a lição “Geologia dos minérios de ferro portugueses – seu interesse para a siderurgia”.
Entre 1950 e 1974, dirigiu o Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra. Foi director dos Centro de Estudos Geológicos (1950-1975), do Agrupamento de Estudos Geológicos do Ultramar (1954-1974) e do Centro de Estudos de Mineralogia e Geologia de Coimbra (1958-1974).
Colaborou com os Serviços Geológicos de Portugal desde 1940, Serviço de Fomento Mineiro (1945-1963) e Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1962-1964). Foi membro do Conselho Superior de Minas e Serviços Geológicos (1958-1974), do Centro de Investigação Científica do Instituto de Alta Cultura (1964-1973) e da Junta Nacional de Educação (1971-1974).
Foi director da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, entre 1963 e 1971, onde se destacou pela reforma das várias licenciaturas, pelo desenvolvimento da investigação e pelo apetrechamento didáctico.
Entre 1971 e 1974, assumiu o cargo de Reitor da Universidade de Coimbra, tendo protagonizado o crescimento físico e orgânico da Universidade, com a transformação da Faculdade de Ciências em Faculdade de Ciências e Tecnologia, a criação da Faculdade de Economia e deixou organizado o processo de criação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Desenvolveu os Serviços Sociais para os funcionários e estudantes, tendo sido responsável pela instalação de serviços de benefícios múltiplos.
A sua atividade académica é marcada pela investigação nos domínios dos recursos geológicos, nomeadamente, das mineralizações e dos jazigos minerais e dos processos geoquímicos associados, bem como da geologia de engenharia, relacionada com a cartografia geológica e geotécnica e com o comportamento geomecânico dos materiais.
Realizou estudos geológicos e petrográficos em Portugal continental, Porto Santo, Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Macau e Timor. Estudou jazigos minerais e pedreiras em Portugal, Angola, Moçambique e Goa.
Foi consultor dos principais projetos hidroelétricos em Portugal e nas ex-colónias, desde 1957, onde marcou as equipas multidisciplinares de projeto e construção das principais barragens, tendo mantido essa atividade até 2002.
A sua bibliografia é composta por 203 trabalhos científicos publicados e 334 relatórios de Geologia Económica e de Geologia Aplicada, os quais tiveram impacto nacional e internacional.
Foi um dos fundadores da Sociedade Geológica de Portugal (1941) e da Sociedad Española de Cristalografia e Mineralogia (1975).
Na Academia das Ciências de Lisboa, foi Membro Correspondente de 1983 a 1987, Membro Efectivo de 1987 a 2013 e Sócio Emérito de 2013 a 2015. Foi Sócio Emérito da Academia de Engenharia de 2009 a 2015.
Foi-lhe concedido o grau da Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública por Sua Excelência o Presidente da República, em 2003.
Em 2015, a Sociedade Geológica de Portugal instituiu o prémio Cotelo Neiva destinado a homenagear e distinguir a carreira científica e/ou profissional de um geólogo português.