Ronald de Carvalho (
Rio de Janeiro,
16 de maio de
1893 - Rio de Janeiro,
15 de fevereiro de
1935) foi um
poeta e
político brasileiro.
Vida
Ronald de Carvalho era filho do engenheiro naval Artur Augusto de
Carvalho e de Alice Paula e Silva Figueiredo de Carvalho, concluindo o
curso secundário no Colégio naval.
Entrou na
Faculdade Livre de Ciéncias Jurídicas e Sociaes do Rio de Janeiro, precursora da atual
Faculdade Nacional de Direito da
UFRJ, fazendo um bacharelato em 1912. Desde 1910 trabalhava como jornalista, no
Diário de Notícias, cujo diretor era
Ruy Barbosa.
Em 1924 dirigiu a Secção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Durante a gestão de
Félix Pacheco, esteve no
México, como hóspede de honra daquele governo. Em 1926 foi oficial de gabinete do ministro
Otávio Mangabeira. Em 1930, o seu poema
Brasil foi entusiasticamente lido na conferência
Poesia Moderníssima do Brasil,
apresentada pelo professor Manoel de Souza Pinto, da Cadeira de
Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras de Coimbra (tal estudo saiu
estampado depois no
Jornal do Commercio,
do Rio de Janeiro, edição de domingo, 11 de janeiro de 1931). Exerceu
cargos diplomáticos de relevância, servindo na Embaixada de Paris,
com o embaixador Sousa Dantas, por dois anos, e depois em
Haia (
Países Baixos). Regressou a
Paris, de onde, em
1933, voltou para o Rio de Janeiro.
Foi secretário da Presidência da República, cargo que ocupava quando morreu. Em concurso realizado pelo
Diário de Notícias, em
1935, foi eleito
Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em substituição a
Coelho Neto. Colaborou, com destaque, em
O Jornal e também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas
Alma nova (1914-1930) e
Atlântida (1915-1920). Casou com Leilah Accioly de Carvalho, de quem teve quatro filhos.
Ronald de Carvalho faleceu, com 41 anos de idade, vítima de acidente de automóvel, no
Rio de Janeiro, a 15 de fevereiro de 1935.
Sabedoria
Enquanto disputam os doutores gravemente
sobre a natureza
do bem e do mal, do erro e da verdade,
do consciente e do inconsciente;
enquanto disputam os doutores sutilíssimos,
aproveita o momento!
Faze da tua realidade
uma obra de beleza
Só uma vez amadurece,
efêmero imprudente,
o cacho de uvas que o acaso te oferece…
Ronald de Carvalho
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