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sexta-feira, março 21, 2025

Porque a 21 de março se celebrou o Dia Mundial da Árvore, das Florestas e da Poesia...

   

A comemoração oficial do Dia da Árvore teve lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872. John Stirling Morton conseguiu induzir toda a população a consagrar um dia no ano à plantação ordenada de diversas árvores para resolver o problema da escassez de material lenhoso.

A Festa da Árvore rapidamente se expandiu a quase todos os países do mundo, e em Portugal comemorou-se pela primeira vez a 9 de março de 1913.
Em 1971 e na sequência de uma proposta da Confederação Europeia de Agricultores, que mereceu o melhor acolhimento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), foi estabelecido o Dia Florestal Mundial com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra.
Em 21 de março de 1972 - início da Primavera no Hemisfério Norte - foi comemorado o primeiro DIA MUNDIAL DA FLORESTA em vários países, entre os quais Portugal.

O Dia Mundial da Poesia celebra-se a 21 de março, foi criado na XXX Conferência Geral da UNESCO em 16 de novembro de 1999. O propósito deste dia é promover a leitura, escrita, publicação e ensino da poesia através do mundo."

 

in Biblioteca Escolar de Alfena

 

A Árvore do Silêncio

Se a nossa voz crescesse,onde era a árvore?
Em que pontas, a corola do silêncio?
Coração já cansado, és a raiz:
Uma ave te passe a outro país.
Coisas de terra são palavra.
Semeia o que calou.
Não faz sentido quem lavra
Se o não colhe do que amou.
Assim, sílaba e folha, porque não
Num só ramo levá-las
com a graça e o redondo de uma mão?
(Tu não te calas? Tu não te calas?!)


in
Canto de Véspera (1966) - Vitorino Nemésio

Porque hoje é o dia da Poesia...

poesia

 (imagem daqui)

 

Conselho amigável a imensos jovens adultos

 

Vai ao Tibete.
Anda de camelo.
Lê a bíblia.
Tinge os sapatos de azul.
Deixa crescer a barba.
Dá a volta ao mundo numa canoa de papel.
Assina o Saturday Evening Post.
Mastiga com o lado esquerdo da boca apenas.
Casa-te com uma mulher com uma perna e faz a barba
com uma navalha de barbear.
E grava o teu nome no braço dela.

Escova os dentes com gasolina.
Dorme todo o dia e trepa às árvores à noite.
Sê um monge e bebe buckshot e cerveja.
Mete a cabeça debaixo de água e toca violino.
Faz dança do ventre diante de velas cor-de-rosa.
Mata o teu cão.
Concorre a Presidente da Câmara.
Vive num barril.
Parte a cabeça com um machado.
Planta túlipas à chuva.

Mas não escrevas poesia.




Charles Bukowsky 

Andam pela terra os poetas...

 

Andam pela terra os poetas

 

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz: Luiz Goes
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura

Hoje é dia de celebrar as árvores e a poesia...

(imagem daqui)


Botânica: o cedro

 

As variações da paisagem correspondem
a uma entoação da frase que a reparte em orações
e versos como se fossem pedaços de campo
divididos por muros, caminhos ou simples terra
lavrada. Ao abrir a porta via a fulguração
da manhã emergindo da névoa; e pedaços de
estrofe e passeavam-me pelos olhos, como
os pássaros negros do Inverno. Mas o cedro
que cresceu no quintal, ocupando o seu centro,
transformou-se no eixo da paisagem; e
o horizonte gira à sua volta, numa granulação
de perspectivas, espalhando as sementes
da perfeição que a primavera fará germinar.



in
As coisas mais simples (2006) - Nuno Júdice

quinta-feira, março 21, 2024

Porque hoje é dia de celebrar a Árvore e a Poesia...

(imagem daqui)

Botânica: o cedro

As variações da paisagem correspondem
a uma entoação da frase que a reparte em orações
e versos como se fossem pedaços de campo
divididos por muros, caminhos ou simples terra
lavrada. Ao abrir a porta via a fulguração
da manhã emergindo da névoa; e pedaços de
estrofe e passeavam-me pelos olhos, como
os pássaros negros do Inverno. Mas o cedro
que cresceu no quintal, ocupando o seu centro,
transformou-se no eixo da paisagem; e
o horizonte gira à sua volta, numa granulação
de perspectivas, espalhando as sementes
da perfeição que a primavera fará germinar.


in
As coisas mais simples (2006) - Nuno Júdice

21 de março - Dia Mundial da Árvore, das Florestas e da Poesia...

   

A comemoração oficial do Dia da Árvore teve lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872. John Stirling Morton conseguiu induzir toda a população a consagrar um dia no ano à plantação ordenada de diversas árvores para resolver o problema da escassez de material lenhoso.

A Festa da Árvore rapidamente se expandiu a quase todos os países do mundo, e em Portugal comemorou-se pela primeira vez a 9 de março de 1913.
Em 1971 e na sequência de uma proposta da Confederação Europeia de Agricultores, que mereceu o melhor acolhimento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), foi estabelecido o Dia Florestal Mundial com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra.
Em 21 de março de 1972 - início da Primavera no Hemisfério Norte - foi comemorado o primeiro DIA MUNDIAL DA FLORESTA em vários países, entre os quais Portugal.

O Dia Mundial da Poesia celebra-se a 21 de março, foi criado na XXX Conferência Geral da UNESCO em 16 de novembro de 1999. O propósito deste dia é promover a leitura, escrita, publicação e ensino da poesia através do mundo."

 

in Biblioteca Escolar de Alfena

 

A Árvore do Silêncio

Se a nossa voz crescesse,onde era a árvore?
Em que pontas, a corola do silêncio?
Coração já cansado, és a raiz:
Uma ave te passe a outro país.
Coisas de terra são palavra.
Semeia o que calou.
Não faz sentido quem lavra
Se o não colhe do que amou.
Assim, sílaba e folha, porque não
Num só ramo levá-las
com a graça e o redondo de uma mão?
(Tu não te calas? Tu não te calas?!)


in
Canto de Véspera (1966) - Vitorino Nemésio

Porque hoje é o dia da Poesia...


 

 

Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz: Luiz Goes
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura

terça-feira, março 21, 2023

Pequeno poema, para celebrar poesia e plantas no seu dia...

(imagem daqui)
   
Erva daninha

Não tiveste tempo de
comemorar a vitória sobre
a corriola e já estás de novo
em guerra agora com o escalracho.
Preocupado com as beringelas
os tomates os pepinos de conserva
é uma luta inglória a que se
prenuncia. A essa erva
outra se se seguirá nem que seja
a mais daninha das ervas
- a poesia
  
 
 

in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Ainda andam pela Terra os poetas...?

 

Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz: Fábio Almeida - Capas ao Luar
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura

 

Porque é preciso celebrar a poesia e as árvores...


(imagem daqui)
  
Sabes, leitor
 
Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas – podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia – e essa é a verdade – cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.
   
A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão
      
  
   

in Poesia (2012) - Daniel Faria

segunda-feira, março 21, 2022

Poema botânico, para celebrar poesia e plantas no seu dia...

(imagem daqui)
   
Erva daninha

Não tiveste tempo de
comemorar a vitória sobre
a corriola e já estás de novo
em guerra agora com o escalracho.
Preocupado com as beringelas
os tomates os pepinos de conserva
é uma luta inglória a que se
prenuncia. A essa erva
outra se se seguirá nem que seja
a mais daninha das ervas
- a poesia
  
 
 

in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Poesia - porque é preciso celebrar os poetas e as árvores...


(imagem daqui)
  
Sabes, leitor
 
Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas – podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia – e essa é a verdade – cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.
   
A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão
      
  
   

in Poesia (2012) - Daniel Faria

Porque hoje é o Dia da Poesia...

 

Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz: Fábio Almeida - Capas ao Luar
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura

 

domingo, março 21, 2021

Poesia com substrato vegetal para acabar um dia poético-botânico

(imagem daqui)
   
Erva daninha

Não tiveste tempo de
comemorar a vitória sobre
a corriola e já estás de novo
em guerra agora com o escalracho.
Preocupado com as beringelas
os tomates os pepinos de conserva
é uma luta inglória a que se
prenuncia. A essa erva
outra se se seguirá nem que seja
a mais daninha das ervas
- a poesia
  
 
 

in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Porque hoje é o Dia da Poesia...

 

Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz: Fábio Almeida - Capas ao Luar
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura

Poesia - para celebrar o seu dia e o da Árvore...

 


(imagem daqui)
  
Sabes, leitor
 
Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas – podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia – e essa é a verdade – cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.
   
A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão
      
  
   

in Poesia (2012) - Daniel Faria

sábado, março 21, 2020

Porque hoje foi o Dia Mundial da Poesia e da Árvore...

(imagem daqui)
  
Sabes, leitor
 
Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas – podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia – e essa é a verdade – cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.
   
A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão
   
   

in Poesia (2012) - Daniel Faria

Música para celebrar o Dia da Poesia...


Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz, Luiz Goes
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura



sexta-feira, março 22, 2019

Poema para celebrar os Dias da Água e da Poesia...

(imagem daqui)
 
Água

Água, feita de volubilidade
mãe das nuvens e do barro.
posso senti-la discreta
transparente inevitável.


Prisioneira gelada
dos refrigeradores,
vago itinerário dos peixes,
húmido túmulo dos detritos
que os homens repudiaram.


Feita de angústia,
saíste dos olhos
para a estrada áspera
das rugas.


Ergues tua bandeira vermelha
no peito dos apunhalados.


Água,
hei-de beber-te comovido
na inodora volúpia
da tua acomodada transparência.
Embebes de esquecimento
os suicidas.


Tuas mãos rudes
agarram os continentes,
dissolvem os náufragos,
projectam no céu
os velames e as quilhas.
Bojo surdo e verde
cofre de algas e flibusteiros,
bactérias e diamantes.


Quero-te agora
inerte de presságios,
mera adolescente
nascida na terra,
filha perdida do azul. 

  
  
André Carneiro

quinta-feira, março 21, 2019

Para celebrar o Dia da Árvore e da Poesia...

(imagem daqui)
  
Sabes, leitor

Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas – podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia – e essa é a verdade – cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.

A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão

 

in Poesia (2012) - Daniel Faria