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sexta-feira, março 21, 2025

A Namíbia tornou-se independente há 35 anos...!

 

Namíbia, oficialmente a República da Namíbia (em inglês: Republic of Namibia; em alemão: Republik Namibia; em africâner: Republiek van Namibië) é um país da África Austral limitado a norte por Angola e Zâmbia, a leste pelo Botswana, a sul pela África do Sul e a oeste pelo Oceano Atlântico. Embora não faça fronteira com o Zimbabwe, menos de 200 metros da fronteira com a Zâmbia e Botswana separa-os nos seus pontos mais próximos. O país obteve a independência da África do Sul em 21 de março de 1990, após a Guerra de Independência da Namíbia. A sua capital e maior cidade é Windhoek. A Namíbia é um país membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), da União Africana (UA) e da Commonwealth.
O território da Namíbia foi habitado desde os tempos antigos pelos povos Khoisan, Damaras e Namaqua, com uma notável imigração de Bantos a partir do século XIV, no que ficou conhecido como Expansão Banta. A maior parte do território tornou-se um protetorado do Império Alemão em 1884, tendo permanecido como colónia alemã até o final da Primeira Guerra Mundial. Em 1920, a Liga das Nações transferiu sua administração para a África do Sul, que impôs suas leis ao novo território e, consequentemente, sua política de Apartheid a partir de 1948. O porto de Walvis Bay e as Ilhas do Pinguim, que haviam sido anexadas pela Colónia do Cabo sob a coroa britânica em 1878, tornaram-se parte integrante da nova União Sul-Africana na sua criação em 1910.
As crescentes demandas levantadas por líderes africanos levaram a ONU a assumir a responsabilidade direta sobre o território do país. Assim, a Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO) foi reconhecida como representante oficial do povo da Namíbia em 1973. A Namíbia, no entanto, permaneceu sob a administração da África do Sul durante este tempo, sendo administrada como África do Sul-Oeste. Após guerrilhas e conflitos internos, com grande participação da SWAPO, a África do Sul instalou uma administração interina na Namíbia em 1985. Cinco anos depois, em 21 de março de 1990, a Namíbia obteve a independência total da África do Sul (com exceção de Walvis Bay e as Ilhas do Pinguim, que permaneceram sob controle sul-africano até 1994, quando foram entregues à Namíbia).
Com um população de 2,1 milhões de habitantes, o país é um dos menos povoados do mundo. O seu regime político consiste numa democracia parlamentarista multipartidária, tendo Hage Geingob, da SWAPO, como presidente desde 2015. A agricultura, o turismo e a indústria mineira (minas de diamantes, urânio, ouro, prata e metais comuns) formam a base da economia da Namíbia.
  
  
in Wikipédia

quarta-feira, março 19, 2025

David Livingstone nasceu há 212 anos

  
David Livingstone (Blantyre, Escócia, 19 de março de 1813 - Aldeia do Chefe Chitambo, Rodésia do Nordeste, 1 de maio de 1873) foi um missionário e explorador britânico que se tornou famoso por ter sido um dos primeiros europeus a terem explorado o interior da África. Ao longo de sua vida, David Livingstone empreendeu diversas expedições missionárias pelo interior do continente africano, sendo que em muitas delas, Livingstone foi o primeiro homem branco a ter visitado determinadas regiões da África.
  

sexta-feira, março 07, 2025

Ali Farka Touré morreu há dezanove anos...

  
Ali Farka Touré, né le 31 octobre 1939 à Kanau (Mali) et décédé le 7 mars 2006 à Bamako, est un musicien et chanteur malien. Il est considéré comme l’un des guitaristes de blues africain les plus importants.
   
Biographie
Ali Farka Touré est originaire de Kanau, un village proche du fleuve Niger, à environ 65 km de Tombouctou. Il appartient à une famille noble de l’ethnie Arma, elle-même issue de l’ethnie Songhaï. Son père était un militaire, il meurt pendant la Seconde Guerre mondiale. Sa famille s’installe alors à Niafunké (situé 250 km au sud-ouest de Tombouctou). Il ne fréquente pas l’école et passe ses journées à travailler aux champs. Déjà, il s’intéresse à la musique, et plus particulièrement à certains instruments : le gurkel, petite guitare traditionnelle, le njarka (en), violon populaire, la flûte peul ou le luth ngoni à quatre cordes.
En 1956, il assiste au concert de Fodéba Keïta, musicien guinéen. Parallèlement à sa profession (il est chauffeur), il reprend des airs traditionnels. Il rencontre l’écrivain Amadou Hampâté Bâ avec qui il parcourt le Mali à la découverte des musiques traditionnelles. En 1960, Ali Farka Touré fonde et dirige son premier groupe, La Troupe 117 avec laquelle il parcourt le Mali à travers les festivals. En 1968, il effectue son premier voyage hors d’Afrique pour se rendre au festival international des arts à Sofia (Bulgarie). Il entre en 1970 dans l’orchestre de Radio Mali tout en travaillant comme ingénieur du son dans la même radio. En 1973, l’orchestre est dissous par le gouvernement.
Farka Touré commence alors une carrière solo en donnant des concerts dans toute l’Afrique de l’Ouest. Son premier disque Farka sort en 1976. Dans les années 1980, il effectue plusieurs tournées internationales en Europe, au Japon et aux États-Unis. Après quelques albums à succès, il enregistre en 1991 The Source avec le bluesman Taj Mahal et s’ouvre ainsi à la fusion de la world music. La sortie en 1993 de l’album Talking Timbuktu en duo avec Ry Cooder, le guitariste américain, le propulsera sur la scène internationale avec succès : il reçoit un Grammy Award pour cet album.
En 1996, un album en songhaï, en peul et en tamasheq qu’il intitule Radio Mali est publié. Il réunit des titres sélectionnés parmi de nombreuses bandes enregistrées et diffusées à la radio nationale malienne en 1973-1978. En 1997, Ali Farka Touré annonce qu’il veut se consacrer à l’agriculture dans son village, Niafunké. Son investissement principal sera de faire installer des pompes à eau puisant dans le Niger pour l’irrigation des champs alentour. Son investissement pour le développement local fera qu’il sera élu maire de la ville de Niafunké sur une liste de l’Union pour la République et la Démocratie. En corollaire, il sort l’album intitulé Niafunké, où il abordera à travers les chansons le travail de la terre, l’éducation, la justice et l’apartheid.
En 2005, Ali Farka Touré publie In the Heart of the Moon, avec Toumani Diabaté. Cet album obtient le 8 février 2006 le Grammy Award du meilleur album traditionnel de musique du monde, offrant ainsi à Ali un deuxième Grammy Award. En avril 2005, il crée une fondation portant son nom qui a pour but d’organiser un festival biannuel de jazz à Niafunké et créer un centre de formation de jeunes artistes en instruments traditionnels locaux.
Ali Farka Touré décède le 7 mars 2006, au matin, à Bamako. Il souffrait d’un cancer depuis plusieurs années et était paralysé depuis quelque temps. Il est inhumé à Niafunké.
Selon sa maison d’édition, World Circuit, Ali Farka Touré venait de terminer le travail sur un dernier album en solo. Ce sera Savane, album posthume, héritage d’Ali Farka Touré que Ry Cooder qualifie «d’absolument parfait».
En 2002, Ai Du, morceau extrait de Talking Timbuktu, est choisi pour faire partie de la bande originale du film L'Auberge espagnole de Cédric Klapisch. En 2008, un de ses morceaux a été utilisé pour le film ivoirien Amour & Trahison de Hervé Éric Lengani.
  
Anecdote
Il explique lui-même l’origine du nom traditionnel «Farka», signifiant «âne», qui n’a rien de péjoratif car cet animal est admiré pour sa force et sa ténacité : «J’ai perdu neuf frères du même père et de la même mère. Le nom que je porte est Ali Ibrahim. Mais il est une tradition en Afrique de donner un surnom étrange à votre unique enfant si vous avez perdu tous les autres… laissez-moi vous dire clairement une chose, je suis l’âne sur lequel personne ne peut monter...».
      
 

sábado, março 01, 2025

A batalha que deixou uma Etiópia independente foi há 129 anos


A Batalha de Adwa, ou Adowa, ocorreu a 1 de março de 1896, entre a Etiópia e Itália, perto da cidade de Adwa, Etiópia.

 


História

A partir de 1870, a Abissínia passa a ser cobiçada pela Itália, que então procurava juntar-se às demais potências europeias na corrida desenfreada pela repartição da África.

No final do século XIX, todo continente africano estava sob o domínio europeu, com exceção da Etiópia e da Libéria. A Libéria havia-se tornado independente em 1847 e na Etiópia, a independência foi garantida depois da Conferência de Berlim, com a vitória do exército do imperador Menelik II sobre tropas italianas na batalha de Adwa.

Após a Conferência de Berlim, em 26 de fevereiro de 1885, ingleses, franceses, alemães, belgas, italianos, espanhóis e portugueses já haviam conquistado e repartido entre si 90% da África.

Em 1895, a Etiópia foi invadida pela Itália, que pretendia anexar o país ao seu protetorado. Em 1896, os italianos subjugaram a parte oriental da região, estabelecendo a colónia da Eritreia. No entanto, neste mesmo ano, em 1896, o exército etíope (com 110.000 homens), sob a liderança de Menelik II da Abissínia, um dos grandes estadistas de história africana, que acompanhado da sua esposa, a imperatriz Taitu Bitul, derrotaram os italianos (20.800 soldados), na famosa batalha de Adwa – a primeira vitória militar de uma nação africana sobre um colonizador europeu – mantendo o país livre e independente.

 

sexta-feira, fevereiro 07, 2025

Clementina de Jesus nasceu há 124 anos

     
Clementina de Jesus da Silva (Valença, 7 de fevereiro de 1901 - Rio de Janeiro, 19 de julho de 1987) foi uma cantora brasileira de samba. Também era conhecida como Tina ou Quelé.
    
(...)
 
Clementina, mesmo tendo iniciado tardiamente a sua vida artística e com uma curta carreira, é sem dúvida uma das mais importantes artistas brasileiras. Faleceu, de um AVC, na Vila Santo André, em Inhaúma, no estado do  Rio de Janeiro, a 19 de julho de 1987 e apesar disso, hoje em dia apenas o disco Clementina e Convidados existe em catálogo.
  
 

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Hermenegildo Capelo nasceu há 184 anos

    
Hermenegildo Carlos de Brito Capelo (Palmela, 4 de fevereiro de 1841 - Lisboa, 4 de maio de 1917), oficial da Marinha portuguesa e explorador do continente africano durante o último quartel do século XIX. Participou com Roberto Ivens na célebre travessia entre Angola e a costa do Índico.

Exploração de África
Em 1875, Luciano Cordeiro fundou a Sociedade de Geografia de Lisboa, reunindo em seu redor uma elite intelectual, civil e militar. Embora a sua atuação não fosse direcionada exclusivamente para o continente africano, logo nos primeiros anos da sua existência criou a Comissão Nacional Portuguesa de Exploração e Civilização da África, mais conhecida por Comissão de África que assumiu a função de despertar a opinião pública para as questões do Ultramar e que preparou as primeiras grandes expedições de exploração científico-geográfica, recorrendo a financiamento por subscrição nacional, contribuindo assim para a definição de uma política colonial portuguesa em África. Estas expedições destinavam-se a efetuar o reconhecimento do Cuango e as suas relações com o Zaire, e ainda a comparar a bacia hidrográfica deste rio com a do Zambeze, concluindo, assim, a carta da África centro-austral, o famoso Mapa cor-de-rosa. Apesar do seu papel fundamental na defesa da posição portuguesa em África, face ao movimento expansionista europeu, a Sociedade de Geografia de Lisboa surgiu tardiamente, no que se refere à criação de sociedades homólogas nos restantes países da Europa. Estas expedições integram-se num contexto político marcado por um forte surto expansionista europeu, nos domínios do continente africano, que antecipam a histórica Conferência de Berlim, realizada em 1885. Exploradores de todas as grandes potências europeias, lançavam-se numa verdadeira rivalidade pela prospeção de territórios, obrigando Portugal a rever urgentemente a sua política colonial e a efetivar a sua presença nestes locais, mas as pretensões portuguesas de ocupação do espaço entre Angola e Moçambique chocaram com as pretensões inglesas, que se materializaram na consequente reivindicação dessa zona para o império inglês através do Ultimato Britânico a Portugal.
 
  
A primeira Viagem - De Benguela às Terras de Iaca
O objetivo 
Brito Capelo, quando da sua permanência em Angola fez o reconhecimento científico daquela zona, facto que o fez ser escolhido, por Decreto de 11 de maio de 1877, para dirigir uma expedição científica à África Central da qual também faziam parte o oficial da marinha Roberto Ivens e o major do exército Serpa Pinto. Sob os auspícios da Sociedade de Geografia, esta expedição tinha por fim «…o estudo do rio Cuango nas suas relações com o Zaire e com os territórios portugueses da costa ocidental, assim como toda a região que compreende ao Sul e a sueste as origens dos rios Zambeze e Cunene e se prolonga ao Norte, até entrar pelas bacias hidrográficas do Cuanza e do Cuango…».
A viagem
A 7 de julho de 1877 Brito Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto iniciam a expedição. Feito o trajeto Benguela-Bié, divergências entre Serpa Pinto e Brito Capelo levam a expedição a dividir-se, com Serpa Pinto, por sua iniciativa a tentar a travessia até Moçambique. Não o conseguiu como pretendia, mas chegou a Pretória, e posteriormente a Durban. Brito Capelo e Roberto Ivens mantiveram-se fiéis ao projeto inicial, concentrando as atenção na missão para que haviam sido nomeados, ou seja nas relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Percorreram as regiões de Benguela até às terras de Iaca, tendo delimitado os cursos dos rios Cubango, Luando e Tohicapa. A 1 de março de 1880, Lisboa recebe triunfalmente Brito Capelo e Roberto Ivens, tendo o êxito da expedição ficado perpetuado no livro De Benguela às Terras de Iaca.

A segunda viagem - De Angola à Contra-Costa
Depois de concretizado o importante percurso entre o Bié e o Zambeze, e atingidas as cataratas Vitória, Capelo e Ivens são estimulados a prosseguir com as suas expedições.
O objetivo
Dada a necessidade de ser criado um atlas geral das colónias portuguesas, Manuel Joaquim Pinheiro Chagas, ao tempo Ministro da Marinha e do Ultramar, criou por decreto de 19 de Abril de 1883 a Comissão de Cartografia, para a qual nomeou como vogais os dois exploradores. Por outro lado, pretendendo a criação de um caminho comercial que ligasse Angola e Moçambique nomeou-os a 5 de novembro do mesmo ano para procederem aos necessários reconhecimentos e explorações. A escolha de dois oficiais de Marinha para a concretização desta importante missão, prende-se com o facto de se tratarem de territórios desconhecidos, não cartografados, nos quais era necessário avançar, recorrendo aos princípios da navegação marítima, tão familiares a estes exploradores.
A viagem 
Entre 1884 e 1885, Capelo e Ivens realizaram nova exploração em África, primeiro entre a costa e o planalto de Huíla e depois através do interior até Quelimane, em Moçambique. Continuaram, então, os seus estudos hidrográficos, efetuando registos geográfico-naturais mas, também, de carácter etnográfico e linguístico. Estabelecem assim a tão desejada ligação por terra entre as costas de Angola e de Moçambique, explorando as vastas regiões do interior situadas entre estes dois territórios e descrevem-na no livro em dois volumes: De Angola à Contra-Costa. Tendo partido para essa missão a 6 de janeiro de 1884 haveriam de regressar a 20 de setembro de 1885 sendo recebidos triunfalmente pelo rei D. Luís.

Outras missões
Posteriormente, Brito Capelo, foi nomeado para outras missões, tais como a de vice-presidente do Instituto Ultramarino, do qual foi primeiro presidente a Rainha Dona Amélia. Faziam igualmente parte da sua primeira direção eminentes vultos da História de Portugal, como Roberto Ivens, Andrade Corvo, Luciano Cordeiro, Pinheiro Chagas, António Enes e Oliveira Martins, o que revela bem da importância que as autoridades governamentais da época quiseram atribuir àquela obra social.
  
Outros cargos
Hermenegildo Capelo foi ajudante-de-campo dos reis D. Luís, D. Carlos e chefe da casa militar do rei D. Manuel II, ministro plenipotenciário de Portugal junto do sultão de Zanzibar, organizador de uma carta geográfica da província de Angola, delegado do governo num congresso de Bruxelas e presidente da comissão de cartografia. Hermenegildo Capelo foi promovido a contra–almirante em 17 de maio de 1902 e a vice–almirante em 18 de janeiro de 1906. Muito dedicado ao rei D. Manuel II, acompanhou-o até à partida para o exílio, em 5 de outubro de 1910. A 24 do referido mês, tendo pedido a demissão, deu por terminada a sua carreira militar.
  

sábado, dezembro 28, 2024

Serpa Pinto morreu há cento e vinte e quatro anos...


Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto, 1.º Visconde de Serpa Pinto (Cinfães, Tendais, Quinta das Poldras, 20 de abril de 1846 - Lisboa, 28 de dezembro de 1900), foi um militar, explorador e administrador colonial português

 

Vida

Nasceu na freguesia e paróquia de Tendais, casa e quinta das Poldras, concelho de Cinfães, no dia 20 de abril de 1846, filho do miguelista José da Rocha Miranda de Figueiredo (1798-1898), médico, e de sua mulher D. Carlota Cacilda de Serpa Pinto, sendo neto homónimo, pelo lado materno, do famoso liberal, militar e político, Alexandre Alberto de Serpa Pinto (falecido em 1839).

Ingressou no Colégio Militar com dez anos e aos dezassete tornou-se no seu primeiro Comandante de Batalhão.

Serpa Pinto viajou pela primeira vez até à África oriental em 1869 numa expedição ao rio Zambeze. Integrava uma coluna de quase mercenários, cujo objetivo conhecido era o de enfrentar as milícias do Bonga, que já infligira nas tropas portuguesas várias e humilhantes derrotas. Mas Serpa Pinto integra a coluna como técnico, avaliando a rede hidrográfica e a topografia local, pelo que podemos inferir ou suspeitar dos intuitos não apenas bélicos, mas de interesse estratégico no reconhecimento e posterior controle da região.

Casou em 1872 com D. Angélica Gonçalves Correia de Belles, natural de Faro, filha de Pedro Luís Correia de Belles e de D. Maria Joaquina Gonçalves. Tiveram uma filha, Carlota Laura de Serpa Pinto (Casa de Porto Antigo, Oliveira do Douro, Cinfães, 25 de dezembro de 1872 - Encarnação, Lisboa, 11 de dezembro de 1948), que casou em 1890 com Eduardo de Sousa Santos Moreira (1865-1935), tendo três filhos: Alexandre (1892); Jorge (1894) e José (1897).

Em 1877 Serpa Pinto é nomeado por Decreto de 11 de maio do mesmo ano, para participar numa expedição científica à África Central da qual também faziam parte os oficiais da marinha Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. Segundo o decreto foram nomeados «para comporem e dirigirem a expedição que há-de explorar, no interesse da ciência e da civilização', os territórios compreendidos entre as províncias de Angola e Moçambique, e estudar as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze… » Este objetivo constituía uma vitória de José Júlio Rodrigues sobre Luciano Cordeiro dado que este último tinha lutado por uma travessia de costa a costa, passando pela região dos grandes lagos da África Central. Feito o trajeto Benguela-Bié, divergências entre Serpa Pinto e Brito Capelo levam a expedição a dividir-se, com Serpa Pinto, por sua iniciativa a tentar a travessia até Moçambique. Na verdade Luciano Cordeiro que nunca se tinha conformado com o facto da expedição não ser de costa a costa veio a encontrar em Serpa Pinto um irmão do mesmo sonho, já que Serpa Pinto sonhava desde longa data com uma empresa grandiosa em África. Desde o princípio da viagem Serpa Pinto tenta desviar os objetivos da expedição. Capelo e Ivens recusam-se ao que consideram ser “os desvarios de Serpa Pinto” e cognominando-o de falsário participam a separação. Serpa Pinto acabou por falhar o seu objetivo, pois não o conseguiu como pretendia, atingir qualquer ponto da costa moçambicana, como foi sua declarada intenção. Chegou, no entanto, a Pretória, e posteriormente a Durban. Brito Capelo e Roberto Ivens mantiveram-se fiéis ao projeto inicial concentrando as atenção na missão para que haviam sido nomeados, ou seja nas relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Mais tarde, Capelo e Ivens explicaram que não tinham "o direito de divagar nos sertões, por onde quiséssemos, dirigindo o nosso itinerário para leste ou norte".

A expedição de Serpa Pinto tinha como objetivo fazer o reconhecimento do território e efetuar o mapeamento do interior do continente africano, para preparar a entrada de Portugal na discussão pela ocupação dos territórios africanos que até então apenas utilizara como entrepostos comerciais ou destino de degredados. A «ocupação efetiva», sobre a ocupação histórica, determinada pelas atas da Conferência de Berlim (1884-1885) obrigou o Estado Português a agir no sentido de reclamar para si uma vasta região do continente africano que uniria as províncias de Angola e Moçambique (então embrionárias) através do chamado "mapa cor-de-rosa"; esta intenção falhou após o ultimato britânico de 1890, o «incidente Serpa Pinto», já que nela interveio o explorador, ao arrear as bandeiras inglesas, num espaço cobiçado e monitorizado pela rede de espionagem do Reino Unido, junto ao lago do Niassa.

A aventura de Serpa Pinto, travessia solitária e arriscada, moldaram a imagem de um homem intrépido que concedeu ao militar uma aura de heroicidade necessária às liturgias cívicas e às celebrações dos feitos passados, quando Portugal atravessava uma grave crise política e moral. Nesse sentido a sua figura foi explorada como o novo herói, das novas descobertas que já não passavam por sulcar os mares, mas rasgar as selvas e savanas de África como forma de manutenção do prestígio internacional na arena diplomática europeia.

Faleceu com 54 anos de idade, em casa, na Rua da Glória, número 21, primeiro andar, freguesia de São José, de Lisboa, vítima de várias complicações, tanto cardíacas, como pulmonares e neurológicas. Deixou a viúva, D. Angélica de Serpa Pinto, que ficou doente, e a filha Carlota, já casada e com filhos. Teve no seu funeral honras de estado e foi acompanhados pelas figuras mais ilustres do país, sendo sepultado no jazigo da família, no Cemitério dos Prazeres.

Conotado com a ala direita dos partidos monárquicos portugueses, foi três vezes deputado do Partido Regenerador, o seu nome feneceu depois de 1910, por um lado pela necessidade de exaltação das novas figuras heroicas republicanas e pela cristalização do espaço colonial europeu pós-guerra (1914-1918). A sua figura é ressuscitada pela filha, Carlota de Serpa Pinto, figura de relevo no meio cultural lisboeta, que o glorifica como ídolo heroico do Estado Novo, aventureiro e administrador colonial, em detrimento do político e cientista (embora este estatuto que, por vezes, lhe foi imposto, seja o mais discutido de todos). Autora de uma biografia de seu pai, "A Vida Breve e Ardente de Serpa Pinto", Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1937.

Foi nomeado cônsul-geral para o Zanzibar em 1885 e governador-geral de Cabo Verde em 1894.

Tanto o Rei D. Luís I, como o seu filho, D. Carlos I de Portugal, nomearam-no Ajudante de Campo e o segundo concedeu-lhe, em duas vidas, o título de 1.º Visconde de Serpa Pinto (1899).

A vila de Menongue, no sudeste de Angola, foi chamada Serpa Pinto até 1975, em alusão a este explorador.

Em Cinfães existe o Museu Serpa Pinto, que alberga algum do espólio de uma das figuras mais importantes da localidade. 

   

Brasão do Visconde de Serpa Pinto (daqui)

     

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quinta-feira, outubro 31, 2024

Ali Farka Touré nasceu há 85 anos...

      

Ali Ibrahim "Farka" Touré (Kanau, Mali, 31 de outubro de 1939Bamako, 7 de março de 2006) foi um cantor e guitarrista malinês e um dos músicos mais internacionalmente reconhecidos do continente africano.

A sua música é amplamente considerada como representando um ponto de intersecção da tradicional música de Mali e os blues. A crença de que este último é, de facto, historicamente derivado da primeira reflete-se nas frequentes citações de Martin Scorsese caracterizando a tradição de Touré como constituindo "o DNA do blues". Ele foi classificado como o número 76 na lista 100 Greatest Guitarists of All Time (100 Melhores Guitarristas de Sempre) da revista Rolling Stone.

 

in Wikipédia

 

Saudades de Ali Farka Touré...

quinta-feira, outubro 10, 2024

São Daniel Comboni morreu há 143 anos...


Daniel Comboni (Limone sul Garda, 15 de março de 1831 - Cartum, Sudão, 10 de outubro de 1881) foi um bispo católico italiano, canonizado em 5 de outubro de 2003 pelo Papa São João Paulo II

   

(...)  

    

Em 14 de setembro, junto ao túmulo de São Pedro em Roma, recebeu uma grande inspiração. Como resultado, durante o Concílio Vaticano I, apresentou aos bispos o seu Plano pela Regeneração dos Africanos. Tinha compreendido que o brancos não aguentavam muito na África, e que os Africanos trazidos para a Europa se corrompiam com o conforto e não desejavam mais voltar a sua terra natal para ser evangelizadores. Iluminado, propôs "Salvar a África com a África", ou seja, preparar sacerdotes e missionários africanos na própria África, mas em ambientes africanos, onde os brancos pudessem viver e os próprios africanos se mantivessem em sua terra.

Viajou muito, por todos os meios, de barco, de camelo, de navio, mas sempre com o coração voltado para os africanos, que queriam ser livres da escravidão, das doenças e da miséria. Fundou colégios, pediu a colaboração de mulheres e fundou a Congregação das Pias Madres da Nigritia.

Praticamente obrigado pelo Cardeal prefeito da Congregação do Vaticano responsável da Propagação da Fé, fundou em 1 de junho de 1867, o Instituto dos Filhos do Sagrado Coração de Jesus, que hoje tem o nome oficial de Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ). Os membros desta instituição estão hoje nos cinco continentes, contando até hoje vinte e quatro mártires nos trabalhos de evangelização. Em 1877 foi nomeado bispo do extenso Vicariado que abrangia praticamente toda a África Central.

Comboni faleceu a 10 de outubro de 1881 em Cartum, no Sudão, vítima das terríveis febres que já tinham vitimado quase todos os seus companheiros. No leito de morte rogou aos presentes que nunca desistissem, nem que sobrasse apenas um único deles. A sua obra continua pelo mundo afora.

Daniel Comboni foi canonizado pelo papa João Paulo II em 5 de outubro de 2003, porém, sua festa litúrgica é 10 de outubro.

 


sábado, outubro 05, 2024

Bob Geldof nasceu há setenta e três anos


Participou, com papel principal, da versão em filme de "The Wall" foi feita em 1982 pela MGM sob o título de Pink Floyd The Wall. O filme foi realizado por Alan Parker e é baseado no álbum do grupo de rock progressivo Pink Floyd. Apesar do filme ter sido um de seus trabalhos mais importantes, Bob já afirmou que não gosta das músicas do Pink Floyd.
Os Boomtown Rats não ficaram no topo por muito tempo e em 1984 a sua carreira tinha caído a pique. Em Novembro desse ano Geldof viu na BBC uma reportagem sobre a fome na Etiópia e prometeu fazer alguma coisa sobre o assunto.
Consciente de que sozinho pouco ou nada poderia fazer, pediu ajuda a Midge Ure dos Ultravox e juntos depressa escreveram a música Do They Know It’s Christmas?, juntamente com Bono e The Edge (ambos dos U2), Boy George, Paul McCartney, Duran Duran ,entre outros.
Geldof conseguiu marcar uma entrevista com o DJ Richard Skinner da "BBC Radio 1", mas em vez de discutir o seu novo álbum (razão principal para ir ao programa), aproveitou para publicitar a ideia de editar um single de caridade, de tal forma que aquando do recrutamento dos músicos, já havia um enorme interesse da comunicação social no evento.
Usando os poderes de persuasão que o tornaram bastante conhecido, formou um grupo chamado Band Aid, que consistia em músicos pop rock britânicos, todos eles no top à altura.
O single foi editado imediatamente antes do Natal com o objetivo de realizar fundos para pôr termo à fome na Etiópia. Geldof tinha a esperança de juntar 70.000 libras, no entanto o lucro terá sido de muitos milhões tendo-se tornado o single mais vendido em toda a história do Reino Unido.
A ideia foi copiada uns meses mais tarde nos EUA com a música "We Are The World" da autoria de Michael Jackson, Stevie Wonder e Lionel Richie, tendo sido este último o primeiro ponto de contacto de Geldof. Este single chegou ao topo das tabelas nos dois lados do Atlântico.

Não satisfeito com o enorme sucesso do single dos Band Aid, Geldof propôs-se organizar (e tocar com os Rats) o concerto de caridade Live Aid, que angariou fundos sem precedentes para a causa e viajou por todo o mundo com o objectivo de fazer mais dinheiro. Geldof chegou a desafiar Margaret Thatcher, primeira ministra inglesa da altura a fazer uma grande reavaliação da política do governo britânico em relação à eliminação da fome no mundo. Em reconhecimento do seu trabalho recebeu muitos prémios, incluindo uma nomeação para o Prémio Nobel da paz e o título honorário de cavaleiro atribuído pela rainha Isabel II, não tendo o título de Sir (título exclusivo para britânicos), devido à sua condição de irlandês. No entanto por cortesia há quem lhe chame "Sir Bob Geldof" e até mesmo "Santo Bob".
Após o desmembramento dos Boomtown Rats, Geldof enceta uma carreira a solo, editando uma série de álbuns com algum sucesso, tendo tocado também com David Gilmour (dos Pink Floyd).
Bob Geldof que é um dos homens mais reconhecidos e admirados pelo mundo, nunca hesitou em dizer abertamente o que pensa, mesmo que isso possa ferir algumas personalidades importantes do poder.
Juntamente com Bono dos U2 tem devotado muito do seu tempo desde 2000 à luta pelo perdão da dívida externa dos países africanos.
Em 2 e 6 de julho de 2005, organizou o Live 8, uma série de shows que tiveram lugar nos países integrantes do G8, coincidindo com o 20º aniversário do Live Aid. Este evento destinou-se a pressionar os líderes mundiais para perdoar a dívida externa das nações mais pobres do mundo, aumentar e melhorar a ajuda e negociar regras de comércio mais justas que respeitem os interesses das nações africanas.
Mais de mil músicos tocaram no evento, que foi transmitido por 182 redes de televisão e 2000 estações de rádio. O evento ficou eternamente marcado como a última apresentação do grupo britânico Pink Floyd na sua formação original, antes da morte do teclista Richard Wright em 2008.
     

 


segunda-feira, setembro 30, 2024

O Botswana tornou-se independente há 58 anos


Botswana, oficialmente República do Botswana (em inglês: Republic of Botswana; em tsuana: Lefatshe la Botswana), é um país sem costa marítima da África Austral. Anteriormente um protetorado britânico chamado Bechuanalândia, adotou o seu novo nome após tornar-se independente, em 30 de setembro de 1966. Desde a sua independência, o país teve governos democráticos e eleições ininterruptas, sem sofrer qualquer golpe de estado. A sua capital é Gaborone, que é também a maior cidade do país.

O relevo de Botsuana é plano e sua superfície é coberta em até 70% pelo deserto de Kalahari. Faz fronteira com a África do Sul a sul e sudeste, com a Namíbia a oeste e ao norte e com o Zimbábue a nordeste. A sua fronteira com a Zâmbia ao norte, perto de Kazungula, não é bem definida, mas uma curta faixa de aproximadamente 750 metros, ao longo do rio Zambeze, com travessia feita por ferry-boat, é comummente usada para marcar a fronteira com este país.

O Botsuana é um dos países mais escassamente povoados no mundo, sendo habitado por pouco mais de 2 milhões de habitantes. Quando conquistou a independência do Reino Unido, em 1966, a nação era a segunda mais pobre do mundo, com um PIB per capita de cerca de 70 dólares por ano. Desde então, o Botsuana transformou-se numa das economias de mais rápido crescimento no continente, com um PIB per capita de cerca de 16,4 mil dólares em 2013, um alto rendimento nacional bruto, o quarto maior da África, dando ao país um padrão de vida modesto.
  
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sexta-feira, setembro 06, 2024

Pretensas novidades sobre o local onde apareceram os humanos...

Afinal, o berço da humanidade pode não ser onde pensávamos

  

 

Durante décadas, o Rift Africano Oriental tem sido aclamado como o “Berço da Humanidade”, a região onde se acredita que os nossos primeiros antepassados evoluíram.

Esta crença baseia-se em numerosas descobertas de fósseis no Vale do Rift, que forneceram informações valiosas sobre as primeiras fases da evolução humana.

No entanto, um novo estudo, cujos resultados foram publicados em agosto na revista Natura Ecology & Evolution, sugere que esta narrativa pode estar incompleta.

O Rift Africano Oriental, uma formação geológica que se estende por toda a África Oriental, é conhecida pelos seus depósitos de rochas sedimentares que preservaram fósseis antigos durante milhões de anos.

Locais importantes como o desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, revelaram fósseis dos primeiros hominídeos, como o Paranthropus boisei e o Homo habilis, que datam de há cerca de 2 milhões de anos.

No entanto, este foco no Vale do Rift pode ter levado a uma compreensão distorcida da história inicial da nossa espécie.

“Como as provas da evolução humana inicial provêm de um pequeno número de sítios, é importante reconhecer que não temos uma imagem completa do que aconteceu em todo o continente”, explica W. Andrew Barr, primeiro autor do estudo, em comunicado publicado no EurekAlert.

O Rift Africano Oriental cobre menos de 1% do continente africano, enquanto os primeiros seres humanos provavelmente vagueavam muito para além desta estreita faixa de terra.

A preservação dos fósseis depende fortemente de condições geológicas específicas, e muitas regiões fora do Vale do Rift podem ter sido menos propícias à preservação a longo prazo dos restos mortais dos hominídeos.

Como resultado, grande parte do registo fóssil de outras partes de África provavelmente perdeu-se no tempo.

Num novo estudo, investigadores analisaram as áreas de distribuição dos mamíferos modernos no Vale do Rift e descobriram que, para os animais de médio e grande porte, o Rift Africano Oriental constituía apenas 1,6% do seu habitat. Isto sugere que os primeiros seres humanos, tal como outros animais, não se teriam confinado a esta pequena área.

O estudo também examinou a variação do tamanho do crânio e do corpo dos primatas africanos modernos, revelando que espécies como os babuínos são geralmente maiores na África Central do que na África Oriental.

Se os primeiros hominídeos apresentassem padrões semelhantes de variação morfológica, o registo fóssil do Vale do Rift não captaria esta diversidade, levando a uma imagem incompleta e potencialmente enganadora dos nossos antepassados.

 

in ZAP

sábado, julho 13, 2024

O Live Aid foi há trinta e nove anos...

O palco do evento, no JFK Stadium, em Filadélfia
         
O Live Aid foi um concerto de rock realizado em 13 de julho de 1985. O evento foi organizado por Bob Geldof e Midge Ure com o objetivo de arrecadar fundos em prol dos famintos da Etiópia. Os concertos foram realizados no Estádio de Wembley, em Londres (com a presença de aproximadamente 82.000 pessoas) e no Estádio de John F. Kennedy, em Filadélfia (com aproximadamente 99.000 pessoas). Alguns artistas apresentaram-se também em Sydney, Moscovo e no Japão. Foi uma das maiores transmissões em larga escala por satélite e de televisão de todos os tempos - estima-se que quase dois mil milhões de espetadores, em mais de 100 países, tenham assistido à apresentação ao vivo, na televisão.
 
Origens
O concerto foi concebido como a continuação de outro projeto de Geldof e Ure, o bem-sucedido compacto "Do They Know It's Christmas?", gravado por uma conjunção de músicos britânicos e irlandeses sob o nome "Band Aid".
A participação do promotor de eventos musicais Harvey Goldsmith foi primordial para transformar os planos de Geldof e Ure em realidade, e o evento foi crescendo e ganhando visibilidade enquanto vários artistas ingleses e norte-americanos concordavam em participar. Quanto ao montante final arrecadado, superou em muito as expectativas iniciais de 1 milhão de libras: estima-se que tenha ultrapassado os 150 milhões de libras (aproximadamente 283,6 milhões de dólares). Em reconhecimento a seus esforços, Geldof seria posteriormente condecorado com o título de "Cavaleiro do Império Britânico".
  
Esforço participativo
O concerto começou às 12.00 horas (horário local) em Wembley, Inglaterra, e continuou no JFK Stadium (nos Estados Unidos) às 13:51 horas. As apresentações no Reino Unido terminaram às 22:00, enquanto que no JFK a conclusão deu-se às 04:05 da madrugada. Conclui-se então que o concerto teve 16 horas, mas uma vez que as apresentações de muitos artistas aconteceram simultaneamente no Wembley e no JFK, a soma final é bem maior.
Nenhum concerto antes havia reunido tantos artistas famosos do passado e do presente. Entretanto, à última hora, alguns músicos já anunciados acabaram não aparecendo, como os Tears For Fears, Julian Lennon e Cat Stevens, enquanto Prince mandou em seu lugar um videoclipe da canção "4 The Tears In Your Eyes". Stevens compôs uma canção especialmente para o evento, que nunca chegou a apresentar - se o tivesse feito, seria o seu primeiro concerto público após a sua conversão ao islamismo. Os Deep Purple também deveriam se reunir para o evento, mas Ritchie Blackmore recusou-se a participar.
Mick Jagger pretendia originalmente apresentar-se nos EUA num dueto intercontinental com David Bowie em Londres, mas problemas de sincronismo impossibilitaram a tarefa. Ao invés disso, Jagger e Bowie criaram um videoclipe da canção que apresentariam juntos, uma versão de "Dancing In The Street". Jagger ainda se apresentou com Tina Turner na secção norte-americana do concerto.
Ambos os eventos principais do concerto terminaram com seus respetivos hinos antifome, o "Do They Know It's Christmas?" da Band Aid no Reino Unido e "We Are The World" do USA For Africa, fechando o show nos EUA.
Desde então vários discos e vídeos piratas com os concertos do Live Aid têm circulado livremente. O evento nunca foi planeado para ser lançado comercialmente, mas em novembro de 2004 a Warner Music Group lançou um DVD quádruplo do concerto para tentar dar um fim à pirataria.
  
As transmissões 
O concerto foi a transmissão televisiva por satélite mais ambiciosa já tentada até então.
Na Europa o sinal foi transmitido pela BBC, apresentado por Richard Skinner e Andy Kershaw e trazendo várias entrevistas e reportagens entre os shows. O sinal da BBC foi transmitido em mono, mas o sinal da BBC Radio 1 saiu em estéreo e em sincronia com as imagens da TV. Devido às constantes atividades tanto em Londres quanto na Filadélfia, os produtores da BBC omitiram a performance de Crosby, Stills, Nash & Young da sua exibição. Vários canais da Europa retransmitiram o evento a partir do sinal da BBC.
A ABC foi a principal responsável pela transmissão nos EUA (embora a própria ABC só tenha exibido as últimas três horas do evento, apresentadas por Dick Clark, com o resto sendo mostrada em parceria com a Orbis Communications). Uma transmissão simultânea em separado foi exibida em estéreo pelo canal a cabo MTV, mas uma vez que existiam poucos aparelhos de TV desse tipo na época e a maioria dos canais de TV não tinham sinal estéreo, grande parte do público assistiu mesmo foi a versão em mono. Enquanto a transmissão da BBC foi ininterrupta, tanto a MTV quanto a ABC incluíram comerciais entre os shows, cortando muitas das sequências do concerto.
Em certo ponto da concerto o apresentador Billy Conolly anunciou que acabara de ser informado que 95% dos aparelhos de TV em todo o mundo estavam sintonizados no evento.
Em 1995 o canal VH1 e o MuchMusic transmitiram uma versão editada do Live Aid no seu 10º aniversário. Em 19 de novembro de 2005 a transmissão original completa da BBC foi exibida em streaming pela Internet através de um site não-oficial.
  
    

 

 


terça-feira, julho 09, 2024

O Sudão do Sul comemora hoje treze anos de independência

     
Sudão do Sul ou Sudão Meridional (em inglês: South Sudan), oficialmente República do Sudão do Sul (em inglês: Republic of South Sudan) é um país sem costa marítima, localizado no nordeste da África. Tem esse nome devido à localização geográfica, ao sul do Sudão.
O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República do Sudão, quando ocorreu a independência desta, em 1956. Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autónoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro de 2005, no Quénia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M). A 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente. Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado-membro das Nações Unidas (ONU).

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A União Africana celebra hoje vinte e dois anos


A União Africana (UA) é a organização internacional que promove a integração entre os países do continente africano nos mais diferentes aspetos. Fundada a 9 de julho de 2002 e sucessora da Organização da Unidade Africana, criada em 1963, é baseada no modelo da União Europeia (mas, atualmente, com uma atuação mais próxima da da Comunidade das Nações - Commonwealth), ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento económico em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros, por meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África. O seu primeiro presidente foi o sul-africano Thabo Mbeki.