terça-feira, fevereiro 18, 2014

Regina Spektor - 34 anos

Regina Spektor (Moscovo, 18 de Fevereiro de 1980), é uma cantora, compositora e pianista russa radicada nos Estados Unidos. A sua música está ligada ao meio antifolk de Nova Iorque, localizado no East Village.

Biografia
Regina Spektor nasceu em Moscovo, ainda na extinta União Soviética, numa família de músicos: o seu pai, um fotógrafo, era também um violinista amador, e a sua mãe era uma professora da Universidade de Música Russa (agora ela leciona música numa escola pública em Mount Vernon, Nova Iorque).
Regina aprendeu a tocar piano praticando num piano Petrof que a sua mãe tinha herdado do seu avô. Ela também conviveu com a música de bandas de rock como The Beatles, Queen, e The Moody Blues graças a seu pai, que trouxe cassetes para a União Soviética. A família deixou o país em 1989, quando Regina tinha nove anos, durante o período da Perestroika, quando era permitido que os cidadãos judeus emigrassem. Nessa ocasião, Regina teve que deixar o seu piano para trás. A importância dos estudos de piano fez com que seus pais pensassem duas vezes antes de sair do país, mas, por razões políticas e religiosas. decidiram fazê-lo.
Viajando primeiro para a Áustria e depois para a Itália, a sua família se estabeleceu no Bronx, em Nova Iorque, onde Regina se formou na SAR Academy, uma escola yeshiva de nível médio. Ela então, estudou dois anos na Frisch School e outros dois na Fair Lawn High School, onde terminou os seus estudos.
Regina no começo interessava-se apenas por música clássica, mas depois passou a se interessar também por hip hop, rock, e punk.

Início de carreira
Em Nova Iorque, Regina estudou piano clássico até aos 17 anos com Sonia Vargas - a qual seu pai conheceu por meio do violinista Samuel Marder, marido de Vargas - uma professora da Escola de Música de Manhattan, onde foi declarada superdotada. Apesar de sua família não ter podido trazer o seu piano da Rússia, Regina achou um piano na cave da sua Sinagoga, e também praticava em cima da mesa e outras superfícies.
Regina fazia sempre músicas em casa, mas passou a se interessar por um estilo mais formal de compor as suas músicas durante a sua visita a Israel pelo Instituto Nesiya na adolescência, quando atraiu a atenção de outras crianças na viagem, devido às músicas que fez enquanto estava caminhando. Foi então que ela se deu conta de que tinha aptidão para compor músicas.
Depois dessa viagem ela viu o trabalho de Joni Mitchell, Ani DiFranco e outros cantores-compositores, que encorajaram a sua crença de que poderia fazer as suas próprias músicas. Ela escreveu as suas primeiras músicas a cappella por volta dos dezasseis anos, e as suas primeiras músicas com voz e piano com quase dezoito.
Regina completou o programa de Composição de Estúdio de quatro anos do Conservatório de Música no Colégio Purchase em apenas três anos, recebendo o grau académico, com honras, em 2001. Nessa mesma época, ela trabalhou por pouco tempo numa quinta de criação de borboletas em Luck, Wisconsin, e estudou em Tottenham, Inglaterra, durante um semestre.
Ela gradualmente ganhou reconhecimento através de suas performances no cenário do antifolk na cidade de Nova Iorque, mais especificamente no East Village's Sidewalk Cafe, e também no Living Room, Tonic, Fez, o Knitting Factory e a Galeria CB. Ela vendeu CD's produzidos independentemente, nas suas performances durante esse período: 11:11 (2001) e Songs (2002).

Estilo
Regina disse que já criou mais de 700 músicas, mas raramente as escreve. Ela também nunca aspirou a escrever as músicas por si mesma, mas as músicas parecem apenas fluir por ela. As sua músicas normalmente não são autobiográficas, mas sim baseadas em cenários e personagens criados em sua imaginação. As suas músicas mostram influências que incluem folk, punk, rock, judaica, russa, hip hop, jazz, e música clássica. O seu estilo é comparável ao de Tori Amos e Fiona Apple, e o seu estilo vocal ao de Björk. Regina diz que ela trabalha imenso para assegurar que cada música tenha um estilo musical próprio, ao mesmo tempo em que tenta desenvolver um estilo distinto para a sua música como um todo.
Regina possui um amplo alcance vocal e usa toda a extensão de sua voz. Ela também explora a variedade de diferentes e algo heterodoxas técnicas vocais, como versos contendo apenas barulhos e zunidos feitos por seus lábios, além de usar beatbox no meio das suas músicas. Também faz uso de técnicas musicais muito pouco utilizadas, como baquetes, batendo numa cadeira ou no próprio piano para fazer o ritmo. Parte de seu estilo resulta do exagero de certos aspectos de vocalização. Ela também usa um forte sotaque de Nova Iorque em algumas palavras, que, diz ela, é devido a seu amor por Nova Iorque e a sua cultura.
As suas letras são igualmente elétricas, geralmente tomando forma de narrativas abstratas ou estudo de personagens em primeira pessoa, similar a estórias curtas ou vignettes. Regina geralmente canta em inglês, embora algumas vezes inclui palavras ou versos em latim, russo, francês e outras línguas em suas músicas. Algumas das letras de Regina Spektor incluem alusões à literatura, como F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway em "Poor Little Rich Boy"; The Little Prince em "Baobabs", Virginia Woolf e Margaret Atwood em "Paris"; Ezra Pound e William Shakespeare em "Pound of Flesh"; Boris Pasternak em "Après Moi"; Sansão e Dalila em "Samson" e Oedipus o Rei em "Oedipus". Ela também usou um verso de "Califórnia", de Joni Mitchell, na sua música "The Devil Came to Bethlehem". Os temas mais usados nas letras de Regina Spektor incluem amor, morte, religião (particularmente referências bíblicas e judaicas), vida na cidade (particularmente referências a Nova Iorque), e certas palavras chave recorrem em várias músicas diferentes, como referências a coveiros (originalmente Gravediggers), a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal" e o nome "Mary Ann". O uso de sátira é evidente em "Wasteside," que se refere ao clássico romance satírico dos autores soviéticos Ilya Ilf e Yevgeni Petrov, The Twelve Chairs, que descreve uma cidade em que cada pessoa nasceu, teve o seu cabelo cortado, e foi então mandada para o cemitério.
Nos seus primeiros álbuns, muitas das faixas tiveram uma produção com voz excessivamente seca, pouca reflexão acústica ou atraso (delay) adicionado. Entretanto, nos discos mais recentes, boa parte das faixas, particularmente em Begin to Hope, têm maior ênfase na produção da música e contaram com instrumentos tradicionais do pop e rock. Regina disse que as gravações que mais impacte nela tiveram foram as de "bandas cuja música era realmente engajada", especialmente falando de The Beatles, Bob Dylan, Billie Holiday, Radiohead, Tom Waits, e Frédéric Chopin como influências primárias.

Ao vivo
O primeiro tour nacional foi acompanhando a banda The Strokes, abrindo os seus shows no tour de 2003–2004 Room on Fire, ocasião em que ela e a banda gravaram a música "Modern Girls & Old Fashioned Men". A banda Kings of Leon também abria os shows dos The Strokes, e eles convidaram Regina para abrir os seus próprios shows num tour na Europa logo de seguida. Em junho de 2005, Regina abriu o show da banda inglesa Keane no seu tour norte americana do álbum Hopes and Fears, onde se apresentou no Radio City Music Hall, no dia 7 de junho de 2005. No seu tour em 2006, do álbum Begin to Hope, Regina apresentou-se em dois shows no Teatro Town Hall, em Nova Iorque, nos dias 27 e 28 de setembro.
Subsequentemente, ela apareceu no Late Night with Conan O'Brien(duas vezes), The Tonight Show with Jay Leno (duas vezes), Jimmy Kimmel Live, Last Call with Carson Daly (cinco vezes), Late Show with David Letterman, CBS News Sunday Morning, Good Morning America e Rove Live na Austrália. Desde janeiro de 2005, Regina apresenta-se com um piano Baldwin Baby Grand vermelho brilhante. Ela também toca uma guitarra, semi-acústica, Wildkat, da Epiphone.
Ainda que geralmente apresente apenas material próprio, Regina cantou os seus primeiros covers em 2005, músicas de Leonard Cohen e Madonna para o 2º Festival Anual de Música e Herança Judaica na 92nd Street Y em Nova Iorque. Em 2006 e 2007, Regina embarcou num tour pelos Estados Unidos e Europa, enchendo muitos clubes e teatros. Ela também fez um cover da música "Real Love" de John Lennon no Centro de Arte e Performance Purchase, no dia 28 de março de 2007, um show beneficente para o conservatório de Música. Também em 2007, Regina gravou "Real Love" para o CD Instant Karma: The Amnesty International Campaign to Save Darfur, que foi lançado em junho do mesmo ano. Em 2007, a música On The Radio foi tema do casal Dona Vilma e Delegado Silva, no capítulo final de "Malhação 2007". Ela também gravou uma nova música para a banda sonora do filme "Crónicas de Nárnia: Príncipe Caspian", chamada "The Call" e, em agosto de 2008, Fidelity foi adicionada à banda sonora da novela da Globo "A Favorita".
  

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Billie Joe Armstrong - 42 anos

Billie Joe Armstrong (Oakland, 17 de fevereiro de 1972) é o vocalista e guitarrista da banda americana Green Day. O seu pai, Andy, era motorista de camião e baterista de jazz nas horas vagas e a sua mãe chamava-se Ollie, era empregada de bar e fã de música country.
Ele é o mais jovem de seis irmãos (David, Allen, Marcy, Holly e Anna). Viveu com a sua família em Rodeo, Califórnia, nos Estados Unidos.
Em uma entrevista concedida, em agosto de 2009, para a revista americana Maxim, Billie revelou ter 1,70 m de altura, ter os olhos verdes e cabelos de cor castanho avermelhado, apesar de nunca ter sido visto com a cor original.


Pixinguinha morreu há 41 anos

Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 - Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro.
Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Era filho do músico Alfredo da Rocha Viana, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos. Pixinguinha aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Viana). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o rapaz, que começou a atuar, em 1912, em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.
Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas das suas principais obras foram registadas em parceria com o líder do conjunto, mas é sabido que Benedito Lacerda não era o compositor mas pagava pelas parcerias.
Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado, e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi considerado choro, e sim uma polca. Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".
No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente a 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
Pixinguinha morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimónia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.


Thelonious Monk morreu há 32 anos

Thelonious Monk foi um pianista único, e considerado um dos mais importantes músicos do jazz. Monk tinha um estilo único de improvisar e tocar. Era famoso por seus improvisos de poucas e boas notas. Preciso, fazia com duas ou três notas o que outros pianistas faziam com nove ou dez. Cada nota entrava perfeitamente no contexto da música, numa mistura melódica e rítmica. Somente notas necessárias e muito bem trabalhadas. Sentado ao piano, tocava-o encurvado, com uma má postura, além de seu dedilhado ruim, com os dedos rígidos, que ficavam perfeitamente eretos e batiam nas teclas tal qual uma baqueta faria em um tambor. Excêntrico, Thelonious não era muito bem visto pela crítica da época, porém gerava unanimidade entre os jazzistas, pois compunha melodias e criava ritmos nada usuais. Compôs vários temas que hoje são considerados standards, como "Epistrophy", "'Round Midnight", "Blue Monk", "Straight No Chaser" e "Well, You Needn't".
Apesar de ser lembrado como um dos fundadores do bebop, o seu estilo, com o passar do tempo, evoluiu para algo único, próprio, de composições com harmonias dissonantes e guinadas melódicas combinadas a linhas de percussão desenvolvidas com abruptos ataques ao piano e uso de silêncios e hesitações.


Música tradicional portuguesa para os nossos leitores...

O poeta romântico espanhol Gustavo Adolfo Bécquer nasceu há 178 anos

Gustavo Adolfo Claudio Domínguez Bastida (Sevilla, 17 de febrero de 1836 - Madrid, 22 de diciembre de 1870), más conocido como Gustavo Adolfo Bécquer, fue un poeta y narrador español, perteneciente al movimiento del Romanticismo. Por ser un romántico tardío, ha sido asociado igualmente con el movimiento posromántico. Aunque en vida ya alcanzó cierta fama, solo después de su muerte y tras la publicación del conjunto de sus escritos alcanzó el prestigio que hoy se le reconoce.
Su obra más célebre son las Rimas y Leyendas. Los poemas e historias incluidos en esta colección son esenciales para el estudio de la literatura hispana, sobre la que ejercieron posteriormente una gran influencia.


Amor eterno

Podrá nublarse el sol eternamente;
Podrá secarse en un instante el mar;
Podrá romperse el eje de la tierra
Como un débil cristal.
¡todo sucederá! Podrá la muerte
Cubrirme con su fúnebre crespón;
Pero jamás en mí podrá apagarse
La llama de tu amor.


Gustavo Adolfo Bécquer

Há 110 anos estreou no La Scala a ópera de Puccini Madame Butterfly

Cartaz de Madame Butterfly
(litografia de Adolfo Hohenstein, 1904)

Madame Butterfly é uma ópera em três atos (originalmente em dois atos) de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no drama de David Belasco, o qual por sua vez se baseia numa história escrita pelo advogado americano John Luther Long. Estreou no Teatro alla Scala (ou La Scala), de Milão, a 17 de fevereiro de 1904. É sobre um tenente da marinha que se apaixona por uma gueixa.
O trama da ópera recebeu, mais tarde, uma citação na peça teatral (depois adaptada para o cinema) M. Butterfly, de David Henry Hwang (1988), inspirada no relacionamento entre um diplomata francês, Bernard Boursicot, e um cantor da ópera de Pequim, Shi Pei Pu. O nome Butterfly faz a ligação entre as duas histórias.


O chefe índio a quem americanos e mexicanos chamavam Gerónimo morreu há 105 anos

Gerónimo, Goyaałé - traduzindo da língua apache, O Que Boceja; frequentemente soletrado Goyathlay em inglês (16 de junho de 1829Fort Sill, 17 de fevereiro de 1909) foi um líder indígena da América do Norte, comandando os apaches chiricahua que, durante muitos anos, guerrearam contra a imposição pelos brancos de reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos da América.
Gerónimo era guerreiro de Cochise e depois se opôs a ele quando dos acordos com os Estados Unidos. Tornou-se o mais famoso dos chamados "índios renegados". Resistiu heroicamente, mas se rendeu ao ter uma visão de um comboio passando pelas suas terras. Foi preso e passou 22 anos prisioneiro, até à data da sua morte.
 
Biografia
Goyaałé (Gerónimo) nasceu em Bedonkohe, próximo de Turkey Creek, atual Novo México (Estados Unidos), na época parte do México.
O pai de Gerónimo chamava-se Tablishim e Juana era o nome da mãe. Ele foi educado de acordo com a tradição Apache. Casou com uma mulher Chiricauhua e teve três filhos. Em 5 de março de 1851, uma companhia de 400 soldados de Sonora, liderados pelo Coronel José Maria Carrasco atacou o acampamento de Gerónimo. No ataque foram mortos a esposa de Gerónimo, Alope, os seus filhos e a mãe. O chefe da tribo, Mangas Coloradas, juntou-se à tribo de Cochise, que estava em guerra contra os mexicanos. Foi nessa época que se acredita ter Gerónimo ganhado a sua famosa alcunha, que seria uma referência dos mexicanos a São Jerónimo, depois de ele matar vários soldados com uma faca numa batalha.
Antes dos mexicanos, os apaches da região de Sonora lutaram contra os espanhóis em defesa de suas terras. Em 1835, o México estabeleceu recompensas pelos escalpos dos Apaches. Mangas Coloradas começou a liderar os ataques aos mexicanos, dois anos depois. Na sua luta com ele, Gerónimo agia como um líder militar, sem ser chefe da tribo. Ele casou novamente, com Chee-hash-kish e teve mais dois filhos, Chappo e Dohn-say. Teve uma segunda esposa, Nana-tha-thtith, e teve outro filho. Depois teria anda mais esposas: Zi-yeh,She-gha, Shtsha-she e Ih-tedda. Algumas foram capturadas, como Ih-tedda, que estava com Gerónimo quando ele se rendeu.
Entre 1858 e 1886, Gerónimo atacou tropas mexicanas e americanas, e escapou a diversas tentativas de captura. No final da sua carreira de guerreiro, o seu bando contava com apenas 38 homens, mulheres e crianças. O seu bando tinha sido uma das maiores forças de índios renegados, ou seja, aqueles que recusaram acordos com o governo americano. Gerónimo rendeu-se a 4 de setembro de 1886 às tropas do General Nelson A. Miles, em Skeleton Canyon, Arizona, colocando um fim ao episódio que hoje é chamado de Guerras Apaches.
Gerónimo e outros guerreiros foram mantidos presos em Fort Pickens, Flórida, e as suas famílias enviadas para o Fort Marion. Reuniram-se em 1887, quando foram transferidos para Mount Vernon Barracks, Alabama. Em 1894, mudaram para Fort Sill, Oklahoma. No fim da vida, Gerónimo tinha-se tornado uma celebridade, aparecendo em eventos populares, como a Feira Mundial de 1904 em St. Louis, vendendo souvenirs e fotografias dele mesmo. Em 1905 Gerónimo contou sua história a S. M. Barrett, Superintendente de Educação de Lawton, Oklahoma. Barrett apelou ao Presidente Roosevelt para publicar o livro.
Gerónimo nunca pode regressar à terra onde nasceu; morreu de pneumonia em Fort Sill, em 1909, e foi enterrado como prisioneiro de guerra.

Edward S. Curtis, Retrato de Gerónimo, 1905
Emblem of the 501st Parachute Infantry Regiment

Thanks to a 1939 movie about Geronimo, US paratroopers traditionally shout "Geronimo" to show they have no fear of jumping out of an airplane. Other Native American-based traditions were also adopted in WWII, such as "Mohawk" haircuts, face paint and spears on their unit patches.


domingo, fevereiro 16, 2014

Carlos Paredes nasceu há 89 anos

Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pai, avô, e tio, tendo sido o pai, Artur Paredes, o grande mestre da guitarra de Coimbra - mantém um estilo coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação era do Fado de Coimbra. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições. Ficou conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.

Biografia
Filho do famoso compositor e guitarrista, mestre Artur Paredes, neto e bisneto de guitarristas, Gonçalo Paredes e António Paredes, começou a estudar guitarra portuguesa (de Coimbra, cuja afinação é diferente) aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano; frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música. Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas, a quem devo a cultura musical que tenho".
Em 1934, a família muda-se para Lisboa, o pai era funcionário do BNU e vem transferido para a capital. Abandona a aprendizagem do violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai e do meu avô".
Carlos Paredes inicia em 1949 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Não chega a concluir o curso liceal e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se, em 1949, funcionário administrativo do Hospital de São José.
Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, do qual era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública, na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas, na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!»
Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”.
Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP, "Guitarra Portuguesa".
Quando os presos políticos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias. Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs.
A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que, certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».
Uma doença do sistema nervoso central, (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu a 23 de julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.


Gaspard de Coligny, o último grande líder dos huguenotes, nasceu há 495 anos

Gaspard de Châtillon, conde de Coligny, barão de Beaupont e Beauvoir, Montjuif, Roissiat, Chevignat e outros lugares, mais conhecido como Gaspard de Coligny (Châtillon-sur-Loing, 16 de fevereiro de 1519 - Paris, 24 de agosto de 1572) foi um almirante francês e líder huguenote.
Foi assassinado em Paris em 1572, durante o massacre da noite de São Bartolomeu, depois de ter sofrido um atentado, praticado por Maurevert, do qual saiu ferido, depois de uma visita ao Rei Carlos IX. Apesar de gozar de grande estima do rei, foi traído e assassinado por ordem do Duque de Guise (Henrique de Lorraine). O seu corpo foi defenestrado e depois decapitado. Foi um influente estadista e líder dos calvinistas franceses, os huguenotes.

E, no entanto, move-se... (ou Mais um deslizamento de terras significativo no concelho de Leiria)

Casa no concelho de Leiria em risco iminente de ruir

Uma casa está em risco de ruir a qualquer momento, em Cortes, concelho de Leiria, disse hoje a protecção civil municipal, que esteve a ajudar a família a retirar os bens da habitação, onde moravam quatro pessoas.

"A casa está em risco de ruir devido ao deslizamento de terras que a suportavam", afirmou à agência Lusa o comandante municipal da protecção civil, Artur Figueiredo, referindo que a situação foi sinalizada na sexta-feira, dia em que a família -- um casal e duas crianças -- deixou a casa.

Também a via defronte à habitação, de três pisos, foi interditada à circulação por decisão da protecção civil, dado ter ficado danificada devido ao deslizamento de terras.

"A família está, neste momento, a viver noutra casa que arrendou", adiantou Artur Figueiredo.

Hoje de manhã, além da protecção civil, estiveram no local bombeiros, GNR, Câmara de Leiria, Junta da União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, populares, vizinhos e familiares, que ajudaram a retirar mobiliário e electrodomésticos do interior da residência.

O proprietário da habitação, Fernando David, disse à agência Lusa que "os vidros já começaram a partir" e é "uma questão de meio dia ou um dia até a casa ruir".

"Já não consigo fechar a porta de entrada", declarou, adiantando que desde a semana passada a casa deslizou "seis a sete metros".

Segundo Fernando David, "a casa tem cinco anos, está bem construída e tem seguro contra tempestades e inundações".

"A seguradora fez uma peritagem e estamos à espera de uma solução que queremos rápida. Neste momento estamos a pagar duas casas, uma onde não podemos viver e outra que foi arrendada", acrescentou o proprietário.

Segundo informação da Câmara de Leiria disponibilizada ao Diário de Leiria, que avançou com a notícia, a habitação tem licença de construção com data de agosto de 2007, observando que o município implementou os "procedimentos legais de licenciamento para assegurar a segurança das edificações", pelo que é exigido sempre "os termos de responsabilidade aos autores dos projectos das especialidades, onde se incluem os projectos de engenharia de estruturas".

Por outro lado, a autarquia nota que o Regime Jurídico de Urbanização e Edificação "considera que os termos de responsabilidade dos projectistas na especialidade são garantia suficiente", situação que revoga "a análise prévia por parte dos municípios neste âmbito".

Para a Câmara, estão, assim, "todas as salvaguardas garantidas, uma vez que os projectistas estão abrangidos por seguros profissionais", manifestando "disponibilidade" para prestar apoio técnico na defesa dos direitos dos munícipes.

in Sol - ler notícia

Leiria: Vivenda desliza em encosta e deixa família sem lar

O mau tempo provocou o deslizamento de uma vivenda, construída numa encosta, na localidade de Lourais. Moradores estão a residir em casa de familiares.

Uma vivenda construída há cerca de seis anos numa encosta na Rua da Ribeira, na localidade de Lourais, Cortes, deslizou alguns metros devido ao mau tempo e a família teve de abandonar a casa por não estarem reunidas as condições de segurança.
Ao que o Diário de Leiria apurou, na passada sexta-feira técnicos da Câmara Municipal de Leiria e elementos da União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes estiveram no local a avaliar o problema.


Casa que sofreu deslizamento, no GoogleMaps, em modo Street View, vista da estrada Leiria-Cortes

NOTA: este deslizamento rotacional (sugere-se a visita a este site, para saber mais) continua ativo e irá provocar a destruição da casa, se nos próximos dias tornar a chover - sugere-se a visita ao local (que já fizemos e que nos levará a colocar aqui, mais tarde, algumas fotos interessantes...), com algumas precauções - aqui fica a sua localização:


El-Rei D. Afonso III morreu há 735 anos

D. Afonso III de Portugal (Coimbra, 5 de maio de 1210Coimbra, 16 de fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por ter sido casado com a condessa Matilde II de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e da sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu ao seu irmão D. Sancho II em 1248, depois de este ter sido deposto pelo Papa.

Biografia
Como segundo filho, Afonso não deveria herdar o trono destinado a Sancho e por isso viveu em França, onde se casou com Matilde II de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha, onde servia como um dirigente militar, combatendo em nome do Rei Luís IX, rei de França, seu primo. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e à sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e repudiou Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Por este procedimento, Afonso III ficou conhecido também como o pai do "Estado Português", distribuindo alcaides pelos castelos e juízes pelas diferentes vilas e terras. O objectivo era a implantação de um poder legal com o qual todos os habitantes do Reino português mantivessem uma relação de igualdade.
Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.
Em 1255, transferiu a capital do Reino de Portugal de Coimbra para Lisboa.
Foram por sua ordem feitas as Inquirições Gerais, iniciadas em 1258, como forma do rei controlar, não só o grande poder da Nobreza, mas também para saber se lhe estavam a ser usurpados bens que, por direito, pertenciam à Coroa.

Final da Reconquista
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso voltou sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.

Segundo casamento
Em 1253, o rei desposou D. Beatriz, popularmente conhecida por D. Brites, filha de D. Afonso X de Castela, O Sábio. Desde logo isto constituiu polémica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de Bolonha.
O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei D. Afonso que abandone D. Beatriz em respeito ao seu matrimónio com D. Matilde. O rei não obedeceu, mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D. Matilde, em 1258. O infante, D. Dinis, nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado em 1263.
O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo Reino do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do rei, recebe do seu pai, Afonso X, uma bela região a Este do Rio Guadiana, onde se incluíam as vilas de Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Brites lhe prestou durante o seu exílio na cidade de Sevilha.

sábado, fevereiro 15, 2014

Nat King Cole morreu há 49 anos

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montgomery, 17 de março de 1919 - Santa Mónica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. A alcunha de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa, conhecida como Old King Cole.
A sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.
As suas músicas românticas tinham um toque especial, com a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso.
A sua então revolucionária formação de piano, guitarra e baixo, no tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz.
Nat King Cole aprendeu a tocar piano na igreja onde o seu pai era pastor. Desde criança ele esteve sempre ligado à música, tocando no coral da mesma igreja. Cole lutou contra o racismo durante toda a sua vida, recusando-se sempre a cantar em plateias com segregação racial.
Pensa-se que, por ter o hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor morreu vítima de cancro. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos. Um de seus últimos trabalhos foi no filme Cat Ballou, onde canta a balada da personagem que dá título ao filme, interpretada por Jane Fonda.



NOTA: queríamos dedicar esta música à amiga, colega e geopedrada Maria João Torres, que hoje faz anos...

O poeta Ronald de Carvalho morreu há 79 anos

Ronald de Carvalho, retrato de Cândido Portinari, 1929 (daqui)


Ronald de Carvalho era filho do engenheiro naval Artur Augusto de Carvalho e de Alice Paula e Silva Figueiredo de Carvalho, concluindo o curso secundário no Colégio Naval.
Entrou na Faculdade Livre de Ciéncias Jurídicas e Sociaes do Rio de Janeiro, precursora da atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, fazendo bacharelado em 1912. Desde 1910 trabalhava como jornalista, no Diário de Notícias, cujo diretor era Ruy Barbosa.
Na sua ida para a Europa, cursou Filosofia e Sociologia em Paris. Ao voltar para o Brasil, entrou para o Itamaraty. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, que decorreu em 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, a qual foi o momento determinante do Modernismo brasileiro.
Em 1924, dirigiu a Seção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Durante a gestão de Félix Pacheco, esteve no México, como hóspede de honra daquele governo. Em 1926, foi oficial de gabinete do ministro Otávio Mangabeira. Em 1930, o seu poema Brasil foi entusiasticamente lido na conferência Poesia Moderníssima do Brasil, apresentada pelo professor Manoel de Souza Pinto, da Cadeira de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras de Coimbra (tal estudo saiu no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro). Exerceu cargos diplomáticos de relevância, servindo na Embaixada de Paris, com o embaixador Sousa Dantas, por dois anos, e depois em Haia (Países Baixos). Retornou a Paris, de onde, em 1933, voltou para o Rio de Janeiro.
Foi secretário da Presidência da República, cargo que ocupava quando morreu. Em concurso realizado pelo Diário de Notícias, em 1935, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em substituição a Coelho Neto. Colaborou, com destaque, em O Jornal. Casou com Leilah Accioly de Carvalho, de quem teve quatro filhos.
Ronald de Carvalho faleceu com 41 anos de idade, vítima de acidente de automóvel, no Rio de Janeiro, a 15 de fevereiro de 1935.


Sabedoria

Enquanto disputam os doutores gravemente
sobre a natureza
do bem e do mal, do erro e da verdade,
do consciente e do inconsciente;
enquanto disputam os doutores sutilíssimos,
aproveita o momento!

Faze da tua realidade
uma obra de beleza

Só uma vez amadurece,
efêmero imprudente,
o cacho de uvas que o acaso te oferece...


in Epigramas Irônicos e Sentimentais (1922) - Ronald de Carvalho

Kokomo Arnold nasceu há 113 anos

(imagem daqui)

Nascido James Arnold em Lovejoys Station, Geórgia, Arnold recebeu a sua alcunha em 1934, após lançar Old Original Kokomo Blues pelo selo Decca; era uma regravação de um blues de Francis Blackwell sobre a marca de café "Kokomo". Arnold era canhoto e seu estilo intenso de tocar o slide e a sua forma de cantar distinguia-o dos demais músicos.
Após aprender noções básicas da guitarra com o seu primo John Wiggs, Arnold começou a tocar acompanhamentos no início da década de 20 enquanto trabalhava numa fazenda em Buffalo, Nova Iorque, e como metalúrgico em Pittsburgh. Em 1929 Arnold mudou-se para Chicago e começou um negócio de contrabando de bebidas, atividade que manteve, apesar da proibição. Em 1930 Arnold mudou-se brevemente para o sul, e realizou as suas primeiras gravações, Rainy Night Blues e Paddlin' Blues, usando o nome Gitfiddle Jim, para o selo Victor, de Memphis. Ele retornou ao seu negócio de contrabando em Chicago, mas foi forçado a viver da sua música quando a vigésima-primeira emenda à Consituição Norte-Americana acabou com a proibição de venda de bebidas alcóolicas em 1933.
Desde a sua primeira gravação com a Decca, a 10 de setembro de 1934 até à sua última gravação, a 12 de maio de 1938, Arnold gravou 88 faixas, 7 das quais permanecem perdidas. Junto com Peetie Wheatstram e Amos Eaton, ele foi uma figura central no meio musical dos blues de Chicago. A sua maior influência na música moderna ocorreu através de Robert Johnson, que transformou "Old Original Kokomo Blues" em "Sweet Home Chicago" e "Milk Cow Blues" em "Milkcow Calf's Blues". Ambas as músicas foram regravadas dezenas de vezes, por diversos artistas, entre eles Elvis Presley, The Blues Brothers e Eric Clapton.
Em 1938 Arnold deixou a carreira musical para trabalhar numa fábrica em Chicago. Redescoberto em 1962, não mostrou entusiasmo para retomar a sua carreira e aproveitar o interesse renovado nos blues que surgira entre a audiência branca americana.
Arnold morreu, vítima de um ataque cardíaco, aos 67 anos, e foi enterrado em Alsip, Illinois.


O padre-guerrilheiro Camilo Torres Restrepo morreu há 48 anos

Camilo Torres Restrepo (Bogotá, 3 de febrero de 1929 - Patio Cemento, Santander, 15 de febrero de 1966) fue un sacerdote católico colombiano, pionero de la Teología de la Liberación, cofundador de la primera facultad de Sociología de Colombia y miembro del grupo guerrillero Ejército de Liberación Nacional (ELN). Durante su vida, promovió el diálogo entre el marxismo y el catolicismo. Fue ordenado sacerdote hacia 1954 luego de estudiar ciencias eclesiásticas en la arquidiócesis de Bogotá.

(...)

Torres murió el 15 de febrero de 1966 en Patio Cemento, tras combates con tropas de la Quinta Brigada de Bucaramanga, dirigida por el coronel Álvaro Valencia Tovar. El ejército ocultó el cadáver en un estratégico lugar separado de las demás fosas comunes y el lugar no fue revelado al público.
Años después, Valencia Tovar, ya retirado como general, escribió el libro El final de Camilo, en el que esclareció detalles de la muerte de Camilo Torres. Según Valencia Tovar, Torres fue sepultado en un sitio detallado, y prepararon los trámites para entregarle los restos a la familia. Sobre el destino del cadáver fue enterado su hermano mayor, el médico Fernando Torres Restrepo, que vivía en Estados Unidos.
Además, el propio general Álvaro Valencia Tovar reveló en una entrevista a la revista Semana que el cadáver de Camilo Torres fue exhumado tres años después de su entierro, sus restos fueron puestos en una urna y transportados a Bucaramanga, donde por gestiones del propio general, se creó el panteón militar de la Quinta Brigada del Ejército, y, como lo revela el general, los primeros restos en ocupar un lugar en ese panteón fueron los de Camilo Torres, aunque no se ha revelado su localización exacta.



Cruz de luz (o Camilo Torres)


Donde cayó Camilo
nació una cruz,
pero no de madera
sino de luz.

Lo mataron cuando iba
por su fusil,
Camilo Torres muere
para vivir.

Cuentan que tras la bala
se oyó una voz.
Era Dios que gritaba:
¡Revolución!

A revisar la sotana,
mi general,
que en la guerrilla cabe
un sacristán.

Lo clavaron con balas
en una cruz,
lo llamaron bandido
como a Jesús.

Y cuando ellos bajaron
por su fusil,
se encontraron que el pueblo
tiene cien mil.

Cien mil Camilos prontos
a combatir,
Camilo Torres muere
para vivir.


Daniel Viglietti

Galileu Galilei nasceu há 450 anos!

Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa, 15 de fevereiro de 1564 - Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

Há 49 anos o Canadá adotou a sua atual bandeira

A Bandeira do Canadá (em inglês: Maple Leaf Flag; em francês: Unifolié) foi criada a 15 de fevereiro de 1965 - dia adotado para comemorar o Dia da Bandeira do país. Além disso, a bandeira foi criada também para celebrar o centenário do Canadá, que ocorreria em 1 de julho de 1967.
A criação da bandeira envolveu a participação de várias pessoas - Gunter Wyszechi, nas cores, Jacques Saint Cyrile, na folha estilizada, e George Bist, nas proporções, foram os responsáveis pelo símbolo nacional, e os membros de um comité do Parlamento do Canadá, liderada pelo então primeiro-ministro canadiano, Lester Bowles Pearson, defensor da nova bandeira canadense. O crédito da criação da bandeira é do comité parlamentar.
A antiga bandeira do Canadá é a origem das atuais bandeiras de Ontário e de Manitoba - que mudaram suas bandeiras em 1967, cujos governos provinciais não aceitaram a nova bandeira nacional, mudando as suas bandeiras como uma forma de protesto.