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quinta-feira, outubro 31, 2024

O deslizamento da Ribeira Quente, na ilha de São Miguel, matou 29 pessoas há vinte e sete anos...

   
Há uma data que vai marcar, para sempre, a história da freguesia da Ribeira Quente, no concelho da Povoação, onde a 31 de outubro de 1997 a chuva intensa provocou derrocadas e 29 pessoas morreram soterradas.

“Todos nós, porque é uma freguesia pequena, acabámos por perder algum amigo. Temos também situações de famílias que desapareceram quase todas, é o caso de um pescador que andava na minha embarcação e que perdeu a mulher e os quatro filhos. Situações destas marcam muito o sentimento das pessoas na freguesia e ainda hoje, principalmente quando se chega perto da data, ninguém deixa de ficar comovido”, conta o presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Quente, Gualberto Rita.
No dia da tragédia, que vitimou residentes entre as três semanas de idade e os 76 anos, Gualberto Rita, de 44 anos, morava na freguesia. Acabou por deixá-la, quando os deslizamentos de terras a deixaram irreconhecível.
“Na altura, os peritos na matéria disseram que o deslizamento poderá ter atingido os 200 quilómetros/hora e que foi de tal forma brusco que cortou as casas pelos alicerces”, recorda.
Maria do Carmo Moniz, de 65 anos, perdeu o marido naquela madrugada, mas os filhos foram poupados, assim como outros familiares que se refugiaram na casa, fugindo às inundações nas habitações junto à ribeira que atravessa parte da freguesia.
“A minha mãe dizia que no fim do mundo iria haver um terramoto e eu na minha ideia pensava que era o terramoto de que a minha mãe falava”, explica, lembrando que o rés-do-chão foi o abrigo de todos, pelo menos até uma segunda derrocada os atirar para fora de casa.
O marido já não teve hipótese. A casa encheu-se de entulho, terra, pedras, roupas da vizinha de cima.
Maria do Carmo e os familiares refugiaram-se na única casa poupada às enxurradas, noutra rua.
“Começámos a puxar as pessoas, mas algumas já iam na lama, vinham todas enroladas e cortadas dos vidros. Houve uma grávida que foi salva, assim como um rapaz que foi agarrado pelos cabelos”, lembra por sua vez Aida Arruda, de 57 anos, dona da única casa que ficou intacta e que foi abrigo de dezenas de pessoas.
Aida Arruda não esquece a noite “horrorosa” em que “não se via nada”, já que não havia eletricidade, água ou telecomunicações.
“Há coincidências que não têm explicação, porque o meu marido tinha trazido naquele dia um Petromax [candeeiro a petróleo] da casa da minha sogra sem nenhuma razão e foi isso que ajudou a puxar as pessoas”, diz.
Silvino Amaral, de 82 anos, pároco na Ribeira Quente há 56, fez os 29 funerais das vítimas, numa altura em que a freguesia ficou inacessível por terra, com as autoridades a deslocarem-se de helicóptero.
“Foi uma tragédia num lugar tão pequenino, eu conhecia-os quase todos, cheguei a batizar alguns, ainda acartei alguns cadáveres do posto clínico para o centro social e depois fiz o velório. Não tínhamos água e lavámos os cadáveres com água da chuva”, descreve o sacerdote.
O pároco da Ribeira Quente relembra o clima de medo vivido nos momentos seguintes à tragédia, num “ambiente de tal ordem” que a população nem sequer compareceu aos velórios com medo de nova catástrofe.
Às avalanches de terra sucedeu-se uma avalanche de generosidade, refere o padre, apontando donativos do continente, mas também do estrangeiro ou de entidades como a Caritas. Foi, inclusive, “criada de imediato uma comissão de gestão dos donativos para distribuir pelas vítimas”.
Depois da tragédia de 1997, foi construído um heliporto junto à praia da Ribeira Quente, tendo em conta a existência de “uma estrada de risco” como única via de acesso à freguesia, a mesma que existe até hoje.
Silvino Amaral garante que a tragédia se mantém na memória da população da Ribeira Quente, tanto que as chuvas intensas que ocasionalmente caem sobre a freguesia deixam “as pessoas em sobressalto”.
“Isto é uma fajã e estas fajãs têm essa sina, esse risco, estão engolidas por mar e esmagadas pela montanha, de maneira que a todo o tempo pode acontecer”, afirma.

quinta-feira, setembro 26, 2024

Há um ano houve um mega-tsunami na Gronelândia que quase passava despercebido

Mega tsunami provocou onda que durou mais de uma semana na Gronelândia

 

 

Fenómeno inédito, acompanhado de ondas de mais de 200 metros de altura, foi desencadeado por uma queda de rochas. Onda estacionária oscilou para a frente e para trás durante mais de uma semana.

Um tsunami catastrófico, desencadeado por um enorme deslizamento de terras no desabitado fiorde de Dickson, na Gronelândia, gerou uma queda de rochas que, por sua vez, levou à formação de uma onda gigante que deixou marcas de inundação até 200 metros de altura em certas zonas.

Os dados sísmicos, registados pelo Centro Alemão de Investigação em Geociências (GFZ), revelaram que o fenómeno da costa leste da Gronelândia, que teve lugar a 16 de setembro de 2023, durou mais de uma semana.

O deslizamento de terras, que ocorreu numa região remota, criou uma onda colossal que atravessou o fiorde, afetando regiões até 50 quilómetros de distância. Perto da origem do deslizamento de terras, as alturas das ondas excederam os 200 metros, com alturas médias de ondas costeiras de 60 metros.

Estações sísmicas localizadas a até 5.000 quilómetros de distância detetaram os tremores iniciais da queda de rochas, indicando a escala do evento. No entanto, o que surpreendeu os investigadores foi um sinal sísmico de período muito longo (VLP) invulgarmente persistente que continuou durante mais de sete dias, uma duração altamente invulgar neste tipo de eventos.

O sinal VLP foi gerado por uma onda estacionária, com aproximadamente um metro de altura, que oscilou para a frente e para trás no fiorde durante mais de uma semana. As ondas estacionárias e os seus correspondentes sinais de longo período são conhecidos dos sismólogos, tipicamente associados a grandes eventos em glaciares. No entanto, a duração alargada do sinal neste caso não tem precedentes.

“O simples facto de o sinal VLP de uma onda que se desloca para trás e para a frente, desencadeada por um deslizamento de terras numa zona remota da Gronelândia, poder ser observado em todo o mundo e durante mais de uma semana é empolgante”, observou Angela Carrillo Ponce, estudante de doutoramento no GFZ e principal autora do estudo, citada pelo Science Blog.

A equipa de investigação corroborou as suas descobertas com imagens de satélite, confirmando que os sinais sísmicos iniciais correspondiam à força e à direção da queda de rochas.

O estudo sublinha a importância de compreender estes fenómenos à medida que as alterações climáticas aceleram o recuo dos glaciares e o degelo do permafrost, aumentando potencialmente o risco de deslizamentos de terras e megatsunamis semelhantes.

 

in ZAP

sexta-feira, maio 31, 2024

Um sismo no Peru, seguido de um deslizamento, há 54 anos, matou mais de cem mil pessoas...


El terremoto y aluvión de Áncash de 1970, conocido localmente como el terremoto del 70, fue un sismo de magnitud 7.9 MW sentido en toda la costa y sierra del departamento de Áncash, seguido de un alud que sepultó la ciudad de Yungay el domingo 31 de mayo de 1970, a las 15:23.
Fue el sismo más destructivo de la historia del Perú, no solo por la magnitud sino también por la cantidad de pérdidas humanas que afectó la región ancashina y varias provincias de los departamentos de Huánuco, el norte de Lima y La Libertad, dañando una extensa área de aproximadamente 1.000 km de longitud y 250 km de ancho de la costa y sierra peruana.
A raíz de esta catástrofe, en 1972 el gobierno del Perú fundó el Instituto Nacional de Defensa Civil, el cual, además de preparar a la población acerca del actuar durante un terremoto, conmemora el 31 de mayo con un simulacro de sismo a nivel nacional.
 

 
Mapa de intensidades del terremoto en el departamento de Áncash
 
Características

El terremoto se inició el 31 de mayo de 1970 de 7,9 a las 3:25 p.m. Su epicentro se halló frente a las costas de las ciudades de Casma y Chimbote, en el Océano Pacífico. Su magnitud fue de 7,8 grados en la escala de Richter y alcanzó una intensidad de hasta X y XI grados en la escala de Mercalli entre Chimbote y Casma. Produjo además un violento alud en las ciudades de Yungay y Ranrahirca.

 

Efectos en el Callejón de Huaylas y el Perú 

Las muertes se calcularon en 80.000 y hubo aproximadamente de 20.000 desaparecidos, algunas fuentes elevan las víctimas mucho más alto. Los heridos hospitalizados se contabilizaron en 143.331, si bien en lugares como Recuay, Aija, Casma, Huarmey, Carhuaz y Chimbote la destrucción de edificios osciló entre 80% y 90%. Se calculó el número de afectados en 3.000.000. La Carretera Panamericana sufrió graves grietas entre Trujillo y Huarmey, lo que dificultó aún más la entrega de ayuda. La central hidroeléctrica del Cañón del Pato quedó también afectada por el embate del río Santa y la línea férrea que comunicaba Chimbote con el valle del Santa y quedó inutilizable en un 60% de su recorrido. Con esta catástrofe el Perú sacó volutariamente a la Brigada de Defensa Civil Peruana para evitar que vuelva a suceder algo tan terrible; el general Juan Velasco Alvarado, que era el presidente del país en ese entonces, tomó un barco para llevar personalmente la ayuda a Chimbote.

Sin duda alguna, la zona andina de Ancash, la pintoresca área del Callejón de Huaylas, resultó siendo el área más castigada por el terremoto. La Ciudad de Huaraz se destruyó en un 97%, el cuadrilátero de la Plaza de Armas, fue lo único importante que no se destruyó, luego del sismo, la ciudad quedó oscurecida por un negro manto de polvo, unas 10.000 personas fallecieron, solo en el "Colegio Santa Elena", murieron 400 personas. El resto de ciudades y pueblos del Callejón de Huaylas también fueron destruidos casi por completo, desde Recuay por el sur, hasta Huallanca por el norte. La tercera ciudad en importancia, Yungay terminó sepultada junto a Ranrahirca por un alud, desapareciendo 25.000 moradores. Los aludes y derrumbes obstaculizaron caminos y carreteras, y estancaron partes del Río Santa. El ferrocarril que unía a Chimbote con Huallanca desapareció. Los pobladores se disminuyeron en cantidad. Costa de Áncash y Callejón de Conchucos. En la zona costera, los efectos del sismo destruyeron grandes sectores de la Carretera Panamericana entre Huarmey y Trujillo (Departamento de La Libertad). Tanto la ciudad y el Puerto de Chimbote quedaron con averías incuantificables, en la zonas de San Pedro y Lacramarca todas las construcciones se derrumbaron, al igual que las industrias pesqueras y daño similar a las metalúrgicas, en algunas áreas el suelo se agrietó hasta expulsar chorros de agua de hasta un metro de altura, la ciudad perdió más de 2.800 habitantes. En Casma, una vieja ciudad de adobes murieron 800 personas, y más hacia el sur, en Huarmey 100. La Provincia de Bolognesi, con 1.800 víctimas, refirió cuantiosos derrumbes que incomunicaron a pueblos completos, donde se da referencias que algunas personas enterraron a sus parientes sin notificar. La zona andina siguiente al Callejón de Huaylas, conocida como Conchucos, quedó con daño moderado debido a la gran cantidad de energía que absorvió el macizo de la Cordillera Blanca, pero aún así muchas de las construcciones quedaron inhabitables, y muchas personas murieron mientras se encontraban en laborando en áreas agrícolas debido a derrumbes en los cerros contiguos. La zona quedó aislada hasta meses del resto del país.
    
El aluvión en Yungay
El sismo, de fuerte e inusual duración de 45 segundos, provocó el desprendimiento del pico norte del nevado Huascarán, dando lugar a un devastador alud que consistió en aproximadamente 40 millones de metros cúbicos de hielo, lodo y rocas. Este alud medía 1,5 km de ancho y avanzó unos 13 km a una velocidad sorprendente de 200 a 500 km/h. La avalancha avanzó unos 13 km y, debido al eco que producía en los cerros de la cordillera Blanca, tomó desprevenida a la población yungaína. Al chocar contra la pared de la quebrada del río Ranrahirca, se formó un embalse temporal que desvió su curso violentamente en dirección sur, modificando su trayectoria en unos treinta grados. 
...Observé una ola gigante de lodo gris claro en la parte alta de Yungay, muy semejante a una ola de mar rompiendo en una cresta, tenía una altura aproximada de veinticinco o treinta metros...
Relato de un sobreviviente en 2012
La tercera parte de la masa de la avalancha saltó la quebrada, que había salvado a Yungay de un aluvión en 1962, y sepultó por completo a esta ciudad, convirtiéndose en una de las más afectadas en términos de mortalidad. A su paso, la corriente mayor también arrasó con el pueblo de Ranrahirca. La magnitud del desastre resultó en la pérdida de más de veinte mil vidas humanas, convirtiéndose en una de las tragedias más mortales de la región.
«...Sentimos un tremendo ruido que se presentaba de ambos lados... el ruido se asemejaba al de muchos aviones... no sabíamos por donde venía ni que pasaba, en esos momentos no nos acordábamos del Huascarán... Finalmente vimos el aluvión de lodo completamente negro con más de 400 metros de altura que avanzaba botando chispas de distintos colores...»
Relato de una superviviente, en 1970
En Yungay sólo se salvaron aproximadamente 300 personas separadas en dos grupos, 90 personas que corrieron hacia el cementerio de la ciudad (una antigua fortaleza preinca elevada), y un numeroso grupo de niños que asistieron a un circo itinerante llamado Verolina y que estaba ubicado en el estadio a 700 metros de la plaza mayor.
Las labores de rescate y evacuación que puso en marcha el gobierno central sólo procedieron mediante vía aérea luego de dos días de la tragedia debido a la densa nube de polvo que se levantaba a 2700 metros sobre el nivel de la zona de la tragedia.
Así es que la provincia de Yungay alcanzó las cifras más altas en cuanto a mortalidad: 25.000 personas. El aporte internacional tuvo gran importancia en el momento de la emergencia, diversas organizaciones mundiales brindaron su apoyo. La magnitud de su cooperación no sólo fue en el momento de la emergencia sino también en la rehabilitación de la zona afectada y en el futuro desarrollo de la región. Sin embargo, la destrucción de las vías de comunicación de la zona y la falta de planeamiento le dieron una cuota de ineficiencia. Por ello es que el 28 de marzo de 1972 se crea el Instituto Nacional de Defensa Civil, para que se encargue de coordinar la prevención y la ayuda en caso de posteriores desastres.
A raíz del terremoto de 1970 que asoló varias ciudades del Callejón de Huaylas y que motivó la solidaridad de diversos países, Yungay recibió el nombre de "Capital de la Solidaridad Internacional".
   

Ruinas de la catedral de Yungay
   
in Wikipédia

domingo, maio 12, 2024

Notícia interessante sobre estudo de tsunamis que afetaram as ilhas britânicas...

Um tsunami gigante terá dizimado população britânica na Idade da Pedra. Pode repetir-se

 

 

O tsunami terá arrasado a população no norte de Inglaterra, há 8.200 anos. Os cientistas acreditam que a tragédia se pode repetir.

Há cerca de 8.200 anos, um colossal deslizamento de terra subaquático perto da Noruega, conhecido como o deslizamento de Storegga, desencadeou um devastador tsunami que afetou grandes partes do norte da Europa.

Coincidindo com este desastre natural, houve um significativo declínio na população da Grã-Bretanha. Um novo estudo publicado na Journal of Quaternary Science, levado a cabo por investigadores da Universidade de York e da Universidade de Leeds, mergulhou neste evento histórico para determinar a sua possível ligação com a diminuição populacional.

“O declínio populacional aconteceu imediatamente após a ocorrência do tsunami de Storegga. No entanto, um período de frio coincidiu com o tsunami, por isso não ficou claro qual evento teve maior impacto”, explica Patrick Sharrocks, o autor principal do artigo, à Business Insider.

A equipa de investigação utilizou simulações de computador para estimar o alcance terrestre das ondas do tsunami. Os seus resultados sugerem que o tsunami poderia ter tido um efeito devastador na população em Howick, Northumberland, no norte da Inglaterra.

O impacto do tsunami foi extenso, com evidências encontradas na Noruega, Inglaterra, Dinamarca, Gronelândia e Escócia, incluindo as ilhas Shetland. No continente do Reino Unido, as ondas poderiam ter atingido alturas de 3 a 6 metros, enquanto os vales estreitos das Ilhas Shetland poderiam ter amplificado as ondas para mais de 20 metros.

A narrativa histórica deste desastre não é derivada de registos escritos, mas sim de depósitos sedimentares em vários corpos de água. Estes depósitos fornecem pistas sobre o alcance da onda e a frequência de eventos semelhantes. Curiosamente, os sedimentos em Howick diferem daqueles encontrados em outras localizações afetadas pelo tsunami, sugerindo que são precisas mais pesquisas para confirmar o impacto da onda lá.

As populações do Mesolítico nas Ilhas Britânicas, não habituadas a tsunamis, poderiam ter sido apanhadas desprevenidas. Os investigadores especulam que o mar recuado, precursor do tsunami, poderia ter atraído pessoas para a costa, levando a uma perda significativa de vidas e recursos, como as árvores de avelã, essenciais para a sobrevivência.

Uma pesquisa recente descobriu que tsunamis atingiram as Shetland há 5.000 e 1.500 anos. Esta frequência significa que uma catástrofe semelhante no futuro não está fora de questão.

“Isso significa que o perigo, o risco, é muito mais sério do que pensávamos anteriormente”, disse Dave Tappin, do British Geological Survey, à BBC em 2018.


in ZAP

sexta-feira, março 22, 2024

O deslizamento de terras de Oso foi há dez anos...

     
O deslizamento de terras de Oso de 2014 ocorreu no dia 22 de março quando um deslizamento de terra arrastou a montanha Skaglund Hill, localizada ao leste de Oso, Washington, com 43 vítimas mortais e 4 feridos graves, além de 49 casas e outras estruturas destruídas. Às 10.37 horas, o deslizamento de terra fluiu através do rio Stillaguamish, por entre um bairro de cerca de 30 casas e cruzou a Rodovia 530, represando o rio e impedindo completamente a passagem na rodovia. Mais de 100 socorristas de Snohomish e municípios vizinhos foram enviados para ajudar, com assistência médica e especialistas de busca e resgate.
Um terreno com uma área total de 2,6 km² foi o que desceu, montanha abaixo, contendo lama, árvores e outros detritos, destruindo casas que ficavam abaixo da colina.
Na manhã de 24 de março um total de 14 pessoas mortas havia sido confirmadas, outras 176 eram dadas como desaparecidas. No balanço final foram contabilizadas 43 vítimas mortais e 4 feridos graves.
  

segunda-feira, março 18, 2024

Um deslizamento em Caraguatatuba, no estado de São Paulo, matou centenas de pessoas há 57 anos...


As enchentes e deslizamentos de terra em Caraguatatuba, estado de São Paulo, em março de 1967, coletivamente denominadas Hecatombe, ocasionaram 436 mortes, número oficial.

O desastre é considerado um dos maiores do país e foi uma das razões da criação da Defesa Civil do Estado de São Paulo.

Segundo os jornais, chovia intensamente desde o dia 16 de março, com a chuva se intensificando à noite. De acordo com o posto da Fazenda dos Ingleses, o índice pluviométrico foi de 851 mm, 420 mm somente no dia 18, não tendo sido registado índice maior devido à saturação do pluviómetro. Na manhã do dia 18 começaram os deslizamentos, a maior parte deles ocorrendo à tarde.

Às 13.00 horas ocorreu uma avalanche de pedras, árvores e lama dos morros Cruzeiro, Jaraguá e Jaraguazinho, próximos da cidade.

Por volta das 15.30 horas toda a serra desabou, e a cidade ficou isolada. A Rodovia dos Tamoios ficou destruída e vários carros ficaram presos no trecho de serra. O acesso para Ubatuba e São Sebastião, cidades vizinhas, ficou interditado, e a ajuda só pôde chegar por mar e ar. O Rio Santo Antônio aumentou sua largura de 40 para 200 metros. A lama desceu junto com o Rio.

Às 16.30 outra frente abriu-se no Vale do rio Santo Antônio. No bairro Rio do Ouro gigantescas barreiras começaram a cair pela manhã, formando uma enorme represa que se rompeu algumas horas mais tarde, desaparecendo com o bairro e provocando o deslocamento da ponte principal daquele rio. Caso não tivesse acontecido o rompimento, a cidade inteira teria sido inundada e coberta pelas águas.

Como resultado, a estrada da serra foi destruída em sua maior parte, não sendo possível reconhecer seu antigo traçado em muitos trechos, onde se formaram precipícios de mais de 100 metros de profundidade. A Estrada de Ubatuba sofreu queda de barreiras nos trechos de Maranduba, Jetuba, Sumaré, Prainha e Martim de Sá, que cobriram a pista com 80 centímetros de lama.

A contagem oficial foi de 436 mortes. Segundo moradores, entretanto, o número teria sido o dobro ou o triplo do oficial, com muitos corpos levados pelo mar ou nunca tendo sido encontrados sob a lama. Com a dimensão do desastre, tornou-se difícil determinar o número de desaparecidos, em função do desaparecimento simultâneo de quem poderia indicar desaparecimentos.

 

quarta-feira, janeiro 10, 2024

Há 62 anos um deslizamento de terras matou milhares de pessoas no Peru...

 
El Aluvión de Ranrahírca de 1962 fue un alud que el 10 de enero de 1962 afectó el área urbana de la ciudad peruana de Ranrahirca, la segunda más grande del distrito del mismo nombre, en la provincia de Yungay en la región Áncash, en el que murieron al menos 2.900 personas.

Ocho años después llega el terremoto de Áncash del 31 de mayo de 1970, que afectó a toda la región y tuvo 70.000 víctimas. Los pueblos de Ranrahírca y Yungay volvieron a ser afectados por un desprendimiento de hielo del nevado Huascarán.
  
El aluvión vino a las 18:15 a partir de fractura y desprendimiento del glaciar 511 en la cara oeste del pico norte del nevado Huascarán.​ La masa de hielo recorrió 16 km a la velocidad de 120 km/h y en 4 min la masa de piedra, hielo y rocas llegó al fondo del valle. Desaparecieron 2.900 habitantes y fueron borrados del mapa los pueblos de Ranrahirca, Shacsha, Huarascucho, Yanama Chico, Matacoto, Chuquibamba, Caya, Encayor, Armapampa y Uchucoto. En esa oportunidad el alud pasó a 1,5 km al sur de la antigua ciudad de Yungay y a 1 km al norte de la ciudad de Mancos.
     

terça-feira, outubro 31, 2023

O deslizamento da Ribeira Quente matou 29 pessoas, na ilha de São Miguel, há vinte e seis anos...

   
Há uma data que vai marcar, para sempre, a história da freguesia da Ribeira Quente, no concelho da Povoação, onde a 31 de outubro de 1997 a chuva intensa provocou derrocadas e 29 pessoas morreram soterradas.

“Todos nós, porque é uma freguesia pequena, acabámos por perder algum amigo. Temos também situações de famílias que desapareceram quase todas, é o caso de um pescador que andava na minha embarcação e que perdeu a mulher e os quatro filhos. Situações destas marcam muito o sentimento das pessoas na freguesia e ainda hoje, principalmente quando se chega perto da data, ninguém deixa de ficar comovido”, conta o presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Quente, Gualberto Rita.
No dia da tragédia, que vitimou residentes entre as três semanas de idade e os 76 anos, Gualberto Rita, de 44 anos, morava na freguesia. Acabou por deixá-la, quando os deslizamentos de terras a deixaram irreconhecível.
“Na altura, os peritos na matéria disseram que o deslizamento poderá ter atingido os 200 quilómetros/hora e que foi de tal forma brusco que cortou as casas pelos alicerces”, recorda.
Maria do Carmo Moniz, de 65 anos, perdeu o marido naquela madrugada, mas os filhos foram poupados, assim como outros familiares que se refugiaram na casa, fugindo às inundações nas habitações junto à ribeira que atravessa parte da freguesia.
“A minha mãe dizia que no fim do mundo iria haver um terramoto e eu na minha ideia pensava que era o terramoto de que a minha mãe falava”, explica, lembrando que o rés-do-chão foi o abrigo de todos, pelo menos até uma segunda derrocada os atirar para fora de casa.
O marido já não teve hipótese. A casa encheu-se de entulho, terra, pedras, roupas da vizinha de cima.
Maria do Carmo e os familiares refugiaram-se na única casa poupada às enxurradas, noutra rua.
“Começámos a puxar as pessoas, mas algumas já iam na lama, vinham todas enroladas e cortadas dos vidros. Houve uma grávida que foi salva, assim como um rapaz que foi agarrado pelos cabelos”, lembra por sua vez Aida Arruda, de 57 anos, dona da única casa que ficou intacta e que foi abrigo de dezenas de pessoas.
Aida Arruda não esquece a noite “horrorosa” em que “não se via nada”, já que não havia eletricidade, água ou telecomunicações.
“Há coincidências que não têm explicação, porque o meu marido tinha trazido naquele dia um Petromax [candeeiro a petróleo] da casa da minha sogra sem nenhuma razão e foi isso que ajudou a puxar as pessoas”, diz.
Silvino Amaral, de 82 anos, pároco na Ribeira Quente há 56, fez os 29 funerais das vítimas, numa altura em que a freguesia ficou inacessível por terra, com as autoridades a deslocarem-se de helicóptero.
“Foi uma tragédia num lugar tão pequenino, eu conhecia-os quase todos, cheguei a batizar alguns, ainda acartei alguns cadáveres do posto clínico para o centro social e depois fiz o velório. Não tínhamos água e lavámos os cadáveres com água da chuva”, descreve o sacerdote.
O pároco da Ribeira Quente relembra o clima de medo vivido nos momentos seguintes à tragédia, num “ambiente de tal ordem” que a população nem sequer compareceu aos velórios com medo de nova catástrofe.
Às avalanches de terra sucedeu-se uma avalanche de generosidade, refere o padre, apontando donativos do continente, mas também do estrangeiro ou de entidades como a Caritas. Foi, inclusive, “criada de imediato uma comissão de gestão dos donativos para distribuir pelas vítimas”.
Depois da tragédia de 1997, foi construído um heliporto junto à praia da Ribeira Quente, tendo em conta a existência de “uma estrada de risco” como única via de acesso à freguesia, a mesma que existe até hoje.
Silvino Amaral garante que a tragédia se mantém na memória da população da Ribeira Quente, tanto que as chuvas intensas que ocasionalmente caem sobre a freguesia deixam “as pessoas em sobressalto”.
“Isto é uma fajã e estas fajãs têm essa sina, esse risco, estão engolidas por mar e esmagadas pela montanha, de maneira que a todo o tempo pode acontecer”, afirma.

quarta-feira, maio 31, 2023

Há 53 anos, um sismo no Peru, seguido de um deslizamento, matou mais de cem mil pessoas...


El terremoto y aluvión de Áncash de 1970, conocido localmente como el terremoto del 70, fue un sismo de magnitud 7.9 MW sentido en toda la costa y sierra del departamento de Áncash, seguido de un alud que sepultó la ciudad de Yungay el domingo 31 de mayo de 1970, a las 15:23.
Fue el sismo más destructivo de la historia del Perú, no solo por la magnitud sino también por la cantidad de pérdidas humanas que afectó la región ancashina y varias provincias de los departamentos de Huánuco, el norte de Lima y La Libertad, dañando una extensa área de aproximadamente 1.000 km de longitud y 250 km de ancho de la costa y sierra peruana.
A raíz de esta catástrofe, en 1972 el gobierno del Perú fundó el Instituto Nacional de Defensa Civil, el cual, además de preparar a la población acerca del actuar durante un terremoto, conmemora el 31 de mayo con un simulacro de sismo a nivel nacional.
   
Características

El terremoto se inició el 31 de mayo de 1970 de 7,9 a las 3:25 p.m. Su epicentro se halló frente a las costas de las ciudades de Casma y Chimbote, en el Océano Pacífico. Su magnitud fue de 7,8 grados en la escala de Richter y alcanzó una intensidad de hasta X y XI grados en la escala de Mercalli entre Chimbote y Casma. Produjo además un violento alud en las ciudades de Yungay y Ranrahirca.

 

Efectos en el Callejón de Huaylas y el Perú 

Las muertes se calcularon en 80.000 y hubo aproximadamente de 20.000 desaparecidos, algunas fuentes elevan las víctimas mucho más alto. Los heridos hospitalizados se contabilizaron en 143.331, si bien en lugares como Recuay, Aija, Casma, Huarmey, Carhuaz y Chimbote la destrucción de edificios osciló entre 80% y 90%. Se calculó el número de afectados en 3.000.000. La Carretera Panamericana sufrió graves grietas entre Trujillo y Huarmey, lo que dificultó aún más la entrega de ayuda. La central hidroeléctrica del Cañón del Pato quedó también afectada por el embate del río Santa y la línea férrea que comunicaba Chimbote con el valle del Santa y quedó inutilizable en un 60% de su recorrido. Con esta catástrofe el Perú sacó volutariamente a la Brigada de Defensa Civil Peruana para evitar que vuelva a suceder algo tan terrible; el general Juan Velasco Alvarado, que era el presidente del país en ese entonces, tomó un barco para llevar personalmente la ayuda a Chimbote.

Sin duda alguna, la zona andina de Ancash, la pintoresca área del Callejón de Huaylas, resultó siendo el área más castigada por el terremoto. La Ciudad de Huaraz se destruyó en un 97%, el cuadrilátero de la Plaza de Armas, fue lo único importante que no se destruyó, luego del sismo, la ciudad quedó oscurecida por un negro manto de polvo, unas 10.000 personas fallecieron, solo en el "Colegio Santa Elena", murieron 400 personas. El resto de ciudades y pueblos del Callejón de Huaylas también fueron destruidos casi por completo, desde Recuay por el sur, hasta Huallanca por el norte. La tercera ciudad en importancia, Yungay terminó sepultada junto a Ranrahirca por un alud, desapareciendo 25.000 moradores. Los aludes y derrumbes obstaculizaron caminos y carreteras, y estancaron partes del Río Santa. El ferrocarril que unía a Chimbote con Huallanca desapareció. Los pobladores se disminuyeron en cantidad. Costa de Áncash y Callejón de Conchucos. En la zona costera, los efectos del sismo destruyeron grandes sectores de la Carretera Panamericana entre Huarmey y Trujillo (Departamento de La Libertad). Tanto la ciudad y el Puerto de Chimbote quedaron con averías incuantificables, en la zonas de San Pedro y Lacramarca todas las construcciones se derrumbaron, al igual que las industrias pesqueras y daño similar a las metalúrgicas, en algunas áreas el suelo se agrietó hasta expulsar chorros de agua de hasta un metro de altura, la ciudad perdió más de 2.800 habitantes. En Casma, una vieja ciudad de adobes murieron 800 personas, y más hacia el sur, en Huarmey 100. La Provincia de Bolognesi, con 1.800 víctimas, refirió cuantiosos derrumbes que incomunicaron a pueblos completos, donde se da referencias que algunas personas enterraron a sus parientes sin notificar. La zona andina siguiente al Callejón de Huaylas, conocida como Conchucos, quedó con daño moderado debido a la gran cantidad de energía que absorvió el macizo de la Cordillera Blanca, pero aún así muchas de las construcciones quedaron inhabitables, y muchas personas murieron mientras se encontraban en laborando en áreas agrícolas debido a derrumbes en los cerros contiguos. La zona quedó aislada hasta meses del resto del país.
    
El aluvión en Yungay
El fuerte y prolongado sismo de 45 segundos, provocó el desprendimiento de hielo y rocas del pico norte del nevado Huascarán, produciendo un alud estimado en 80 millones de pies³ de hielo, lodo y piedras que medía 1,5 km de ancho y que avanzó los 18 km a una velocidad promedio de 280 a 335 km/h. Durante los tres minutos que la avalancha tardó en llegar a la ciudad, la población yungaina quedó desorientada debido al eco que producía el aluvión en los cerros de la Cordillera Negra por lo que pensaron que este venía desde ese flanco y corrieron en dirección al alud. Cuando el aluvión chocó contra la pared de la quebrada del río de Ranrahirca, desvió su curso violentamente unos treinta grados en dirección sur, pero una tercera parte de la masa saltó esa barrera natural (que ya había salvado a Yungay de un aluvión en 1962) sepultando completamente a la segunda ciudad más importante del Callejón de Huaylas, mientras que la corriente mayor arrasó con el pueblo de Ranrahirca, matando en total a más de 20 000 personas.
«...Sentimos un tremendo ruido que se presentaba de ambos lados... el ruido se asemejaba al de muchos aviones... no sabíamos por donde venía ni que pasaba, en esos momentos no nos acordábamos del Huascarán... Finalmente vimos el aluvión de lodo completamente negro con más de 400 metros de altura que avanzaba botando chispas de distintos colores...»
Relato de una superviviente, en 1970
En Yungay sólo se salvaron aproximadamente 300 personas separadas en dos grupos, 90 personas que corrieron hacia el cementerio de la ciudad (una antigua fortaleza preinca elevada), y un numeroso grupo de niños que asistieron a un circo itinerante llamado Verolina y que estaba ubicado en el estadio a 700 metros de la plaza mayor.
Las labores de rescate y evacuación que puso en marcha el gobierno central sólo procedieron mediante vía aérea luego de dos días de la tragedia debido a la densa nube de polvo que se levantaba a 2700 metros sobre el nivel de la zona de la tragedia.
Así es que la provincia de Yungay alcanzó las cifras más altas en cuanto a mortalidad: 25.000 personas. El aporte internacional tuvo gran importancia en el momento de la emergencia, diversas organizaciones mundiales brindaron su apoyo. La magnitud de su cooperación no sólo fue en el momento de la emergencia sino también en la rehabilitación de la zona afectada y en el futuro desarrollo de la región. Sin embargo, la destrucción de las vías de comunicación de la zona y la falta de planeamiento le dieron una cuota de ineficiencia. Por ello es que el 28 de marzo de 1972 se crea el Instituto Nacional de Defensa Civil, para que se encargue de coordinar la prevención y la ayuda en caso de posteriores desastres.
A raíz del terremoto de 1970 que asoló varias ciudades del Callejón de Huaylas y que motivó la solidaridad de diversos países, Yungay recibió el nombre de "Capital de la Solidaridad Internacional".
   

Ruinas de la catedral de Yungay
   
in Wikipédia

quarta-feira, março 22, 2023

O deslizamento de terras de Oso foi há nove anos

     
O deslizamento de terras de Oso de 2014 ocorreu no dia 22 de março quando um deslizamento de terra arrastou a montanha Skaglund Hill, localizada ao leste de Oso, Washington, com 43 vítimas mortais e 4 feridos graves, além de 49 casas e outras estruturas destruídas. Às 10.37 horas, o deslizamento de terra fluiu através do rio Stillaguamish, por entre um bairro de cerca de 30 casas e cruzou a Rodovia 530, represando o rio e impedindo completamente a passagem na rodovia. Mais de 100 socorristas de Snohomish e municípios vizinhos foram enviados para ajudar, com assistência médica e especialistas de busca e resgate.
Um terreno com uma área total de 2,6 km² foi o que desceu montanha abaixo, contendo lama, árvores e outros detritos, destruindo casas que ficavam abaixo da colina.
Na manhã de 24 de março um total de 14 pessoas mortas havia sido confirmadas, outras 176 eram dadas como desaparecidas. No balanço final foram contabilizadas 43 vítimas mortais e 4 feridos graves.
  

sábado, março 18, 2023

Há 56 anos um inacreditável deslizamento em Caraguatatuba, no estado de São Paulo, matou centenas de pessoas


As enchentes e deslizamentos de terra em Caraguatatuba, estado de São Paulo, em março de 1967, coletivamente denominadas Hecatombe, ocasionaram 436 mortes, número oficial.

O desastre é considerado um dos maiores do país e foi uma das razões da criação da Defesa Civil do Estado de São Paulo.

Segundo os jornais, chovia intensamente desde o dia 16 de março, com a chuva se intensificando à noite. De acordo com o posto da Fazenda dos Ingleses, o índice pluviométrico foi de 851 mm, 420 mm somente no dia 18, não tendo sido registado índice maior devido à saturação do pluviómetro. Na manhã do dia 18 começaram os deslizamentos, a maior parte deles ocorrendo à tarde.

Às 13.00 horas ocorreu uma avalanche de pedras, árvores e lama dos morros Cruzeiro, Jaraguá e Jaraguazinho, próximos da cidade.

Por volta das 15.30 horas toda a serra desabou, e a cidade ficou isolada. A Rodovia dos Tamoios ficou destruída e vários carros ficaram presos no trecho de serra. O acesso para Ubatuba e São Sebastião, cidades vizinhas, ficou interditado, e a ajuda só pôde chegar por mar e ar. O Rio Santo Antônio aumentou sua largura de 40 para 200 metros. A lama desceu junto com o Rio.

Às 16:30 outra frente abriu-se no Vale do rio Santo Antônio. No bairro Rio do Ouro gigantescas barreiras começaram a cair pela manhã, formando uma enorme represa que se rompeu algumas horas mais tarde, desaparecendo com o bairro e provocando o deslocamento da ponte principal daquele rio. Caso não tivesse acontecido o rompimento, a cidade inteira teria sido inundada e coberta pelas águas.

Como resultado, a estrada da serra foi destruída em sua maior parte, não sendo possível reconhecer seu antigo traçado em muitos trechos, onde se formaram precipícios de mais de 100 metros de profundidade. A Estrada de Ubatuba sofreu queda de barreiras nos trechos de Maranduba, Jetuba, Sumaré, Prainha e Martim de Sá, que cobriram a pista com 80 centímetros de lama.

A contagem oficial foi de 436 mortes. Segundo moradores, entretanto, o número teria sido o dobro ou o triplo do oficial, com muitos corpos levados pelo mar ou nunca tendo sido encontrados sob a lama. Com a dimensão do desastre, tornou-se difícil determinar o número de desaparecidos em função do desaparecimento simultâneo de quem poderia indicar desaparecimentos.

 

terça-feira, janeiro 10, 2023

Um deslizamento de terras matou milhares de pessoas no Peru há 61 anos

 
El Aluvión de Ranrahírca de 1962 fue un alud que el 10 de enero de 1962 afectó el área urbana de la ciudad peruana de Ranrahirca, la segunda más grande del distrito del mismo nombre, en la provincia de Yungay en la región Áncash, en el que murieron al menos 2.900 personas.

Ocho años después llega el terremoto de Áncash del 31 de mayo de 1970, que afectó a toda la región y tuvo 70.000 víctimas. Los pueblos de Ranrahírca y Yungay volvieron a ser afectados por un desprendimiento de hielo del nevado Huascarán.
  
El aluvión vino a las 18:15 a partir de fractura y desprendimiento del glaciar 511 en la cara oeste del pico norte del nevado Huascarán.​ La masa de hielo recorrió 16 km a la velocidad de 120 km/h y en 4 min la masa de piedra, hielo y rocas llegó al fondo del valle. Desaparecieron 2.900 habitantes y fueron borrados del mapa los pueblos de Ranrahirca, Shacsha, Huarascucho, Yanama Chico, Matacoto, Chuquibamba, Caya, Encayor, Armapampa y Uchucoto. En esa oportunidad el alud pasó a 1,5 km al sur de la antigua ciudad de Yungay y a 1 km al norte de la ciudad de Mancos.
     

segunda-feira, outubro 31, 2022

Há vinte e cinco anos o deslizamento da Ribeira Quente matou 29 pessoas nos Açores...

   
Há uma data que vai marcar, para sempre, a história da freguesia da Ribeira Quente, no concelho da Povoação, onde a 31 de outubro de 1997 a chuva intensa provocou derrocadas e 29 pessoas morreram soterradas.

“Todos nós, porque é uma freguesia pequena, acabámos por perder algum amigo. Temos também situações de famílias que desapareceram quase todas, é o caso de um pescador que andava na minha embarcação e que perdeu a mulher e os quatro filhos. Situações destas marcam muito o sentimento das pessoas na freguesia e ainda hoje, principalmente quando se chega perto da data, ninguém deixa de ficar comovido”, conta o presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Quente, Gualberto Rita.
No dia da tragédia, que vitimou residentes entre as três semanas de idade e os 76 anos, Gualberto Rita, de 44 anos, morava na freguesia. Acabou por deixá-la, quando os deslizamentos de terras a deixaram irreconhecível.
“Na altura, os peritos na matéria disseram que o deslizamento poderá ter atingido os 200 quilómetros/hora e que foi de tal forma brusco que cortou as casas pelos alicerces”, recorda.
Maria do Carmo Moniz, de 65 anos, perdeu o marido naquela madrugada, mas os filhos foram poupados, assim como outros familiares que se refugiaram na casa, fugindo às inundações nas habitações junto à ribeira que atravessa parte da freguesia.
“A minha mãe dizia que no fim do mundo iria haver um terramoto e eu na minha ideia pensava que era o terramoto de que a minha mãe falava”, explica, lembrando que o rés-do-chão foi o abrigo de todos, pelo menos até uma segunda derrocada os atirar para fora de casa.
O marido já não teve hipótese. A casa encheu-se de entulho, terra, pedras, roupas da vizinha de cima.
Maria do Carmo e os familiares refugiaram-se na única casa poupada às enxurradas, noutra rua.
“Começámos a puxar as pessoas, mas algumas já iam na lama, vinham todas enroladas e cortadas dos vidros. Houve uma grávida que foi salva, assim como um rapaz que foi agarrado pelos cabelos”, lembra por sua vez Aida Arruda, de 57 anos, dona da única casa que ficou intacta e que foi abrigo de dezenas de pessoas.
Aida Arruda não esquece a noite “horrorosa” em que “não se via nada”, já que não havia eletricidade, água ou telecomunicações.
“Há coincidências que não têm explicação, porque o meu marido tinha trazido naquele dia um Petromax [candeeiro a petróleo] da casa da minha sogra sem nenhuma razão e foi isso que ajudou a puxar as pessoas”, diz.
Silvino Amaral, de 82 anos, pároco na Ribeira Quente há 56, fez os 29 funerais das vítimas, numa altura em que a freguesia ficou inacessível por terra, com as autoridades a deslocarem-se de helicóptero.
“Foi uma tragédia num lugar tão pequenino, eu conhecia-os quase todos, cheguei a batizar alguns, ainda acartei alguns cadáveres do posto clínico para o centro social e depois fiz o velório. Não tínhamos água e lavámos os cadáveres com água da chuva”, descreve o sacerdote.
O pároco da Ribeira Quente relembra o clima de medo vivido nos momentos seguintes à tragédia, num “ambiente de tal ordem” que a população nem sequer compareceu aos velórios com medo de nova catástrofe.
Às avalanches de terra sucedeu-se uma avalanche de generosidade, refere o padre, apontando donativos do continente, mas também do estrangeiro ou de entidades como a Cáritas. Foi, inclusive, “criada de imediato uma comissão de gestão dos donativos para distribuir pelas vítimas”.
Depois da tragédia de 1997, foi construído um heliporto junto à praia da Ribeira Quente, tendo em conta a existência de “uma estrada de risco” como única via de acesso à freguesia, a mesma que existe até hoje.
Silvino Amaral garante que a tragédia se mantém na memória da população da Ribeira Quente, tanto que as chuvas intensas que ocasionalmente caem sobre a freguesia deixam “as pessoas em sobressalto”.
“Isto é uma fajã e estas fajãs têm essa sina, esse risco, estão engolidas por mar e esmagadas pela montanha, de maneira que a todo o tempo pode acontecer”, afirma.

terça-feira, maio 31, 2022

Um sismo no Peru, seguido de um deslizamento, há 52 anos, matou mais de cem mil pessoas...

      
El terremoto y aluvión de Áncash de 1970, conocido localmente como el terremoto del 70, fue un sismo de magnitud 7.9 MW sentido en toda la costa y sierra del departamento de Áncash, seguido de un alud que sepultó la ciudad de Yungay el domingo 31 de mayo de 1970, a las 15:23.
Fue el sismo más destructivo de la historia del Perú, no solo por la magnitud sino también por la cantidad de pérdidas humanas que afectó la región ancashina y varias provincias de los departamentos de Huánuco, el norte de Lima y La Libertad, dañando una extensa área de aproximadamente 1.000 km de longitud y 250 km de ancho de la costa y sierra peruana.
A raíz de esta catástrofe, en 1972 el gobierno del Perú fundó el Instituto Nacional de Defensa Civil, el cual, además de preparar a la población acerca del actuar durante un terremoto, conmemora el 31 de mayo con un simulacro de sismo a nivel nacional.
   
Características

El terremoto se inició el 31 de mayo de 1970 de 7,9 a las 3:25 p.m. Su epicentro se halló frente a las costas de las ciudades de Casma y Chimbote, en el Océano Pacífico. Su magnitud fue de 7,8 grados en la escala de Richter y alcanzó una intensidad de hasta X y XI grados en la escala de Mercalli entre Chimbote y Casma. Produjo además un violento alud en las ciudades de Yungay y Ranrahirca.

 

Efectos en el Callejón de Huaylas y el Perú 

Las muertes se calcularon en 80.000 y hubo aproximadamente de 20.000 desaparecidos, algunas fuentes elevan las víctimas mucho más alto. Los heridos hospitalizados se contabilizaron en 143.331, si bien en lugares como Recuay, Aija, Casma, Huarmey, Carhuaz y Chimbote la destrucción de edificios osciló entre 80% y 90%. Se calculó el número de afectados en 3.000.000. La Carretera Panamericana sufrió graves grietas entre Trujillo y Huarmey, lo que dificultó aún más la entrega de ayuda. La central hidroeléctrica del Cañón del Pato quedó también afectada por el embate del río Santa y la línea férrea que comunicaba Chimbote con el valle del Santa y quedó inutilizable en un 60% de su recorrido. Con esta catástrofe el Perú sacó volutariamente a la Brigada de Defensa Civil Peruana para evitar que vuelva a suceder algo tan terrible; el general Juan Velasco Alvarado, que era el presidente del país en ese entonces, tomó un barco para llevar personalmente la ayuda a Chimbote.

Sin duda alguna, la zona andina de Ancash, la pintoresca área del Callejón de Huaylas, resultó siendo el área más castigada por el terremoto. La Ciudad de Huaraz se destruyó en un 97%, el cuadrilátero de la Plaza de Armas, fue lo único importante que no se destruyó, luego del sismo, la ciudad quedó oscurecida por un negro manto de polvo, unas 10.000 personas fallecieron, solo en el "Colegio Santa Elena", murieron 400 personas. El resto de ciudades y pueblos del Callejón de Huaylas también fueron destruidos casi por completo, desde Recuay por el sur, hasta Huallanca por el norte. La tercera ciudad en importancia, Yungay terminó sepultada junto a Ranrahirca por un alud, desapareciendo 25.000 moradores. Los aludes y derrumbes obstaculizaron caminos y carreteras, y estancaron partes del Río Santa. El ferrocarril que unía a Chimbote con Huallanca desapareció. Los pobladores se disminuyeron en cantidad. Costa de Áncash y Callejón de Conchucos. En la zona costera, los efectos del sismo destruyeron grandes sectores de la Carretera Panamericana entre Huarmey y Trujillo (Departamento de La Libertad). Tanto la ciudad y el Puerto de Chimbote quedaron con averías incuantificables, en la zonas de San Pedro y Lacramarca todas las construcciones se derrumbaron, al igual que las industrias pesqueras y daño similar a las metalúrgicas, en algunas áreas el suelo se agrietó hasta expulsar chorros de agua de hasta un metro de altura, la ciudad perdió más de 2.800 habitantes. En Casma, una vieja ciudad de adobes murieron 800 personas, y más hacia el sur, en Huarmey 100. La Provincia de Bolognesi, con 1.800 víctimas, refirió cuantiosos derrumbes que incomunicaron a pueblos completos, donde se da referencias que algunas personas enterraron a sus parientes sin notificar. La zona andina siguiente al Callejón de Huaylas, conocida como Conchucos, quedó con daño moderado debido a la gran cantidad de energía que absorvió el macizo de la Cordillera Blanca, pero aún así muchas de las construcciones quedaron inhabitables, y muchas personas murieron mientras se encontraban en laborando en áreas agrícolas debido a derrumbes en los cerros contiguos. La zona quedó aislada hasta meses del resto del país.
    
El aluvión en Yungay
El fuerte y prolongado sismo de 45 segundos, provocó el desprendimiento de hielo y rocas del pico norte del nevado Huascarán, produciendo un alud estimado en 80 millones de pies³ de hielo, lodo y piedras que medía 1,5 km de ancho y que avanzó los 18 km a una velocidad promedio de 280 a 335 km/h. Durante los tres minutos que la avalancha tardó en llegar a la ciudad, la población yungaina quedó desorientada debido al eco que producía el aluvión en los cerros de la Cordillera Negra por lo que pensaron que este venía desde ese flanco y corrieron en dirección al alud. Cuando el aluvión chocó contra la pared de la quebrada del río de Ranrahirca, desvió su curso violentamente unos treinta grados en dirección sur, pero una tercera parte de la masa saltó esa barrera natural (que ya había salvado a Yungay de un aluvión en 1962) sepultando completamente a la segunda ciudad más importante del Callejón de Huaylas, mientras que la corriente mayor arrasó con el pueblo de Ranrahirca, matando en total a más de 20 000 personas.
«...Sentimos un tremendo ruido que se presentaba de ambos lados... el ruido se asemejaba al de muchos aviones... no sabíamos por donde venía ni que pasaba, en esos momentos no nos acordábamos del Huascarán... Finalmente vimos el aluvión de lodo completamente negro con más de 400 metros de altura que avanzaba botando chispas de distintos colores...»
Relato de una superviviente, en 1970
En Yungay sólo se salvaron aproximadamente 300 personas separadas en dos grupos, 90 personas que corrieron hacia el cementerio de la ciudad (una antigua fortaleza preinca elevada), y un numeroso grupo de niños que asistieron a un circo itinerante llamado Verolina y que estaba ubicado en el estadio a 700 metros de la plaza mayor.
Las labores de rescate y evacuación que puso en marcha el gobierno central sólo procedieron mediante vía aérea luego de dos días de la tragedia debido a la densa nube de polvo que se levantaba a 2700 metros sobre el nivel de la zona de la tragedia.
Así es que la provincia de Yungay alcanzó las cifras más altas en cuanto a mortalidad: 25.000 personas. El aporte internacional tuvo gran importancia en el momento de la emergencia, diversas organizaciones mundiales brindaron su apoyo. La magnitud de su cooperación no sólo fue en el momento de la emergencia sino también en la rehabilitación de la zona afectada y en el futuro desarrollo de la región. Sin embargo, la destrucción de las vías de comunicación de la zona y la falta de planeamiento le dieron una cuota de ineficiencia. Por ello es que el 28 de marzo de 1972 se crea el Instituto Nacional de Defensa Civil, para que se encargue de coordinar la prevención y la ayuda en caso de posteriores desastres.
A raíz del terremoto de 1970 que asoló varias ciudades del Callejón de Huaylas y que motivó la solidaridad de diversos países, Yungay recibió el nombre de "Capital de la Solidaridad Internacional".
   
Ruinas de la catedral de Yungay
   
in Wikipédia

terça-feira, março 22, 2022

O tristemente espetacular deslizamento de terras de Oso foi há oito anos

     
O deslizamento de terras de Oso de 2014 ocorreu no dia 22 de março quando um deslizamento de terra arrastou a montanha Skaglund Hill, localizada ao leste de Oso, Washington, com 43 vítimas mortais e 4 feridos graves, além de 49 casas e outras estruturas destruídas. Às 10.37 horas, o deslizamento de terra fluiu através do rio Stillaguamish, por entre um bairro de cerca de 30 casas e cruzou a Rodovia 530, represando o rio e impedindo completamente a passagem na rodovia. Mais de 100 socorristas de Snohomish e municípios vizinhos foram enviados para ajudar, com assistência médica e especialistas de busca e resgate.
Um total de  2,6 km² foi o que desceu montanha abaixo, contendo lama, árvores e outros detritos, destruindo casas que ficavam abaixo da colina.
Na manhã de 24 de março um total de 14 pessoas mortas havia sido confirmadas, outras 176 eram dadas como desaparecidas. No balanço final foram contabilizadas 43 vítimas mortais e 4 feridos graves.
  

segunda-feira, janeiro 10, 2022

Há sessenta anos um deslizamento de terras matou milhares de pessoas no Peru



El Aluvión de Ranrahírca de 1962 fue un alud que el 10 de enero de 1962 afectó el área urbana de la ciudad peruana de Ranrahirca, la segunda más grande del distrito del mismo nombre, en la provincia de Yungay, en la región Áncash, en el que murieron al menos 2.900 personas.

Ocho años después llega el terremoto de Áncash del 31 de mayo de 1970, que afectó a toda la región y tuvo 70.000 víctimas. Los pueblos de Ranrahírca y Yungay volvieron a ser afectados por un desprendimiento de hielo del nevado Huascarán.
  
El aluvión vino a las 18:15 a partir de fractura y desprendimiento del glaciar 511 en la cara oeste del pico norte del nevado Huascarán.​ La masa de hielo recorrió 16 km a la velocidad de 120 km/h y en 4 min la masa de piedra, hielo y rocas llegó al fondo del valle. Desaparecieron 2.900 habitantes y fueron borrados del mapa los pueblos de Ranrahirca, Shacsha, Huarascucho, Yanama Chico, Matacoto, Chuquibamba, Caya, Encayor, Armapampa y Uchucoto. En esa oportunidad el alud pasó a 1,5 km al sur de la antigua ciudad de Yungay y a 1 km al norte de la ciudad de Mancos.