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domingo, novembro 16, 2025

XXVII Feira de Minerais, Rochas e Fósseis Dr. Correia Mateus

 

 

Ira decorrer, de 17 a 28 de novembro de 2025, de 2ª a 6ª a XXVII Feira de Minerais, Rochas e Fósseis Dr. Correia Mateus no meu estabelecimento de ensino, em Leiria. Integrada nas comemorações da Semana da Ciência e Tecnologia e sendo preferencialmente para os alunos e comunidade escolar do Agrupamento Doutor Correia Mateus, está aberta, durante a semana, das 18.00 às 18.15 horas, a qualquer pessoa - estão convidados! 

 

 

quinta-feira, setembro 11, 2025

Ciência Viva no Verão - observação astronómica de 12.09.25 na Escola Correia Mateus (Leiria)

https://webstorage.cienciaviva.pt/public/pt.cienciaviva.io/cms/files/kcwQIpd8xnGTRlxuKt.png

O Núcleo de Astronomia Galileu Galilei do Agrupamento de Escolas Correia Mateus CONVIDA toda comunidade para uma Observação Astronómica, com telescópio e binóculos, da LUA e outros astros e constelações sob orientação de astrónomos amadores, na Escola Dr. Correia Mateus, esta sexta-feira, 12.09.25, entre as 21.00 e as 24.00 horas.

Esta é uma atividade da Ciência Viva no Verão 2025 aberta a toda a comunidade e sem pré-inscrição - APARECE! 

domingo, setembro 07, 2025

Hoje há eclipse da Lua...

 

Tinha previsto fazer a observação do Eclipse na minha Escola, mas decidi passar a observação, sem telescópio, para o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação, em Leiria (aqui), das 19.45 às 21.30 horas. Recordo que este eclipse da Lua é apenas parcial em Leiria e aqui apenas vemos o seu final, se as nuvens o permitirem...

Para quem quer ver em direto o eclipse, antes que entre na fase de totalidade, sugiro o seguinte site:

LIVE Stream: Total Lunar Eclipse September 7–8, 2025

 

Irei levar apenas computador, observar e fotografar sem telescópio e falar, para os interessados, sobre os próximos 3 eclipses que poderemos ver muito bem na península ibérica. 

Estão todos convidados...!

quinta-feira, agosto 07, 2025

Para celebrar o nascimento de um Poeta...

 

 

fui concebido
num dia sem pecado
um anjo entrou
por uma fresta
que havia
na parede
e disse
"não sei
o que faço
aqui"

 

Carlos Lopes Pires 

domingo, julho 27, 2025

Observação astronómica em Leiria - Ciência Viva no Verão 2025

 

Esta segunda-feira, dia 28.07.25, o Clube Ciência Viva na Escola Dr. Correia Mateus e o Núcleo de Astronomia Galileu Galilei, em conjunto com o Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio, vão realizar uma Observação Astronómica, das 21.00 às 24.00 horas, aberta ao público em geral (sem restrição de idade) e sem necessidade de pré-inscrição.

Esta atividade será na zona de Leiria, na Senhora do Monte, na subida depois das Abadias, após chegar até à capela da Senhora do Monte, avançar um quilómetro, até às antenas, antes dos aerogeradores - AQUI

Haverá uma folha de apoio à atividade, alguns mapas celestes e um telescópio. Os participantes podem trazer os seus telescópios, binóculos, mapas celestes e outros materiais, bem como roupa apropriada para o frio.

Estão todos convidados...!

 

LINK 

quinta-feira, maio 22, 2025

Hoje é dia de recordar que Leiria (não) existe...

Música a recordar que hoje é o dia de Leiria - e à meia-noite começa a Queima, com a Serenata Monumental...

 

 

Balada do Encantamento - Manuel Bernardino
Letra e música: D. José Pais de Almeida e Silva

Dentro de ti, ó Leiria,
Vive uma moira encantada,
Não sabes, é minha amada
E tem por nome Maria.


Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz!

 

ADENDA: podem a Serenata Monumental AQUI - transmissão da tvAAC...

quinta-feira, março 27, 2025

Observação astronómica do Eclipse parcial do Sol, de 29.03.25, em Leiria

 

No dia 29 de março, sábado, há um Eclipse parcial do Sol visível em Portugal que iremos observar na Escola Dr. Correia Mateus, em Leiria, nos campos exteriores de futebol.
Começaremos às 08.30, montando um telescópio com filtro solar e preparando os restantes materiais. Depois entre as 09.30 e 11.30 faremos a observação (se não der para ver com telescópio, veremos em projeção da Internet, na sala SMU).
Entre as 11.30 e as 13.00 iremos fazer um almoço partilhado entre os participantes (trazer comida, bebida e extras...). Haverá grelhador e no final teremos marshmallows na brasa...!
O Clube Ciência Viva na Escola Dr. Correia Mateus e o Núcleo de Astronomia Galileu Galilei informam que esta atividade é aberta a todos, podendo quem quiser trazer telescópios com filtro solar, sem ser necessário pré-inscrição.

domingo, março 16, 2025

Mais dados sobre o Menino do Lapedo...

O “Menino do Lapedo” foi finalmente datado

 

Menino do Lapedo, reconstituição


Descoberto em Portugal em 1998, o “Menino do Lapedo” deixou os cientistas perplexos durante muito tempo, graças a uma curiosa mistura de caraterísticas. Agora, o esqueleto misterioso da criança com traços de homo sapiens e neandertal foi finalmente datado por arqueólogos.

Em 1998, os arqueólogos descobriram os restos do esqueleto de uma criança no Lagar Velho, no Vale do Lapedo, situado na freguesia de Santa Eufémia, distrito de Leiria.

Quando a equipa examinou mais de perto os ossos manchados de ocre, ficou surpreendida ao descobrir que a “criança do Lapedo” tinha uma mistura de caraterísticas neandertais e humanas.

Utilizando a datação por radiocarbono, os arqueólogos tentaram descobrir quando é que a criança tinha sido enterrada, mas não conseguiram determinar um período de tempo fiável - apenas que teria sido há cerca de 30 mil anos.

Agora, usando um novo método de datação, um grupo internacional de investigadores - incluindo o arqueólogo João Zilhão e a antropóloga Cidália Duarte, membros da equipa que originalmente tinha encontrado os ossos - deduziu que a criança foi enterrada entre 27.780 e 28.550 anos atrás.

Os resultados do estudo foram apresentados num artigo publicado na sexta-feira na revista Science Advances.

“Ser capaz de datar a criança com sucesso foi como devolver-lhe um pequeno pedaço da sua história, o que é um enorme privilégio”, diz Bethan Linscott, geoquímica da Universidade de Miami e co-autora do estudo, à Associated Press.

O novo intervalo de datas contribui para o crescente conhecimento dos cientistas sobre a relação entre o Homo sapiens e os Neandertais. O ADN antigo indica que as duas espécies se cruzaram durante milhares de anos, antes de os Neandertais desaparecerem, há cerca de 40.000 anos.

Os cientistas há muito que se interrogam sobre a curiosa mistura de traços humanos e neandertais da criança de Lapedo.

O esqueleto tinha, na sua maioria, caraterísticas humanas, mas também apresentava as proporções do corpo, a mandíbula e o osso occipital na parte de trás do crânio, caraterísticos dos Neandertais.

 


 

 

 
Posição das amostras datadas e recriação imaginada do enterramento
 

Na altura da descoberta do esqueleto, a ideia de que os humanos e os Neandertais se tinham hibridizado não era corrente; o genoma Neandertal só foi sequenciado mais de uma década depois, revelando como os humanos modernos têm quantidades variáveis de ADN Neandertal.

No seu estudo original de 1999, os investigadores sugeriram que a criança Lapedo era descendente de humanos e Neandertais que se tinham cruzado muito antes.

A ideia de que um humano e um Neandertal se hibridizaram diretamente para dar à luz a criança é complicada pela cronologia conhecida da extinção do Neandertal: a espécie tinha desaparecido em grande parte mais de 10.000 anos antes de a criança Lapedo viver, embora os Neandertais tenham desaparecido em alturas diferentes por toda a Europa.

“Havia algo estranho na anatomia da criança. Quando encontramos a mandíbula, sabíamos que seria um humano moderno, mas quando expusemos o esqueleto completo vimos que tinha as proporções corporais de um Neandertal”, explicou em 2023 João Zilhão, que liderou a equipa que em 1998 encontrou os ossos.

“A única coisa que poderia explicar essa combinação de características é que a criança era, de facto, evidência de que os neandertais e os humanos modernos se cruzaram”, detalhou o investigador da Universidade de Lisboa.

A nova cronologia estabelecida para a vida da criança fornece informações adicionais que os arqueólogos podem agora tomar em conta enquanto tentam desvendar os mistérios associados aos restos mortais, e oferecer novos conhecimentos sobre a sobreposição entre humanos e neandertais, bem como pistas sobre o eventual desaparecimento dos neandertais.

“A confirmação adicional da idade do sítio permite-nos compreender melhor, com base na morfologia, como se pode ter desenrolado o processo de substituição dos Neandertais pelo Homo sapiens”, diz Adam Van Arsdale, paleoantropólogo do Wellesley College que não esteve envolvido no estudo, ao Live Science.

Para determinar a idade da criança, os cientistas extraíram um aminoácido específico chamado hidroxiprolina do colagénio dos ossos. Esta técnica é boa para datar amostras arqueológicas contaminadas, como a criança Lapedo, explica Linscott.

A hidroxiprolina é rara na natureza e funciona essencialmente como uma “impressão digital” do colagénio, pelo que, ao datar a hidroxiprolina, podemos ter a certeza de que o carbono que estamos a datar provém diretamente do osso e não de contaminação”, detalha a arqueóloga.

A equipa utilizou a mesma técnica para datar outros artefactos encontrados na sepultura da criança, incluindo ossos de coelho, ossos de veado vermelho e carvão vegetal.

A análise sugere que o carvão e os ossos de veado vermelho eram muito mais velhos do que a criança e provavelmente já estavam no local quando a criança foi enterrada ou foram usados para posicionar o corpo dentro da cova.

Os ossos de coelho, pelo contrário, parecem ter sido colocados no local ao mesmo tempo que a criança, possivelmente como uma oferenda funerária.

Os humanos pré-históricos utilizaram o local durante cerca de 300 anos como local de abate e processamento de carcaças de animais. Mas após o enterro da criança, o local foi abandonado por mais de 2.000 anos.

Os cientistas não sabem bem porquê, mas dizem que a morte da criança terá tido um papel importante. “Talvez o acontecimento da morte tenha feito com que o local se tornasse tabu e uma regra social para o evitar tenha sido posta em prática até que a memória do acontecimento se desvanecesse”, conclui João Zilhão ao IFLS.

Mais de 25 anos depois da sua descoberta, o esqueleto do “Menino do Lapedo”, que em 2021 foi classificado como Tesouro Nacional, permanece depositado no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa - estando ainda por decidir se algum dia será exposto ao público.

 

in ZAP

sexta-feira, março 14, 2025

A mina da Guimarota, em Leiria, continua a surpreender-nos...

Descoberta nova espécie fóssil de réptil primitiva que viveu em Portugal

 

Os fósseis da mina da Guimarota (em Leiria) armazenados no Museu Geológico de Lisboa foram revisitados pelos cientistas e daí resultou a descoberta de um réptil que viveu há 150 milhões de anos.


 

Visão geral da da coleção de fósseis da mina da Guimarota

 

Uma nova espécie de réptil primitiva, que viveu em Portugal há 150 milhões de anos, foi identificada num estudo liderado pelo paleontólogo Alexandre Guillaume, da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e do Museu da Lourinhã.

A nova espécie, Marmoretta drescherae, pertence ao género Marmoretta, que “representa o ramo primitivo da árvore evolutiva dos lagartos modernos”, refere em comunicado a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da UNL, onde Alexandre Guillaume conduziu o estudo no âmbito do seu doutoramento.

Até agora apenas estava referenciada uma espécie pertencente ao género Marmoretta, a Marmoretta oxoniensis.

“O Marmoretta drescherae não é um antepassado direto dos lagartos atuais, mas sim um representante primitivo de uma linhagem que se extinguiu no final do Jurássico”, sublinha o paleontólogo Alexandre Guillaume, citado no comunicado, acrescentado que a “descoberta reforça a hipótese de que, no final do Jurássico, a América do Norte, a Europa e o Noroeste de África partilhavam faunas semelhantes, ao mesmo tempo que sugere diferenças ecológicas locais”.

Para este estudo, feito em colaboração com investigadores da Universidade de Saragoça (Espanha), Alexandre Guillaume analisou 150 fósseis armazenados no Museu Geológico de Lisboa, que tinham sido encontrados na mina da Guimarota, em Leiria, “um dos mais ricos depósitos de microfósseis do Jurássico Superior”.

Com base na análise dos fósseis portugueses, por comparação com fósseis encontrados no Reino Unido e Estados Unidos, o trabalho confirmou, ainda, a presença na fauna jurássica de Portugal de um pequeno réptil semiaquático pertencente ao género Cteniogenys, embora sem conseguir determinar se se trata de uma espécie diferente das já descritas noutras regiões”.

 

Os fósseis do Cteniogenys dentaries oriundos da mina da Guimarota

 

Alexandre Guillaume, que se dedica ao estudo da pequena herpetofauna (répteis e anfíbios) do Jurássico Superior de Portugal, e a restante equipa analisaram fragmentos isolados de mandíbulas, crânios, membros e vértebras.

A investigação, que visou reavaliar fósseis descritos nas décadas de 70 e 90 por paleontólogos da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, foi publicada na revista científica de acesso aberto Acta Palaentologica Polonica.



in Público

 

ADENDA: a mesma informação, no jornal Região de Leiria...

sábado, fevereiro 15, 2025

Rui Patrício - 37 anos

 
Rui Pedro dos Santos Patrício (Leiria, Marrazes, 15 de fevereiro de 1988) é um futebolista português que atua como guarda-redes. Atualmente joga no Roma e foi titular da Seleção Portuguesa, sendo agora suplente.

Até 2018, antes se transferir para o Wolverhampton, havia passado toda a sua carreira no Sporting: fez a sua estreia aos 18 anos de idade e disputou mais de 464 partidas oficiais pelos leões, sendo o segundo jogador na história do clube que mais vestiu a camisola em jogos oficiais de futebol. Em 2021 transferiu-se para o Roma. No dia 27 de agosto de 2024, assinou com a Atalanta.

Fez a sua estreia pela Seleção em 2010, onde desde então tem sido titular até à ascensão de Diogo Costa que atualmente é o detentor da titularidade. Representou Portugal no Europeu de Futebol de 2012, no Mundial de 2014, no Euro 2016, na Taça das Confederações de 2017, na Taça do Mundo de 2018 e na Liga das Nações de 2018–19.

  
   

sexta-feira, janeiro 31, 2025

Ernesto Korrodi nasceu há 155 anos...


 

Ernesto Korrodi, nascido Ernst Korrodi (Zurique, 31 de janeiro de 1870 - Leiria, 3 de fevereiro de 1944), foi um arquiteto de origem suíça que desenvolveu a sua atividade em Portugal.

Foi o mais bem sucedido dos arquitetos da sua época a trabalhar fora de Lisboa.

Os seus projetos seguiram uma linha persistentemente eclética, de base revivalista romântico-historicista, a que foi incorporando elementos das novas correntes da arquitetura - Arte Nova e Artes Decorativas - até ao advento do Modernismo Internacional, na fase mais tardia da sua carreira e já em parceria com o filho, Camilo Korrodi

    

(...)

 

Korrodi veio para Portugal, com dezanove anos, através de um concurso lançado na Embaixada de Portugal em Berna, em que se procuravam professores de desenho para as escolas portuguesas. Em 1889 começou a exercer funções na Escola Industrial e Comercial de Braga, onde ficaria até 1894. Nesse ano foi transferido para a Escola Industrial e Comercial de Leiria, lecionando Desenho Ornamental e Modelagem.

Após completar os cursos de escultor decorador e de professor de desenho, no "Winterthur - Technikum" (Escola de Arte Industrial do cantão de Zurique), Korrodi viria a concorrer a um cargo para professor de Desenho, anunciado no consulado de Portugal, em Berna, e, em 1889, foi colocado na Escola Industrial de Braga, onde permaneceu cinco anos. Em Braga, para além do ensino dedicou-se ao estudo de monumentos, igrejas, e palácios, sendo transferido, em 1894, para a Escola Industrial de Leiria, onde, de imediato, se dedicou, nas suas horas vagas, ao minucioso levantamento do que restava das ruínas do Castelo de Leiria.

Em 1897 Korrodi publica um pequeno estudo sobre São Fructuoso de Montélius, intitulado “Um monumento Bizantino-Latino em Portugal”, no Boletim de Arquitetura da Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses.

Em 1898, publica os “Estudos de Reconstrução sobre o Castelo de Leiria”, edição de 200 exemplares, subsidiada pelo Governo Português e impressa no Instituto Poligráfico de Zurique. Ainda nesse ano é homenageado com a Comenda do Mérito Industrial.

Em 1901, casa em Leiria com Quitéria Maia, professora do Ensino Primário. Tiveram uma filha (Maria Teresa 1903-2002) e um filho (Camilo Korrodi 1905-1985, também arquiteto).

Em 1902, é agraciado com a Ordem de S. Thiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, pelo projeto de reconstituição dos Paços do Duque de Bragança, em Barcelos.

Em 1905, foi nomeado diretor da Escola Industrial de Leiria.

O seu empenho em defesa do Castelo de Leiria conduziu à sua classificação como Monumento Nacional em 1910, e em 1915 cria a Liga dos Amigos do Castelo que, com a ajuda do Estado, deu início às primeiras obras de consolidação.

Após a derrocada parcial de um dos muros no Castelo de Leiria, foi nomeado diretor das obras, em 1921, à frente de uma comissão sujeita à Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em caráter de urgência. O seu trabalho desenvolveu-se até 1934, quando se desligou. As obras, porém, prosseguiram na década de 30, mas não corresponderam por completo aos seus estudos. 

Para além do ensino e do estudo de monumentos históricos, desde cedo se dedicou à arquitetura, como autodidata, e em 1899 já era sócio da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos, bem como da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses.

Os seus projetos de arquitetura estendem-se por todo o país, desde Chaves até Vila Real de Santo António, e em Lisboa foi agraciado com dois Prémios Valmor, em 1910 e em 1917.

Criou em Leiria uma pequena escola de cantaria artística, a expensas suas, e esta viria a transformar-se numa grande oficina de verdadeiros artistas cujo trabalho, na sua maior parte, era passado à pedra sob modelação sua. Esses trabalhos de cantaria enriqueceram não só as obras por si projetadas, como as de outros arquitetos por todo o país.

Em 1919 projetou o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Monte de Córdova, Santo Tirso, mas muitos outros projetos marcantes se poderiam referir.

Em 1926, foi-lhe concedido, pelo Governo Português, o título de Arquiteto (na mesma data que a Raul Lino).

Desde cedo se envolveu em diversos movimentos de modernização, chegando a realizar trabalhos e conferências por todo o país sobre o Ensino em Portugal, pelo que foi agraciado, em 1909, com a Comenda da Instrução Pública.

Em 1911, viria a liderar um movimento de âmbito nacional a favor do descanso dominical, promovendo-o energicamente através de conferências e artigos na imprensa.

Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1908 na Loja Trindade Leitão, em Alcobaça, pertença do Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome de "Helvétius".

Em 1997, foi publicada em livro a tese de Mestrado de 1984 "Ernesto Korrodi – Arquitectura, Ensino, e Restauro do Património" de Lucília Verdelho da Costa, contribuindo de uma forma decisiva para dar a conhecer a dimensão da sua obra.

Ao longo dos anos, várias teses de Mestrado têm sido apresentadas sobre a sua obra.

O Arquivo Distrital de Aveiro publicou o livro "Ernesto Korrodi - uma marca na cidade".

Em 2023 foi publicado em edição bilingue português/inglês "Ernesto Korrodi - Vi(n)da e Obra / Ernst Korrodi – Life and Work” " de José Manuel Teixeira.

Faleceu em Leiria em 1944.

 

in Wikipédia

 

(imagem daqui)

 

(imagens pessoais - daqui)

domingo, janeiro 26, 2025

Poema de aniversariante de hoje...

  Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria  (foto pessoal)

 

Leve, Leve, o Luar

 

Leve, leve, o luar de neve
goteja em perlas leitosas,
o luar de neve e tão leve
que ameiga o seio das rosas.

E as gotas finas da etérea
chuva, caindo do ar,
matam a sede sidéria
das coisas que embebe o luar.

A luz, oh sol, com que alagas,
abre feridas, e a lua
vem pôr no lume das chagas
o beijo da pele nua. 



Afonso Lopes Vieira

Afonso Lopes Vieira nasceu há 147 anos

 

(imagem daqui)
   
Afonso Lopes Vieira (Leiria, 26 de janeiro de 1878 - Lisboa, 25 de janeiro de 1946) foi um poeta português.
Natural de Leiria, bacharelou-se em Direito, pela Universidade de Coimbra, em 1900. Depois de exercer a advocacia junto do seu pai, Afonso Xavier Lopes Vieira, radicou-se em Lisboa, onde veio a exercer o ofício de redator na Câmara dos Deputados, até 1916. No último desses anos deixou o cargo para se dedicar exclusivamente à atividade literária. Na capital, residiu no Palácio da Rosa, junto ao bairro da Mouraria, que fora dos marqueses de Castelo Melhor, e foi propriedade do poeta entre 1927 e 1942. Em frente do palácio, no Largo da Rosa, foi colocado um busto seu.
Ainda jovem, Afonso Lopes Vieira descobriu os clássicos da literatura, nomeadamente através da biblioteca do seu tio-avô, o poeta Rodrigues Cordeiro, e iniciou a sua colaboração em jornais manuscritos, de que são exemplos A Vespa e O Estudante. Com a publicação do livro Para Quê? (1897) faz a sua estreia poética, iniciando um período de intensa atividade literária - Ar Livre (1906), O Pão e as Rosas (1908), Canções do Vento e do Sol (1911), Poesias sobre as Cenas Infantis de Shumann (1915), Ilhas de Bruma (1917), País Lilás, Desterro Azul (1922) - encerrando a sua atividade poética, assim julgava, com a antologia Versos de Afonso Lopes Vieira (1927), mas que culminará com a obra inovadora e epigonal Onde a terra se acaba e o mar começa (1940).
O carácter ativo e multifacetado do escritor tem expressão na sua colaboração em A Campanha Vicentina, na multiplicação de conferências em nome dos valores artísticos e culturais nacionais, recolhidas nos volumes Em demanda do Graal (1922) e Nova demanda do Graal (1942). A sua acção não se encerra, porém, aqui, sendo de considerar a dedicação à causa infantil, iniciada com Animais Nossos Amigos (1911), o filme infantil O Afilhado de Santo António (1928), entre outros. Por fim, assinale-se a sua demarcação face ao despontar do Salazarismo, expressa no texto Éclogas de Agora (1935), sob a égide e em defesa do Integralismo Lusitano.
Teve ainda colaboração em publicações periódicas, de que são exemplo as revistas Ave Azul (1899-1900), Serões (1915-1920), Arte & vida (1904-1906), A republica portugueza (1910-1911), Alma Nova (1914-1930), Atlantida (1915-1920), Contemporânea (1915-1926), Ordem Nova (1926-1927) e Lusitânia (1924-1927).
Cidadão do mundo, Afonso Lopes Vieira não esqueceu as suas origens, conservando as imagens de uma Leiria de paisagem bucólica e romântica, rodeada de maciços verdejantes plantados de vinhedos e rasgados pelo rio Lis, mas, sobretudo, de São Pedro de Moel, lugar da sua Casa-Nau e paisagem de eleição do escritor, enquanto inspiração e génese da sua obra. O Mar e o Pinhal são os principais motivos da sua poética.
Nestas paisagens o poeta confessa sentir-se «[…] mais em família com o chão e com a gente», evidenciando no seu tratamento uma apetência para motivos líricos populares e nacionais. Essencialmente panteísta, leu e fixou as gentes, as crenças, os costumes, e as paisagens de uma Estremadura que interpretou como «o coração de Portugal, onde o próprio chão, o das praias, da floresta, da planície ou das serras, exala o fluido evocador da história pátria; província heroica, povoada de mosteiros e castelos…» (Nova demanda do Graal, 1942: 65).
Atualmente a Biblioteca Municipal em Leiria tem o seu nome. A sua casa de São Pedro de Moel foi transformada em Museu. Lopes Vieira é considerado um eminente poeta, ligado à corrente da chamada Renascença Portuguesa e um dos primeiros representantes do neogarretismo.
   

  

Pinhal do Rei
 
 
Catedral verde e sussurrante, aonde
a luz se ameiga e se esconde
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar:
ditoso o "Lavrador" que a seu contento
por suas mãos semeou este jardim;
ditoso o Poeta que lançou ao vento
esta canção sem fim...

Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
rei D. Dinis, bom poeta e mau marido,
lá vem as velidas bailar e cantar.


Encantado jardim da minha infância,
aonde a minh'alma aprendeu;
a música do Longe e o ritmo da Distância
que a tua voz marítima lhe deu;
místico órgão cujo além se esfuma
no além do Oceano, e onde a maresia
ameiga e dissolve em bruma,
e em penumbra de nave, a luz do dia.
Por estes fundos claustros gemem
os ais do Velho do Restelo...
Mas tu debruças-te no mar e, ao vê-lo,
teus velhos troncos de saudades fremem...

Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
são as caravelas, teu corpo cortado,
é lo verde pino no mar a boiar.

Pinhal de heróicas árvores tão belas,
foi do teu corpo e da tua alma também
que nasceram as nossas caravelas
ansiosas de todo o Além;
foste tu que lhe deste a tua carne em flor
e sobre os mares andaste navegando,
rodeando a terra e olhando os novos astros,
ó gótico Pinhal navegador,
em naus, erguida, levando
tua alma em flor na ponta alta dos mastros!...

Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que grande saudade, que longo gemido
ondeia nos ramos, suspira no ar!

Na sussurrante e verde catedral
oiço rezar a alma de Portugal:
ela aí vem, dorida, e nos seus olhos
sonâmbulos de surda ansiedade,
no roxo da tardinha,
abre a flor da Saudade;
ela aí vem, sozinha,
dorida do naufrágio e dos escolhos,

viúva de seus bens
e pálida de amor,
arribada de todos os aléns
de este mundo de dor;
ela aí vem, sozinha,
e reza a ladainha
na sussurrante catedral aonde
toda se espalha e esconde,
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar.

  
  

in
Onde a Terra se Acaba e o Mar Começa (1940) - Afonso Lopes Vieira

terça-feira, setembro 10, 2024

Ciência Viva no Verão - observação astronómica de 11.09.24 na Escola Correia Mateus (Leiria)

 

Amanhã, dia 11 de setembro de 2024, na Escola EB 23 Dr. Correia Mateus, em Leiria, entre as 21.00 e as 24.00, vai haver uma observação astronómica gratuita, no âmbito das atividades do Clube Ciência Viva na Escola Dr. Correia Mateus e do Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio. Estão todos convidados - e não necessitam inscrever-se...!



quarta-feira, agosto 07, 2024

Poema de aniversariante de hoje...

 

 

a minha poesia

é uma profunda ignorância

 

senhor

faz com que seja ainda mais

 

e que nela habitem os insectos

e as crianças da chuva

 

e que cada verso louve

a abundância da tua ausência

 

e que nela não haja soberba

orgulho ou impaciência

 

mas apenas silêncio

 

 

Carlos Lopes Pires

segunda-feira, julho 15, 2024

Começou a Ciência Viva no Verão 2024


Começam hoje, 15.07.24, as atividades da Ciência Viva no Verão - e que saudades do tempo em que ainda havia Castelos, Faróis, Engenharia, Empresas e afins no programa.  Que pena que algumas associações e universidades, que então eram também eram membros de pleno direito na organização das atividades, as tenham deixado de fazer - fiz centenas desta forma, como organizador, e participei em dezenas. Também é pena que agora muitas sejam a pagar e que algumas instituições estejam ainda ausentes das listagens...

Este ano irei novamente fazer atividades (a próxima é já no sábado, em Leiria, já com suplentes na lista de inscritos, a seguinte, uma observação astronómica, é em setembro) - participem...!


https://www.cienciaviva.pt/verao/2024/

quarta-feira, maio 22, 2024

Dentro de ti, ó Leiria... - música de Coimbra para recordar que hoje é o dia da cidade do Lis...

 

Balada do Encantamento - Manuel Bernardino
Letra e música: D. José Pais de Almeida e Silva

Dentro de ti, ó Leiria,
Vive uma moira encantada,
Não sabes, é minha amada
E tem por nome Maria.


Leiria foste um ladrão
Leiria do rio Lis.
Roubaste-me o coração
E, vê lá tu, sou feliz!

 

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Rui Patrício - 36 anos

 
Rui Pedro dos Santos Patrício (Leiria, Marrazes, 15 de fevereiro de 1988) é um futebolista português que atua como guarda-redes. Atualmente joga no Roma e foi titular da Seleção Portuguesa, sendo agora suplente.

Até 2018, antes se transferir para o Wolverhampton, havia passado toda a sua carreira no Sporting: fez a sua estreia aos 18 anos de idade e disputou mais de 464 partidas oficiais pelos leões, sendo o segundo jogador na história do clube que mais vestiu a camisola em jogos oficiais de futebol. Em 2021 transferiu-se para o Roma.

Fez a sua estreia pela Seleção em 2010, onde desde então tem sido titular até à ascensão de Diogo Costa que atualmente é o detentor da titularidade. Representou Portugal no Europeu de Futebol de 2012, no Mundial de 2014, no Euro 2016, na Taça das Confederações de 2017, na Taça do Mundo de 2018 e na Liga das Nações de 2018–19.

  
   

quarta-feira, janeiro 31, 2024

Ernesto Korrodi nasceu há 154 anos...


 

Ernesto Korrodi, nascido Ernst Korrodi (Zurique, 31 de janeiro de 1870 - Leiria, 3 de fevereiro de 1944), foi um arquiteto de origem suíça que desenvolveu a sua atividade em Portugal.

Foi o mais bem sucedido dos arquitetos da sua época sediados fora de Lisboa.

Os seus projetos seguiram uma linha persistentemente eclética, de base revivalista romântico-historicista, a que foi incorporando elementos das novas correntes da arquitetura - Arte Nova e Artes Decorativas - até ao advento do Modernismo Internacional, na fase mais tardia da sua carreira e já em parceria com o filho, Camilo Korrodi

    

(...)

 

Korrodi veio para Portugal, com dezanove anos, através de um concurso lançado na Embaixada de Portugal em Berna, em que se procuravam professores de desenho para as escolas portuguesas. Em 1889 começou a exercer funções na Escola Industrial e Comercial de Braga, onde ficaria até 1894. Nesse ano foi transferido para a Escola Industrial e Comercial de Leiria, lecionando Desenho Ornamental e Modelagem.

Após completar os cursos de escultor decorador e de professor de desenho, no "Winterthur - Technikum" (Escola de Arte Industrial do cantão de Zurique), Korrodi viria a concorrer a um cargo para professor de Desenho, anunciado no consulado de Portugal, em Berna, e, em 1889, foi colocado na Escola Industrial de Braga, onde permaneceu cinco anos. Em Braga, para além do ensino dedicou-se ao estudo de monumentos, igrejas, e palácios, sendo transferido, em 1894, para a Escola Industrial de Leiria, onde, de imediato, se dedicou, nas suas horas vagas, ao minucioso levantamento do que restava das ruínas do Castelo de Leiria.

Em 1897 Korrodi publica um pequeno estudo sobre São Fructuoso de Montélius, intitulado “Um monumento Bizantino-Latino em Portugal”, no Boletim de Arquitetura da Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses.

Em 1898, publica os “Estudos de Reconstrução sobre o Castelo de Leiria”, edição de 200 exemplares, subsidiada pelo Governo Português e impressa no Instituto Poligráfico de Zurique. Ainda nesse ano é homenageado com a Comenda do Mérito Industrial.

Em 1901, casa em Leiria com Quitéria Maia, professora do Ensino Primário. Tiveram uma filha (Maria Teresa 1903-2002) e um filho (Camilo Korrodi 1905-1985, também arquiteto).

Em 1902, é agraciado com a Ordem de S. Thiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, pelo projeto de reconstituição dos Paços do Duque de Bragança, em Barcelos.

Em 1905, foi nomeado diretor da Escola Industrial de Leiria.

O seu empenho em defesa do Castelo de Leiria conduziu à sua classificação como Monumento Nacional em 1910, e em 1915 cria a Liga dos Amigos do Castelo que, com a ajuda do Estado, deu início às primeiras obras de consolidação.

Após a derrocada parcial de um dos muros no Castelo de Leiria, foi nomeado diretor das obras, em 1921, à frente de uma comissão sujeita à Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em caráter de urgência. O seu trabalho desenvolveu-se até 1934, quando se desligou. As obras, porém, prosseguiram na década de 30, mas não corresponderam por completo aos seus estudos. 

Para além do ensino e do estudo de monumentos históricos, desde cedo se dedicou à arquitetura, como autodidata, e em 1899 já era sócio da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos, bem como da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses.

Os seus projetos de arquitetura estendem-se por todo o país, desde Chaves até Vila Real de Santo António, e em Lisboa foi agraciado com dois Prémios Valmor, em 1910 e em 1917.

Criou em Leiria uma pequena escola de cantaria artística, a expensas suas, e esta viria a transformar-se numa grande oficina de verdadeiros artistas cujo trabalho, na sua maior parte, era passado à pedra sob modelação sua. Esses trabalhos de cantaria enriqueceram não só as obras por si projetadas, como as de outros arquitetos por todo o país.

Em 1919 projetou o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Monte de Córdova, Santo Tirso, mas muitos outros projetos marcantes se poderiam referir.

Em 1926, foi-lhe concedido, pelo Governo Português, o título de Arquiteto (na mesma data que a Raul Lino).

Desde cedo se envolveu em diversos movimentos de modernização, chegando a realizar trabalhos e conferências por todo o país sobre o Ensino em Portugal, pelo que foi agraciado, em 1909, com a Comenda da Instrução Pública.

Em 1911, viria a liderar um movimento de âmbito nacional a favor do descanso dominical, promovendo-o energicamente através de conferências e artigos na imprensa.

Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1908 na Loja Trindade Leitão, em Alcobaça, pertença do Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome de "Helvétius".

Em 1997, foi publicada em livro a tese de Mestrado de 1984 "Ernesto Korrodi – Arquitectura, Ensino, e Restauro do Património" de Lucília Verdelho da Costa, contribuindo de uma forma decisiva para dar a conhecer a dimensão da sua obra.

Ao longo dos anos, várias teses de Mestrado têm sido apresentadas sobre a sua obra.

O Arquivo Distrital de Aveiro publicou o livro "Ernesto Korrodi - uma marca na cidade".

Em 2023 foi publicado em edição bilingue português/inglês "Ernesto Korrodi - Vi(n)da e Obra / Ernst Korrodi – Life and Work” " de José Manuel Teixeira.

Faleceu em Leiria em 1944.

 

in Wikipédia

 

(imagem daqui)

 

(imagens pessoais daqui)