A sua voz marcante imortalizou várias
canções, como:
Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas
espanhola e
portuguesa.
As suas músicas românticas tinham um toque especial, que, em conjunto
com a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande
sucesso.
A sua então revolucionária formação, com piano, guitarra e baixo, no tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz.
Nat King Cole aprendeu a tocar
piano na
igreja onde seu pai era
pastor. Desde criança ele esteve ligado à música, tocando junto ao coral da mesma igreja. Cole lutou contra o
racismo durante toda a sua vida, sempre recusando-se a cantar em platéias com
segregação racial.
Infância em Chicago
O seu pai, Dwon Edard Coles, era
talhante e
pastor da
Igreja Batista. A sua família mudou-se para
Chicago quando
Nat ainda era criança. Lá, o pai tornou-se pastor e a mãe, Perlina Adams, ficou encarregada de tocar o
órgão da igreja. Foi a única professora de piano que Nat teve em toda sua vida. Aprendeu tanto
jazz como
música gospel, sem esquecer alguma
música clássica.
Início da carreira de cantor
O seu primeiro sucesso como cantor foi a gravação em
1943
pela Capitol Records de "Straighten Up and Fly Right" baseada num
conto popular negro que seu pai havia usado como tema para um sermão.
Vendeu mais de 500 mil cópias. Embora Cole nunca viesse a ser
considerado um músico de rock, a canção pode ser vista como antecipando
os as primeiras gravações de rock. De fato, Bo Didley, que fez
semelhantes transformações de materiais folclóricos, creditava Cole
como uma influência.
Fazendo a história da televisão
Em
5 de novembro de
1956,
The Nat King Cole Show estreou
na NBC-TV. Foi o primeiro programa deste tipo comandado por um
afro-americano, causando controvérsia na época. Ficou no ar por um ano e
pouco, mas teve de ser encerrado, por iniciativa do próprio Nat King
Cole, por não ter conseguido nenhum patrocínio de âmbito nacional.
Racismo
Cole lutou contra o racismo toda sua vida e raramente se apresentou em
lugares segregacionistas. Em 1956 foi atacado no palco durante um show
em Birmingham, Alabama, enquanto cantava "Little Girl", por três
membros do North Alabama White Citizens Council que aparentemente
tentavam sequestrá-lo. Os três agressores avançaram pelos corredores
da plateia. Embora a segurança tenha rapidamente acabado com a
invasão, Cole foi derrubado do seu banco e magoou as costas. Ele não
acabou o show e nunca mais se apresentou no sul dos EUA. Os agressores
foram julgados e condenados.
Em
1948
comprou uma casa num condomínio só de brancos nos arredores de Los
Angeles. A KKK ateou fogo numa cruz em frente à sua casa. O conselho
do condomínio disse-lhe que não queriam indesejáveis mudando-se para lá.
Ele concordou e disse "Eu também não, se eu vir alguém indesejável
mudando-se, serei o primeiro a reclamar".
Em
1956
foi contratado para se apresentar em Cuba e quis ficar no Hotel
Nacional de Cuba, mas não lhe foi permitido porque tinham restrição (
color bar)
para negros. Cole honrou seu contrato e seu show no Tropicana foi um
grande sucesso. No ano seguinte voltou a Cuba para outro show,
cantando várias músicas em espanhol. Hoje existe um tributo a ele na
forma de um busto e uma jukebox no Hotel Nacional.