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domingo, fevereiro 16, 2025

El-Rei D. Afonso III morreu há 746 anos...

       
D. Afonso III de Portugal (Coimbra, 5 de maio de 1210Coimbra, 16 de fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês, por ter sido casado com a condessa Matilde II de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e da sua mulher, Urraca de Castela, e sucedeu ao seu irmão, o Rei D. Sancho II, em 1248
   
         
Guerra civil e deposição de D. Sancho II
Como segundo filho, Afonso não deveria herdar o trono destinado a Sancho e por isso viveu em França, onde se casou com Matilde II de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha, onde servia como um dirigente militar, combatendo em nome do Rei Luís IX, rei de França e seu primo.
Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV, nesse mesmo ano, despacha a Bula Inter alia desiderabilia, que prepara a deposição de facto do monarca.
O papado, através de duas Breves, ainda aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. Mas a 24 de julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente.
Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso cede a todas as pretensões do clero no "Juramento de Paris", uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e repudiou Matilde, para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo as suas queixas. Por este procedimento, Afonso III ficou conhecido também como o pai do "Estado Português", distribuindo alcaides pelos castelos e juízes pelas diferentes vilas e terras. O objetivo era a implantação de um poder legal com o qual todos os habitantes do Reino português mantivessem uma relação de igualdade.
Em 1254, na cidade de Leiria, convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.
Em 1255, transferiu a capital do Reino de Portugal de Coimbra para Lisboa.
Foram por sua ordem feitas as Inquirições Gerais, iniciadas em 1258, como forma do rei controlar, não só o grande poder da Nobreza, mas também para saber se lhe estavam a ser usurpados bens que, por direito, pertenciam à Coroa.
    
Moedas cunhadas com a efígie de El-Rei D. Afonso III de Portugal
    
Reconquista
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso voltou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, a cidade de Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.
   
Segundas núpcias
Em 1253, o rei desposou D. Beatriz, popularmente conhecida por D. Brites, filha de D. Afonso X de Castela, O Sábio. Desde logo isto constituiu polémica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de Bolonha.
O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei D. Afonso que abandone D. Beatriz em respeito ao seu matrimónio com D. Matilde. O rei não obedeceu, mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D. Matilde, em 1258. O infante, D. Dinis, o futuro Rei, nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado, em 1263.
O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo reino do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do rei, recebe do seu pai, Afonso X, uma bela região a Este do Rio Guadiana, onde se incluíam as vilas de Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Brites lhe prestou durante o seu exílio, na cidade de Sevilha.
    
Excomunhão do rei e do reino
No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja, tendo sido excomungado em 1268 pelo arcebispo de Braga e pelos bispos de Coimbra e Porto, para além do próprio Papa Clemente IV, à semelhança dos reis que o precederam. O clero havia aprovado um libelo contendo quarenta e três queixas contra o monarca, entre as quais se achavam o impedimento aos bispos de cobrarem os dízimos, utilização dos fundos destinados à construção dos templos, obrigação dos clérigos a trabalhar nas obras das muralhas das vilas, prisão e execução de clérigos sem autorização dos bispos, ameaças de morte ao arcebispo e aos bispos e, ainda, a nomeação de judeus para cargos de grande importância. A agravar ainda mais as coisas, este rei favoreceu monetariamente ordens religiosas mendicantes, como franciscanos e dominicanos, sendo acusado pelo clero de apoiar espiritualidades estrangeiradas. O grande conflito com o clero também se deve ao facto do rei ter legislado no sentido de equilibrar o poder municipal em prejuízo do poder do clero e da nobreza.
O rei, que era muito querido pelos portugueses por decisões como a da abolição da anúduva (imposto do trabalho braçal gratuito, que obrigava as gentes a trabalhar na construção e reparação de castelos e palácios, muros, fossos e outras obras militares), recebeu apoio das cortes de Santarém em janeiro de 1274, onde foi nomeada uma comissão para fazer um inquérito às acusações que os bispos faziam ao rei. A comissão, composta maioritariamente por adeptos do rei, absolveu-o. O Papa Gregório X, porém, não aceitou a resolução tomada nas cortes de Santarém e mandou que se excomungasse o rei e fosse lançado interdito sobre o reino em 1277.
Próximo da morte, em 1279, D. Afonso III jurou obediência à Igreja e a restituição de tudo o que lhe tinha tirado. Face a esta atitude do rei, o abade de Alcobaça levantou-lhe a excomunhão e o rei foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça.
      

domingo, fevereiro 16, 2014

E, no entanto, move-se... (ou Mais um deslizamento de terras significativo no concelho de Leiria)

Casa no concelho de Leiria em risco iminente de ruir

Uma casa está em risco de ruir a qualquer momento, em Cortes, concelho de Leiria, disse hoje a protecção civil municipal, que esteve a ajudar a família a retirar os bens da habitação, onde moravam quatro pessoas.

"A casa está em risco de ruir devido ao deslizamento de terras que a suportavam", afirmou à agência Lusa o comandante municipal da protecção civil, Artur Figueiredo, referindo que a situação foi sinalizada na sexta-feira, dia em que a família -- um casal e duas crianças -- deixou a casa.

Também a via defronte à habitação, de três pisos, foi interditada à circulação por decisão da protecção civil, dado ter ficado danificada devido ao deslizamento de terras.

"A família está, neste momento, a viver noutra casa que arrendou", adiantou Artur Figueiredo.

Hoje de manhã, além da protecção civil, estiveram no local bombeiros, GNR, Câmara de Leiria, Junta da União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, populares, vizinhos e familiares, que ajudaram a retirar mobiliário e electrodomésticos do interior da residência.

O proprietário da habitação, Fernando David, disse à agência Lusa que "os vidros já começaram a partir" e é "uma questão de meio dia ou um dia até a casa ruir".

"Já não consigo fechar a porta de entrada", declarou, adiantando que desde a semana passada a casa deslizou "seis a sete metros".

Segundo Fernando David, "a casa tem cinco anos, está bem construída e tem seguro contra tempestades e inundações".

"A seguradora fez uma peritagem e estamos à espera de uma solução que queremos rápida. Neste momento estamos a pagar duas casas, uma onde não podemos viver e outra que foi arrendada", acrescentou o proprietário.

Segundo informação da Câmara de Leiria disponibilizada ao Diário de Leiria, que avançou com a notícia, a habitação tem licença de construção com data de agosto de 2007, observando que o município implementou os "procedimentos legais de licenciamento para assegurar a segurança das edificações", pelo que é exigido sempre "os termos de responsabilidade aos autores dos projectos das especialidades, onde se incluem os projectos de engenharia de estruturas".

Por outro lado, a autarquia nota que o Regime Jurídico de Urbanização e Edificação "considera que os termos de responsabilidade dos projectistas na especialidade são garantia suficiente", situação que revoga "a análise prévia por parte dos municípios neste âmbito".

Para a Câmara, estão, assim, "todas as salvaguardas garantidas, uma vez que os projectistas estão abrangidos por seguros profissionais", manifestando "disponibilidade" para prestar apoio técnico na defesa dos direitos dos munícipes.

in Sol - ler notícia

Leiria: Vivenda desliza em encosta e deixa família sem lar

O mau tempo provocou o deslizamento de uma vivenda, construída numa encosta, na localidade de Lourais. Moradores estão a residir em casa de familiares.

Uma vivenda construída há cerca de seis anos numa encosta na Rua da Ribeira, na localidade de Lourais, Cortes, deslizou alguns metros devido ao mau tempo e a família teve de abandonar a casa por não estarem reunidas as condições de segurança.
Ao que o Diário de Leiria apurou, na passada sexta-feira técnicos da Câmara Municipal de Leiria e elementos da União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes estiveram no local a avaliar o problema.


Casa que sofreu deslizamento, no GoogleMaps, em modo Street View, vista da estrada Leiria-Cortes

NOTA: este deslizamento rotacional (sugere-se a visita a este site, para saber mais) continua ativo e irá provocar a destruição da casa, se nos próximos dias tornar a chover - sugere-se a visita ao local (que já fizemos e que nos levará a colocar aqui, mais tarde, algumas fotos interessantes...), com algumas precauções - aqui fica a sua localização:


domingo, agosto 15, 2010

Perseidas - fotos de um grupo em Leiria

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:
Depois de uma observação falhada, pelo mau tempo, em 12.08.2010, na noite de 13 para 14 de Agosto fui com um grupo de sete magníficos resistentes à Senhora do Monte (Cortes - Leiria) para observar as Perseidas. Céu magnífico e mais de uma dezena de boas estrelas cadentes observados...!

Para memória futura, aqui ficam duas fotos do grupo:


sexta-feira, agosto 13, 2010

Observação das Perseidas - segunda tentativa

Vamos hoje fazer, no mesmo local de ontem, uma segunda observação da grande chuva de estrelas de Agosto - as Perseidas.

Ontem a coisa não correu bem - havia nevoeiro e nuvens altas que levaram os oito resistentes a desistir, após uma mudança de local sem grandes efeitos.

Assim partiremos em comitiva da Travessa da Rua das Olhalvas e estaremos, a partir das 23.00 horas, na Senhora do Monte, fazendo o seguinte trajecto:


quinta-feira, agosto 12, 2010

Ver as Perseidas em Leiria

Hoje há uma das mais bonitas Chuvas de Estrelas - as Perseidas. Eu vou vê-las à Senhora do Monte, em Leiria e estarei lá para explicar o que se vê - ver onde aqui:


Ver mapa maior