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segunda-feira, março 10, 2025

William Henry Bragg morreu há 83 anos...

  

Em 1915 recebeu, com o seu jovem filho, William Lawrence Bragg, o Nobel de Física, pelo estudo e análise da estrutura cristalina através da difração de raios-X.

domingo, março 09, 2025

Hans Christian Orsted morreu há 174 anos

 
Hans Christian Ørsted (Rudkøbing, 14 de agosto de 1777 - Copenhaga, 9 de março de 1851) foi um físico e químico dinamarquês.

É conhecido sobretudo por ter descoberto que as correntes elétricas podem criar campos magnéticos, que são parte importante do eletromagnetismo. As suas descobertas moldaram a filosofia pós-kantiana e os avanços na ciência durante o final do século XIX. Foi também o primeiro pensador moderno a descrever explicitamente e denominar a experiência mental

 

sábado, março 08, 2025

Johannes Diderik van der Waals morreu há cento e dois anos...

    
Johannes Diderik van der Waals (Leiden, 23 de novembro de 1837 - Amesterdão, 8 de março de 1923) foi um físico neerlandês que formulou equações descrevendo os estados líquido e gasoso, trabalho fundamental para a medição do zero absoluto.
Ele tentou descobrir por que motivo as equações de Robert Boyle e Jacques Charles não correspondiam exatamente à forma de comportamento dos gases e líquidos. Concluiu que o tamanho da molécula e as forças que atuam entre elas afetam o seu comportamento. Embora as moléculas de gás sejam extremamente pequenas, cada uma delas tem um tamanho diferente - circunstância que afeta o comportamento das moléculas de diferentes gases. As forças que atuam entre as moléculas de um gás são denominadas forças de van der Waals. Em virtude desse trabalho, Johannes van der Waals foi agraciado com o Nobel de Física de 1910.
  

quinta-feira, março 06, 2025

Antoine César Becquerel nasceu há 237 anos

 
Descobridor da célula fotovoltaica (1839), é considerado o pai da eletroquímica.
Entrou na École Polytechnique em 1806, após estudar na Escola Central de Fontainebleau e no Lycée Henri IV, onde foi aluno de Augustin Louis Cauchy.
Em 1808 entrou para uma escola militar em Metz, da qual saiu no ano seguinte, como segundo-tenente. Em seguida, e durante mais de dois anos, lutou nas campanhas na Espanha e França, sob as ordens do General Suchet. Feito capitão e cavaleiro da Legião de Honra, foi nomeado inspetor assistente de estudos na École Polytechnique. Durante a invasão de 1814 voltou à atividade como militar, mas a sua então pouca resistência física fê-lo desistir definitivamente da carreira militar e passou a dedicar-se ao verdadeiro interesse da sua vida: o estudo da eletricidade.
Concordou com André-Marie Ampère, mas discordou da teoria eletromotiva de Volta, quando começou a aprofundar as suas pesquisas em eletroquímica. Na termoeletricidade, desenvolveu em 1829 a célula de corrente constante, precursora da famosa célula de Daniell, e aplicou os seus resultados na construção de um termómetro elétrico, que empregou para a determinação da temperatura interna de animais, do solo em diferentes profundidades e da atmosfera a diferentes altitudes.
Também fez pesquisas em áreas como a meteorologia, clima, agricultura e metalurgia. Publicou mais de quinhentos artigos e vários livros, além de vários outros trabalhos escritos com seu filho Edmond.
Morreu em 1878 e personificou a primeira de quatro gerações de cientistas franceses que deu contribuições científicas importantes para dois séculos. Foi o pai do físico Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891) e do médico Louis Alfred Becquerel (1814-1862), avô do Nobel de Física de 1903, Antoine Henri Becquerel (1852-1908) e bisavô do também físico Jean Antoine Becquerel (1878-1953).
Foi laureado com a Medalha Copley da Royal Society de Londres, embora não tenha tido, em vida, o devido reconhecimento como cientista e inventor, entre os britânicos. Foi eleito membro da Académie des Sciences (1829), tornou-se professor de física e administrador do Museu Nacional de História Natural  da França (1837) e comandante da Legião de Honra.
  

quarta-feira, março 05, 2025

Alessandro Volta morreu há 198 anos...


       
Alessandro Volta (Como, 18 de fevereiro de 1745 - Como, 5 de março de 1827) foi um físico italiano, conhecido especialmente pela invenção da pilha elétrica. Mais tarde, viria a receber o título de conde.
     

    
Vida pessoal e trabalhos iniciais
Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta nasceu e foi educado em Como, Ducado de Milão, onde se tornou professor de física na Escola Real em 1774. A sua paixão foi sempre o estudo da electricidade, e como um jovem estudante, ele escreve um poema em latim na sua nova fascinante descoberta. De vi attractiva ignis electrici ac phaenomenis inde pendentibus foi o seu primeiro livro científico. Apesar da sua genialidade desde jovem, começou a falar somente aos quatro anos de idade.
Em 1751, com seis anos de idade, foi encaminhado pela família para a escola jesuítica, pois era de interesse familiar que seguisse uma carreira eclesiástica, porém, em 1759, com catorze anos decidiu estudar física, e dois anos depois abandonou a escola jesuítica e desistiu da carreira eclesiástica. Em 1775 aprimorou o eletróforo, uma máquina que produz eletricidade estática.
Volta é habitualmente conhecido como o inventor dessa máquina, que foi, de facto, inventada três anos antes.
Estudou a química dos gases entre 1776 e 1778.
Após ler um ensaio de Benjamin Franklin sobre "ar inflamável", procurou-o cuidadosamente em Itália, até descobriu o metano.
Assim, em novembro de 1776, Volta encontrou metano no lago Maior e, em 1778, conseguiu isolar o metano.
Em 1779 tornou-se professor de Física na Universidade de Pavia, posição que ocupou durante 25 anos.
Em 1794 Volta casa-se com Teresa Peregrini, filha do conde Ludovico Peregrini. O casal teve três filhos.
Em setembro de 1801 Volta viaja a Paris aceitando um convite do imperador Napoleão Bonaparte, para mostrar as características da sua invenção (a pilha) no Institut de France. Em honra ao seu trabalho no campo de eletricidade, Napoleão tornou-o conde em 1810.
Em 1815, o imperador da Áustria nomeou Volta professor de filosofia na Universidade de Pádua.
Volta está enterrado na cidade de Como, Itália. O "Templo Voltiano", perto do lago de Como, é um museu devotado ao trabalho do físico italiano: os seus instrumentos e as publicações originais estão à mostra de todos.
    

Pilha de Volta
         
Volta e Galvani
Em 1800, como resultado de uma discórdia profissional sobre a resposta galvânica, defendida por Luigi Galvani (segundo a qual, os metais produziriam eletricidade apenas em contacto com tecido animal), Volta desenvolveu a primeira pilha elétrica (comprovando que, para a produção de eletricidade, a presença de tecido animal não era necessária), um predecessor das bateria e pilhas elétricas.
Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram o zinco e a prata.
Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula era um cálice de vinho cheio de salmoura, na qual dois elétrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmoura. O número de células, e consequentemente, a tensão elétrica que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a salmoura do cartão da célula de baixo.
No período de 1800 a 1815, após a invenção da pilha, houve grande evolução da electroquímica.
 
Itália, 10000 (10.000) liras, 1984, P-112 (112c), último pré-Euro, UNC - Foto 1 de 1
   
Homenagens póstumas
Em 1881, uma unidade elétrica fundamental, o volt, foi nomeada em homenagem a Volta. Volta aparecia nas antigas notas de dez mil liras italianas, hoje fora de circulação. Também, em sua homenagem, uma cratera lunar recebeu o seu nome.
      

Pierre-Simon de Laplace morreu há 198 anos


Retrato de Pierre-Simon Laplace por Johann Ernst Heinsius (1775)

    

Pierre-Simon, Marquês de Laplace (Beaumont-en-Auge, 23 de março de 1749 - Paris, 5 de março de 1827) foi um matemático, astrónomo e físico francês que organizou a astronomia matemática, resumindo e ampliando o trabalho de seus predecessores nos cinco volumes do seu Mécanique Céleste (Mecânica celeste) (1799-1825). Esta obra-prima traduziu o estudo geométrico da mecânica clássica usada por Isaac Newton para um estudo baseado em cálculo, conhecido como mecânica física. Foi eleito membro da Royal Society em 1789.

Ele também formulou a equação de Laplace. A transformada de Laplace aparece em todos os ramos da física matemática - campo em que teve um papel principal na formação. O operador diferencial de Laplace, da qual depende muito a Matemática aplicada, também recebe seu nome.
Ele tornou-se conde do Império, em 1806, e passou a marquês, em 1817, após a restauração dos Bourbons.
    
Brasão de Pierre-Simon de Laplace
   
in Wikipédia

terça-feira, março 04, 2025

George Gamow nasceu há 121 anos...

 

George Anthony Gamow (Odessa, 4 de março de 1904 - Boulder, 19 de agosto de 1968) foi um físico e divulgador científico norte-americano, nascido na Ucrânia. Gamow tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América em 1940. 

  

Carreira científica

No fim da década de 30, Gamow iniciou estudos sobre cosmologia relativística, em colaboração com Edward Teller na Universidade George Washington. Ele procurava entender a origem dos elementos químicos num universo primordial quente e denso. Para isso, ele adotou o modelo em expansão desenvolvido por Alexander Friedmann e Georges Lemaître.

O modelo de Gamow tinha muitos aspetos comuns ao modelo do átomo primordial, proposto por Lemaître em 1931: um universo primordial muito pequeno, quente e denso, que passou a se expandir e esfriar. No instante inicial o volume seria nulo, o que caracteriza a chamada singularidade inicial: toda a matéria existente estaria concentrada num ponto de densidade infinita.

Após a Segunda Guerra Mundial, Gamow publicou com Ralph Alpher e Robert Herman uma série de artigos desenvolvendo esta teoria, que ficou posteriormente conhecida como a teoria do Big Bang. O mais famoso destes trabalhos foi publicado em 1948, pouco antes da defesa da tese de Alpher, orientada por Gamow. Gamow convenceu Alpher a adicionar no artigo o nome de Hans Bethe (que não participara da conceção do trabalho...) para fazer um trocadilho com as três primeiras letras do alfabeto grego: alfa, beta e gama.

Segundo a teoria cosmológica desenvolvida por Gamow e seus colaboradores, todos os elementos químicos teriam sido formados no universo primordial por reações de fusão nuclear. Uma teoria rival, proposta por Fred Hoyle, buscava explicar a origem dos elementos químicos nas estrelas por meio da teoria do estado estacionário, segundo a qual o universo jamais teria sido mais denso do que é atualmente.

Alpher, Herman e Gamow propuseram que, segundo o seu modelo cosmológico, deveria haver uma radiação de fundo que a princípio poderia ser detetada, mas não conseguiram convencer nenhum cientista a tentar investigá-la. Os seus estudos foram praticamente ignorados até à década de 60.

Em 1963, porém, Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson, do Bell Telephone Laboratories, em Nova Jersey detetaram essa radiação por acaso, ao fazerem uma pesquisa que não estava relacionada à cosmologia. Em 1965 publicaram um artigo em colaboração com Robert Dicke e James Peebles, sugerindo que haviam detetado uma evidência a favor da chamada cosmologia do Big Bang. Então, após certo tempo, a comunidade reconheceu os trabalhos anteriores de Gamow, Alpher e Herman.

 

segunda-feira, março 03, 2025

Robert Hooke morreu há 322 anos...

      
Robert Hooke (Freshwater, Isle of Wight, 28 July 1635 – London, 3 March 1703) was an English natural philosopher, architect and polymath.
His adult life comprised three distinct periods: as a scientific inquirer lacking money; achieving great wealth and standing through his reputation for hard work and scrupulous honesty following the great fire of 1666, and eventually becoming ill and party to jealous intellectual disputes (the latter may have contributed to his relative historical obscurity).
At one time he was simultaneously the curator of experiments of the Royal Society, a member of its council, Gresham Professor of Geometry, and Surveyor to the City of London after the Great Fire of London (in which capacity he appears to have performed more than half of all the surveys after the fire). He was also an important architect of his time – though few of his buildings now survive and some of those are generally misattributed – and was instrumental in devising a set of planning controls for London whose influence remains today. Allan Chapman has characterised him as "England's Leonardo".
Robert Gunther's Early Science in Oxford, a history of science in Oxford during the Protectorate, Restoration and Age of Enlightenment, devotes five of its fourteen volumes to Hooke.
Hooke studied at Wadham College, Oxford during the Protectorate where he became one of a tightly knit group of ardent Royalists led by John Wilkins. Here he was employed as an assistant to Thomas Willis and to Robert Boyle, for whom he built the vacuum pumps used in Boyle's gas law experiments. He built some of the earliest Gregorian telescopes and observed the rotations of Mars and Jupiter. In 1665 he inspired the use of microscopes for scientific exploration with his book, Micrographia. Based on his microscopic observations of fossils, Hooke was an early proponent of biological evolution. He investigated the phenomenon of refraction, deducing the wave theory of light, and was the first to suggest that matter expands when heated and that air is made of small particles separated by relatively large distances. He performed pioneering work in the field of surveying and map-making and was involved in the work that led to the first modern plan-form map, though his plan for London on a grid system was rejected in favour of rebuilding along the existing routes. He also came near to an experimental proof that gravity follows an inverse square law, and hypothesised that such a relation governs the motions of the planets, an idea which was independently developed by Isaac Newton. Much of Hooke's scientific work was conducted in his capacity as curator of experiments of the Royal Society, a post he held from 1662, or as part of the household of Robert Boyle.
     

O físico Brian Cox faz hoje 57 anos

  
É apresentador de diversos programas da BBC sobre ciência, onde durante algum tempo foi membro de uma banda de rock. Ele é filho de bancários e neto de trabalhadores de fábricas de algodão em Lancashire. Era um bom aluno no ensino secundário, mas nada surpreendente, formando-se em Física pela Universidade de Manchester. Ainda estudante, entrou na banda D:Ream, que tinha vários hits nas paradas britânicas. Antes, na década de 80, foi teclista na banda Dare.
Brian obteve um doutoramento em Física em Manchester, com um trabalho sobre física de partículas. Em 1997, a banda D:Ream desfez-se. Nos anos 2000, ele apresentou vários programas de TV da BBC sobre Física e Astronomia. Além disso, mantém desde 2009 um programa de rádio pela BBC, que mistura comédia com ciência e possui grande público. Também dá palestras sobre o LHC e física das partículas, além de aparecer na lista dos homens vivos mais sexies do mundo da revista People em 2009.
É autor de vários livros populares de ciência e foi consultor científico do filme Sunshine. Recebeu diversos prémios na Inglaterra pelo seu esforço de divulgação da ciência. Ele considera-se um humanista, tem uma filha nascida em 2009 e é padrasto de um menino. O seu interesse por astronomia começou quando leu o livro Cosmos, de Carl Sagan. Atualmente trabalha no experiência Atlas do LHC, na Suíça.
  
 

quinta-feira, fevereiro 27, 2025

Samuel Pierpont Langley morreu há 119 anos...


Samuel Pierpont Langley (Roxbury, 22 de agosto de 1834 - Aiken, 27 de fevereiro de 1906) foi um astrónomo e físico norte-americano, inventor do bolómetro e pioneiro da aviação

 

Vida

Samuel Pierpont Langley nasceu em Roxbury, perto de Boston, Massachusetts, nos Estados Unidos da América. Formou-se na Boston Latin School, e foi assistente do Harvard College Observatory. Foi ainda professor de Matemática da Academia Naval dos Estados Unidos. Em 1867, foi nomeado diretor do Allegheny Observatory e professor de astronomia na Universidade de Pittsburgh, em Pittsburgh, Pennsylvania. Exerceu estas funções até 1891 apesar de, entretanto, se ter tornado o terceiro secretário do Instituto Smithsonianiano, em Washington, DC, em 1887. Langley foi ainda o fundador do Smithsonian Astrophysical Observatory.

Em 1886, Langley foi agraciado com a Medalha Henry Draper, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, devido às suas contribuições no campo da física solar. Em 1878, Langley inventou o bolómetro, um instrumento usado para medir a incidência da radiação eletromagnética. A publicação, em 1890, das suas observações sobre os infravermelhos em conjunto com Frank Washington Very, foi posteriormente a base para a formulação dos primeiros cálculos sobre o efeito de estufa, realizados por Svante Arrhenius.

 

Aviação 

Langley interessou-se pela construção de aparelhos que pudessem voar. Efectuou diversas tentativas usando aviões a que chamava Aerodromes. Usualmente, o nome de Langley é usado para contrastar com os irmãos Wright. Ao contrário daqueles homens, Langley possuía elevada instrução académica e dispunha de fundos para suportar os seus esforços para desenvolver um aparelho que pudesse voar. Além disso, a sua prestigiante posição como Secretário do Instituto Smithsonian, garantia-lhe credibilidade atraindo as atenções de investidores para os seus projetos.

Em 1896, Langley construiu um avião a vapor, não-tripulado, que foi designado por Aerodrome nº 6. Em 28 de Novembro daquele ano, o aparelho voou cerca de 1.200 metros até acabar o vapor que o movia. O aparelho não possuía qualquer sistema que permitisse direcionar o seu voo. Naturalmente, máquinas a vapor são bastante pesadas e provou-se que não seriam práticas para voar. Ainda assim, o sucesso do modelo número 6, permitiu que Langley convencesse o Departamento de Guerra (agora Departamento de Defesa) a investir 50.000 dólares no sentido de criar uma máquina voadora que pudesse ser pilotada. O Instituto Smithsoniano contribuiu com uma soma similar no apoio aos esforços de Langley. Assim, o assistente de Langley, Charles M. Manly, projectou uma máquina com cerca de 60 quilos, gerando 52 cavalos-vapor, que deveria garantir o sucesso. O resultado foi um avião mais adequado, que Langley chamou de Large Aerodrome A. Langley percebeu que os riscos em caso de insucesso seriam menores se o teste fosse realizado sobre a água. Assim, gastou praticamente metade dos fundos para construir uma barcaça com uma catapulta capaz de impulsionar o seu novo aparelho. Em 7 de outubro de 1903, com Manly no comando, o avião de Langley foi lançado para pouco tempo depois mergulhar no Rio Potomac.

Crê-se que o Great Aerodrome talvez tivesse voado se Langley tivesse optado pelo meios mais convencionais de elevar os aparelhos desde o solo, apesar dos maiores riscos para o tripulante. Na verdade, o esforço da catapulta sobre o aparelho foi enorme, danificando a estrutura das asas dianteiras logo no arranque. A situação foi ainda pior na segunda tentativa, em 9 de dezembro de 1903, quando a asa traseira e a cauda do aparelho foram completamente esmagadas no lançamento. Charles Manley quase morreu afogado antes de ser resgatado dos destroços do aparelho sobre a superfície coberta de gelo do Rio Potomac.

Naturalmente, as críticas não se fizeram esperar. O jornal The Brooklyn Eagle citou um político de Washington como tendo dito:

"Digam a Langley por mim que a única coisa que ele alguma vez fez voar foi o dinheiro do Governo."

Um outro representante de Washington descreveu a Langley como "um professor com imaginação, com sonhos de voar, a quem se deu os recursos de construir castelos no ar."

O Departamento de Guerra. no seu relatório final sobre o projeto de Langley, concluiu que "ainda estamos longe do objetivo final e parece-nos que necessitaremos ainda de anos de constante trabalho e estudo efetuado por especialistas, juntamente com o investimento de milhares de dólares, antes de podermos ter a esperança de produzir um aparelho de utilidade prática nesta área."

No entanto, em 17 de dezembro de 1903, apenas oito dias depois do espetacular fracasso de Langley, foi lançado ao ar com auxilio de uma catapulta em Kitty Hawk, Carolina do Norte, um aparelho mais resistente, chamado de Flyer 1, foi construído por Orville e Willbur Wright, custando apenas cerca de mil dólares. Desiludido, Langley abandonou o seu projeto.

Samuel Pierpont Langley morreu, destroçado e desapontado, em 27 de fevereiro de 1906, em Aiken, Carolina do Sul, após uma série de ataques cardíacos, no mesmo ano em que o 14-Bis (Oiseau de Proie II) primeira aeronave "mais pesada que o ar" pilotado pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont, levantou voo sem ajuda de nenhum tipo de lançador e percorreu sessenta metros em sete segundos, a uma altura de aproximadamente dois metros, perante mais de mil espetadores, em 23 de outubro, no campo de Bagatelle, Paris.

Apesar de dezoito anos de esforços para alcançar a imortalidade terem redundado em fracasso, Langley acabou por dar uma importante contribuição no progresso da aviação. Em 1914, oito anos depois de sua morte, o Aerodrome sofreu várias mudanças e voou com êxito em Hammondsport, Nova Iorque, pilotado por Glenn Hammond Curtiss

 

sábado, fevereiro 22, 2025

Hertz nasceu há 168 anos

    
Heinrich Rudolf Hertz (Hamburgo, 22 de fevereiro de 1857 - Bona, 1 de janeiro de 1894) foi um físico alemão que demonstrou a existência da radiação eletromagnética criando aparelhos emissores e detetores de ondas de rádio. Em sua homenagem, a unidade de frequência no Sistema Internacional de Unidades é denominada hertz (abreviada como Hz).

Hertz pôs em evidência em 1888 a existência das ondas eletromagnéticas imaginadas por James Maxwell em 1873.

   

sexta-feira, fevereiro 21, 2025

Hertz nasceu há 168 anos

    
Heinrich Rudolf Hertz (Hamburgo, 22 de fevereiro de 1857 - Bona, 1 de janeiro de 1894) foi um físico alemão que demonstrou a existência da radiação eletromagnética criando aparelhos emissores e detetores de ondas de rádio. Em sua homenagem, a unidade de frequência no Sistema Internacional de Unidades é denominada hertz (abreviada como Hz).

Hertz pôs em evidência em 1888 a existência das ondas eletromagnéticas previstas por James Maxwell em 1873.

   

quinta-feira, fevereiro 20, 2025

Ludwig Boltzmann nasceu há cento e oitenta e um anos

       

Ludwig Eduard Boltzmann (Viena, 20 de fevereiro de 1844 - Duino-Aurisina, 5 de setembro de 1906) foi um físico austríaco, conhecido pelo seu trabalho no campo da termodinâmica estatística. É considerado junto com Josiah Willard Gibbs e James Clerk Maxwell como o fundador da mecânica estatística. Foi defensor da teoria atómica, numa época em que esta ainda era bem controversa. 

    

quarta-feira, fevereiro 19, 2025

David Gross, físico e teórico de cordas, comemora hoje 84 anos

 

Juntamente com Frank Wilczek e David Politzer, foi galardoado com o Nobel de Física de 2004, pela sua descoberta da liberdade assintótica.

Gross bacharelou-se e fez o mestrado na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, em 1962. Recebeu o seu Doutoramento em Física pela Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1966 e foi um Junior Fellow na Universidade de Harvard e Professor na Universidade de Princeton até 1997. Ele também foi um dos que assinaram uma petição, entregue ao presidente Barack Obama em 2015, para que o Governo Federal dos Estados Unidos fizesse um pacto de desarmamento nuclear e de não-agressão.
  

Ernst Mach morreu há 109 anos

   
Ernst Waldfried Josef Wenzel Mach (Brno, 18 de fevereiro de 1838 - Vaterstetten, 19 de fevereiro de 1916) foi um físico e filósofo austríaco.
De 1864 a 1867 foi professor de matemática em Graz. Depois (1867-1895) lecionou Física na Universidade de Praga, onde se opôs à introdução da língua checa como idioma oficial na mesma universidade, alinhando com os partidários do domínio alemão na região. De 1895 a 1901 foi o titular da cadeira de história e teoria da ciência indutiva na Universidade de Viena. Em 1901, após abandonar o ensino, foi nomeado membro da Câmara dos Pares pelo Imperador da Áustria.
As suas obras filosóficas e científicas exerceram profunda influência no pensamento do século XX. Os seus primeiros livros contêm os fundamentos de uma nova teoria filosófica, o empirocriticismo. Defendeu uma conceção positivista: nenhuma proposição das ciências naturais é admissível se não for possível verificá-la empiricamente.
Ficou bastante conhecido pelo número de Mach, as bandas de Mach, o seu livro "A ciência da mecânica" e os seus trabalhos em filosofia da física.

terça-feira, fevereiro 18, 2025

Ernst Mach nasceu há 187 anos

   
Ernst Waldfried Josef Wenzel Mach (Brno, 18 de fevereiro de 1838 - Vaterstetten, 19 de fevereiro de 1916) foi um físico e filósofo austríaco.
  
(...)
  
Ficou bastante conhecido pelo número de Mach, as bandas de Mach, o seu livro "A ciência da mecânica" e os seus trabalhos em filosofia da física.
     
Um F/A-18 Hornet após quebrar a barreira do som - Mach 1
   

Oppenheimer morreu há 58 anos...

  
Julius Robert Oppenheimer (Nova Iorque, 22 de abril de 1904 - Princeton, 18 de fevereiro de 1967) foi um físico norte-americano.
Oppenheimer nasceu no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma formação completa, tanto em matemáticas e ciências como em literatura grega e francesa.
Filho de um imigrante alemão que enriqueceu com a importação de produtos têxteis, formou-se na Universidade de Harvard em 1925. Depois mudou-se para o Reino Unido para pesquisar no Laboratório Cavendish, dirigido por Ernest Rutherford. Foi convidado por Max Born para ingressar na Universidade de Göttingen, onde obteve um doutoramento em 1927 e conheceu outros físicos eminentes, como Niels Bohr e Paul Dirac. Depois de uma curta visita às universidades de Leiden e Zurique, regressou aos Estados Unidos para dar aulas de física na Universidade de Berkeley e no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
No princípio centrou sua atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os eletrões, positrões e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos políticos, preocupado pelo auge dos nazis na Alemanha. Em 1936 mostrou ser partidário dos republicanos, depois do início da guerra civil espanhola.
Ao herdar a fortuna do pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas. Dececionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura estalinista, acabou por separar-se das associações comunistas a que esteve vinculado. Em 1939 Albert Einstein e Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazi fosse o primeiro a dispor de uma bomba atómica. Oppenheimer começou então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de urânio-235, a partir de minerais de urânio, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba.
   
 
Em 1942 integrou o Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de cientistas britânicos e norte-americanos da energia nuclear com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los Alamos, no Novo México, foi escolhida pelo próprio Oppenheimer. Depois do sucesso da prova efetuada em Alamogordo, em 1945, demitiu-se de diretor do projeto.
Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia Atómica do país, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde, devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da caça às bruxas de McCarthy, e foi destituído da presidência da comissão. Participou da 8ª e 10ª Conferência de Solvay, e foi presidente da 13ª conferência, em 1964.
Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a ciência e a sociedade. Morreu, de cancro na garganta, aos 62 anos de idade.
   
 
 
Now I am become Death, the destroyer of worlds
 
Oppenheimer

Alessandro Volta nasceu há 280 anos

         
Alessandro Volta (Como, 18 de fevereiro de 1745 - Como, 5 de março de 1827) foi um físico italiano, conhecido especialmente pela invenção da pilha elétrica. Mais tarde, viria a receber o título de conde.
     
    
Vida pessoal e trabalhos iniciais
Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta nasceu e foi educado em Como, Ducado de Milão, onde se tornou professor de física na Escola Real em 1774. A sua paixão foi sempre o estudo da electricidade, e como um jovem estudante, ele escreve um poema em latim na sua nova fascinante descoberta. De vi attractiva ignis electrici ac phaenomenis inde pendentibus foi o seu primeiro livro científico. Apesar da sua genialidade desde jovem, começou a falar somente aos quatro anos de idade.
Em 1751, com seis anos de idade, foi encaminhado pela família para a escola jesuítica, pois era de interesse familiar que seguisse uma carreira eclesiástica, porém, em 1759, com catorze anos decidiu estudar física, e dois anos depois abandonou a escola jesuítica e desistiu da carreira eclesiástica. Em 1775 aprimorou o eletróforo, uma máquina que produz eletricidade estática.
Volta é habitualmente conhecido como o inventor dessa máquina, que foi, de facto, inventada três anos antes.
Estudou a química dos gases entre 1776 e 1778.
Após ler um ensaio de Benjamin Franklin sobre "ar inflamável", procurou-o cuidadosamente em Itália, até descobriu o metano.
Assim, em novembro de 1776, Volta encontrou metano no lago Maior e, em 1778, conseguiu isolar o metano.
Em 1779 tornou-se professor de física na Universidade de Pavia, posição que ocupou durante 25 anos.
Em 1794 Volta casa-se com Teresa Peregrini, filha do conde Ludovico Peregrini. O casal teve três filhos.
Em setembro de 1801 Volta viaja a Paris aceitando um convite do imperador Napoleão Bonaparte, para mostrar as características da sua invenção (a pilha) no Institut de France. Em honra ao seu trabalho no campo de eletricidade, Napoleão tornou-o conde em 1810.
Em 1815, o imperador da Áustria nomeou Volta professor de filosofia na Universidade de Pádua.
Volta está enterrado na cidade de Como, Itália. O "Templo Voltiano", perto do lago de Como, é um museu devotado ao trabalho do físico italiano: os seus instrumentos e as publicações originais estão à mostra de todos.
      
Pilha de Volta
         
Volta e Galvani
Em 1800, como resultado de uma discórdia profissional sobre a resposta galvânica, defendida por Luigi Galvani (segundo a qual, os metais produziriam eletricidade apenas em contacto com tecido animal), Volta desenvolveu a primeira pilha elétrica (comprovando que, para a produção de eletricidade, a presença de tecido animal não era necessária), um predecessor das bateria e pilhas elétricas.
Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram o zinco e a prata.
Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula era um cálice de vinho cheio de salmoura na qual dois elétrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmoura. O número de células, e consequentemente, a tensão elétrica que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a salmoura do cartão da célula de baixo.
No período de 1800 a 1815, após a invenção da pilha, houve grande evolução da eletroquímica.
   
Homenagens póstumas
Em 1881, uma unidade elétrica fundamental, o volt, foi nomeada em homenagem a Volta. Volta aparecia nas antigas notas de dez mil liras italianas, hoje fora de circulação. Também, em sua homenagem, uma cratera lunar recebeu o seu nome.
      

sábado, fevereiro 15, 2025

Poema adequado à data...

 

Poema para Galileo

 

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.


Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!


Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.


Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.


Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caía
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.


Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.


Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.


Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.

    
 
in Linhas de Força (1967) - António Gedeão