quinta-feira, junho 20, 2013

Jacques Offenbach nasceu há 194 anos

Jacques Offenbach (Colónia, Alemanha, 20 de junho de 1819 - Paris, França, 5 de outubro de 1880), compositor e violoncelista francês de origem alemã da era romântica, foi um paladino da opereta e um precursor do teatro musical moderno.

Jacob Ebert, mais conhecido como Jacques Offenbach nasceu em Colónia, em 1819 e aprendeu as primeiros noções de música com o seu pai, Isaac, chazan (cantor) da sinagoga da cidade. Aos doze anos, Jacob era um exímio violoncelista, e a família decidiu enviá-lo para Paris, onde iria receber uma melhor educação musical. Após um ano de estudos o jovem músico passou a atuar na orquestra do Théâtre National de l'Opéra-Comique, quando desenvolveu uma parceria musical e grande amizade com o pianista e compositor Friedrich von Flotow. O compositor adotou uma nova identidade, e trocou o seu sobrenome por Offenbach, numa homenagem à cidade natal de seu pai, Offenbach am Main.
Considerado pela crítica como o "Liszt do violoncelo", ele não só se dedicou a compor várias obras para esse instrumento, bem como participou de uma série de concertos nas principais capitais europeias. Na corte londrina, apresentou-se para a Rainha Vitória I e o príncipe Alberto.
Em 1858, Paris começou a viver o período de frivolidade e decadência do Segundo Império. A cidade, administrada pelo Barão Georges-Eugène Haussmann, passava por um moderno processo de urbanização, caracterizado pela abertura de novas e amplas avenidas, chamadas boulevards. Os espetáculos teatrais começaram a explorar com humor, o espírito, a inteligência e o divertimento, característicos da vida parisiense.
Foi nesta época que estreou a primeira opereta de Offenbach, Orfeu no Inferno, onde um de seus temas musicais, o Can-Can, adquiriu notoriedade internacional. A fama e a popularidade de Offenbach subiram às alturas. Num espaço de dez anos ele escreveu noventa operetas, a maioria de grande sucesso, como La Belle Hélène, La Vie Parisienne, La Grande-duchesse de Gérolstein e La Princesse de Trébizonde. Segundo Carpeaux, Offenbach regeu o 'can-can' que as plateias dançavam, sendo um participante embriagado e espectador cínico da orgia.
A derrota dos franceses na guerra franco-prussiana de 1870 e os incêndios da comuna de Paris colocaram um final na temporada de danças, risos e champanhe. Offenbach, apesar de suas raízes alemãs, considerava-se um genuíno parisiense, e entrou em profunda depressão após a humilhante derrota sofrida pela França, ante as tropas prussianas de Otto von Bismarck.
Depois de um malogrado 'tour' pelos Estados Unidos e com a sua fortuna delapidada, Offenbach passou a demonstrar um amargo arrependimento por ter desperdiçado o seu talento, compondo músicas populares e de gosto duvidoso. Atraído pelas histórias fantásticas do escritor e compositor alemão Ernst Theodor Amadeus Wilhelm Hoffmann, ele lançou-se febrilmente na tarefa de compor uma ópera séria que ficasse para a posteridade.
Com 60 anos e muito doente, ele trabalhou com afinco para concluir Os contos de Hoffmann. O criador de operetas, não conseguiu realizar o grande sonho de assistir à montagem de sua primeira grande ópera de sucesso. Ele morreu em Paris, no dia cinco de outubro de 1880 e a estreia de sua jóia musical só iria ocorrer cinco meses depois. A ópera foi considerada o maior evento da temporada, atingindo um recorde de 101 apresentações.


Brian Wilson, o fundador dos Beach Boys, faz hoje 71 anos

Brian Douglas Wilson (20 de junho de 1942, Hawthorne, Califórnia) é um músico dos Estados Unidos.
Ele foi o fundador, em 1961, dos Beach Boys. Foi o principal compositor americano na década de 1960 e um dos músicos mais criativos da música popular do século XX. Junto com os seus irmãos Dennis e Carl Wilson, o primo Mike Love e o amigo Alan Jardine, interpretou músicas que fazem parte do manual do rock.
Sua vida foi bastante conturbada. Teve uma infância problemática, repressiva por parte do pai Murry Wilson. Sofria com sovas frequentes e procurava refúgio na música. Era um apaixonado por jazz e The Four Freshmen, enquanto seu irmão mais novo, Carl, era aficionado pela guitarra de Chuck Berry. Dennis Wilson, irmão do meio, surfava nas praias californianas e arranhava na bateria no início, enquanto seu primo Mike Love cantava no coral da igreja. Esta seria a espinha dorsal dos Beach Boys.
As primeiras composições de Brian surgiram depois que Dennis descreveu-lhe a sensação de como era pegar ondas (curiosamente, Brian nunca surfou) e falavam apenas de carros, corridas de carros e, de surf e praia. Depois veio a fase das músicas de raparigas. "I Get Around", a primeira música dos BB's a atingir o topo das paradas norte-americanas, foi, segundo o próprio Brian, o ponto de transição das composições despretensiosas e adolescentes para um trabalho mais rico harmornicamente, mais complexo, mais artístico, embora desde o início e nos primeiros álbuns o grupo já mostre a sua boa qualidade e inovação dos estilos experimentais para a época como, o surf rock e o rock instrumental, estilos estes também influentes para a Invasão Britânica.
A maturidade harmónica e musical de Brian começou a ser notada em músicas como "California Girls", "Help me Rhonda", além das canções dos álbuns "Today!" e "Summer Days (and Summer Nights)". Depois de ouvir o "Rubber Soul", dos Beatles, Brian decidiu compor um álbum bom do início ao fim, como ele achou que o "Rubber Soul" era. A partir de então, começou um projeto audacioso, que contaria com a participação dos melhores músicos de Los Angeles e com a parceria de Tony Asher pondo letras em algumas das canções feitas por Brian, além de vocais que mais pareciam de anjos, como era o do Beach Boys.
Lançado em 16 de maio de 1966, o "Pet Sounds" é um marco na história da música pop contemporânea. Inovador, está à frente de seu tempo e é, sempre que são feitas listas dos melhores álbuns de todos os tempos, colocado como tal. A revista MOJO, em 1995, classificou o "Pet Sounds" como o melhor álbum de todos os tempos. A revista "Rolling Stone", em 2004, o classificou como o 2ª melhor álbum de todos os tempos, depois do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Muitos discordam dessa lista, alegando que o Pet Sounds é superior ao Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band tanto tecnicamente quanto musicalmente.

Muitas lendas surgiram em torno de 1967. Uma deles é de que Brian, após ouvir Strawberry Fields Forever e Sgt.Peppers, abandonou o Smile, sendo até a causa do agravamento da sua saúde mental, ficando durante anos na cama, mas não é verdade, pois Brian Wilson já tinha nascido com um problema de esquizofrenia, diagnosticado anos depois.
Brian já havia composto todas as partes do Smile, e as gravações já haviam começado em 1966, quando os Beach Boys estava na turnê Pet Sounds. Foi nesse período que a doença começou a se agravar, com abuso de drogas como LSD, ficando cada vez mais neurótico, não lembrando mais como juntar as partes compostas antes.
As gravações começaram a se estender durante 1966 e até 1967, além da gravadora pressionar justamente pelo Pet Sounds não ter sido um sucesso na América, e os outros Beach Boys com receio de Smile não ser lançado, até que Brian começa a abandonar o projeto. Depois de ver o álbum dos Beatles sendo lançado primeiro e ver seu projeto indo por água abaixo, Brian se afasta dos Beach Boys, agravando de vez seu estado de saúde.


Lionel Richie - 64 anos

Lionel Brockman Richie, Jr. (Tuskegee, Alabama, 20 de junho de 1949) é um cantor americano, que também atua como produtor musical, ex-membro da banda The Commodores e que vendeu ao todo mais de 100 milhões de discos em sua carreira a solo.




Nigel John Taylor, o baixista dos Duran Duran, faz hoje 53 anos

Nigel John Taylor (Birmingham, 20 de junho de 1960) é um músico inglês, baixista e co-fundador da banda pop rock britânica Duran Duran. A banda foi uma das mais famosas do mundo nos anos 80 e 90 graças a seus videoclips transmitidos em sequência nos primeiros tempos da MTV.

Taylor integrou o grupo desde a sua fundação, em 1978, até 1996, quando o deixou para seguir uma carreira a solo, e nos anos seguintes gravou uma dúzia de álbuns, EPs e vídeos, além de participar de diversos filmes. Retornou aos Duran Duran para uma reunião do grupo original em 2001 e continua como o seu baixista até hoje.

Depois de viver no auge da fama com a supermodelo dinamarquesa Renée Simonsen e com a fotógrafa e socialite Amanda DeCadenet, de quem tem uma filha, Atlanta. Atualmente ele está casado com a estilista britânica Gela Nash.


O paleontólogo Harry B. Whittington morreu há 3 anos

(imagem daqui)

Harry Blackmore Whittington (24 de março de 1916 - 20 de junho de 2010) foi um paleontólogo britânico, professor no Departamento de Ciências da Terra, Cambridge, membro do Colégio Sidney Sussex. Ele estudou na Handsworth Grammar School, em Birmingham, fazendo depois uma licenciatura e doutoramento, em Geologia, na Universidade de Cambridge, onde foi professor de 1966 a 1983 (continuando a publicar mesmo depois de reformado). Durante sua carreira paleontológica, que abrange mais de sessenta anos, o Dr. Whittington conseguiu brilhantes resultados no estudo de fósseis de artrópodes do inicio da era paleozóica, com um foco particular em trilobites. Entre as principais realizações do Dr. Whittington estão:
Entre os seus muitos prémios, ele recebeu o International Prize for Biology  e a Medalha Wollaston, ambas em 2001.
Opabinia - género estudado por Whittington

Xanana Gusmão - 67 anos

José Alexandre "Kay Rala Xanana" Gusmão (Manatuto, 20 de junho de 1946) é um político timorense e um dos principais activistas pela independência de seu país, tendo sido durante largos anos chefe da resistência timorense, durante a ocupação indonésia, tendo sido primeiro presidente depois da libertação do jugo indonésio e ocupando actualmente o cargo de primeiro-ministro.


Georges Lemaître nasceu há 119 anos

Georges-Henri Édouard Lemaître (Charleroi, 17 de julho de 1894 - Lovaina, 20 de junho de 1966) foi um padre católico, astrónomo e físico belga.
Lemaître propôs o que ficou conhecido como teoria da origem do Universo do Big Bang, que ele chamava de "hipótese do átomo primordial", que posteriormente foi desenvolvida por George Gamow.
O asteróide 1565 Lemaître foi assim chamado em sua homenagem.

Lemaître estudou Matemática e Ciências Físicas na Universidade de Lovaina. Entrou no seminário em 1920 para ser ordenado padre (jesuíta) em 1923. Em seguida, interessa-se particularmente pela teoria da relatividade de Albert Einstein, que ele encontrou diversas vezes. Trabalhou no Observatório de Cambridge, sob a direção de Arthur Stanley Eddington, e, depois, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde redige a sua tese sobre os campos gravitacionais da relatividade geral. Retorna à Bélgica em 1925, onde foi nomeado professor na Universidade de Lovaina, onde leciona até 1964.

Em 1927, independentemente dos trabalhos de Alexander Friedmann, Georges Lemaître afirma que o universo está em expansão, baseando-se nos trabalhos de Vesto Slipher, o que foi mais tarde confirmado por Edwin Hubble. Foi o primeiro a formular a lei de proporcionalidade entre distância e velocidade de afastamento das galáxias. Esta lei, figurando em seu artigo de 1927, redigido em francês, não será traduzida na sua versão inglesa realizada por Arthur Eddington, e será descoberta empiricamente por Hubble alguns anos mais tarde. Nela, Lemaître propõe uma evolução a partir de um «átomo primitivo».
A hipótese de Lemaître estipula que todo o universo (não somente a matéria, mas também o próprio espaço) estava comprimido num único átomo chamado de "átomo primordial" ou "ovo cósmico". O estudioso afirmava que a matéria comprimida naquele átomo se fragmentou numa quantidade descomunal de pedaços e cada um acabou se fragmentando em outros menores sucessivamente até chegar aos átomos atuais numa gigantesca fissão nuclear.
Foi Lemaître portanto quem propôs a Teoria do Big Bang, mais tarde desenvolvida por George Gamow.
Essa teoria foi chamada sarcasticamente de Big Bang por Fred Hoyle, fervente defensor da teoria do universo estacionário, em 1948 ou 1950, durante uma transmissão de rádio.
Em 1965, um ano antes de sua morte e já doente num hospital, recebe com alegria a notícia de que a sua Teoria do Big Bang fora confirmada pelos experiências de Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson e era tida como a teoria padrão pela comunidade científica.

O pai do Rei de Espanha nasceu há um século

Monumento a Juan de Borbón em Madrid

Juan de Bourbon e Batenberg, Conde de Barcelona (Segovia, 20 de junho de 1913 - Pamplona, 1 de abril de 1993), rei de Espanha, de jure, como Juan III de Espanha, era filho de Afonso XIII de Espanha e de Vitória Eugénia de Battenberg, e o pai do actual rei da Espanha, João Carlos I. Casou em Roma, Itália, a 12 de outubro de 1935, com Maria das Mercedes de Bourbon e Orléans, Princesa das Duas Sicílias, tendo quatro filhos. Apresenta uma rica biografia, por ter sido o pretendente ao trono e permanecido exilado no Estoril (Portugal) durante o longo governo ditatorial de Francisco Franco. José Luís de Vilallonga, em vários dos seus livros, relata as vicissitudes experimentadas por D. Juan, bem como suas divergências históricas com Franco. Apesar delas, permitiu que seu filho, o futuro Juan Carlos I, fosse educado na Espanha, sob a tutela e supervisão de Franco e dos seus assessores. Depois da ascensão do filho ao trono, veio a renunciar aos seus direitos dinásticos, depois da restauração da democracia. Faleceu em 1993 na Espanha.

Brasão de armas do Infante Dom Juan de Bourbon y Batenberg, Conde de Barcelona

quarta-feira, junho 19, 2013

Machado de Castro nasceu há 282 anos

Joaquim Machado de Castro (Coimbra, 19 de junho de 1731 - Lisboa, 17 de novembro de 1822) foi um dos maiores e mais famosos escultores portugueses. Machado de Castro foi um dos escultores de maior influência na Europa do século XVIII e princípio do século XIX.
Para além da escultura, descrevia extensamente o seu trabalho, do qual se destaca, a extensa análise sobre a estátua de José I que se situa na Praça do Comércio em Lisboa, intitulada: Descripção analytica da execução da estátua equestre, Lisboa 1810.
A Descripção consiste no relato pormenorizado, feito ao estilo e à execução técnica, levada a cabo no que é considerado o seu melhor trabalho, a estátua equestre do Rei D. José I de Portugal, datada de 1775, como parte da obra de reconstrução da cidade de Lisboa, seguindo os planos de Marquês de Pombal, logo após o Terramoto de 1755. As partes da construção estão detalhadas e ilustradas, incluindo variados planos e componentes utilizados para a sua execução.
Na introdução da sua obra Machado de Castro comenta outras estátuas equestres situadas em diversas praças europeias.

Estátua equestre do Rei D. José I na Praça do Comércio, Lisboa

Mais uma notícia sobre a possível zona de subducção ao largo da costa oeste portuguesa

Descoberta fratura tectónica ao largo da costa
por Filomena Naves - 18.06.2013

Fratura descoberta no fundo oceânico mostra que a zona de fronteira entre o oceano e o continente está a ficar activa.

Até agora era uma suspeita de geólogos portugueses, mas um grupo internacional de investigadores, cujo principal autor foi justamente um português, João Duarte, nesta altura a trabalhar na universidade australiana de Monash, acaba de observar os primeiros sinais de que uma zona de subducção está a formar-se ao largo da costa ocidental de Portugal. No final de contas, essa poderá ser a explicação para a particular violência do sismo que em 1755 arrasou Lisboa.

De forma simples, o que parece estar a acontecer é que, no fundo do Atlântico, ao largo da costa portuguesa, o ponto de contacto (que os geólogos designam como margem), entre o oceano e o continente está a tornar-se activo. E isso significa que está ali a iniciar-se uma nova zona de subdução, em que que a litosfera oceânica mergulha sob a litosfera continental - a litosfera é constituída pela crosta terrestre e a parte superficial do manto terrestre.

Para chegar a esta conclusão, a equipa, que incluiu os portugueses Filipe Rosas, Pedro Terrinha e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa, além de investigadores franceses e australianos, fez mapeamento do fundo oceânico naquela zona. E o que verificou foi que uma fractura está ali em formação. O estudo foi publicado este mês na revista Geology.

"O que detetámos foi o início de uma margem ativa que parece ser uma zona de subducção embrionária", afirmou João Duarte, citado num comunicado da Universidade de Monash.

A ideia de que uma zona de subdução poderia estar a nascer ao largo da costa ocidental da Península Ibérica foi publicada pela primeira vez em 1986 pelos geólogos portugueses António Ribeiro e João Cabral. Para ambos essa era a explicação lógica para a ocorrência de um sismo tão violento como o de 1755 nesta região.

Os dados do estudo agora publicado indicam que os dois geólogos portugueses estavam certos, como nota o principal autor, João Duarte: "Actividade sísmica significativa, incluindo o sismo de 1755 que devastou Lisboa, indicavam que poderia haver movimento tectónico convergente na região. Pela primeira vez, conseguimos encontrar provas de que é esse o caso e de que há um mecanismo na sua base".

Segundo os investigadores, esta zona de subducção incipiente poderá indicar que uma nova fase da vida geológica da Terra pode estar a iniciar-se, neste caso com o fechamento do Atlântico e o retorno à junção dos continentes. O processo ainda vai durar mais 220 milhões de anos, mas também fica claro que sismos como o de 1755 vão voltar a acontecer por cá.

in DN - ler notícia

Sobre a vigarice do Ministério da Educação nos Exames de 12º Ano de Português

Crato cumpriu. Crato implodiu
Santana Castilho, 19.06.2013


 Em 17 anos de exames nacionais, dos 39 que já leva a democracia, o país nunca tinha assistido a tamanho desastre. A segunda-feira passada marca o dia em que um ministro teimoso, incompetente e irresponsável, implodiu a cave infecta em que transformou o Ministério da Educação. A credibilidade foi pulverizada. O rigor substituído pela batota. A seriedade submersa por sujidade humana. Viu-se de tudo. Efectivação de provas na ausência de professores do secretariado de exames, com o correlato incumprimento dos procedimentos obrigatórios, que lhes competiriam. Vigilantes desconhecedores dos normativos processuais para exercerem a função. Vigilantes do 1.º ciclo do ensino básico atarantados, sem saber o que fazer. Examinandos que indicaram a professores, calcule-se, que nunca tinham vigiado exames, procedimentos de rotina. Exames realizados sem professores suplentes e sem professores coadjuvantes. Exames vigiados por professores que leccionaram a disciplina em exame. Ausência de controlo sobre a existência de parentesco entre examinandos e vigilantes. Critérios díspares e arbitrários para escolher os que entraram e os que ficaram de fora. Salas invadidas pelos "excluídos" e interrupção das provas que os "admitidos" prestavam. Tumultos que obrigaram à intervenção da polícia. Desacatos ruidosos em lugar do silêncio prescrito. Sigilo grosseiramente quebrado, com o uso descontrolado de telefones e outros meios de comunicação electrónica. Alunos aglomerados em refeitórios. Provas iniciadas depois do tempo regulamentar.

O que acabo de sumariar não é exaustivo. Aconteceu em escolas com nome e foi-me testemunhado por professores devidamente identificados. Para além da gravidade dos acontecimentos na Escola Secundária Sá de Miranda, em Braga, Alves Martins, em Viseu, e Mário Sacramento, em Aveiro, referidos na imprensa, muitos outros poderiam ser nomeados. No agrupamento Tomás Ribeiro, de Tondela, onde estava previsto funcionarem dez salas, os exames foram iniciados, a horas, em quatro. Mas, 20 minutos depois, por sortilégio directivo, acrescentaram-se mais duas salas. Na Escola Secundária Dr. Solano de Abreu, em Abrantes, houve reuniões de avaliação coincidentes com a realização do exame. Os professores presentes em reuniões, que acabaram por não se realizar, foram mobilizados, no momento, para o serviço dos exames. Quem acedeu ficou ubíquo: assinou a presença na reunião e no serviço de exames. 

Ou Crato tem uma réstia de juízo e anula o exame, com o fundamento evidente da violação das normas mínimas que garantem a seriedade e a equidade exigíveis, ou isto termina nos tribunais administrativos. A coisa é um acto académico. Mas o abastardamento da coisa transforma-a num caso de tribunais. Não faltará quem a eles recorra. Porque décimas da coisa determinam o sentido de vidas.

O Júri Nacional de Exames, que se prestou a cobrir a cobardia política de Crato, não se pode esconder, agora, atrás do mandante. Não há cobardia técnica. Mas há responsabilidade técnica. O Júri Nacional de Exames tem de falar. Já devia ter falado. O país está à espera.

A Inspecção-Geral da Educação e Ciência tem de falar. Há responsabilidades, muitas, a apurar. O país está a ficar impaciente.

Crato errou em cascata. Deu como adquirida a definição de serviços mínimos, mas o colégio arbitral não viu jurisprudência onde ele, imprudente, a decretou. Arrogante, fechou a porta que o colégio abriu, sugerindo a mudança do exame para 20. Forçou a realização de um exame sem ter garantidas as condições mínimas exigíveis. Criou um problema duplamente iníquo: de um lado ficou com 55.000 alunos, potenciais reclamantes ganhadores, porque foram submetidos a um exame onde todas as regras foram desrespeitadas; do outro tem 22.000 alunos discriminados, porque não puderam realizar um exame a que tinham direito. Com as normas que pariu, ridicularizou o que sempre sacralizou: uma reunião de avaliação é inviabilizada pela falta de um professor; mas um exame nacional pode realizar-se na ausência de 100.000. Aventureiro, quis esmagar os sindicatos, mas terminou desazado. Se não violou formalmente a lei da greve, o que é discutível, esclareceu-nos a todos, o que é relevante, sobre o conceito em que a tem. Cego, não percebeu que, de cada vez que falava, mais professores aderiam à greve. Incauto, não se deu conta de que as coisas mudaram para os lados da UGT. Demagogo, convidou portugueses mal-amados no seu país, quantos com recalcamentos que Freud explicaria, a derramaram veneno sobre uma classe profissional que deviam estimar. Irresponsável, declarou guerra, e foi abatido. Crato substituiu Relvas. É agora o fardo que o Governo, nas vascas da morte, vai carregar até que Portas marque o velório. Ter ontem Crato nas televisões, de lucidez colapsada, ladeado por dois ajudantes constrangidos em fácies de cangalheiros, não pode ser o fim burlesco da palhaçada.

Chico Buarque - 69 anos

Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque ou Chico Buarque de Hollanda, (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944) é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da MPB. A sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos, entre eles discos a solo, em parceira com outros músicos e compactos.
Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou a sua carreira como escritor em 1962, quando escreveu o seu primeiro conto, aos 18 anos, ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou o seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda. Socialista declarado, auto-exilou-se em Itália em 1969, devido à crescente repressão da regime militar do Brasil nos chamados "anos de chumbo", tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país. Na carreira literária, foi vencedor de três Prémios Jabuti: o de melhor romance em 1992, com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010.
Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999) com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa. Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário da crença popular, Aurélio Buarque era apenas um primo distante do pai de Chico.
Em 2 de dezembro de 2012, foi confirmado por Miguel Faria, um documentário, do qual apresentará um show de Chico, organizado para a produção, mesclado com depoimentos dele e de outros nomes da música brasileira , além de encenações com personagens das canções mais famosas do artista.
 
 






Os Rosenberg foram executados na cadeira elétrica há 60 anos

Julius Rosenberg (Nova York, 12 de maio de 1918 – Prisão de Sing Sing, Nova York, 19 de junho de 1953) e Ethel Greenglass Rosenberg (Nova York, 25 de setembro de 1915 – Prisão de Sing Sing, Nova York, 19 de junho de 1953) foram judeus comunistas americanos que foram executados em 1953 após serem condenados por espionagem. As acusações foram em relação à transmissão de informações sobre a bomba atómica para a União Soviética. A execução deles foi a primeira de civis por espionagem na História dos Estados Unidos.
Desde a execução, telegramas soviéticos descodificados parecem confirmar que Julius agiu como mensageiro e recrutador para os soviéticos, mas as dúvidas em relação ao nível de envolvimento de Ethel no trama persistem. A decisão de executar o casal foi e ainda é controversa. Os outros espiões capturados pelo FBI não foram executados. O irmão de Ethel, David Greenglass, que forneceu documentos a Julius, cumpriu 10 dos 15 anos de sua pena. Harry Gold, o mensageiro de Klaus Fuchs, que forneceu informações muito mais detalhadas aos soviéticos sobre a bomba atómica, cumpriu 15 anos. Morton Sobell, julgado juntamente com os Rosenbergs, cumpriu 17 anos e 9 meses. Em 2008 ele admitiu que era espião e confirmou que Julius participou ativamente em "uma conspiração para entregar aos soviéticos informações militares e industriais confidenciais".
Os Rosenberg
Julius Rosenberg nasceu em 12 de maio de 1918 em uma família de imigrantes judeus na cidade Nova Iorque. Informações dos censos de 1920 indicam que a sua família morou no endereço 205 East 113th Street quando Julius tinha cerca de 2 anos de idade, mas mudaram-se para o Lower East Side quando ele tinha 11 anos.
Os seus pais trabalhavam em lojas do Lower East Side, enquanto Julius frequentava a Escola Seward Park. Julius acabou tornando-se o líder da Liga Jovem Comunista onde, em 1936, conheceu Ethel Greenglass, com quem se casaria três anos depois. Ele formou-se em engenharia elétrica no City College de Nova Iorque, em 1939, e, no ano seguinte, passou a trabalhar para o Exército como técnico de radar.
Ethel Greenglass nasceu em 28 de setembro de 1915 também em uma família de judeus de Nova Iorque. Ela era aspirante a atriz e cantora, mas acabou tornando-se secretária numa companhia de navegação. Ela começou a envolver-se em disputas sindicais e ligou-se à Liga Jovem Comunista, onde conheceu Julius. Os Rosenbergs tiveram dois filhos, Robert e Michael, que foram adotados pelo professor e compositor Abel Meeropol e a sua mulher Anne após a execução de seus pais.
De acordo com o ex-agente da NKVD Alexander Feklisov, Julius Rosenberg foi originalmente recrutado pelo KGB no Dia do Trabalhdor de 1942 pelo ex-espião da NKVD Semyon Semyonov. Julius foi apresentado a Semenov por Bernard Schuster, um alto oficial do Partido Comunista dos Estados Unidos da América e contacto oficial de Earl Browder, secretário-geral do partido, no NKVD. Após Semenov ser chamado de volta a Moscovo em 1944, os seus trabalhos foram continuados por seu aprendiz, Feklisov.
De acordo com Feklisov, Julius forneceu milhares de documentos confidenciais da Companhia Emerson Electric, assim como um fusível de proximidade (ou fusível VT), o mesmo utilizado para abater o avião de Francis Gary Powers em 1960. Sob a gerência de Feklisov, Julius teria recrutado indivíduos cooperantes da KGB, entre eles, Joel Barr, Alfred Sarant, William Perl e Morton Sobell.
Ainda de acordo com o relato de Feklisov, Julius era suprido por Pearl com milhares de documentos do Comité Consultivo Nacional para Aeronáutica, incluindo uma série completa dos desenhos do P-80 Shooting Star. Feklisov afirma que descobriu, através de Julius, que o irmão de Ethel, David Greenglass, estava trabalhando no ultra-secreto Projeto Manhattan no Laboratório Nacional de Los Alamos e utilizou Julius para recruta-lo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os governos da União Soviética e dos Estados Unidos fizeram parte das Forças Aliadas contra a Alemanha Nazi. Mesmo assim, o governo americano suspeitava das intenções de Josef Stalin e, dessa forma, os americanos não compartilharam informações estratégicas com os soviéticos, especialmente no que diz respeito ao Projeto Manhattan. Porém, os soviéticos estavam conscientes do projeto, devido à espionagem que exerciam no governo e fizeram várias tentativas de infiltração em suas operações na Universidade de Berkeley. Alguns participantes do projeto, alguns deles de alto escalão, ofereceram voluntariamente informações secretas aos agentes soviéticos, muitos porque tinham afinidades com o comunismo (ou ao papel da União Soviética na guerra) e achavam que os EUA não deveriam exercer monopólio sob as armas atómicas.
Após a guerra, o governo dos EUA continuou a proteger os seus segredos nucleares, mas a União Soviética já era capaz de produzir suas próprias armas atómicas em 1949. O Ocidente ficou chocado com a rapidez com que os soviéticos foram capazes de fazer seu primeiro teste nuclear, intitulado de "Joe 1". Em janeiro de 1950 foi descoberto que um refugiado alemão, físico teórico trabalhando para os britânicos no Projeto Manhattan, Klaus Fuchs, havia passado importantes documentos aos soviéticos durante a guerra. Através da confissão de Fuchs, agentes dos serviços secretos dos USA e da Grã-Bretanha foram capazes de desvendar que o seu informador, cujo nome de código era Raymond, era Harry Gold, que foi preso em 23 de maio de 1950. Harry Gold confessou ter obtido dados de um ex-maquinista em Los Alamos. Não sabia o nome dele, mas sua esposa se chamava Ruth. Assim os investigadores chegaram ao Sargento David Greenglass, que confessou ter passado informações secretas à União Soviética. Apesar de ter inicialmente negado qualquer envolvimento da irmã Ethel no caso, ele afirmou que o marido dela, Julius, a convenceu a recrutar o irmão durante uma visita a Gold em Albuquerque, Novo México em 1944 e que ele também havia passado informações confidenciais aos soviéticos.
O outro conspirador acusado, Morton Sobell, estava de férias na Cidade do México quando os Rosenbergs foram presos. Em seu livro On Doing Time (1974), ele narra como tentou fugir para a Europa sem um passaporte, mas foi sequestrado por membros da polícia secreta mexicana e levado até a fronteira com os EUA, onde foi preso. Oficialmente, o governo norte-americano afirmou que ele havia sido "deportado", mas em 1956 o governo mexicano afirmou que ele nunca havia sido deportado. Ele foi julgado junto com os Rosenbergs sob a acusação de conspiração para cometer espionagem.
O julgamento
O julgamento dos Rosenbergs começou em 6 de março de 1951. O juiz foi Irving Kaufman, que impôs a pena de morte ao casal, afirmando que o que eles haviam cometido era "pior que assassinato". O advogado dos Rosenbergs foi Emanuel Hirsch Bloch. A principal testemunha da acusação foi David Greenglass, que afirmou que a irmã havia digitado notas contendo segredos nucleares dos EUA no apartamento do casal, em setembro de 1945. Ele também afirmou que um rascunho que havia feito da secção transversal de uma bomba atómica de implosão (como a "Fat Man" lançada em Nagasaki) também havia sido entregue a Julius na mesma ocasião.
Desde o início o julgamento atraiu grande atenção dos media , assim como o julgamento de Alger Hiss. Além da defesa dos Rosenbergs durante o julgamento, não houve nenhuma expressão pública de dúvida em relação à culpa deles nos media (incluindo media de esquerda e comunistas). A primeira ruptura com a unanimidade dos media no caso só iria ocorrer em agosto de 1951, quando foi publicada uma série de reportagens sobre o julgamento no jornal de esquerda The National Guardian. Somente após a publicação dos artigos é que um comité de defesa foi formado.
Entretanto, entre o julgamento e a execução houve uma série de protestos e acusações de anti-semitismo. Por exemplo, o vencedor do Prémio Nobel Jean-Paul Sartre chamou o caso de "um linchamento legalizado que mancha de sangue toda uma nação". Outros, incluindo não-comunistas como Albert Einstein e o químico e cientista atómico vencedor do Nobel, Harold Urey, além de artistas comunistas como Nelson Algren, Dashiell Hammett, Jean Cocteau, Diego Rivera e Frida Kahlo, protestaram contra a posição do governo dos EUA no caso, que alguns viram como a versão americana do caso Dreyfus. Em maio de 1951, Pablo Picasso escreveu para o jornal francês L'Humanité: "as horas contam, os minutos contam. Não deixem este crime contra a humanidade ocorrer". O Papa Pio XII condenou a execução. O cineasta Fritz Lang e o dramaturgo Bertolt Brecht também fizeram declarações contra a morte do casal.
Apesar das anotações alegadamente digitadas por Ethel conterem pouca informação relevante ao projeto atómico soviético, isto foi prova suficiente para o júri condenar o casal na acusação de conspiração para cometer espionagem. Foi sugerido que Ethel foi indiciada juntamente com o marido para que a promotoria pudesse usá-la para fazer pressão para que Julius revelasse os nomes de outros envolvidos no caso. Se este foi o caso, obviamente não funcionou. No banco das testemunhas, Julius utilizou o direito da Quinta Emenda da Constituição dos EUA de não incriminar a si mesmo toda vez que era indagado sobre seu envolvimento no Partido Comunista ou sobre seus membros. Ethel fez o mesmo. Nenhum dos dois conseguiu atrair a simpatia do júri.
Os Rosenbergs foram condenados pelo júri em 29 de março de 1951 e, em 5 de abril, sentenciados à morte pelo juiz Irving Kaufman. A condenação do casal serviu como leitmotiv para as investigações de "atividades anti-americanas" do senador Joseph McCarthy. Embora a dedicação dos dois à causa comunista estivesse bem documentada, os Rosenbergs negaram participação nas acusações de espionagem, mesmo minutos antes de serem levados à cadeira elétrica.
Os Rosenbergs foram os únicos civis americanos executados durante a Guerra Fria por espionagem. Na sua argumentação impondo a pena de morte ao casal, o juiz Kaufman responsabilizou os dois não só pela espionagem mas também pelas mortes da Guerra da Coreia.
O caso dos Rosenbergs estava no centro de uma controvérsia sobre o comunismo nos Estados Unidos. Os seus apoiantes defendiam que a condenação era um exemplo escandaloso das perseguições típicas da histeria do momento (Macartismo), ligando o caso com o das caças às bruxas na Idade Medieval e em Salém (uma comparação que serviu de inspiração para a aclamada peça As Bruxas de Salem de Arthur Miller).
Após a publicação da série de reportagens no National Guardian e a formação do Comitê Nacional pela Justiça no Caso Rosenberg, alguns americanos passaram a acreditar que ambos os Rosenbergs eram inocentes ou que receberam uma pena demasiado dura, dando início a uma campanha popular para tentar evitar a execução do casal. O Papa Pio XII apelou diretamente ao presidente Dwight D. Eisenhower para poupar a vida dos dois, mas Eisenhower recusou-se, em 11 de fevereiro de 1953 e todos os outros recursos foram negados. Em 12 de setembro de 2008, o co-réu Morton Sobell admitiu que ele e Julius eram culpados da acusação de espionagem para a União Soviética. Ele afirmou, entretanto, que apesar de saber as atividades do marido, Ethel não participou ativamente.
Execução 
Os Rosenbergs foram executados ao pôr-do-sol de 19 de junho de 1953, na prisão de Sing Sing, em Nova Iorque. Os seus túmulos encontram-se no cemitério Wellwood, em Pinelawn, Nova Iorque.
A execução foi adiada da sua data original, de 18 de junho, porque no dia 17 de junho o juiz do Suprema Tribunal William O. Douglas havia garantido uma paralisação da pena. Tal paralisação deveu-se a um recurso de Fyke Farmer, um advogado do Tennessee cujos esforços para salvar os Rosenbergs da morte já haviam sido desprezados pelo advogado do casal.
Em 18 de junho o Supremo reuniu-se em sessão especial para julgar o recurso de Douglas, em vez de deixar a execução paralisada por meses, até que a matéria fizesse o seu percurso normal. O Supremo não havia  decidido sobre a paralisação de Douglas até o meio-dia de 19 de junho. Assim sendo, a execução foi marcada para o começo da noite do mesmo dia, após o início do Shabat. Em uma jogada desesperada por garantir a vida do casal, o advogado Emanuel Hirsch Bloch, reclamou que isto era uma ofensa à tradição judaica deles, então a execução foi marcada para antes do pôr-do-sol.
Testemunhas oculares (conforme depoimentos dados ao documentário de 1982 The Atomic Cafe) descreveram as circunstâncias das mortes dos Rosenbergs; enquanto Julius morreu após a primeira série de choques elétricos, a sua esposa não. Após o curso tradicional da sessão de eletrocussão, os enfermeiros retiraram as cintas e outros equipamentos de Ethel para que os médicos determinassem se ela já havia morrido. Os médicos determinaram que ela ainda estava viva, pois o seu coração ainda batia. Então foram aplicadas três séries de eletrocussão, o que acabou por resultar numa cena terrível em que uma grande quantidade de fumo saiu da cabeça dela.



(imagens daqui)

O Garfield faz hoje 35 anos...!

O gato Garfield é a estrela de uma das tiras de banda desenhada mais famosas da história, sendo publicado em 2.570 jornais em todo o mundo (só perdendo para Peanuts). Os outros personagens principais são Odie, um cão pouco inteligente, e Jon Arbuckle, um cartunista, dono dos dois. Garfield é criação de Jim Davis, que roubou o nome de seu avô James Garfield Davis (e este teve seu nome inspirado pelo nome do presidente americano James Garfield).

História
Nos anos 70, Jim Davis escrevia uma tira de banda desenhada, Gnorm Gnat, que não tinha boa receção. Um editor disse que "a arte era decente, as piadas eram boas" mas não dava para o público se identificar com um inseto. Davis respondeu criando uma tira de banda desenhada com um gato. O motivo para escolher o animal foi a falta de tira de banda desenhada com gatos, e também ter um personagem que pudesse criar merchandising.
Garfield estreou em 19 de junho de 1978. Tinha traços disformes, bochechas enormes e olhos pequenos. Já mostrava sarcasmo na sua primeira tira:
Jon - Oi, eu sou Jon Arbuckle, e esse é meu gato, Garfield.
Garfield - Oi, eu sou Garfield, sou um gato, e esse é meu cartunista, Jon.
Jon - A nossa única preocupação é divertir você.
Garfield - Me dê comida. Veja a primeira tirinha aqui.
No 10º aniversário, houve uma tira de banda desenhada especial, na qual Jon mostra um "álbum de fotos" com quadrinhos antigos. Ele diz que Garfield não mudou nada nos 10 anos, e a resposta do gato é a mesma do original ("Comida").
  • A tira ironiza pessoas que transformam os animais de estimação nos "donos da casa". Também mostra um gato atuando como homem (inclusive, andando em 2 patas) e enfrentando problemas humanos (dieta, tédio, aversão às segundas-feiras etc.).
  • Em 1980, Jim Davis redesenhou Garfield, com olhos ovais e barriga menor, dando como justificativa uma dieta forçada.
  • Em 1981, Davis criou a Paws, Inc., a empresa responsável pelos direitos da tirinha e os produtos licenciados. A empresa fica na cidade natal de Davis, Muncie, Indiana. A Paws também possui a equipe de artistas que desenha as tiras de banda desenhada, que é apenas escrita por Davis atualmente.
  • Em 1982, Garfield estrelou um especial de TV chamado Aí vem Garfield. Outros onze especiais foram feitos até 1991; uma série animada, Garfield e Seus Amigos, foi produzida entre 1988 e 1995.
  • Em 7 de junho de 1999, a tira de banda desenhada tornou-se colorida.
  • Em 2004, foi lançado Garfield, o Filme, que usou um Garfield criado por computação gráfica e dobrado por Bill Murray (a versão brasileira é dobrada pelo ator Antônio Calloni). Um segundo longa-metragem, Garfield 2, foi lançado em 2006.
  • Em 2007 foi lançado em DVD um filme chamado Garfield Gets Real em desenho de computação gráfica, baseado nos quadrinhos. Dessa vez, o dobrador foi Marco Antônio Abreu.
  • Em 2008 foi lançado outro filme, que o título original é Garfield Fun Fest, que também foi em computação gráfica. Foi lançado nos cinemas em alguns países (como no Brasil, com o título A Festa do Garfield).
  • Em 2009, foi lançada uma segunda série animada, O Show do Garfield, desta vez em computação gráfica, e um 3º filme, chamado Garfield Pet Force.

Alfredo Catalani nasceu há 159 anos

Alfredo Catalani (Lucca, 19 de junho de 1854Milão, 7 de agosto de 1893), foi um compositor de ópera Italiano, que ficou conhecido por obras como La Wally (contendo a sua mais famosa ária "Ebben? Ne andrò lontana") e Loreley. As suas outras óperas tiveram menos sucesso, devido à menor qualidade dos libretos.
Catalani nasceu em Lucca, na Itália. Opôs-se ao chamado verismo, estilo que se popularizou por volta de 1880. Na sua maioria, as suas obras já não fazem parte do reportório actual dos teatros de ópera, preteridas pelas de Massenet e Puccini, de cujas obras a sua música mais se aproxima, bem como pelas de Amilcare Ponchielli, cuja influência também se pode sentir no trabalho de Catalani. Apesar de tudo, La Wally continua a ser apresentada ocasionalmente.
Catalani estudou no Conservatório de Milão com Antonio Bazzini (1818–1887), que também ensinou Puccini, e que acabaria por ser director do Conservatório. Catalani sucumbiu à tuberculose em 1893 e foi enterrado no Cimitero Monumentale, em Milão, onde Ponchielli e o maestro Arturo Toscanini, que foi um vigoroso defensor da música de Catalani, também repousam.


Aung San Suu Kyi faz hoje 68 anos

Aung San Suu Kyi (Rangum, 19 de junho de 1945), é uma política de oposição birmanesa, ganhadora do Prémio Nobel da Paz em 1991 e secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND).
Suu Kyi é a terceira dos filhos de Aung San, considerado o pai da Birmânia moderna (atual Mianmar).
Durante a eleição geral de 1990, a LND, partido liderado por Suu Kyi, obteve 59% dos votos em todo o país, conquistando 81% (392 de 485) dos assentos no parlamento - o que deveria fazer dela a primeira-ministra da Birmânia. No entanto, pouco depois das eleições, ela foi detida e colocada em prisão domiciliar, condição em que viveu por quase 15 dos 21 anos que decorreram desde o seu regresso à Birmânia, em 20 de julho 1989, até a sua libertação, depois de forte pressão internacional, em 13 de novembro de 2010. Ao longo desses anos, Suu Kyi foi uma das mais notórias prisioneiras políticas do mundo.
Em 1 de abril de 2012, foi eleita deputada pela Liga Nacional pela Democracia.