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sexta-feira, setembro 20, 2024

Mais dados sobre a movimentação das placas tectónicas terrestres nos últimos dois mil milhões de anos...

Mapa em movimento mostra as placas tectónicas a mexerem-se desde há 2 mil milhões de anos

 

 

Através de informação encontrada no interior das rochas, um grupo de geólogos construiu um mapa em movimento – que mostra as placas tectónicas da Terra em movimento, desde há 1,8 mil milhões de anos até hoje.

À margem de um estudo publicado recentemente na Geoscience Frontiers, cientistas conseguiram reconstruir a tectónica de placas do planeta ao longo dos últimos 1,8 mil milhões de anos.

É a primeira vez que o registo geológico da Terra é utilizado desta forma, recuando tanto no tempo.

Isto permitiu aos investigadores fazer uma tentativa de mapear o planeta durante os “últimos 40%” da sua história.

 

Uma “bela dança continental”

Num artigo no The Conversation, Alan Collins, professor de geologia na Universidade de Adelaide e co-autor do estudo, explica que o mapeamento do nosso planeta através da sua longa história cria uma bela dança continental – hipnotizante em si mesma e uma obra de arte natural.

Começa com o mapa do mundo que todos conhecem. Depois, a Índia desloca-se rapidamente para sul, seguida de partes do sudeste asiático, à medida que o antigo continente de Gondwana se forma no hemisfério sul.

Há cerca de 200 milhões de anos, quando os dinossauros andavam na Terra, o Gondwana uniu-se à América do Norte, Europa e norte da Ásia para formar um grande supercontinente chamado Pangeia.

Depois, a reconstrução prossegue ao longo do tempo. Pangeia e Gondwana formaram-se a partir de colisões de placas mais antigas. À medida que o tempo recua, surge um supercontinente anterior chamado Rodínia. E não fica por aqui. Rodínia, por sua vez, foi formado pela rutura de um supercontinente ainda mais antigo, chamado Nuna, há cerca de 1,35 mil milhões de anos.

 

Porquê mapear o passado da Terra?

Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra é única por ter tectónica de placas.

Como sabemos, a superfície da Terra rochosa está dividida em fragmentos (placas) que se chocam entre si e criam montanhas, ou se separam e formam abismos que são depois preenchidos por oceanos.

Para além de provocar terramotos e vulcões, a tectónica de placas também empurra as rochas das profundezas da terra para as alturas das cadeias montanhosas. Desta forma, os elementos que se encontravam no subsolo podem sofrer erosão das rochas e acabar por desaguar nos rios e oceanos. A partir daí, os seres vivos podem utilizar esses elementos.

Entre estes elementos essenciais encontra-se o fósforo, que forma a estrutura das moléculas de ADN, e o molibdénio, que é utilizado pelos organismos para retirar o azoto da atmosfera e produzir proteínas e aminoácidos – os blocos de construção da vida.

A tectónica de placas também expõe rochas que reagem com o dióxido de carbono da atmosfera. As rochas que retêm o dióxido de carbono são o principal controlo do clima da Terra durante longos períodos de tempo – muito, muito mais tempo do que as tumultuosas alterações climáticas pelas quais somos responsáveis atualmente.

 

Crucial para compreender o “tempo profundo”

O mapeamento da tectónica de placas do passado do planeta é a primeira fase da construção de um modelo digital completo da Terra ao longo da sua história.

A modelação do passado do nosso planeta é essencial se quisermos compreender como é que os nutrientes se tornaram disponíveis para alimentar a evolução.

As primeiras evidências de células complexas com núcleo – como todas as células animais e vegetais – datam de há 1,65 mil milhões de anos.

Este período é próximo do início desta reconstrução e da formação do supercontinente Nuna. Os cientistas querem agora testar se as montanhas que cresceram na altura da formação de Nuna podem ter fornecido os elementos necessários à evolução de células complexas.

Grande parte da vida na Terra faz fotossíntese e liberta oxigénio. Isto liga a tectónica de placas à química da atmosfera, e algum desse oxigénio dissolve-se nos oceanos.

Nesta época de exploração de outros mundos no Sistema Solar e para além dele, vale a pena lembrar que há muito sobre o nosso próprio planeta que ainda agora começamos a vislumbrar.

Há 4,6 mil milhões de anos para investigar e as rochas sobre as quais caminhamos contêm a prova de como a Terra mudou ao longo deste tempo.

Esta primeira tentativa de mapear os últimos 1,8 mil milhões de anos da história da Terra é um salto em frente no grande desafio científico de mapear o nosso mundo.

Mas é apenas isso – uma primeira tentativa. Nos próximos anos, registar-se-ão melhorias consideráveis em relação ao ponto de partida que agora estabelecemos.

 

in ZAP

quinta-feira, março 14, 2024

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 146 anos


Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva dos continentes.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efetuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais ativos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fraturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os atuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

domingo, fevereiro 25, 2024

O geólogo sul-africano Alexander du Toit morreu há 76 anos...


 

Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva dos continentes.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efetuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais ativos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fraturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os atuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

sexta-feira, janeiro 26, 2024

Como será o mapa da Terra daqui a alguns milhões de anos - novo estudo...

Nova Pangea: Assim será o mapa da Terra daqui a 250 milhões de anos

 

Nova Pangea: o mapa da Terra daqui a 250 milhões de anos

 

As placas tectónicas são muito “inquietas”, o que leva a Terra a estar em constante transformação. Uma projeção que circula no Reddit mostra como poderá ser o novo supercontinente, daqui a 250 milhões de anos. 

“Pangea Próxima” – é assim que o geólogo norte-americano Christopher Scotese nomeia o supercontinente que se deverá formar daqui a 250 milhões.

O nome faz alusão ao último supercontinente conhecido. A Pangea formou-se há, aproximadamente, 335 milhões de anos e começou a dividir-se entre 175 a 200 milhões de anos atrás, originando, de forma gradual, a configuração atual dos continentes.

O movimento de junção e separação dos pedaços de terra do nosso planeta já ocorreu várias vezes ao longo da história. De acordo com o El Confidencial, as massas terrestres juntam-se a cada 400 ou 500 milhões de anos.

Recentemente, viralizou no Reddit um mapa que mostra como poderia ser a Pangea Próxima.

No novo supercontinente, a maioria das atuais massas terrestres ficaria unidas e Portugal seria o ponto mais a norte do planeta. No centro ficaria o Mar Índico – uma transformação daquilo que é hoje o Oceano Índico.

Não é a primeira vez que Portugal aparece representado “no polo norte” de um mapa do mundo: em diferentes representações alternativas do mapamundi,  o nosso país abandona a centralidade que tem na familiar Projeção de Mercator, e é apresentado no extremo norte do planeta.

Mas esta é a primeira representação em que essa nova posição é conseguida através da deriva de massas continentais ao longo de milhões de anos.

É impossível prever todos os detalhes de como a Terra irá evoluir, mas este tipo de projeções oferecem uma visão fascinante do que poderá a acontecer (quando, provavelmente, já não estiver aqui a ninguém para ver).

Um vídeo partilhado há nove meses no Youtube elucida como seria a evolução da massa terrestre desde “agora” até à formação da Pangea Próxima.

 

    

in ZAP

sábado, janeiro 06, 2024

A teoria da Deriva dos Continentes faz hoje 112 anos

 
Faz hoje, 6 de janeiro, exatamente 112 anos que o geofísico alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) apresentou, numa reunião da Associação Geológica Alemã, ocorrida no Museu Senckenberg, em Frankfurt, a sua teoria da deriva continental e a sua ideia da existência em eras geológicas muito recuadas de um supercontinente, a que chamou “pangea” (a partir do grego pan + gea, que significa “toda a terra”) rodeado por um único oceano, designado por "pantalassa" (do grego, pan + talasso, que significa "todos os mares").
 
 
O seu livro “A Origem dos Continentes e Oceanos” foi publicado em 1915. Mas foi com a terceira edição em 1922, traduzida em várias línguas, que as suas ideias sobre a evolução da crusta continental e oceânica ficaram melhor conhecidas. A sua obra é a rocha fundadora da tectónica de placas, que só viria a ser confirmada e melhor compreendida depois de detetada a expansão do fundo dos oceanos na década de 60.
  
 
O impacto das ideias de Wegener, que se vieram a confirmar experimentalmente cinco décadas após a sua formulação, com a mudança de paradigma que elas produziram, é comparável na Geologia à revolução que a teoria heliocêntrica de Copérnico causou na Astronomia no século XVI.
 
in De Rerum Natura - post de António Piedade

terça-feira, março 14, 2023

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 145 anos

 


Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva dos continentes.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efetuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais ativos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fraturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os atuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

 

sábado, fevereiro 25, 2023

O geólogo Alexander du Toit morreu há 75 anos...


 

Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva dos continentes.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efetuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais ativos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fraturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os atuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

sexta-feira, janeiro 06, 2023

A teoria da Deriva dos Continentes faz hoje 111 anos

 
Faz hoje, 6 de janeiro, exatamente cento e dez anos que o geofísico alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) apresentou, numa reunião da Associação Geológica Alemã, ocorrida no Museu Senckenberg, em Frankfurt, a sua teoria da deriva continental e a sua ideia da existência em eras geológicas muito recuadas de um supercontinente, a que chamou “pangea” (a partir do grego pan + gea, que significa “toda a terra”) rodeado por um único oceano, designado por "pantalassa" (do grego, pan + talasso, que significa "todos os mares").
 
 
O seu livro “A Origem dos Continentes e Oceanos” foi publicado em 1915. Mas foi com a terceira edição em 1922, traduzida em várias línguas, que as suas ideias sobre a evolução da crusta continental e oceânica ficaram melhor conhecidas. A sua obra é a rocha fundadora da tectónica de placas, que só viria a ser confirmada e melhor compreendida depois de detetada a expansão do fundo dos oceanos na década de 60.
  
 
O impacto das ideias de Wegener, que se vieram a confirmar experimentalmente cinco décadas após a sua formulação, com a mudança de paradigma que elas produziram, é comparável na Geologia à revolução que a teoria heliocêntrica de Copérnico causou na Astronomia no século XVI.
 
in De Rerum Natura - post de António Piedade

segunda-feira, março 14, 2022

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 144 anos

  
Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.
Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único supercontinente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro no planeta Marte foi designada Du Toit em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.
 
 
  

sexta-feira, fevereiro 25, 2022

O geólogo Alexander du Toit morreu há 74 anos

   
Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva dos continentes.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efetuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais ativos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fraturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os atuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

quinta-feira, janeiro 06, 2022

A teoria da Deriva dos Continentes faz hoje cento e dez anos!

 
Faz hoje, 6 de janeiro, exactamente cento e dez anos que o geofísico alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) apresentou, numa reunião da Associação Geológica Alemã, ocorrida no Museu Senckenberg, em Frankfurt, a sua teoria da deriva continental e a sua ideia da existência em eras geológicas muito recuadas de um supercontinente, a que chamou “pangea” (a partir do grego pan + gea, que significa “toda a terra”) rodeado por um único oceano, designado por "pantalassa" (do grego, pan + talasso, que significa "todos os mares").
 
 
O seu livro “A Origem dos Continentes e Oceanos” foi publicado em 1915. Mas foi com a terceira edição em 1922, traduzida em várias línguas, que as suas ideias sobre a evolução da crusta continental e oceânica ficaram melhor conhecidas. A sua obra é a rocha fundadora da tectónica de placas, que só viria a ser confirmada e melhor compreendida depois de detectada a expansão do fundo dos oceanos na década de 1960.
  
 
O impacto das ideias de Wegener, que se vieram a confirmar experimentalmente cinco décadas após a sua formulação, com a mudança de paradigma que elas produziram, é comparável na Geologia à revolução que a teoria heliocêntrica de Copérnico causou na Astronomia no século XVI.
 
in De Rerum Natura - post de António Piedade

domingo, março 14, 2021

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 143 anos

  
Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.
Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único supercontinente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro no planeta
 Marte foi designada Du Toit em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.
 
 
  

quinta-feira, fevereiro 25, 2021

O geólogo Alexander du Toit morreu há 73 anos

   
Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

terça-feira, setembro 15, 2020

Uma interessante máquina do tempo virtual cartográfica

Mapa interativo permite descobrir onde se localizavam as cidades há milhões de anos
  


   
O paleontólogo californiano Ian Webster criou um mapa interativo que permite que as populações percebam como é que as cidades, onde vivem hoje em dia, se deslocaram ao longo dos últimos 750 milhões de anos através do afastamento das placas tectónicas.
À CNN, Ian Webster diz que “este mapa mostra que o nosso planeta é dinâmico e pode mudar”, explicando que nada daquilo que conhecemos é igual ao que foi no passado, ou ao que será no futuro. “A história da Terra é muito complexa, e a estrutura atual das placas tectónicas e dos continentes é um acidente do tempo. Será muito diferente no futuro”, argumenta.
O mapa online apresenta uma série de ferramentas que facilitam a descoberta de mais detalhes sobre Terra, como por exemplo, perceber onde viveram os primeiros répteis, ou quando nasceu a primeira flor.
Webster construiu o mapa como uma aplicação da web, que é colocada em cima de outro mapa que visualiza modelos geológicos, criados pelo geólogo e paleogeógrafo Christopher Scotese. A parceria dos dois, em diferentes áreas de conhecimento permitiu desenvolver de forma eficaz o mapa.
Os modelos de Scotese mostram o desenvolvimento das placas tectónicas desde há 750 milhões de anos atrás. O site de Webster também utiliza GPlates, um software usado por geólogos para visualizar reconstruções de placas e dados associados ao longo do tempo geológico.
A invenção de Webster permite que os utilizadores indiquem a sua localização e, em seguida, conectem essa localização em modelos de placas tectónicas. Assim os utilizadores podem ver onde é que as suas cidades estavam localizadas há centenas de milhões de anos no super continente Pangeia.
O paleontólogo explica como funciona a sua aplicação: “O meu software geocodifica a localização do utilizador e, em seguida, usa os modelos de Scotese para encontrar a sua cidade no tempo”.
Ao pesquisar um local no mapa, o globo 3D giratório do site vai indicar onde é que esse sítio estava localizado há milhões de anos, mostrando também que espécies de dinossauros viviam nas proximidades da zona.
“O mapa ilustra dados científicos complexos e interessantes, que podem ser usados de forma interativa por professores, ou por qualquer pessoa interessada em história e em ciência”, garante Webster.
O trabalho que desenvolveu tem como objetivo “despertar o fascínio e o respeito dos cientistas que trabalham todos os dias para entender melhor o nosso mundo e o seu passado”, revela, orgulhoso, o paleontólogo americano.
  
in ZAP.pt

sexta-feira, fevereiro 15, 2019

Notícia sobre a futura Pangeia

Pangeia foi o último supercontinente. Nova Pangeia pode ser o próximo


O nosso planeta já foi a casa de supercontinentes como o Gondwana ou a Pangeia, que se separaram há milhões de anos e formaram os continentes da forma como os conhecemos hoje. No entanto, uma nova investigação sugere que pode voltar a existir um novo supercontinente num futuro distante.
A camada externa da Terra, a crosta sólida sobre a qual andamos, é composta por pedaços quebrados. Cada um desses pedaços – as placas tectónicas – movem-se pelo planeta a velocidades de poucos centímetros por ano.
Esses movimentos lentos fazem com que as placas tectónicas se juntem e se combinem, formando um supercontinente, que permanece junto durante algumas centenas de milhões de anos antes de se voltar a separar. Nesse momento, as placas dispersam-se e afastam-se umas das outras até que se voltam a unir, entre 400 e 600 milhões de anos depois.
O último supercontinente, a Pangeia, formou-se há cerca de 310 milhões de anos e começou a desintegrar-se há cerca de 180 milhões de anos. Agora, uma investigação sugere que o próximo supercontinente irá formar-se daqui a 200 milhões de anos – ou seja, estamos, atualmente, a meio da fase de dispersão do atual ciclo do continente.
Mas a questão que se impõem é: que forma terá este novo supercontinente?
Os especialistas sugerem quatro cenários possíveis para a formação do próximo supercontinente: Nova Pangeia, Pangeia Última, Aurica e Amasia. A forma do próximo supercontinente está dependente e inteiramente ligada à desintegração da Pangeia e da forma como, atualmente, as placas tectónica se movem.
O colapso da Pangeia levou à formação do oceano Atlântico, que ainda hoje continua a expandir-se. Consequentemente, o oceano Pacífico está a ficar cada vez mais estreito.
O Pacífico é o lar de um anel de zonas de subducção ao longo das suas bordas (o “anel de fogo”), onde o solo oceânico é subduzido sob placas continentais. Lá, o antigo leito oceânico é reciclado e pode entrar em plumas vulcânicas.
O Atlântico, em contraste, tem uma grande cadeia oceânica que produz uma nova placa oceânica, mas abriga apenas duas zonas de subducção: o Arco das Pequenas Antilhas, no Caribe, e o Arco Scotia, entre a América do Sul e a Antártida.
 
 
Nova Pangeia
Se assumirmos que as condições atuais vão persistir, isto é, que o Atlântico se vai continuar a expandir e o Pacífico a diminuir, temos um cenário no qual o próximo supercontinente se forma nos antípodas do Pangeia.
Por outras palavras, a América do Sul colidiria com a Antártida e com a Austrália e a América do Norte com a Eurásia, que já estará colada com a África.
Assim, o supercontinente que se formaria seria a Nova Pangeia, que ganhou este nome por ser muito semelhante à Pangeia original.
     
Pangeia Última
No entanto, a expansão do Atlântico pode desacelerar, havendo até a hipótese de o Atlântico começar a fazer o oposto: a retrair-se.
Neste cenário, a América do Norte ligar-se-ia à África, que já estaria junto da Eurásia. Por sua vez, a América do Sul estaria bem próxima da Antártida e existiria um grande oceano no meio do continente. Além disso, este supercontinente seria cercado por um super oceano Pacífico.
  
Aurica
Mas se o Atlântico desenvolver novas zonas de subducção – algo que pode já estar a acontecer – tanto o oceano Pacífico como o próprio Atlântico podem estar condenados a deixar de existir.
Neste cenário, seria aberto um enorme buraco do oeste da Índia até ao Ártico. A Austrália iria para o norte e seria englobada por parte da Ásia, Antártica e Américas. Por fim, a Europa e a Ásia ligar-se-iam ao outro lado do continente americano.

  
Amasia
Esta é a hipótese mais remota, mas existe, dado que muitas placas tectónicas estão a mover-se para norte do planeta graças às anomalias causadas pela Pangeia. Desta forma, todos os continentes se moveriam para o norte, com a exceção da Antártida.

   
Destes quatro cenários, a investigação aponta que o cenário mais provável de acontecer é o da Nova Pangeia, enquanto que os demais só ocorreriam com a influência de uma série de fatores, adianta o The Conversation.

domingo, abril 08, 2018

Notícia sobre Tectónica de Placas...

África começou a dividir-se em dois continentes


O continente africano vai dividir-se em dois. A Somália, metade da Etiópia, o Quénia, a Tanzânia e parte de Moçambique irão separar-se para formar um novo continente. Vai acontecer daqui a uns milhões de anos – mas já começou.
As discussões na comunidade científica sobre a forma como o continente africano se está a dividir em dois continentes avivaram-se depois se no dia 19 de março ter aparecido no Quénia uma gigantesca fissura, que rasgou a meio um vale e cortou uma estrada importante da região do Narok, no oeste do país.
A enorme fissura, com vários quilómetros de comprimento, tem cerca de 15 metros de profundidade e mais de 20 de largura, mas não é o primeiro fenómeno deste tipo a manifestar-se no continente africano. Há dezenas ou centenas de pontos fracos ao longo do chamado Grande Vale do Rift, que atravessa o continente desde o Corno de África, na Somália, até Moçambique.
Esta formação, também conhecida como Vale da Grande Fenda, é um complexo de falhas tectônicas criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectónicas africana e arábica, e estende-se cerca de 5000 km no sentido norte-sul, com largura que varia entre 30 e 100 km e uma profundidade de centenas a milhares de metros.
Segundo o jornal local Daily Nation, o Quénia, atravessado pelo Grande Vale do Rift, está literalmente a partir-se ao meio, e a profunda fissura que se deu a conhecer em março em Narok “é apenas o início“.
A fissura apareceu na zona com menor actividade sísmica do país. Segundo explicou ao jornal catalão La Vanguardia a geóloga Sara Figueras Vila, do Instituto Cartográfico e Geológico da Catalunha, “o último sismo importante nesta região aconteceu em 1928, com uma magnitude de 6.9 na Escala de Richter”.
Desde então, praticamente não houve actividade sísmica na região, assegura a geóloga.
O aparecimento desta fissura sem que tenha ocorrido recentemente nenhum terramoto é um evento inesperado e preocupante. Mas segundo explica ao Daily Nation o geólogo queniano David Adede, o fenómeno poderá ter a ver com actividade tectónica e vulcânica passada na região.
No fundo do vale encontram-se o vulcão Suswa. Nas proximidades, Monte Longonot. Os dosi vulcões poderão ser responsáveis por inúmeras falhas vulcânicas ocultas ao longo do território queniano do Grande Vale do Rift.
“Apesar de esta fissura ter permanecido inactiva no passado recente, do ponto de vista da actividade tectónica, poderá haver movimentos em profundidade que estão a criar pontos frágeis que se estendem até à superfície”, diz Adede.
“Estas zonas frágeis formam linhas de falha e fissuras que normalmente são preenchidas com cinzas vulcânicas. As fortes chuvas que recentemente assolaram a região poderão ter levado as cinzas, ajudando a descobrir a fissura”, explica o geólogo.
Mas o facto de a região assentar em duas placas tectónicas que estão a divergir lentamente em direcções opostas terá consequências inevitáveis.

Inevitavelmente, um novo continente
Dentro de 10 milhões de anos, quatro países do Corno de África – a Somália, metade da Etiópia, o Quénia e a Tanzânia, além de uma parte de Moçambique, irão inexoravelmente separar-se do resto do continente africano e formar um novo continente.
O processo, estimam os geólogos, estará concluído em cerca de 50 milhões de anos: a chamada “placa Somali” ter-se-á tornado por completo um continente novo, separada da sua irmã maior, a “placa Núbia”, por um oceano novo.


Segundo um estudo de 2009, realizado por cientistas da Universidade de Rochester, no Reino Unido, o processo parece ter tido início em 2005, com o aparecimento na Etiópia de uma fissura de mais de 60 quilómetros após a erupção do vulcão Dabbahu. A falha não mais deixou de crescer, e mais de uma dezena de novas falhas apareceram entretanto.
Desde então, a teoria de que África se vai dividir em dois continentes ganhou bastante popularidade na comunidade científica, mas nem todos estão de acordo.
Numa entrevista recente à NTV Kenya, o sismólogo queniano Silas Simiyu sustenta que a fissura de Narok não é uma falha vulcânica, mas apenas resultado das abundantes chuvas que se registaram na região. “As camadas de terra abateram devido às chuvas e encheram os canais subterrâneos de água”, diz o cientista queniano.
Mas Lucia Perez Diaz, do Grupo de Pesquisa da Dinâmica de Falhas da Universidade de Londres, não tem dúvidas. Em termos práticos, as duas placas do continente africano estão a separar-se, diz a geóloga ao The Conversation. E as fissuras recentes que apareceram no leste do Grande Vale do Rift são um exemplo de que isso já está a acontecer.
Após um dramático processo, durante uns 50 milhões de anos, teremos então inevitavelmente algo como a Grande Núbia e o Corno de África. Mal podemos esperar.
 

quarta-feira, março 14, 2018

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 140 anos

Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva continental das placas tectónicas.
Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efectuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais activos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fracturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os actuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único supercontinente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro no planeta Marte foi designada Du Toit em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.