domingo, fevereiro 24, 2013

El-Rei D. José I morreu há 236 anos

D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; 6 de junho de 1714 - 24 de fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou, em 1729, com D. Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha.


O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1 de novembro de 1755, D.José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu a 3 de setembro de 1758 e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
Quando subiu ao trono, D. José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de D. João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará.
Uma terceira fase, até 1772 é marcada por uma grande crise económica e, até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras.
Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio) e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de política externa, D. José conservou a política de neutralidade adoptada por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.
Sucedeu-lhe a filha, a futura Rainha D.ª Maria I de Portugal (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança); Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) que, antes de assumir o trono, foi Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança. A continuidade dinástica da Casa de Bragança ficou assegurada com o seu casamento com o irmão do Rei e tio da princesa, o futuro Rei D. Pedro III de Portugal. O casamento foi realizado no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, a 6 de julho de 1760. Dado o casal já ter filhos quando D.ª Maria ascendeu ao Trono, passou a ser o Rei D. Pedro III, sendo ainda o 19.º duque de Bragança, 16º duque de Guimarães e 14.º duque de Barcelos, 12.º marquês de Vila Viçosa, 20º conde de Barcelos, 16.º conde de Guimarães, de Ourém, de Faria, e de Neiva, 22.º conde de Arraiolos. Tiveram quatro filhos e três filhas.

David Mourão-Ferreira nasceu há 86 anos

Estátua dedicada a David Mourão-Ferreira no Parque dos Poetas

David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de fevereiro de 1927 - 16 de junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta.

Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.
Mourão-Ferreira trabalhou para vários jornais, dos quais se destacam a Seara Nova e o Diário Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Távola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. No pós-25 de Abril, foi director do jornal A Capital e director-adjunto do O Dia.
No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.
Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.
A 13 de julho de 1981 é condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, a 3 de junho, é elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe deram 11 netos e netas.


Soneto do Cativo

Se é sem dúvida Amor esta explosão
de tantas sensações contraditórias;
a sórdida mistura das memórias,
tão longe da verdade e da invenção;

o espelho deformante; a profusão
de frases insensatas, incensórias;
a cúmplice partilha nas histórias
do que os outros dirão ou não dirão;

se é sem dúvida Amor a cobardia
de buscar nos lençóis a mais sombria
razão de encantamento e de desprezo;

não há dúvida, Amor, que te não fujo
e que, por ti, tão cego, surdo e sujo,
tenho vivido eternamente preso!

in
Os Quatro Cantos do Tempo (1958) - David Mourão-Ferreira

Chris Fehn, dos Slipknot, faz hoje 40 anos

Christopher Michael "Chris" Fehn (Des Moines, Iowa, 24 de fevereiro, 1973) é um músico norte-americano integrante da banda de new metal Slipknot.

Antes de entrar nos Slipknot, ele jogou como jogador de futebol americano da Wayne State University. Ele juntou-se à banda por volta de abril de 1997, substituindo o percussionista Greg Welts, que foi forçado a sair dos Slipknot devido a conflitos pessoais com o baterista Joey Jordison, que resultavam de Welts namorar a irmã de Jordison.
Além de emprestar o seu talento na percussão da banda, Fehn faz coros nos Slipknot e também é fundamental na preparação dos espetáculos nos palcos.
Antes de entrar nos Slipknot, em 1997, Fehn era amigo íntimo dos restantes membros dos Slipknot, principalmente do percussionista Shawn Crahan. Segundo Fehn, Crahan perguntou-lhe se ele poderia  ajudar na percussão e ele aceitou.
No dia 25 de março de 2012 foi confirmado pelo também percussionista dos Slipknot Shawn Crahan que Chris acabara de se tornar pai de um menino: Jaxon Atari Fehn.

(...)

Fehn usa, nos espetáculos, uma máscara, que tem variado em cores e estilos, sempre com o nariz lembrando um pouco o do Pinóquio e com cerca de 19 cm de comprimento. Ele usa seis variações de máscara, a mais conhecida é uma de couro utilizada durante a álbum Iowa. Outra bem conhecida de Fehn é a vermelha, que foi utilizada principalmente durante o álbum Vol. 3: (The Subliminal Verses) World Tour. Fehn atualmente usa duas variações para o álbum All Hope Is Gone. A primeira é, como as outras máscaras, uma máscara com uma cabeça cheia e rosto vermelho. A segunda é uma, tal como as outras, que só cobre o rosto, mostrando o seu longo cabelo loiro.
A máscara do Fehn tem um desenho usado pelos médicos durante a Peste Negra no tempos medievais, em que o nariz estava cheio de ervas para proteger os médicos que a usavam contra a inalação dos cheiros da morte.


sábado, fevereiro 23, 2013

Elgar morreu há 79 anos

Sir Edward William Elgar, (2 de junho de 1857 - 23 de fevereiro de 1934) foi um compositor britânico, nascido em Broadheath, Worcestershire.

Filho de um afinador de pianos, e rodeado de música e instrumentos musicais na loja do pai em na Worcester High Street, o jovem Edward foi auto-didacta em música. No verão levava nos seus passeios música para estudar, iniciando uma forte ligação entre música e natureza.
Deixando a escola aos 15 anos, começou por trabalhar com um advogado local, mas, após um ano, enveredou por uma carreira musical, aprendendo piano e violino. Aos 22 anos tornou-se chefe de banda no Worcester and County Lunatic Asylum, perto de Worcerter. Foi primeiro violino nos festivais de Worcester e Birmingham, e chegou a tocar a Sexta Sinfonia e o Stabat Mater de Antonin Dvorak sob a direcção do próprio compositor. Agradou-lhe especialmente, e influenciou-o bastante o estilo de orquestração de Dvorak.
Aos 29, através da actividade de ensino, conheceu a sua futura mulher, Caroline Alice Robers, poetisa e escritora. Casaram-se três anos depois, contra a vontade da família dela, e a prenda de Edward para Caroline foi a peça para violino e piano Salut d'amour. Os Elgars passaram a residir em Londres, centro da vida musical inglesa. Após algum tempo, constataram que não podiam subsistir apenas com o trabalho de compositor de Edward, pelo que ele retomou o ensino de música.
Durante a década de 1890, século XIX, Elgar construiu uma sólida reputação como compositor, especialmente de obras vocais para os festivais musicais das Midlands. The Black Knight, King Olaf (1896), The Light of Life e Caractacus tiveram algum sucesso, o que lhe permitiu obter um lugar de editor musical.
Em 1899, aos 42 anos de idade, compôs o seu primeiro grande trabalho orquestral, as Variações Enigma, estreadas em Londres dirigidas por Hans Richter. Recebendo o aplauso geral, Elgar tornou-se o compositor britânico mais conhecido da época. Este trabalho intitula-se Variations on an Original Theme (Enigma). O enigma é que, embora haja treze variações do tema original ('enigma'), este nunca é ouvido. Em 1900 estreou em Birmingham a versão coral do poema do Cardeal Newman The Dream of Gerontius. Apesar da desastrosa estreia, em parte por causa dos preconceitos relativamente ao texto e música provirem de dois católicos, a obra foi posteriormente reconhecida como uma das melhores de Elgar.
Elgar é principalmente conhecido pelas Marchas de Pompa e Circunstância (1901). Após compô-las, foi-lhe pedido para adaptar a letra de A. C. Benson para uma Ode à coroação do Rei Eduardo VII de Inglaterra. O resultado foi Land of Hope and Glory.
Entre 1902 e 1914 Elgar teve um sucesso estrondoso, visitou quatro vezes os Estados Unidos e ganhou bastante dinheiro com os direitos da sua obra. Entre 1905 e 1908 foi Professor de Música na Universidade de Birmingham.
A sua Sinfonia No. 1 (1908) foi cem vezes tocada no primeiro ano. Com a chegada da I Guerra Mundial, a música de Elgar ficou um pouco fora de moda, e, depois de ficar viúvo em 1920, pouco mais compôs. Pouco antes de falecer compôs o magnífico e elegíaco Concerto para Violoncelo. Talvez isto sugira que Alice Elgar era a sua principal influência e impulsionadora do seu êxito.
Armado cavaleiro em 1904 e tornado baronete em 1931. Em 1932, trabalhou como o jovem e talentoso violinista Yehudi Menuhin, que na altura tinha apenas 16 anos de idade, na gravação do seu Concerto para violino.
No fim da vida iniciou uma ópera e aceitou a proposta da BBC para compor uma Terceira Sinfonia. Esta encomenda foi obtida por persuasão do seu amigo George Bernard Shaw, a quem Elgar tinha dedicado a obra Severn Suite. A sua doença terminal (um cancro colo-rectal inoperável foi descoberto durante uma operação, em 8 de outubro de 1933) impediu-o de a completar, mas os esboços que deixou permitiram a Anthony Payne acabá-la ao estilo do compositor. Morreu no dia 23 de fevereiro de 1934, em Little Malvern, sendo enterrado na Abadia de Westminster. No espaço de apenas dois meses morreram outros dois importantes compositores ingleses – Gustav Holst e Frederick Delius.


Fernanda Seno nasceu há 71 anos

(imagem daqui)

Fernanda Seno Cardeira Alves Valente (Canha, 23 de fevereiro de 1942 - Lisboa, 19 de maio de 1996) foi uma poetisa, escritora, jornalista e professora portuguesa.
Fernanda Seno concluiu o ensino secundário em Évora e licenciou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Abraçou a carreira do ensino com estações em escolas de Almada, Reguengos de Monsaraz e Évora.
Como jornalista Fernanda Seno foi colaboradora da imprensa regional e local, contribuindo para os jornais "Mouranense", "Palavra", e "A Defesa". Foi chefe de redação no "Jornal de S. Brás" e redatora principal do Boletim "Igreja Eborense". Colaborou ainda - entre outros - na revista "Ao Largo" (Lisboa).
Em 1998 a Câmara Municipal de Évora homenageou-a, atribuindo o nome da poetisa Fernanda Seno a uma rua do Bairro da Horta das Figueiras - a Rua Fernanda Seno.
 
Obras
  • As Palavras Às Vezes (1984)
  • Trilho de Pó (1991)
  • Cântico Vertical (1992)
  • Na Fronteira da Luz (1997 - póstumo)


Perenidade


Mesmo depois do Tempo
ficaremos no coração aberto dos
que amamos.

E no grande silêncio que restar,
na ausência dos gestos e do olhar
ainda assim estaremos
e seremos.

Mesmo depois do Tempo
quando formos lembrança evanescente,
seremos outra forma de presença
porque o Amor subsiste
Eternamente.


Fernanda Seno

Handel nasceu há 328 anos

Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de fevereiro de 1685 - Londres, 14 de abril de 1759) foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo mostrou notável talento musical e, a despeito da oposição do seu pai, que queria que fosse advogado, conseguiu receber um treinamento qualificado na arte da música. A primeira parte da sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Depois dirigiu-se para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi nomeado mestre de capela do Eleitor de Hanôver, mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior parte do tempo ausente, em Londres. O seu patrão mais tarde tornou-se rei da Inglaterra, como Jorge I, e continuou compondo para ele. Fixou-se definitivamente em Londres e ali desenvolveu a parte mais importante de sua carreira como autor de óperas, oratórios e música instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica adotou uma versão anglicizada do seu nome, George Frideric Handel.
Tinha grande facilidade para compor, como prova sua vasta produção, que compreende mais de 600 obras, muitas delas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. A sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor quanto como instrumentista, e mais de uma vez foi chamado de "divino" pelos seus contemporâneos. A sua música tornou-se conhecida em muitas partes do mundo, foi de especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna, e, desde o meio do século XX tem sido recuperada com crescente interesse. Hoje ele é considerado um dos grandes mestres da música barroca europeia.


Há 32 anos o Rei de Espanha salvou a jovem democracia do seu país

(imagem daqui)

O frustrado golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981 na Espanha, também conhecido como 23-F, foi uma tentativa de golpe de estado perpetrada por certos militares, sendo o acontecimento mais representativo o assalto ao Congresso dos Deputados por um numeroso grupo de guardas civis, comandado pelo tenente-coronel Antonio Tejero. O assalto ocorreu durante a votação do candidato para Presidente do Governo da Espanha, Leopoldo Calvo-Sotelo, da UCD.

(...)
 (imagem daqui)

Às seis em ponto da tarde de 23 de fevereiro começava a votação nominal para a investidura de Leopoldo Calvo-Sotelo como Presidente do Governo da Espanha.
Às 18.21 horas, quando ia emitir o seu voto o deputado socialista Juan Manuel Núñez Encabo, um grupo de guardas civis, encabeçados pelo tenente-coronel Antonio Tejero, irrompeu com a metralhadora na mão no hemiciclo do Congresso dos Deputados. Tejero, desde a tribuna, gritou "Quieto todo el mundo!" e mandou que todos se deitassem no chão.
Instintivamente, como o militar de mais alta graduação ali presente e como vice-presidente do governo, o general Gutiérrez Mellado ergueu-se e, dirigindo-se ao tenente-coronel Tejero, repreendeu os assaltantes, pedindo explicações e ordenando-lhes a deposição das armas. Após uma breve discussão e para reafirmar a sua ordem, Tejero efetua um disparo, que foi seguido por rajadas das carabinas dos assaltantes. O deputado Santiago Carrillo permanece no seu assento, o presidente Suárez tentou ajudar Gutiérrez Mellado e o resto dos deputados obedeceram a ordem de Tejero.
Pedro Francisco Martín, operador de Televisão Espanhola, gravou quase meia hora do momento, fazendo chegar ao mundo um documento audiovisual ímpar. Com a tomada do hemiciclo e o sequestro dos poderes executivo e legislativo, tentava-se conseguir o chamado "vazio de poder", sobre o qual se planeava gerar um novo poder político. Mais tarde, quatro dos deputados foram separados do resto: o ainda presidente do Governo, Adolfo Suárez González, o ministro de Defesa, Agustín Rodríguez Sahagún, o líder da oposição, o socialista Felipe González Márquez, o segundo na lista do PSOE, Alfonso Guerra, e o líder do Partido Comunista de Espanha, Santiago Carrillo.
Pouco depois, e seguindo o plano previsto, sublevou-se em Valência o capitão-general da III Região Militar, Jaime Milans del Bosch, levando algumas companhias de carros de combate para a rua, do porto de Valência até o centro da cidade, onde apontaram as armas aos edifícios institucionais. Declarou o Estado de Emergência e tentou convencer outros militares a secundar a ação. Às nove da noite, um comunicado do Ministério do Interior informava da constituição de um governo provisório com subsecretários de diferentes instâncias ministeriais, presidido por Francisco Laína, para assegurarem a governação do Estado e em estreito contacto com a Junta de Chefes do Estado-Maior. Entretanto, outro general golpista, Torres Rojas, fracassava na sua tentativa de retirar o comando da Divisão Couraçada Brunete ao general Juste, chefe da mesma, abortando a pretensão de ocupar os pontos estratégicos da capital, entre eles a sede de Rádio e Televisão, e da difusão de um comunicado relatando o sucesso do golpe.
A recusa do Rei em apoiar o golpe ajudou a abortá-lo ao longo da noite. Também destacou a atitude do presidente da Generalitat de Catalunha Jordi Pujol, que, pouco antes das dez da noite, transmitia ao país pelas emissoras de Rádio Nacional e Rádio Exterior uma alocução na qual apelava à tranquilidade. Até a uma da madrugada houve diligências a partir do Hotel Palace, na proximidade do Congresso, lugar eleito como centro de operações pelo general Aramburu Topete, então Diretor Geral da Guarda Civil e o general Sáenz de Santa Maria, que pela sua vez era o Diretor Geral da Polícia Nacional. Por ali também passou o general Alfonso Armada, que fazia parte do plano golpista e que pretendia, simulando negociar com os assaltantes, propor-se como solução. O seu secreto plano de golpe, emulando o do general francês De Gaulle, fracassou perante a recusa de Tejero a que este presidisse um governo do qual também fariam parte socialistas e comunistas. Mais tarde, descobertos os seus planos, seria removido do seu posto de 2º Chefe do Estado-Maior do Exército pela sua implicação na conspiração golpista.
À meia-noite, Alfonso Armada apresentou-se no Congresso com um duplo objetivo: convencer o tenente-coronel Tejero para depor as armas e assumir ele próprio o papel de chefe do Governo sob as ordens do rei, em atitude claramente anticonstitucional. No entanto, Armada não era a "autoridade competente" esperada e foi despachado por Tejero.
Por volta da uma da manhã de 24 de fevereiro, o Rei interveio na televisão, vestido com uniforme de capitão-general para se situar contra os golpistas, defender a Constituição espanhola, chamar à ordem as Forças Armadas, na sua qualidade de comandante-em-chefe e desautorizar Milans del Bosch. A partir desse momento o golpe dá-se por fracassado. Milans del Bosch, isolado, cancelou os seus planos às cinco da manhã e foi detido, enquanto Tejero resistiu até o meio-dia. Seria, porém, durante a manhã do dia 24 que os deputados foram libertados.

O compositor barroco Muffat morreu há 209 anos


Muffat nasceu em Megève, Saboia (agora território francês), considerado alemão, embora ascendência escocesa e de Saboia. Ele estudou em Paris com Jean-Baptiste Lully entre 1663 e 1669, tornou-se um organista em Molsheim e Sélestat. Ele foi o pai de Gottlieb Muffat.


Hoje é dia de recordar Zeca Afonso

 Azulejo em Coimbra: Nesta casa viveu o trovador da liberdade José Afonso, o Zeca

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, conhecido por Zeca Afonso, nome com o qual assinava seus discos (Aveiro, 2 de agosto de 1929 - Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português.


sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Sophie Scholl, uma das fundadoras do movimento Rosa Branca, foi executada há 70 anos

Sophie Magdalena Scholl (Forchtenberg, 9 de maio de 1921Munique, 22 de fevereiro de 1943) era membro da Rosa Branca, movimento da resistência alemã antinazi. Foi condenada por traição e executada na guilhotina. É conhecida como uma das poucas alemãs que se opuseram ativamente ao Terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial e é também vista como um mártir.

No início do verão de 1942, Sophie Scholl participou da produção e distribuição de panfletos da Rosa Branca, um movimento de inspiração católica. Foi presa em 18 de fevereiro de 1943 enquanto distribuía o 6º panfleto na Universidade de Munique. Os panfletos eram redigidos e depois copiados, sendo, depois, entregues nas caixas de correio das casas de grandes cidades da Baviera (berço do movimento nazi). Esses panfletos continham trechos apocalípticos da Bíblia, para impressionar. Sophie, seu irmão, Hans Scholl, e mais um universitário, Christoph Probst, foram presos em 18 de fevereiro de 1943, depois de o reitor da universidade de Munique os surpreender distribuindo panfletos no pátio da universidade. A Gestapo prendeu-os, julgou-os e, menos de quatro horas depois de condenados, foram guilhotinados.
Desobedecendo a ordens superiores, os carcereiros deixaram os jovens reencontrarem seus pais antes de encontrarem o trágico destino dos opositores ao nacional-socialismo, a morte. Os três são hoje tidos como heróis nacionais alemães. É bom lembrar que, entre fevereiro e outubro de 1943, foram mortos ainda mais 50 integrantes do movimento Rosa Branca.

Hoje é o Dia de B-P, da sua esposa e do Escutismo

Estátua de Robert Baden-Powell na cidade do Rio de Janeiro

Robert Stephenson Smyth Baden-Powell (Londres, 22 de fevereiro de 1857 - Nairobi, 8 de janeiro de 1941) foi um tenente-general do Exército Britânico, fundador do escutismo.



Olave St. Clair Soames (Chesterfield, 22 de fevereiro de 1889 - Surrey, 25 de junho de 1977). Seu pai Harold Soames e sua mãe Katherine Hill tiveram mais dois filhos, um menino chamado Arthur e uma outra menina chamada Auriol, quando nasceu Olave, puseram este nome porque esperavam um filho homem que se chamaria Olaf.

(...)

Ao atingir a maturidade, Olave achou que a vida da sociedade de sua época era bastante monótona e, por isso, resolveu dedicar-se aos meninos inválidos, que ela recolhia em Bornemouth, onde cuidava deles. Em 1912, quando tinha 23 anos, seu pai que a cada ano viajava ao exterior, convidou-a a acompanha-lo em uma viagem às Índias Ocidentais. Embarcaram no "Arcadian" sem imaginar que seu futuro ia mudar totalmente durante aquela viagem. Neste barco viajava, acompanhado de vários oficiais, Lord Robert Baden-Powell, fundador do Escotismo, que nesta época já ostentava o título de Lord, e gozava de grande popularidade e reputação em muitos países do mundo. Um amigo de seu pai apresentou Olave a Robert. Ele tinha 55 anos naquela época, o que não impediu que entre os dois nascesse um grande amor, já que possuíam as mesmas idéias e aspirações. O curto tempo da viagem, foi suficiente para compreender que haviam nascido um para o outro e seus futuros lhe preparavam uma grande missão.
Quando deixaram a Jamaica, Baden-Powell e Olave estavam noivos e, em outubro do mesmo ano, casaram-se, indo passar sua lua-de-mel na África, iniciando uma vida em comum que foi enriquecida por três filhos: Peter, que nasceu em 1913, Heather, em 1915 e Betty, em 1917. Entre o cuidado com a casa, a educação dos filhos e a ajuda pessoal a seu esposo, transformou-se em sua secretária, encarregada de manter correspondência com milhares de pessoas de todo o mundo que lhe escreviam.

James Blunt - 39 anos

James Blunt (nome artístico de James Hillier Blount, Tidworth, 22 de fevereiro de 1974) é um cantor britânico.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Há dois anos a terra tremeu na capital da Ilha do Sul da Nova Zelândia

Edifício destruído em Christchurch

O Sismo de Canterbury de 2011 (também conhecido como sismo de Christchurch) foi um sismo de 6,3 graus de magnitude que atingiu a Ilha do Sul da Nova Zelândia às 12.51 horas de 22 de fevereiro de 2011 (hora local), que corresponde às 23.51 horas de 21 de fevereiro UTC. O número de mortes provocadas pelo sismo foi inicialmente estimado em 159 (em 2 de março de 2011), passando depois para 185.
A região mais afectada foi província de Canterbury, em particular a cidade de Christchurch, situada a 10 km do epicentro do sismo. Essa mesma região já tinha sido atingida por um sismo de 7,1 MW em 4 de setembro de 2010.
Mapa de intensidade do sismo, mostrando o epicentro próximo de Christchurch

Andrés Segovia nasceu há 110 anos

Andrés Segovia (Linares, Espanha, 21 de fevereiro de 1893 - Madrid, 3 de junho de 1987) foi um guitarrista espanhol. Considerado o pai da viola erudita moderna pela maioria dos estudiosos de música, Segovia dizia que ele "resgatou a viola das mãos dos ciganos flamencos" e construiu um reportório clássico para dar lugar ao instrumento em salas de concerto. Muitos compositores fizeram obras especificamente para ele como Turina, Villa-Lobos, Castelnuovo-Tedesco e Pedrell. Pablo Casals foi um grande admirador e apoiante de Segovia.

No início
A introdução de Segovia à guitarra foi aos quatro anos de idade. Quando era pequenino, o seu tio entoava-lhe canções enquanto ele tocava uma guitarra imaginária. Isso incitou Segovia a elevar a guitarra ao status do piano e do violino. Em particular, ele queria que a guitarra fosse tocada e estudada em todos os países e universidades do mundo, e passar o seu amor por ela para as gerações futuras.
A primeira apresentação de Segovia foi em Espanha, quando tinha 16 anos. Poucos anos depois, fez o seu primeiro concerto profissional em Madrid, tocando transcrições de Francisco Tárrega e algumas obras de Bach, que ele próprio transcreveu e arranjou.
A sua primeira turnê foi pela América do Sul em 1916. Em 1924, apresentou-se em Paris e em Londres. Seguiu depois por várias outras cidades na Europa e na Rússia.
Embora a sua opção não fosse aprovado pela família, ele prosseguiu os estudos em guitarra. A sua técnica diferencia-se das técnicas de Tárrega e dos seus sucessores, como Emilio Pujol. Como Miguel Llobet (que pode ter sido seu professor por um curto período), Segovia atacava as cordas com uma combinação da unha com a carne da ponta dos dedos, produzindo um som mais preciso do que os seus contemporâneos. Com esta técnica, foi possível criar uma paleta de timbres maior, em comparação com o uso da carne ou das unhas sozinhas.
Muitos músicos proeminentes acreditaram que a guitarra de Segovia não seria aceite pela comunidade da música erudita, porque nas suas mentes, a guitarra não poderia ser usada para música erudita. Apesar disso, a excelente técnica de Segovia e o seu toque único atordoaram plateias. Consequentemente, a guitarra não foi mais vista estritamente como um instrumento popular, mas sim como um instrumento apto para tocar música erudita.

Auge
Como progredia na sua carreira e tocava para audiências cada vez maiores, Segovia constatou que as guitarras existentes não eram suficientes para tocar em grandes salas de concerto, porque não conseguiam produzir volume de som suficiente. Isso estimulou-o a procurar inovações tecnológicas que poderiam melhorar a amplificação natural da guitarra. Trabalhando a par com o luthier Hermann Hauser, ajudou na construção da que hoje é conhecida como guitarra clássica, de melhores madeiras e cordas de nylon. O formato da guitarra também foi mudado para melhorar a acústica. A nova guitarra podia produzir notas com maior volume sonoro do que os modelos anteriores, usados em Espanha e noutras partes do mundo, embora fosse ainda baseado no modelo básico desenvolvido por Antonio Torres quase 50 anos antes de Segovia nascer. Depois de uma viagem de Segovia pelos Estados Unidos em 1928, Heitor Villa-Lobos compôs e dedicou-lhe os "12 Estudos". Segovia também transcreveu muitas peças eruditas e reescreveu obras transcritas por outros (como Tárrega). Muitos guitarristas nas Américas, entretanto, já tinham tocado as mesmas obras antes de Segovia chegar.
Em 1935, fez a estreia da "Chaconne" de J. S. Bach, uma peça difícil para qualquer instrumento (original para violino solo). Mudou-se para Montevideo, fazendo muitos concertos na América do Sul nas décadas de 30 e 40. Depois da II Guerra, Segovia começou a gravar mais frequentemente e a fazer digressões regulares pela Europa e EUA, uma agenda que ele manteria pelos 30 anos seguintes da sua vida.

Reconhecimento
Segovia ganhou o prémio Grammy pelo Melhor Trabalho Erudito - Instrumental em 1958, pela sua gravação Segovia Golden Jubilee.
Em reconhecimento da sua enorme contribuição cultural, foi elevado a nobre em 1981, com o título de Marquês de Salobreña.
Andrés Segovia continuou a apresentar-se já idoso e viveu uma semi-reforma durante os anos 70 e 80 na Costa del Sol. Dois filmes foram feitos sobre a sua vida e obra - um quando tinha 75 anos e outro 9 anos depois. Estão disponíveis no DVD Andres Segovia - in Portrait.

Segovia teve muitos alunos durante a sua carreira, incluindo alguns guitarristas hoje famosos como Steve Hackett, John Williams, Rouland Solarese, Eliot Fisk, Oscar Ghiglia, Charlie Byrd, Christopher Parkening, Michael Lorimer, Michael Chapdelaine, Virginia Luque e Alirio Diaz. Muitos outros guitarristas, como Lily Afshar, foram também influenciados pelas históricas master-classes. Estes alunos, entre muitos outros, carregam a tradição de Segovia de expandir a presença, o repertório e o reconhecimento da guitarra.
Morreu em Madrid, vítima de ataque cardíaco, aos 94 anos, tendo completado o desejo de transformar a guitarra (outrora um instrumento de dança cigana) num instrumento de concerto.


Nina Simone nasceu há 80 anos

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues, a "música do diabo", nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida dos seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida.
Nina Simone, que quando jovem foi impedida de ingressar em um conservatório de música na Filadélfia, também se destacou e foi perseguida por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. O seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um polícia nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava. E tudo isso, dizia ela, que tinha acontecido, as portas tinham se fechado, por ser negra.
Depois de fracassar na tentativa de ser uma grande concertista clássica, Nina ficou algum tempo em Nova Yorque até ir para Atlantic City, e lá trabalhou como pianista num bar, onde foi obrigada a cantar para não perder o emprego, e tocar piano era o que ela fazia. Então ela tornou-se Nina Simone, como escolheu chamar-se naquela ocasião. Depois, cantou músicas hoje clássicas e imortalizou hits como "Aint Got No - I Got Life", "I Wish I Know How It Would Feel To Be Free", e "Here Comes The Sun", além de "My Baby Just Cares For Me" que gravou e apareceu num anúncio de um perfume francês.
Em um breve contacto com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. A sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino dos ativistas dos direitos dos negros, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963.
Nina esteve duas vezes no Brasil, gravou com Maria Bethania e o seu último show ocorreu, em 1997, no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu, enquanto dormia, em Carry-le-Rouet, em 21 de abril de 2003.


quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Sobre a queda do meteorito na Rússia na passada 6ª

Cientistas encontram fragmentos do meteorito da Rússia

Meteorito principal continua por encontrar no fundo de um lago, mas dezenas de partículas foram recuperadas por investigadores da Universidade dos Urais.


Fragmentos do meteorito que causou 1500 feridos na Rússia

Cientistas russos recuperaram vários fragmentos do meteoro russo que se desintegrou sexta-feira sobre a região de Cheliabinsk, 1800 quilómetros a Leste de Moscovo, deixando quase 1500 feridos.
No domingo, o Governo russo suspendera as buscas para encontrar um meteorito que caiu sobre um lago congelado, recortando um círculo perfeito de vários metros de diâmetro sobre o gelo. A Universidade dos Urais, no entanto, enviou para a região uma equipa de investigadores, que recuperou cerca de meia centena de pequenos meteoritos. Fotos divulgadas pela universidade mostram uma série de pequenos fragmentos, o maior dos quais parece ter o diâmetro de um dedo.
“Confirmamos que as partículas de uma substância encontrada pela nossa expedição perto do lago de Tchebarkoul têm a composição de um meteorito”, disse Viktor Grokhovski, investigador da Universidade dos Urais e membro da Academia Russa de Ciências, citado pela agência AFP.
Segundo os cientistas, as partículas encontradas serão fragmentos de um meteorito maior que terá caído no lago de Tchebakoul. Mergulhadores tentaram encontrá-lo, mas a operação foi abandonada, dada a existência de uma camada de um metro e meio de lodo no fundo.
Meteorito é a designação que se dá aos fragmentos de um meteoro – um corpo celeste quando entra na atmosfera ­– que chegam ao solo. O meteoro da Rússia teria 17 metros de diâmetro e 10.000 toneladas de massa quando entrou na atmosfera, desintegrando-se num rasto incandescente devido ao atrito com o ar.
Ondas de choque, provocadas sobretudo pela explosão sónica durante a desaceleração do meteoro até ao limite da velocidade do som, provocaram danos em milhares de edifícios, sobretudo vidros partidos.
O último balanço do Ministério da Saúde russo fala em 1.491 feridos, dos quais 311 são crianças. Ainda há 46 pessoas hospitalizadas.
Na região de Cheliabinsk, equipas de emergência continuam a trabalhar para reparar os estragos, sobretudo pela substituição de vidros partidos. As temperaturas na região nesta altura do ano chegam perto dos 20 graus Celsius negativos.

in Público - ler notícia


NOTA: houve algumas asneiradas publicadas e ditas pelos media nos últimos dias sobre este assunto (os conceitos de asteróide, cometa, meteoroide, meteoro, bólide e meteorito sofreram tratos de polé e dificilmente resistiram...) que merecem a nossa atenção. Assim, em primeiro lugar, ao contrário de certas pessoas que esperam ansiosas o fim do mundo (depois do flop do 21.12.2012, tudo é bom para anunciar a destruição da Humanidade e da Terra...) este fenómeno é normal e aconteceu no passado e acontecerá no futuro muitas vezes. Depois, a passagem do asteroide 2012 DA14 na mesma data foi meramente fortuita. Finalmente, o asteroide e o cometa são pequenos astros com composição diferente (os primeiros rochosos e dando origem à maioria dos meteoritos caídos na Terra e os segundos são pequenas bolas de gelo sujo, com poeiras e, possivelmente, compostos orgânicos, sendo bons exemplos da composição da nebulosa que deu origem ao Sol e às estrelas suas irmãs). Para terminar, meteoroide é um pequeno astro que está no espaço, meteoro é o mesmo astro quando atravessa a atmosfera terrestre (deixando um rasto de luz, e por vezes, barulho e fumo, chamando-se bólide se é muito brilhante) e meteorito é a rocha que sobreviveu à queda do espaço e atinge a terra, dando-nos muitas pistas sobre o Sistema Solar e a sua formação. Esperemos ainda que os governos invistam mais na pesquisa de asteróides e cometas que possam chocar contra a Terra, para que este evento (ou o de Tunguska, também ocorrido na Rússia, passando este ano 105 anos sobre a sua ocorrência) pois fica provado que é dinheiro bem empregue.