O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
O pequeno meteoroide que provocou o fenómeno que foi visível em Portugal e Espanha a que chamos meteoro (o meteoroide é um pedaço de rocha ou de cometa no espaço que, puxado pela gravidade da Terra, ao entrar na atmosfera a uma enorme velocidade, aquece e é parcialmente - ou totalmente... - vaporizado, vendo-se e podendo-se ouvir então o meteoro; se sobrar um pedaço sólido que caia na Terra, então esse pedaço passará a ser um meteorito) teve, segundo o meu amigo José Augusto Matos (que teve um fim de semana muito trabalhoso nas televisões...) o trajeto em cima explanado, voltando para o espaço ou caindo os últimos fragmentos no mar.
O Instituto de Astrofísica de Andaluzia (IAA-CSIC) publicou que o meteoro começou a ser visível, a uma altitude
de aproximadamente cento e vinte km, sobre a aldeia de Don Benito, Badajoz, deslocou-se para noroeste, atravessou Portugal e
terminou a uma altura de cerca de 54 km sobre o Oceano Atlântico.
O pequeno fragmento de rocha (entre 10 e 40 cm de diâmetro) que fez tamanho estardalhaço não deveria ser proveniente de cometa, ao contrário do que alguns aventaram, pois a cor do meteoro (verde-azulado) indica que era rico em Magnésio, o que não aprece compatível com essa hipótese...
Bola de fogo que iluminou céu de quase todo o país foi um meteoroide. Não caíram fragmentos
Desprendeu-se de um
cometa, veio a 161 mil km/h, entrou na atmosfera perto de Badajoz,
percorreu Portugal durante 500 km rumo ao norte e 'apagou-se' no
Atlântico. Nenhum fragmento caiu no solo.
O enorme clarão que iluminou o céu de quase todo o país nos últimos
minutos deste sábado foi um meteoroide. A rocha espacial que coloriu de
azul e verde o céu de Portugal e Espanha libertou-se de um cometa,
incendiou-se ao entrar na atmosfera a uma velocidade de cerca de 161 mil
quilómetros por hora a uma altitude de 122 quilómetros perto de
Badajoz, percorreu depois cerca de 500 quilómetros num percurso para
noroeste cruzando o nosso país e extinguiu-se a 54 quilómetros de
altura, sobre o Atlântico, já acima do Porto. Neste longo trajeto
rompeu-se em vários fragmentos, que tornaram esta bola de fogo ainda
mais brilhante, mas nenhum deles caiu no solo.
A informação é do Instituto de Astrofísica de Andaluzia (IAA-CSIC),
que centraliza as informações dos detetores de várias estações do
projeto SMART em Espanha (Huelva, Toledo, Granada ou Sevilha, por
exemplo) e também Portugal. O SMART monitoriza continuamente a atmosfera
para observar e analisar o impacto de possíveis objetos do Sistema
Solar contra o nosso Planeta. Foi tornada pública esta manhã e coloca
assim de parte a possível queda de qualquer fragmento da rocha em Castro
Daire, como chegou a ser admitido pela Proteção Civil, que emitiu um
alerta (pouco habitual) para a queda de um meteorito na região de
Pinheiro, Castro Daire, Viseu, já na madrugada de domingo, retirando
esse mesmo alerta uma hora depois.
Os avistamentos começaram dez minutos antes da meia noite e Proteção
Civil abriu uma ocorrência para “queda de meteorito” na zona de Castro
Daire. Mas depois desmobilizou os meios de socorro na zona. “Pelo menos
agora durante a noite não foi encontrado nada”, adiantou à Lusa fonte do
Comando Sub-regional de Viseu Dão Lafões por volta das 2h45.
Seis veículos auxiliados por 20 operacionais, da GNR e
dos bombeiros de Castro Daire, estiveram na zona de Pereira e da serra
de Montemuro. Por volta da 1h20, a mesma fonte disse à Lusa que “houve
efetivamente um alerta de possível queda de meteorito” e que, “uma vez
que as pessoas referiram que viram um clarão numa zona de antenas”, as
equipas patrulharam também “parques eólicos ali ao redor”.
Especialista de Instituto da Andaluzia afasta queda de fragmentos
Na
manha deste domingo, o Instituto de Astrofísica de Andaluzia explicava
cientificamente o fenómeno e garantia que não tinha havido queda de
fragmentos. O evento foi analisado pelo responsável pelo projeto SMART
daquele instituto, o astrofísico José María Madiedo, que avançou vários
detalhes: a rocha espacial chegou à atmosfera terrestre à tal velocidade
impressionante de 61 mil quilómetros por hora (45 km por segundo);
tinha uma trajetória quase paralela e rasante com a Terra (apenas 10
graus de inclinação); veio de um cometa; e tratou-se de um meteoroide.
O astrofísico acrescentou que ao impactar com a atmosfera bruscamente
e a tão grande velocidade, o meteoroide se tornou então incandescente, o
que produziu a bola de fogo brilhante que foi avistada no céu. A rocha
espacial entrou na atmosfera em Don Benito (perto de Badajoz), a cerca
de 122 km de altitude, e depois fez um percurso para noroeste de 500 km
cruzando Portugal, onde se “apagou” já sobre o Oceano Atlântico, a 54k
de altura, para lá do Porto.
Ao longo deste trajeto, em que foram muitos os avistamentos, mesmo à
distância (vão desde Madrid, a Jaen e Sevilha — em Espanha —, passando
por Coruche, Santarém, Lisboa, Viseu, Porto e Braga — em Portugal), o
meteoroide sofreu várias explosões. Essas explosões acontecem à medida
que a rocha se vai partindo em vários fragmentos, normalmente pequenos
detritos, o que, quando acontece, aumenta a sua luminosidade. Nenhum
desses fragmentos, garante o Instituto de Astrofísica de Andaluzia,
chegou ao solo. Daí que qualquer indício de queda em Castro Daire e
respetivas buscas tenham sido em vão, apesar do alerta da Proteção
Civil.
Pouco antes da meia-noite, começaram a surgir relatos nas
redes sociais do clarão avistado em vários pontos do território
nacional. E muitas imagens circularam nas redes sociais.
Os meteoroides podem
variar de tamanho, desde serem quase insignificantes - micrometeoroides
ou poeira espacial -, a terem quase um metro de largura. Esse é um dado
sobre o qual ainda não existe informação. Na sua maioria são fragmentos
de cometas ou asteroides, mas podem também ser detritos de impactos
desses corpos com planetas. Neste caso, já se sabe que era uma pedra de
um cometa.
Em qualquer caso, quando um meteoroide (ou um asteroide) entra na
atmosfera da Terra a uma velocidade superior a 72 mil quilómetros por
hora (e no caso deste sábado estamos a falar quase do dobro), o
aquecimento aerodinâmico no contacto com o ar produz um raio de luz,
porque a pedra fica incandescente porque explode e porque deixa à
passagem um rastro de partículas brilhantes. Nesta fase já se pode
chamar meteoro ou, como muitas vezes as conhecemos, “estrelas
cadentes”. Os meteoros são visíveis quando estão a cerca de 100 km
acima do nível do mar.
Meteoro é o que se se chama à luz brilhante
do pedaço de rocha que se desprende do cometa e se incendeia ao entrar
na nossa atmosfera, as estrelas cadentes. E os meteoritos são já o que
resta dessa rocha depois de atravessar a atmosfera e cair na Terra.
Esses
pedaços da rocha, que caem sobre a Terra (25 milhões de meteoroides,
micrometeoroides e outros detritos espaciais caem todos os dias),
normalmente são bastante pequenos, mas há rochas de maiores dimensões
que caem sobre zonas habitadas ou sobre estruturas, causando danos. O
que não foi o caso.
Estes não são fenómenos raros. As conhecidas chuvas de estrelas são
exatamente isso, detritos de meteoros que entram na atmosfera terrestre
em grande velocidade, devido à interação de um cometa com a Terra, em
que rochas desse cometa se desprendem da sua órbita, ou, ao contrário,
quando é a Terra a cruzar essa órbita.
No caso deste sábado ter-se-á tratado seguramente de uma rocha de
alguma dimensão, que entrou a uma enorme velocidade e passou a uma
altitude muito baixa. Um bólide, como é conhecido. Este tipo de caso já é
fenómeno mais raro: tornam-se extremamente brilhantes, são sempre menos
habituais e de uma beleza extraordinária. E há sempre um perigo
relativo.
A agência de notícias russa RIA Novosti informou que oficiais haviam detetado uma explosão na troposfera a uma altitude de aproximadamente 10.000 m. Contudo, a Academia de Ciências da Rússia
estima que a explosão tenha ocorrido entre 30 e 50 km de altitude. De
acordo com estimativas preliminares da agência espacial Russa Roskosmos, o objeto deslocava-se ao longo de uma trajetória baixa com uma velocidade de aproximadamente 30 km/s (equivalente a 108 000 km/h). Dados coletados por pelo menos cinco estações de infrassom indicam que o evento teve uma duração total de 32,5 s. O primeiro registo do evento por uma estação de infrassom ocorreu no Alasca, a 6.500 km de Cheliabinsk. Porém, o asteroide não havia sido detetado antes de entrar na atmosfera. A composição do meteorito assemelhava-se à dos condritos ordinários.
Cerca de 1.200 pessoas procuraram atendimento médico em
consequência do evento, sendo que a maioria dos feridos machucou-se com
estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de impacto da explosão da bola-de-fogo. Segundo a defesa civil, pelo menos duas estavam muito mal. A explosão e os impactos resultantes danificaram prédios em seis cidades na região do evento.
O calor resultante do atrito do objeto com o ar da atmosfera produziu
uma luz ofuscante, a ponto de projetar sombras em Cheliabinsk, tendo
sido avistada nos óblasts de Sverdlovsk e Oremburgo e no vizinho Cazaquistão.
O meteoro de Cheliabinsk é o maior corpo celeste a atingir a Terra desde o evento de Tunguska, em 1908, e, até onde se tem conhecimento, o único evento no qual tamanho número de vítimas foi registado.
Reconstrução de sua trajetória orbital baseada nas informações e vídeos
amadores coletados permitiram concluir com segurança que tal asteroide pertencia a um grupo de asteroides denominado Apollo, que orbitam de forma perigosa na proximidade da Terra.
Um dos fragmentos do meteorito encontrados na área de impacto
A agência de notícias russa RIA Novosti informou que oficiais haviam detetado uma explosão na troposfera a uma altitude de aproximadamente 10.000 m. Contudo, a Academia de Ciências da Rússia estima que a explosão tenha ocorrido entre 30 e 50 km de altitude. De acordo com estimativas preliminares da agência espacial Russa Roskosmos, o objeto deslocava-se ao longo de uma trajetória baixa com uma velocidade de aproximadamente 30 km/s (equivalente a 108 000 km/h). Dados coletados por pelo menos cinco estações de infrassom indicam que o evento teve uma duração total de 32,5 s. O primeiro registo do evento por uma estação de infrassom ocorreu no Alasca, a 6 500 km de Cheliabinsk. Porém, o asteroide não havia sido detetado antes de entrar na atmosfera. A composição do meteorito assemelhava-se à dos condritos ordinários.
Cerca de 1.200 pessoas procuraram atendimento médico em
consequência do evento, sendo que a maioria dos feridos machucou-se com
estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de impacto da explosão da bola-de-fogo. Segundo a defesa civil, pelo menos duas estavam muito mal. A explosão e os impactos resultantes danificaram prédios em seis cidades na região do evento.
O calor resultante do atrito do objeto com o ar da atmosfera produziu
uma luz ofuscante, a ponto de projetar sombras em Cheliabinsk, tendo
sido avistada nos óblasts de Sverdlovsk e Oremburgo e no vizinho Cazaquistão.
O meteoro de Cheliabinsk é o maior corpo celeste a atingir a Terra desde o evento de Tunguska, em 1908, e, até onde se tem conhecimento, o único evento no qual tamanho número de vítimas foi registado.
Reconstrução de sua trajetória orbital baseada nas informações e vídeos
amadores coletados permitiram concluir com segurança que tal asteroide pertencia a um grupo de asteroides denominado Apollo, que orbitam de forma perigosa na proximidade da Terra.
Um dos fragmentos do meteorito encontrados ao redor da área de impacto
O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas.
À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas
de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.
O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido
"reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos
arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano,
que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época,
Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe
disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento
do Rio Curuçá
foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX.
Investigando a data do evento, acredita-se tratar de um meteorito
proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália,
até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi
encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de
que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No
entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e
interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela
cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o sinal
sísmico estaria relacionado ao impacto de um meteorito daquele tamanho.
No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o
registo sísmico estariam relacionados ao evento.
O governo brasileiro poderia, como fez o governo russo no evento de Tunguska,
disponibilizar uma equipa qualificada para pesquisar, e, de facto,
caracterizar o que pode ter sido o segundo maior evento observado no
mundo moderno. Até o momento apenas um missionário religioso e uma
pequena expedição financiada pela TV avaliaram o evento.
A agência de notícias russa RIA Novosti informou que oficiais haviam detectado uma explosão na troposfera a uma altitude de aproximadamente 10 000 m. Contudo, a Academia de Ciências da Rússia estima que a explosão tenha ocorrido entre 30 e 50 km de altitude. De acordo com estimativas preliminares da agência espacial Russa Roskosmos, o objeto deslocava-se ao longo de uma trajetória baixa com uma velocidade de aproximadamente 30 km/s (equivalente a 108 000 km/h). Dados coletados por pelo menos cinco estações de infrassom indicam que o evento teve uma duração total de 32,5 s. O primeiro registo do evento por uma estação de infrassom ocorreu no Alasca, a 6 500 km de Cheliabinsk. Porém, o asteroide não havia sido detectado antes de entrar na atmosfera. A composição do meteorito assemelhava-se a dos condritos ordinários.
Cerca de 1.200 pessoas procuraram atendimento médico em
consequência do evento, sendo que a maioria dos feridos machucou-se com
estilhaços de vidro das janelas destruídas pela onda de impacto da explosão da bola-de-fogo. Segundo a defesa civil, pelo menos duas estavam muito mal. A explosão e os impactos resultantes danificaram prédios em seis cidades na região do evento.
O calor resultante do atrito do objeto com o ar da atmosfera produziu
uma luz ofuscante, a ponto de projetar sombras em Cheliabinsk, tendo
sido avistada nos óblasts de Sverdlovsk e Oremburgo e no vizinho Cazaquistão.
O meteoro de Cheliabinsk é o maior corpo celeste a atingir a Terra desde o evento de Tunguska, em 1908, e, até onde se tem conhecimento, o único evento no qual tamanho número de vítimas foi registado.
Reconstrução de sua trajetória orbital baseada nas informações e vídeos
amadores coletados permitiram concluir com segurança que tal asteroide pertencia ao grupo de asteroides denominado Apollo, que orbitam de forma perigosa nas proximidades da terra.
Um dos fragmentos do meteorito encontrados ao redor da área de impacto
O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas.
À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas
de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.
O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido
"reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos
arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano,
que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época,
Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe
disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento
do Rio Curuçá
foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX.
Investigando a data do evento, acredita-se tratar de um meteorito
proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália,
até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi
encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de
que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No
entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e
interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela
cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o sinal
sísmico estaria relacionado ao impacto de um meteorito daquele tamanho.
No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o
registo sísmico estariam relacionados ao evento.
O governo brasileiro poderia, como fez o governo russo no evento de Tunguska,
disponibilizar uma equipa qualificada para pesquisar, e, de facto,
caracterizar o que pode ter sido o segundo maior evento observado no
mundo moderno. Até o momento apenas um missionário religioso e uma
pequena expedição financiada pela TV avaliaram o evento.
Meteorito cai em Cuba. Bola de fogo foi observada durante 10 minutos até explodir em pequenos fragmentos
O fenómeno pouco comum aconteceu na zona oeste da ilha, na sexta-feira. O meteorito desintegrou-se em numerosos fragmentos, o maior com 11 centímetros. Não há registo de feridos ou danos materiais.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba confirmou a queda de um meteorito na zona oeste da ilha, na sexta-feira, que se desintegrou em numerosos fragmentos dispersos pela província de Pinar del Río.
A queda do meteorito foi observada por sete estações meteorológicas em Pinar del Río, durante dez minutos.
O meteorito deixou um rasto, uma espécie de uma bola de fogo que sulcou o céu, registando-se posteriormente uma forte explosão, de acordo com um comunicado das autoridades. O fenómeno foi registado em vários vídeos amadores, publicados na Internet e replicados por várias televisões locais.
O episódio ocorreu no município de Vinales, de acordo com a análise realizada por especialistas do Ministério, do Instituto de Geofísica e Astronomia e de outras instituições científicas.
O meteorito julga-se ser do tipo pétreo, com uma liga de ferro e níquel, possuindo também uma grande quantidade de silicato de magnésio.
Os fragmentos atingiram as cidades de Los Jazmines, Dos Hermanas, El Guajaní, perto da cidade turística de Vinales e El Palmarito, onde se encontrou o maior fragmento, com cerca de 11 centímetros de comprimento, que deixou uma pequena cratera no solo. Nas redes sociais, várias pessoas partilharam fotos desses pequenos pedaços. As que vê abaixo foram publicadas pelo correspondente da CNN em Cuba.
Os especialistas recolheram amostras que vão ser submetidas a testes químicos, para se perceber maior precisão este fenómeno que, apesar de ser incomum, não é a primeira vez que acontece na ilha.
Only in Cuba does an apparent meteorite crash and you happen to know the person who’s house was hit. pic.twitter.com/jYhAnBLUy0
O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.
O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido "reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano, que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época, Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento do Rio Curuçá foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX. Investigando a data do evento, acredita-se tratar de um meteorito proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália, até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o sinal sísmico estaria relacionado ao impacto de um meteorito daquele tamanho. No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o registo sísmico estariam relacionados ao evento.
O governo brasileiro poderia, como fez o governo russo no evento de Tunguska, disponibilizar uma equipa qualificada para pesquisar, e, de facto, caracterizar o que pode ter sido o segundo maior evento observado no mundo moderno. Até o momento apenas um missionário religioso e uma pequena expedição financiada pela TV avaliaram o evento.
Cientistas encontram fragmentos do meteorito da Rússia
Meteorito principal continua por encontrar no fundo de um lago, mas dezenas de partículas foram recuperadas por investigadores da Universidade dos Urais.
Fragmentos do meteorito que causou 1500 feridos na Rússia
Cientistas russos recuperaram vários fragmentos do meteoro russo que se desintegrou sexta-feira sobre a região de Cheliabinsk, 1800 quilómetros a Leste de Moscovo, deixando quase 1500 feridos.
No domingo, o Governo russo suspendera as buscas para encontrar um meteorito que caiu sobre um lago congelado, recortando um círculo perfeito de vários metros de diâmetro sobre o gelo. A Universidade dos Urais, no entanto, enviou para a região uma equipa de investigadores, que recuperou cerca de meia centena de pequenos meteoritos. Fotos divulgadas pela universidade mostram uma série de pequenos fragmentos, o maior dos quais parece ter o diâmetro de um dedo.
“Confirmamos que as partículas de uma substância encontrada pela nossa expedição perto do lago de Tchebarkoul têm a composição de um meteorito”, disse Viktor Grokhovski, investigador da Universidade dos Urais e membro da Academia Russa de Ciências, citado pela agência AFP.
Segundo os cientistas, as partículas encontradas serão fragmentos de um meteorito maior que terá caído no lago de Tchebakoul. Mergulhadores tentaram encontrá-lo, mas a operação foi abandonada, dada a existência de uma camada de um metro e meio de lodo no fundo.
Meteorito é a designação que se dá aos fragmentos de um meteoro – um corpo celeste quando entra na atmosfera – que chegam ao solo. O meteoro da Rússia teria 17 metros de diâmetro e 10.000 toneladas de massa quando entrou na atmosfera, desintegrando-se num rasto incandescente devido ao atrito com o ar.
Ondas de choque, provocadas sobretudo pela explosão sónica durante a desaceleração do meteoro até ao limite da velocidade do som, provocaram danos em milhares de edifícios, sobretudo vidros partidos.
O último balanço do Ministério da Saúde russo fala em 1.491 feridos, dos quais 311 são crianças. Ainda há 46 pessoas hospitalizadas.
Na região de Cheliabinsk, equipas de emergência continuam a trabalhar para reparar os estragos, sobretudo pela substituição de vidros partidos. As temperaturas na região nesta altura do ano chegam perto dos 20 graus Celsius negativos.
NOTA: houve algumas asneiradas publicadas e ditas pelos media nos últimos dias sobre este assunto (os conceitos de asteróide, cometa, meteoroide, meteoro, bólide e meteorito sofreram tratos de polé e dificilmente resistiram...) que merecem a nossa atenção. Assim, em primeiro lugar, ao contrário de certas pessoas que esperam ansiosas o fim do mundo (depois do flop do 21.12.2012, tudo é bom para anunciar a destruição da Humanidade e da Terra...) este fenómeno é normal e aconteceu no passado e acontecerá no futuro muitas vezes. Depois, a passagem do asteroide 2012 DA14 na mesma data foi meramente fortuita. Finalmente, o asteroide e o cometa são pequenos astros com composição diferente (os primeiros rochosos e dando origem à maioria dos meteoritos caídos na Terra e os segundos são pequenas bolas de gelo sujo, com poeiras e, possivelmente, compostos orgânicos, sendo bons exemplos da composição da nebulosa que deu origem ao Sol e às estrelas suas irmãs). Para terminar, meteoroide é um pequeno astro que está no espaço, meteoro é o mesmo astro quando atravessa a atmosfera terrestre (deixando um rasto de luz, e por vezes, barulho e fumo, chamando-se bólide se é muito brilhante) e meteorito é a rocha que sobreviveu à queda do espaço e atinge a terra, dando-nos muitas pistas sobre o Sistema Solar e a sua formação. Esperemos ainda que os governos invistam mais na pesquisa de asteróides e cometas que possam chocar contra a Terra, para que este evento (ou o de Tunguska, também ocorrido na Rússia, passando este ano 105 anos sobre a sua ocorrência) pois fica provado que é dinheiro bem empregue.