segunda-feira, março 11, 2024

Um terramoto seguido de tsunami ocorreu há 13 anos no Japão

 
Localização do epicentro e intensidade do sismo e réplicas
    
O Sismo e tsunami de Tohoku de 2011 ou sismo e tsunami de Sendai (designado oficialmente Grande Terramoto do Leste do Japão) foi um sismo de magnitude de 8,9 MW com epicentro ao largo da costa do Japão ocorrido às 05:46 UTC (14:46 na hora local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, com o hipocentro situado a uma profundidade de 24,4 km. O sismo atingiu o grau 7 - a magnitude máxima da escala de intensidade sísmica da Agência Meteorológica do Japão - a norte da Prefeitura de Miyagi, grau 6 em outras prefeituras e 5 em Tóquio.
O sismo provocou alertas de tsunami e evacuações na linha costeira japonesa do Pacífico e em pelo menos 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico da América do Norte e América do Sul. Provocou também ondas de tsunami de mais de 10 m de altura, que atingiram o Japão e diversos outros países. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra.
De acordo com as autoridades houve 13.333 mortos confirmados e cerca de 16.000 desaparecidos. O sismo causou danos substanciais no Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água. Muitos geradores deixaram de funcionar e pelo menos dois reatores nucleares foram danificados, o que levou à evacuação imediata das regiões atingidas enquanto um estado de emergência era estabelecido. A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.
Estima-se que a magnitude do sismo de Sendai faça deste o maior sismo a atingir o Japão e um dos cinco maiores do mundo desde que os registos modernos começaram a ser compilados.
    
Vista aérea de Sendai em 12 de março de 2011
       
Sismo
O sismo gerou um tsunami com ondas de quatro metros, estando alertas ativos para vários países, regiões e arquipélagos, como Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Guam, Filipinas, Indonésia, Papua-Nova Guiné, Nauru, Havai e Marianas Setentrionais (Estados Unidos), Taiwan, Equador e Chile. O aviso de tsunami emitido pelo Japão foi o de maior gravidade na escala de alertas, esperando-se que possam ser atingidos os 10 metros de altura de algumas ondas. Uma onda de 0,5 m de altura atingiu a costa norte do Japão A agência Kyodo relatou que uma onda de 4 m de altura atingiu a prefeitura de Iwate no Japão, e houve também inundações na prefeitura de Miyagi, arrasando a parte baixa da costa, levando automóveis e causando destruição.
O número de vítimas é impreciso, com relatos iniciais apontando mais de mil mortos e milhares de feridos. Estes dados não contam com a destruição quase completa da cidade de Sendai.
 
Impacto geofísico
Relatórios do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Servia sugerem que o efeito dos terremotos na região foi tão forte que o eixo da Terra foi alterado em 10 cm. Um relatório separado do Serviço Geológico dos Estados Unidos disse que Honshu, a principal ilha do Japão, foi movimentada em 2,4 m na direção leste.
     
Tsunami
    
 
Tempo estimado de viagem do tsunami gerado pelo sismo
     
Japão
O terramoto provocou um alerta de tsunami e evacuações da costa japonesa do Pacífico e de pelo menos outros 20 países, incluindo toda a costa do Pacífico, tanto da América do Norte como da América do Sul, desde o Alasca até ao Chile. O alerta de tsunami emitido pelo Japão foi a mais grave em sua escala de alerta, o que implica que a onda era esperada para ter uma altura de, ao menos, 10 metros de altura. Uma onda desse tamanho ocorreu às 15:55 JST inundações Aeroporto de Sendai, que fica perto da costa da Prefeitura de Miyagi, com ondas varrendo carros e inundando vários edifícios conforme ia para o interior da ilha. O impacto do tsunami em torno do Aeroporto de Sendai foi filmado por um helicóptero de notícias da rede NHK, mostrando vários veículos em estradas locais tentando escapar da onda que se aproximava rapidamente. Uma onda de tsunami de 4 metros de altura atingiu a Prefeitura de Iwate.
Como no Sismo do Oceano Índico de 2004 e no Ciclone Nargis, o dano da afluência de água, embora muito mais localizado, pode ser muito mais letal e destrutivo do que o terramoto em si. Há relatos de "cidades inteiras destruídas" nas áreas atingidas pelo tsunami no Japão, incluindo 9500 desaparecidos em Minamisanriku; Kuji e Ofunato foram "varridas...não deixando nenhum vestígio de que uma cidade estava lá."
     
Em outras partes do Pacífico
Em Guam, dois submarinos de ataque dos Estados Unidos foram desancorados, mas logo foram retomados. O estado do Havaí estimou os danos em infra-estruturas públicas em três milhões de dólares, com danos privados ainda maiores. Uma casa foi levada para o mar.
O Centro de Alerta de Tsunami da Costa Oeste dos Estados Unidos e do Alasca emitiu um alerta de tsunami para as zonas costeiras da Califórnia e do Oregon, de Point Conception, na Califórnia, até à fronteira do Oregon e Washington. Na Califórnia, o porto em Crescent City foi atingido por ondas de tsunami de oito pés, com docas e cerca de 35 barcos severamente danificados, enquanto o porto de Santa Cruz estimou prejuízos de 10 milhões de dólares como resultado dos danos, com outros 4 milhões de dólares em danos em embarcações que atracam ali. A Ilha Catalina, na Califórnia e Brookings, no Oregon, também sofreram danos.
Ao longo da costa do Pacífico no México e na América do Sul, foram registados surtos de tsunami, mas na maioria dos lugares causou pouco ou nenhum dano. O Peru relatou uma onda de 1,5 m e mais de 300 casas foram danificadas na cidade de Pueblo Nuevo de Colan e Pisco.
  
Mapa do NOAA da altura da onda do tsunami
       
Consequências
O sistema de alerta de terramotos da Agência Meteorológica do Japão alertou a população cerca de um minuto antes do tremor, através de emissoras de televisão e rádio, além de correio eletrónico e mensagens via celular para pessoas cadastradas no sistema.
O sismo atingiu severamente Honshu, incluindo Tóquio. Verificaram-se numerosos incêndios em instalações industriais. Cerca de 13 horas depois do primeiro grande abalo, dois fortes sismos de magnitude 6,2 e 6,1 atingiram novamente a costa do Japão. Um barco com cerca de 100 pessoas a bordo foi virado pelo tsunami que atingiu a costa do Japão. A embarcação estava na costa da prefeitura de Miyagi. Um grande incêndio atingiu a cidade de Kesennuma.
     
Vista aérea de área atingida pelo tsunami
       
Centrais nucleares
Outro dos efeitos do sismo foi a explosão ocorrida no dia 12 de março na Central Nuclear de Fukushima I. O tsunami atingiu-a e provocou uma avaria no sistema de refrigeração. O corte de eletricidade impediu a recuperação desse sistema, permitindo que os bastões do combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão e originando a explosão.
No dia anterior fora declarado estado de emergência na central nuclear e, apesar da informação de que não existiam fugas radioativas, evacuaram-se cerca de 3.000 residentes num raio de 3 km do reator. Horas depois o raio de evacuação tinha sido elevado para 10 km, afetando já 45 000 pessoas. O reator é refrigerado através da circulação de água através do seu combustível nuclear, tendo sido detetada uma alta pressão de vapor no reator, o dobro do que é permitido. A empresa Tokyo Electric Power avaliou a possibilidade de libertar parte deste vapor para reduzir a pressão no mesmo, vapor esse que contém material radioativo. Os níveis de radiação na sala de controlo da central eram cerca de 1000 vezes maiores que os níveis normais e na entrada da central foram medidos níveis 8 vezes superiores aos normais, existindo a possibilidade do derretimento do núcleo dos reatores.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, falou ao país após o sismo, lamentando o sucedido e oferecendo as suas condolências às famílias das vítimas. Indicou igualmente que já estaria em marcha a construção de um quartel-general para as operações de emergência e assegurou que não foi detetada nenhuma fuga radioativa nas centrais nucleares do país.
    

Mapa mostrando o epicentro do terremoto e a posição das centrais nucleares afetadas
         

Ástor Piazzolla nasceu há cento e três anos...

   
Astor Pantaleón Piazzolla (Mar del Plata, 11 de março de 1921Buenos Aires, 4 de julho de 1992), filho dos imigrantes italianos Vicente Piazzolla e Asunta Manetti, foi um bandoneonista e compositor argentino.
Aos quatro anos foi, com a sua família, viver em Nova York, em busca de melhores condições de vida. No seu período americano tornou-se fluente em espanhol, inglês, italiano e francês, iniciando o seu interesse por música. Em 1929 teve o seu primeiro bandoneón, dado pelo seu pai, e em 1933, começou a ter aulas de piano com Bela Wilde, um pianista húngaro discípulo de Sergei Rachmaninoff. Em Nova York conheceu o cantor argentino de tango Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade, para rodar o filme El día que me quieras, onde atuou como um rapaz entregador de jornais.
Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger. Na sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.
Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.
Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de facto tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para os seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.
Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.
Entre os seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.
Algumas das suas composições mais famosas são Libertango e Adiós Nonino. Libertango é uma das mais conhecidas, sendo esta constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.
    

 


Começou o PREC há 49 anos...

11 de março de 1975. O dia que fez o PS, o CDS e o PSD tremer
 
  
A tentativa de golpe de Estado orquestrada pelo general António de Spínola acabou por não acontecer e incentivar a nacionalização da banca e dos jornais
 
No dia em que Assunção Cristas renova o seu mandato à frente do CDS, faz 43 anos que a tentativa de golpe de Estado levada a cabo pelo ex-Presidente da República general António Spínola, apoiado por militantes de direita, quase levou à extinção dos partidos de centro e da direita, entre eles o PS, PSD e CDS. Apesar da revolução ter falhado, o dia 11 de março de 1975 marca o final do PREC (Processo Revolucionário em Curso) e o início do Verão Quente de '75.
A iniciativa de Spínola foi vista como uma provocação ao 25 de Abril de 1974 pelos revolucionários, que eram apoiados pela extrema-esquerda e pelos comunistas. Por isso, nas semanas que se seguiram, as sedes dos partidos de centro e de direita foram alvo de assaltos e os partidos pequenos foram proibidos de participar nas eleições legislativas, que chegaram mesmo a estar em risco de não se realizarem. Foi o Presidente da República general Costa Gomes que interveio de forma a adiar o sufrágio para 25 de abril, um ano depois da revolução.
A Junta de Salvação Nacional chegava assim ao fim. Foi ainda dissolvido o Conselho de Estado e criado o Conselho da Revolução, composto unicamente por militares a quem foi conferido o direito de veto perante todas as decisões do governo. Os militares ganhavam cada vez mais poder, juntando ao Conselho da Revolução a Assembleia do Movimento das Forças Armadas (MFA), também criada na sequência do dia 11 de março. Outra decisão tomada foi sobre a eleição do Presidente da República que passaria a ser escolhido em conjunto pela Assembleia da MFA e por um colégio composto pelos deputados eleitos e por militares, estando estes em maioria.
A ameaça do regresso da direita, encarnada na tentativa do golpe de Estado, foi tal que o comando militar revolucionário (Copcon) chegou mesmo a prender militares, empresários, capitalistas ou civís de direita ou de centro sem acusações ou mandatos. Também dentro dos exércitos, vários militares foram colocados na reserva por não acatarem os princípios da MFA.
Foi o início do fim das colónias, o incentivo à ocupação de terras de exploração agrícola, empresas e casas de habitação e o começo das nacionalizações dos bancos, das empresas e dos jornais.

in O Sol

11 de março
 

  
Passam hoje 40 anos sobre um dos mais marcantes momentos do processo iniciado em 25 de Abril. O PREC (Processo Revolucionário Em Curso) começou verdadeiramente em 11 de Março de 1975. Aqueceu com a Primavera, mas foi no Verão, nesse Verão quente de 75, que escaldou. Incendiou-se, literalmente!
Foi-se esgotando á medida que o Verão se ia aproximando do fim... Até chegar novembro... novembro, 25. A data que completa a trilogia da revolução dos cravos, e que fecha os 19 meses mais vertiginosos da História de Portugal!
Se quisermos espreitar os rostos desta trilogia encontraremos certamente a cara de Salgueiro Maia no 25 de abril, e a de  Jaime Neves no 25 de novembro. No 11 de março pouca gente identificará o rosto de Dinis de Almeida, o jovem major ao centro na imagem acima, que retrata o momento central - tão caricato quanto marcante - dos acontecimentos que marcam esta data histórica. É o episódio em que o herói do 11 de março, comandante do então RAL 1 (Regimento de Artilharia Ligeira) e depois RALIS, atacado pelos pára quedistas de Tancos, dialoga com o comandante das forças agressoras (de costas) em frente às câmaras da RTP, que acaba a confessar-se enganado. Acabava ali a tentativa de golpe de Estado patrocinado por Spínola que, curiosamente, tinha tentado o apoio de Jaime Neves (disse-lhe que só obedecia à hierarquia) e de Salgueiro Maia, que nem lhe atenderia o telefone...

in blog Quinta Emenda

O filme Winnie the Pooh foi lançado há 47 anos


The Many Adventures of Winnie the Pooh (no Brasil: Puff - O Ursinho Guloso/As Muitas Aventuras do Ursinho Puff; em Portugal: As Extra-Aventuras de Winnie the Pooh) é um filme norte-americano do género filme de animação, lançado pela Disney em 11 de março de 1977, baseado no livro Winnie-the-Pooh de A. A. Milne. É o 22.º filme da lista de clássicos da Disney.

Foram criadas diversas sequências com os personagens do filme, além de programas de televisão, roupas, livros e brinquedos. Dentre as sequências lançadas, estão "The Tigger Movie", "Piglet's Big Movie", "Pooh's Heffalump Movie" e "Winnie the Pooh". Também inspirou uma atração, com mesmo nome, nos parques Disneyland, Walt Disney World e Hong Kong Disneyland. Tem uma atração mais elaborada no parque Tokyo Disneyland, inspirada no mesmo filme e com o nome de "Pooh's Hunny Hunt".

 

in Wikipédia

Russell Lissack, dos Bloc Party, faz hoje quarenta e três anos

 

Russell Lissack (Chingford, Waltham Forest, 11 de março de 1981) é um guitarrista britânico atualmente na banda Bloc Party

 

in Wikipédia

 


A União Soviética "escolheu" o seu último líder comunista há 39 anos


Mikhail Sergueievitch Gorbachev
(Stavropol, 2 de março de 1931Moscovo, 30 de agosto de 2022) foi um estadista e político russo, mais conhecido por ter sido o último líder da União Soviética, entre 1985 e 1991. Durante seu governo, as suas tentativas de reforma, tanto no campo político, representadas pelo projeto Glasnost, como no campo económico, através da perestroika, conduziram ao final da Guerra Fria e, ainda que não tivessem esse objetivo, deram fim ao poderio do Partido Comunista no país, levando à dissolução da União Soviética.
Entre as principais medidas tomadas por Gorbachev, estão a campanha contra o alcoolismo, a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão, após quase uma década de guerra, a anulação da condição da União Soviética como Estado socialista e a conivência com as reformas políticas neoliberais nos países do Pacto de Varsóvia, a chamada Doutrina Sinatra, que culminou com a queda do muro de Berlim, em 1989.
 
(...)
  
Com a morte de Konstantin Chernenko, Mikhail Gorbachev é eleito o novo líder da União Soviética, a 11 de março de 1985.
Este lança diversas reformas e campanhas, que a longo prazo conduziriam o país a uma economia de mercado, ao fim do monopólio do poder central do PCUS e, posteriormente, à desintegração da União Soviética.

  Mais socialismo significa mais democracia, transparência e coletivismo na vida quotidiana.

 Mikhail Gorbachev
  
Uma de suas primeiras atividades políticas foi a contraditória campanha contra o alcoolismo, lançada em 1985, que levou a um aumento de 45% nos preços das bebidas alcoólicas, e consequentemente a uma redução na produção de álcool e vinhos e à escassez de açúcar nos mercados, por causa da produção clandestina de bebidas alcoólicas. Por outro lado, a sociedade teve um aumento na expetativa de vida e uma considerável redução no número de crimes cometido sob efeito do álcool.
Em 1986, Gorbachev teria de lidar com o acidente nuclear de Chernobil, após a explosão do reator da central da cidade, localizada na Ucrânia, que provocou uma onda de radiação por toda a Europa.

Manuel da Fonseca morreu há trinta e um anos

(imagem daqui)

 

Manuel Lopes Fonseca, mais conhecido como Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém, 12 de outubro de 1911 - Lisboa, 11 de março de 1993) foi um escritor (poeta, contista, romancista e cronista) português.
  
Biografia
Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço, sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas como é o caso do de José Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de Um Anjo no Trapézio é que o espaço das suas obras passa a ser a cidade de Lisboa.
Membro do Partido Comunista Português (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do neo-realismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.
A sua vida profissional foi muito díspar tendo exercido nos mais diferentes sectores: comércio, indústria, revistas, agências publicitárias, entre outras.
Era membro da Sociedade Portuguesa de Escritores quando esta atribuiu o Grande Prémio da Novelística a José Luandino Vieira pela sua obra Luuanda, o que levou ao encerramento desta instituição e à detenção de alguns dos seus membros na prisão de Caxias, entre os quais Manuel da Fonseca.
Em sua homenagem, a Escola Secundária de Santiago do Cacém denomina-se Escola Secundária Manuel da Fonseca e as bibliotecas municipais de Castro Verde e Santiago do Cacém chamam-se Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca.
 

 

 

Tragédia 

Foi para a escola e aprendeu a ler
e as quatro operações, de cor e salteado.
Era um menino triste:
nunca brincou no largo.
Depois, foi para a loja e pôs a uso
aquilo que aprendeu
— vagaroso e sério,
sem um engano,
sem um sorriso.
Depois, o pai morreu
como estava previsto.
E o Senhor António
(tão novinho e já era «o Senhor António»!...)
ficou dono da loja e chefe da família...
Envelheceu, casou, teve meninos,
tudo como quem soma ou faz multiplicação!...
E quando o mais velhinho
já sabia contar, ler, escrever,
o Senhor António deu balanço à vida:
tinha setenta anos, um nome respeitado...
— que mais podia querer?
Por isso,
num meio-dia de Verão,
sentiu-se mal.
Decentemente abriu os braços
e disse: — Vou morrer.
E morreu!, morreu de congestão...
 


in
Planície (1941) - Manuel da Fonseca

A Al Qaeda atacou na Espanha há vinte anos...

(imagem daqui)
    
Os atentados de quinta-feira, 11 de março de 2004, também conhecidos como 11-M, foram uma série de ataques terroristas cometidos em quatro comboios da rede ferroviária de Madrid, capital da Espanha. A investigação policial e o auto do processo judicial fixaram como indício racional que a autoria dos atentados é de uma célula islamista local que tentava reproduzir as ações da rede terrorista Al Qaeda.
Trata-se do mais grave atentado cometido na Espanha até à atualidade, com 10 explosões quase simultâneas em quatro comboios na hora de pico da manhã (08.00 horas locais). Mais tarde foram detonadas pela polícia duas bombas adicionais que não tinham explodido e foi desativada uma terceira, que permitiu identificar os responsáveis. As bombas estavam no interior de mochilas carregadas com TNT (trinitrotolueno).
Morreram 191 pessoas e mais de 1.700 ficaram feridas. O comando terrorista foi encontrado e cercado pela polícia espanhola poucas semanas depois em Leganés. Os seus membros cometeram suicídio fazendo explodir o apartamento em que se tinham entrincheirado, quando os GEO iniciaram o assalto. Nesta ação morreram todos os membros presentes da célula islamista e um agente do grupo policial.
  
As explosões ocorreram entre as 07.39 e as 07.42 horas da manhã nas estações madrilenas de Atocha (3 bombas), El Pozo de Tío Raimundo (2 bombas), Santa Eugenia (1 bomba) e num comboio a caminho de Atocha (4 bombas). As forças de segurança encontraram mais 3 bombas, que segundo o ministro do Interior Ángel Acebes, estariam preparadas para explodir quando chegassem os primeiros socorros às vítimas.
  
A dificuldade inicial de atribuir a autoria dos atentados provocou aceso debate em Espanha e terá ultimamente contribuído para a mudança de governo. De notar que houve eleições legislativas apenas quatro dias depois da tragédia.
O governo espanhol inicialmente atribuiu o atentado à ETA, argumentando que foi utilizado um explosivo normalmente usado pela ETA e a Guardia Civil já tinha evitado um atentado de grandes proporções em 29 de fevereiro, quando apreendeu 500 kg de explosivos e prendeu dois prováveis membros da ETA.
No entanto a esquerda abertzale, através de Arnaldo Otegi (dirigente do partido político Batasuna, ilegalizado pela sua associação à ETA) recusou qualquer responsabilidade da ETA neste atentado e condenou-o.
Num segundo momento, o governo espanhol admitiu como possível a hipótese de a Al Qaeda estar envolvida. Quatro provas apontaram neste sentido:
  • um grupo próximo da Al Qaeda, as Brigadas de Abu Hafs Al Masri reivindicou o atentado em nome da Al Qaeda.
  • os atentados têm características em comum com outros atentados da Al Qaeda.
  • na tarde do dia 11 de março foi encontrada, na região de Madrid, uma cassete com orações em árabe numa carrinha com detonadores.
  • na noite de 11 de março foi divulgada a suspeita de que um bombista suicida seguia a bordo de um dos comboios.
  • minutos antes das 19.00 horas de 12 de março, num telefonema feito para a redação do diário GARA, a ETA negou a autoria dos atentados. A frase exata (em tradução) foi: "A organização ETA não tem nenhuma responsabilidade sobre os atentados de ontem."
   

Slobodan Milosevic, o ditador e genocida sérvio, morreu há 18 anos


Slobodan Milošević (Požarevac, 20 de agosto de 1941 - Haia, 11 de março de 2006) foi presidente da Sérvia de 1989 a 1997 e da República Federal da Jugoslávia de 1997 a 2000. Também foi o principal líder do Partido Socialista da Sérvia desde a sua fundação, em 1990.
Milošević renunciou à presidência jugoslava após as manifestações que se seguiram à concorrida eleição presidencial de 24 de setembro de 2000. Foi preso pelas autoridades federais jugoslavas em 31 de março do ano seguinte, sob suspeita de corrupção, abuso de poder e apropriação indevida. Foi também preso pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia (TPII), um comité das Nações Unidas, sob a acusação de crimes contra a humanidade, de violar as leis e costumes de guerra, violações graves às Convenções de Genebra e genocídio, por seu papel durante as guerras na Croácia, Bósnia e Kosovo. A investigação inicial a respeito de Milošević não foi adiante, por falta de evidências concretas, o que motivou o primeiro-ministro sérvio, Zoran Đinđić, a enviá-lo para Haia, Países Baixos, sede do Tribunal Penal Internacional, para ser julgado pelos crimes de guerra.
Milošević foi responsável por sua própria defesa; o julgamento terminou, no entanto, sem qualquer veredicto, já que ele acabou por morrer durante o seu decorrer, depois de quase cinco anos encarcerado na Prisão de Criminosos de Guerra, em Haia. Milošević sofria de doenças cardíacas e tinha hipertensão arterial, e morreu de um enfarte do miocárdio. O Tribunal negou qualquer responsabilidade sobre a morte de Milošević, alegando que ele se recusara a tomar os medicamentos que lhe foram receitados, e preferiu medicar-se por conta própria.
   

domingo, março 10, 2024

El-Rei D. João VI morreu há 198 anos

Domingos Sequeira: O Príncipe Regente Passando Revista às Tropas na Azambuja, 1803
      
D. João VI de Portugal (nome completo: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança; Lisboa, 13 de maio de 1767 - Lisboa, 10 de março de 1826), cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822, de facto, e desde 1822 até 1825, de jure. Desde 1825 foi rei de Portugal até sua morte, em 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Pedro o imperador do Brasil de facto.
   
Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
           
in Wikipédia

Notícia sobre o que fez desabar uma civilização e um império...

O que matou os Astecas? 500 anos depois, os cientistas apontam finalmente o culpado

 

“Os Últimos dos Astecas”, por George M. Ottinger (1833-1917)

   

Em 1545, há quase cinco séculos, a nação Asteca desmoronou. As pessoas começaram a sofrer de febres altas e dores de cabeça. Pouco depois, começaram a sangrar pelos olhos, boca e nariz. E então, morreram.

Há quase 500 anos, uma catástrofe atingiu a nação asteca, do México. As pessoas começaram a sofrer de febres altas e dores de cabeça, e a sangrar pelos olhos, boca e nariz.

A estes sintomas sucedia-se invariavelmente, em 3 a 4 dias, a morte.

Entre 1545 e 1550, em apenas cinco anos, 15 milhões de pessoas - 80% da população Asteca - tinham sido dizimadas pela epidemia, a que os locais chamaram “cocoliztli.

Durante séculos, os cientistas tentaram compreender como é que um evento tão mortal pôde acontecer - e de que forma tinha chegado ao México. Quase 500 anos depois, pode haver uma resposta.

A palavra “cocoliztli” significa pestilência, na língua Nahuatl dos Astecas. No entanto, a causa concreta da enfermidade que atingiu a população asteca permaneceu desconhecida durante estes cinco séculos.

Recentemente, uma equipa de investigadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, conduziu um estudo para determinar a causa da extinção da mítica civilização asteca, no decorrer do qual foram recolhidas amostras de ADN de dentes nos restos mortais de algumas das vítimas.

Os resultados do estudo, publicado em janeiro na Nature Ecology & Evolution, permitiram aos cientistas descartar alguns suspeitos prováveis - a varíola, o sarampo, a influenza - e identificar como causa da mortandade um tipo de febre tifóide.

“A cocoliztli de 1545-50 foi uma das muitas epidemias a afetar o México após a chegada dos Europeus — especificamente, a segunda das três epidemias mais devastadoras e que causaram o maior número de perdas humanas,” explica Åshild Vågene, investigador do Max Planck e co-autor do estudo, citado pelo The Guardian.

“A causa desta epidemia é debatida há mais de um século pelos historiadores. Agora, fomos finalmente capazes de fornecer evidências diretas, através da análise de ADN antigo, para dar resposta a uma questão histórica de longa data”, acrescenta o investigador.

Usando as evidência de ADN recolhidas de 29 esqueletos encontrados num cemitério de cocoliztli, os cientistas conseguiram concluir que a causa da pestilência terá sido uma “febre entérica” semelhante à tifoide, causada por Salmonella enterica — especificamente, uma subespécie conhecida como Paratyphi C.

Paratyphi C. é um patógeno bacteriano, que se sabe ser responsável por causar febre tifóide, que se espalha através de alimentos ou água infetados. Esta bactéria é semelhante à Salmonella que hoje associamos a ovos crus. Felizmente, nos dias de hoje, a variação raramente causa infeção humana.

Nas amostras recolhidas, os cientistas conseguiram identificar a presença de patógenos bacterianos, e a única espécie detetada foi Parathyphi C., o que leva os investigadores a considerá-lo como o candidato mais provável a responsável pela calamidade.

No entanto, os autores do estudo realçam que não pode ser completamente excluída como causa da cocoliztli alguma outra espécie de patógeno - cuja presença já não seja possível detetar, ou que seja desconhecido ainda da ciência.

Os Astecas foram uma das civilizações mais notáveis da Mesoamérica, tendo emergido no início do século XIV e florescido até a sua conquista pelos espanhóis, em 1521.

Ficaram conhecidos pela sua arquitetura impressionante, sofisticados sistemas de escrita, arte, matemática e astronomia, incluindo o seu famoso calendário de 365 dias.

Com um complexo sistema político e social, a sociedade asteca era estratificada, com diferentes classes sociais, incluindo nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes, artesãos, agricultores e escravos.

Agora, está descoberta a causa da tragédia que dizimou a magnífica civilização asteca. Provavelmente.

 

in ZAP

Vão VOTAR...!


Aumentou a participação nesta eleição, comparativamente com a última, em 2022, em 2%. Vão votar, para depois não andarem vários anos a queixarem-se do mesmo. E, se puderem, ajudem a Cruz Vermelha, que regista um aumento de 73% nos Pedidos de Apoio, no seu peditório...

Boris Vian nasceu há 104 anos

         
Boris Paul Vian (Ville-d'Avray, 10 de março de 1920 - Paris, 23 de junho de 1959), foi um polimata (engenheiro, escritor, poeta, tradutor e cantautor francês), identificado com o movimento surrealista e o anarquismo, enquanto filosofia política. Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções. O seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor. Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim!
Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no Jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael, Duke Ellington e Miles Davis. Escreveu inúmeros artigos para as revistas de Jazz Le Jazz hot e Paris Jaz e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.
Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade, fazendo hoje parte do património cultural francês como Le Déserteur, La Java des bombes atomiques. Chegou a ter uma banda de jazz, formada por si e pelos seus dois irmãos, que tocava no famoso clube de jazz do Quartier Latin Le Tabou. Vian foi o responsável pelo lançamento de vários interpretes da canção francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.
   
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A 23 de junho de 1959, no cinema Marbeuf, Boris Vian morre, de enfarte do miocárdio, durante uma projeção privada do filme Irei cuspir-vos nos túmulos, durante a qual Vian se exaltou com os desvios que o filme tinha em relação à sua obra, recusando que o seu nome aparecesse no genérico.
  

 


A revista Presença foi lançada há 97 anos

 
A Presença - Folha de Arte e Crítica foi uma das mais influentes revistas literárias portuguesas do Século XX. Foi lançada em Coimbra, a 10 de março de 1927, sendo publicados 54 números até à sua extinção, em 1940.

 


"Folha de Arte e Crítica", publicada em Coimbra, em 1927, sob a direção de José Régio, Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões. Foi editada em duas séries: a primeira, entre 1927 e 1939, com cinquenta e três números, e a segunda com apenas dois números, entre 1939 e 1940. Em 1977, saiu um número especial, comemorativo do cinquentenário do seu lançamento. Distinguindo-se por um cuidadoso grafismo, enriquecido com reproduções de trabalhos de Almada, Sarah Afonso, Mário Eloy, Júlio, Dórdio Gomes, entre outros, a Presença recebeu colaboração de José Régio, Branquinho da Fonseca, Edmundo de Bettencourt, António Navarro, Carlos Queirós, Adolfo Casais Monteiro (que entra para a direção a partir do n.° 33), Miguel Torga, Alberto de Serpa, Francisco Bugalho, Saul Dias, João Falco (Irene Lisboa), Fausto José e João Gaspar Simões, entre outros. Acolheu textos de autores do primeiro modernismo como Luís de Montalvor, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Ângelo de Lima, aí vindo a colaborar ainda Vitorino Nemésio, Teles de Abreu (Jorge de Sena), Tomás Kim, Mário Saa, António Botto, Pedro Homem de Mello, Afonso Duarte, António de Sousa, João de Castro Osório, José Gomes Ferreira, Fernando Namora, João José Cochofel, Mário Dionísio ou Joaquim Namorado.
No n.° 1, na primeira página, José Régio publicou o texto "Literatura Viva", que pode ser entendido como manifesto programático da publicação. Defende nesse texto inaugural que "Em arte, é vivo tudo o que é original. É original tudo o que provém da parte mais virgem, mais verdadeira e mais íntima duma personalidade artística", pelo que, "A primeira condição duma obra viva é pois ter uma personalidade e obedecer-lhe". Reclama, assim, para a obra artística, o carácter de "documento humano", os critérios de originalidade e sinceridade, definindo "literatura viva" como "aquela em que o artista insuflou a sua própria vida, e que por isso mesmo passa a viver de vida própria." Com efeito, a descoberta, pelas leituras de Freud e Bergson, "do inconsciente e a sua colaboração nas mais rudimentares manifestações psíquicas" (J. G. Simões - "Individualismo e Universalismo", Presença, n.° 4, 1927), inspirará o pendor psicologista da criação literária revelada pela Presença, marcada por um lirismo e dramatismo na exploração das inquietações mais profundas do Homem. Em prefácio à edição fac-similada da Presença, David Mourão-Ferreira enumera os valores defendidos pela publicação: "Primado absoluto [...] de uma liberdade de criação tanto mais ameaçada [...] quanto pretendia exercer-se em período político de crescentes limitações à mesma"; "preeminência, pelo menos aparente, ou mais visível na doutrina do que em obras concretas, do individual sobre o coletivo", e do "psicológico" [...] sobre o chamado "social"; "afirmada valorização do intuitivo sobre o racional [...]"; "assumido princípio, a cada passo posto em prática, da total independência da arte e da crítica em relação a qualquer poder"; "exercício, enfim, de uma tónica intransigência perante as expressões inautênticas, todas as glórias fáceis ou fabricadas artificialmente, todos os produtos e todas as manobras de mediocridade mais ou menos organizada".
A história da revista foi marcada por uma cisão entre os colaboradores - em 1930, Adolfo Rocha (Miguel Torga), Edmundo de Bettencourt e Branquinho da Fonseca endereçam a José Régio e João Gaspar Simões uma carta de dissidência - e pela polémica aberta com publicações defensoras de conceções estético-literárias de sinal oposto. Por volta de 1935, declara-se um conflito entre o grupo presencista e a geração neorrealista, que desponta em publicações como Seara Nova, O Diabo ou Sol Nascente, o primeiro acusando a segunda de não servir a arte, mas ideais sociais e políticos, e esta acusando os primeiros de alheamento num esteticismo egoísta. Em 1939, a revista inicia uma segunda série, que reafirma, em editorial, a opção por uma arte não-empenhada, embora consciente de que "a alguns parecerá desumanidade, mania, esta prova de atenção e amor às questões da arte, da crítica, da cultura, quando a questão social, a questão política e a questão económica deveriam, segundo esses, absorver todo o interesse de todos.", interessando-lhe exclusivamente "as criações de arte, as pesquisas ou conclusões da crítica" (Presença, nº 1, 2.a série, 1939, p. 1).
Coube à Presença, entre outros méritos, o de reabilitar as propostas artísticas da geração de Orpheu (o n.° 48 é dedicado a Fernando Pessoa), consagrando a modernidade literária veiculada pelos homens de 1915, e a exigência de isenção e rigor no exercício da crítica literária. Ao mesmo tempo, a Presença desempenhou um papel cultural determinante na divulgação de autores estrangeiros, como Proust, Gide, Pirandello, Dostoievsky, Ibsen, ou os brasileiros Jorge Amado, José Lins do Rego, Cecília de Meireles, Ribeiro Couto e Jorge de Lima.
     

O físico William Henry Bragg morreu há 82 anos

  

Em 1915 recebeu, com o seu filho, William Lawrence Bragg, o Nobel de Física, por trabalhos de análise da estrutura cristalina através da difração de raios-X.

Keith Emerson suicidou-se há oito anos...

    
Keith Emerson (Todmorden, 2 de novembro de 1944 - Santa Monica, 10 de março de 2016) foi um pianista e compositor britânico. Ex-membro das bandas The T-Bones, V.I.P.s e P.P. Arnold (que acabou por se tornar nos The Nice), ficou mais conhecido depois de fundar a banda Emerson, Lake & Palmer (ELP), um dos primeiros supergrupos, em 1970. Quando os ELP acabaram, por volta de 1979, Emerson teve um modesto sucesso noutras bandas como Emerson Lake & Powell, 3 e algumas reuniões do ELP no começo da década de 90. Em 2002, ele reuniu os The Nice e saiu em turnê e, em 2006, saiu em turnê com os The Keith Emerson Band.
    
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Keith Emerson cometeu suicídio, com um tiro na cabeça, na sua casa, em Santa Monica, no dia 10 de março de 2016, aos 71 anos. De acordo com sua namorada, Mari Kawaguchi, ele vinha apresentando um comportamento depressivo e ansioso, em virtude de críticas que vinha recebendo pela Internet, uma vez que o seu problema no nervo da mão direita limitava as suas performances musicais.
     

 


O Dalai Lama conseguiu fugir do Tibete há 65 anos...

    
A Revolta Tibetana de 1959 começou no dia 10 de março de 1959, quando uma revolta anti-chinesa e anti-comunista eclodiu em Lhasa, capital do Tibete, que estava sob o domínio do Partido Comunista da China desde a invasão do Tibete em 1950. Embora o principal evento, a fuga do 14º Dalai Lama Tenzin Gyatso, ocorreu em 1959, um conflito armado entre as forças da rebelião tibetana e o exército chinês começou em 1956 no Kham e regiões de Amdo, que foram submetidas a reformas sociais. A guerrilha mais tarde se espalhou para outras áreas do Tibete e durou até 1962.

O aniversário da revolta é vista por muitas pessoas e organizações de solidariedade com a causa tibetana como o Dia da Revolta Tibetana (ou Dia da Revolta Nacional Tibetana).
    
      

Jeff Ament, baixo dos Pearl Jam, celebra hoje sessenta e um anos

  
Jeffrey Allen Ament (Havre, 10 de março de 1963) é um músico norte-americano, baixista da banda Pearl Jam. Juntamente com Stone Gossard, Mike McCready e Eddie Vedder, é um dos fundadores dos Pearl Jam.
    

 


Osama bin Laden nasceu há 67 anos

  
Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden (Riade, 10 de março de 1957 - Abbottabad, 2 de maio de 2011) foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, dentre os quais os ataques de 11 de setembro de 2001.

Filho de Muhammed bin Laden, pobre imigrante iemenita que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o único filho da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama casou depois com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden também era referido pelos seguintes nomes: Usama Bin Muhammad Bin Ladin, Shaykh Usama Bin Ladin, The Prince ("O Príncipe"), The Emir ("O Emir"), Abu Abdallah, Mujahid Shaykh, Hajj The Director ("O Diretor").

Desde 2001, bin Laden e a sua organização tinham sido os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo dos oficiais americanos e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os seus companheiros da al-Qaeda estavam escondidos em áreas tribais do Paquistão. A 1 de maio de 2011, dez anos após os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou, pela televisão, que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar norte-americana em Abbottabad. O seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no mar.

Sharon Stone faz hoje sessenta e seis anos

  
Sharon Yvonne Stone (Meadville, 10 de março de 1958) é uma atriz, modelo e produtora americana. Alcançou o reconhecimento internacional pelo seu papel no thriller erótico Instinto Fatal. Foi nomeada para um Óscar de Melhor Atriz e ganhou um Globo de Ouro de Melhor Atriz num Filme Dramático pela sua atuação em Casino.
       

Neneh Cherry celebra hoje sessenta anos...!

  
Neneh Cherry (Estocolmo, 10 de março de 1964) é uma cantora sueca que mistura hip hop com outras influências. É irmã de Eagle Eye Cherry.

Batizada como Neneh Mariann Karlsson pela sua mãe sueca, Moki Karlsson, e seu pai biológico Ahmadu Jah, um jazzista de Serra Leoa, Neneh Cherry passou os seus primeiros anos de vida na pequena cidade sueca de Hässleholm, antes da família passar a seguir o seu padrasto, Don Cherry, nas turnês. Depois, a família passou a residir na East 9th Street em Nova Iorque. Neneh começou a se apresentar depois que abandonou a escola aos 14 anos e mudou-se para Londres, onde entrou para a banda de punk rock The Cherries.
Em 2004, Neneh tornou-se avó.
Em 2005, no álbum Demon Days do grupo Gorillaz, fez coros na canção "Kids With Guns".
  

 


Carrie Underwood faz hoje quarenta e um anos

 
Carrie Marie Underwood (Muskogee, 10 de março de 1983) é uma cantora, compositora e atriz americana, vencedora da quarta temporada do programa American Idol, em 2005.  No mesmo ano, ela lançou "Inside Your Heaven”, seu single de estreia, tornando-se a única artista country na história a entrar direto em 1º lugar na parada de singles Billboard Hot 100 e a única artista country solo a colocar uma música em 1º lugar na Hot 100 na década de 2000. O seu álbum de estreia, Some Hearts, também lançado em 2005, foi impulsionado pelo enorme sucesso crossover dos singles "Before He Cheats" e "Jesus, Take the Wheel" e tornou-se o mais vendido álbum de estreia de uma cantora na história da música country, o álbum de estreia de um artista country mais rapidamente vendido na era da Nielsen SoundScan e o álbum country mais vendido dos últimos 17 anos. Ela ganhou três prémios Grammy pelo álbum, incluindo Artista Revelação.