segunda-feira, novembro 18, 2024
Erik Nordenskiold, mineralogista e explorador sueco-finlandês, nasceu há 192 anos
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terça-feira, novembro 05, 2024
Franz Xaver von Wulfen - o jesuíta que era botânico, físico, matemático, alpinista e mineralogista - nasceu há 296 anos
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domingo, setembro 29, 2024
Artigo sobre origem de uma pedra preciosa muito apreciada
Descoberta a misteriosa origem das safiras
O azul das safiras há muito que cativa as pessoas. No entanto, as suas origens nas profundezas da Terra têm permanecido um enigma para os cientistas.
Embora as safiras sejam frequentemente encontradas em regiões vulcânicas ou nos leitos dos rios, o processo exato da sua formação tem sido debatido durante anos.
Um novo estudo veio agora finalmente esclarecer a forma como estas pedras preciosas surgiram.
As safiras são predominantemente compostas por corindo, uma forma cristalina de óxido de alumínio - o que dá às safiras a sua cor azul caraterística é a presença de oligoelementos como o titânio e o ferro.
Mas a jornada de como este corindo se forma e como chega à superfície é o que intriga os geólogos há tanto tempo.
Durante anos, os cientistas souberam que as safiras são frequentemente encontradas em depósitos vulcânicos, como os da região vulcânica de Eifel, na Alemanha. Aqui, o magma das profundezas do manto terrestre sobe para a crosta, rico em elementos como o sódio e o potássio.
Esta atividade vulcânica parecia desempenhar um papel na formação da safira, mas o mecanismo exato era incerto.
As safiras formaram-se nas profundezas do manto e foram transportadas para cima pelo magma, ou foram criadas na crosta através de outros processos?
Segundo o Science Alert, uma equipa de investigadores descobriu que as safiras podem, de facto, ser forjadas nas condições intensas da atividade vulcânica.
Ao estudarem pequenas safiras da região de Eifel, encontraram provas de que os cristais se formam quando o magma aquece e comprime o óxido de alumínio na crosta terrestre, criando o corindo.
Para chegar a esta conclusão, os investigadores recolheram 223 safiras microscópicas e analisaram-nas utilizando técnicas avançadas.
Os peritos concentraram-se nas inclusões de dióxido de titânio e zircão dentro das safiras e examinaram as proporções de isótopos de oxigénio no corindo. Estas inclusões são vitais, uma vez que incorporam urânio quando se formam, que depois se decompõe em chumbo.
Ao medir o rácio urânio-chumbo, os cientistas puderam datar as safiras e associar a sua formação à atividade vulcânica.
Além disso, os investigadores estudaram os rácios dos isótopos de oxigénio, analisando especificamente a presença de oxigénio-16 e oxigénio-18. O isótopo mais pesado, o oxigénio-18, é mais comum em minerais da crosta profunda, enquanto o oxigénio-16 é mais abundante em geral.
A análise revelou que as safiras continham rácios de isótopos tanto do manto como da crosta, indicando que se formaram na crosta superior, a não mais de sete quilómetros abaixo da superfície. Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Contributions to Mineralogy and Petrology.
domingo, setembro 01, 2024
Há novidade na criação de micro cristais artificiais de diamante
Cientistas criam diamantes em minutos usando metal líquido
Uma equipa de investigadores desenvolveu um novo método, que usa uma liga metálica líquida, para produzir diamantes em condições de pressão moderada.
Normalmente, os diamantes demoram milhares de milhões de anos a formar-se naturalmente, e algumas semanas a ser produzidos sinteticamente.
Num novo estudo, uma equipa de investigadores desenvolveu um método que usa uma mistura especial de metal líquido capaz de produzir diamantes em 150 minutos, e à pressão atmosférica normal.
A nova técnica, que foi apresentada num artigo publicado em abril na revista Nature, elimina a necessidade de submeter os materiais à enorme pressão habitualmente necessária para a produção de diamantes.
Os diamantes sintéticos só podem ser produzidos usando catalisadores de metal líquido na “faixa de pressão gigapascal” (tipicamente 5-6 GPa, onde 1 GPa é cerca de 10.000 atm), e tipicamente dentro da faixa de temperatura de 1.300-1.600°C.
No entanto, os diamantes assim produzidos estão sempre limitados a tamanhos de aproximadamente um centímetro cúbico, ou seja, atingir pressões tão elevadas só pode ser feito numa escala de comprimento relativamente pequena.
A descoberta de métodos alternativos para produzir diamantes em metal líquido sob condições mais suaves, particularmente a baixa pressão, é um enorme desafio da ciência dos materiais - que, se ultrapassado poderia revolucionar a produção de diamantes.
No novo estudo, uma equipa de investigadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, liderada pelo físico norte-americano Rodney Ruoff, usou uma mistura específica de metais líquidos - gálio, ferro, níquel e silício - aquecidos rapidamente numa câmara de vácuo com gases metano e hidrogénio.
Nestas condições, os átomos de carbono ficam suspensos no metal líquido, formando sementes de cristais de diamante. A apenas 1 ATM de pressão e a 1.025°C, e em menos de 15 minutos, surgem pequenos fragmentos de diamante, e uma película contínua de diamante pode ser formada em apenas 150 minutos.
A nova técnica, dizem os autores do estudo, citados pelo Phys.org, tem o potencial de revolucionar a produção de diamantes em vários campos, desde aplicações industriais e eletrónicas a computadores quânticos.
Os autores do estudo acreditam que esta abordagem de metal líquido pode ser desenvolvida para cultivar diamantes em diversas superfícies e até mesmo em partículas de diamante existentes.
in ZAP
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terça-feira, agosto 27, 2024
O nosso planeta por vezes dá-nos pequenas-grandes maravilhas...
Este diamante mal cabe na palma da mão e é o maior encontrado até hoje no Botsuana
Diamante encontrado na mina de Karowe tem 2.492 quilates
Diamante com tamanho excecional de 2.492 quilates encontrado no Botsuana
A empresa diamantífera Lucara anunciou, esta quinta-feira, a descoberta de um diamante de 2.492 quilates numa mina no Botsuana, com um tamanho excecional, que mal cabe na palma da mão, e o maior já encontrado no país.
Esta pedra preciosa encontrada na mina de Karowe, na nordeste do país, "é um dos maiores diamantes em bruto alguma vez descobertos" e o maior já encontrado no Botsuana, disse a Lucara num comunicado de imprensa citado pela agência francesa de notícias France-Presse (AFP).
Em termos de quilates, não está longe do maior diamante conhecido no mundo, o 'Cullinan', com mais de 3.100 quilates, que foi descoberto na África do Sul em 1905.
"Estamos muito satisfeitos por termos recuperado este diamante extraordinário", disse o diretor executivo da Lucara, William Lamb, citado no comunicado de imprensa.
A Lucara não especificou o valor da descoberta nem a sua qualidade, mas está prevista uma apresentação à imprensa para esta tarde em Gaborone, a capital do Botsuana, esperando-se que o diamante seja então apresentado ao Presidente Mokgweetsi Masisi.
O Botsuana é um dos maiores produtores mundiais de diamantes, que constituem a sua principal fonte de receitas.
No comunicado de imprensa, a Lucara diz que as receitas dos diamantes proporcionam ao Botsuana "benefícios socioeconómicos consideráveis", financiando "áreas essenciais como a educação e a saúde", bem como as infraestruturas deste país de 2,6 milhões de habitantes da África Austral.
Antes da descoberta anunciada esta quinta-feira, o maior diamante recuperado no Botsuana era uma pedra de 1.758 quilates também extraída pela Lucara em 2019 e batizada de Sewelo.
in CM
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quarta-feira, julho 24, 2024
Há geodes de enxofre em Marte...!
“Não devia estar lá”. Curiosity descobre oásis de cristais de enxofre ultra-raros em Marte
Ao quebrar uma rocha acidentalmente, o rover da NASA descobriu um esconderijo de cristais de enxofre nunca antes detetados em Marte.
O rover Curiosity Mars, da NASA, fez uma descoberta surpreendente ao encontrar acidentalmente uma abundância de cristais nunca antes vistos no Planeta Vermelho.
Esta descoberta inesperada ocorreu quando o rover passou inadvertidamente por cima de uma rocha, revelando um esconderijo de cristais amarelos.
As câmaras do rover captaram imagens do interior recentemente exposto, revelando peculiares cristais amarelos que brilhavam entre os fragmentos de rocha.
Os cristais, embora demasiado pequenos e delicados para serem manuseados pelo rover, foram mais tarde identificados como enxofre puro quando o rover perfurou uma rocha próxima. Esta descoberta marca a primeira vez que se encontra enxofre elementar em Marte. Anteriormente, o enxofre em Marte só tinha sido detetado em compostos conhecidos como sulfatos, escreve o Live Science.
“Isto não devia estar lá, por isso agora temos de o explicar”, disse Ashwin Vasavada, cientista do projeto do rover Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. “Descobrir coisas estranhas e inesperadas é o que torna a exploração planetária tão excitante”, acrescentou.
A área circundante também mostrou sinais de geodos semelhantes, como revelado por fotografias tiradas pelo rover. Embora o Curiosity não tenha confirmado a presença dos cristais amarelos noutras rochas, os cientistas estão confiantes de que as rochas próximas também contêm enxofre, tornando esta região um local importante para estudos futuros.
“Encontrar um campo de pedras feitas de enxofre puro é como encontrar um oásis no deserto”, comentou Vasavada, destacando o significado da descoberta.
Esta última descoberta de cristais de enxofre acrescenta outra camada de complexidade à nossa compreensão de Marte e sugere que a história geológica do planeta é mais variada e intrincada do que se pensava anteriormente, levando os cientistas a reavaliar as teorias existentes e a explorar novas vias de investigação.
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quarta-feira, julho 03, 2024
Romé de l'Isle, o pai da Cristalografia, morreu há 234 anos
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quinta-feira, junho 13, 2024
José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu há 261 anos
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domingo, abril 14, 2024
O eminente mineralogista James Dwight Dana morreu há 129 anos
As publicações mais conhecidas de Dana foram System of Mineralogy (1837), Manual of Mineralogy (1848) e Manual of Geology (1863). Uma lista de bibliografia deste autor mostra 214 obras, entre livros e artigos, começando em 1835 com um artigo sobre a situação do Vesúvio, em 1834. O seu relatório sobre os zoófitos, sobre a geologia da área do Oceano Pacífico e sobre crustáceos, sumariando o seu trabalho realizado quando da Expedição Wilkes, apareceu a partir de 1846. Outros trabalhos incluíram Manual of Mineralogy (1848), posteriormente intitulado Manual of Mineralogy and Lithology (ed. 4, 1887); e Corals and Coral Islands (1872; ed. revista em 1890). Em 1887, Dana revisitou as ilhas do Havaí e os resultados da sua investigação foram publicados em Characteristics of Volcanoes (1890).
A obra Manual of Mineralogy, por J. D. Dana, tornou-se um livro de estudo clássico, tendo sido continuamente revisto e atualizado por uma sucessão de editores que incluíram W. E. Ford (13ª-14ª eds., 1912-1929) e Cornelius S. Hurlbut (15ª-21ª eds., 1941-1999). A 22ª edição é revista por Cornelis Klein, sob o título Manual of Mineral Science (2002).
A obra System of Mineralogy também tem sido revista, sendo que a 6ª edição foi editada pelo seu filho Edward Salisbury Dana. A 7ª edição foi publicada em 1944 e a 8ª edição em 1997 sob o título Dana's New Mineralogy, editada por R. V. Gaines et al.
Dana publicou, entre 1856 e 1857, vários manuscritos com intuito de reconciliar as descobertas científicas com a Bíblia.
Em 1854 foi presidente da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
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sábado, abril 06, 2024
José Bonifácio de Andrada e Silva morreu há 186 anos...
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domingo, março 31, 2024
William Lawrence Bragg nasceu há 134 anos
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terça-feira, março 12, 2024
Vladimir Vernadsky nasceu há cento e sessenta e um anos
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Alfred Lacroix, eminente vulcanólogo e mineralogista, morreu há 76 anos...
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domingo, março 10, 2024
O físico William Henry Bragg morreu há 82 anos
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segunda-feira, março 04, 2024
O mineralogista Alfredo Bensaúde nasceu há 168 anos
Alfredo Bensaúde (Ponta Delgada, 4 de março de 1856 - Ponta Delgada, 1 de janeiro de 1941) foi um mineralogista, engenheiro e professor universitário de ciências geológicas, reformador do ensino tecnológico em Portugal no início do século XX. Foi o fundador e primeiro diretor do Instituto Superior Técnico (IST) em Lisboa.
Biografia
Nasceu em Ponta Delgada, primeiro filho de José Bensaúde (1835-1922), importante e culto industrial açoriano de origem judaica e de Raquel Bensliman (1836-1934). Foi irmão de Joaquim Bensaude (1859-1952), destacado historiador dos Descobrimentos Portugueses e de Raul Bensaude, famoso médico em Paris.
Depois de fazer os seus estudos preparatórios em Ponta Delgada, aos 15 anos de idade foi enviado pelo pai para a Alemanha, a fim de se educar nesse país e onde prosseguiu os estudos. Começou por frequentar as classes preparatórias da Escola Técnica Superior de Hanôver, em Hanôver, passando, depois, para o curso de Engenharia na Escola de Minas de Clausthal, em Clausthal, hoje Clausthal-Zellerfeld, obtendo o grau de Engenheiro de Minas em 1878.
Permaneceu na Alemanha, prosseguindo e terminando os seus estudos na Georg-August-Universität Göttingen, em Göttingen, onde, em 1881, obteve o grau de Doutor em Filosofia na especialidade de Mineralogia. No ano seguinte, em 1882, premiou a mesma Universidade uma memória sua. A sua dissertação versa a cristalografia do mineral perovskite, então descoberto na Rússia e foi premiada e publicada pelo Governo Alemão.
A partir de 1884 fixou-se em Lisboa, sendo nomeado Professor de Mineralogia e Geologia no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, função que exerceu seguidamente. Imbuído dos métodos práticos com que estudara na Alemanha, introduziu os métodos laboratoriais de ensino, revolucionando a forma de ensino das disciplinas que regia. Foi o introdutor em Portugal do ensino da Cristalografia e das modernas técnicas de Petrografia.
Após a Implantação da República Portuguesa, em 1910, foi convidado e confiou-lhe o Dr. Manuel de Brito Camacho, Ministro do Fomento do Governo Provisório, o encargo de instalar, dirigir e reformar o Instituto Superior Técnico, de que foi Professor e o primeiro Diretor, empreendimento que levou a cabo de maneira muito notável, tendo a oportunidade de renovar também nestas funções os métodos de ensino da Engenharia em Portugal e o pessoal docente. Dirigiu a instituição desde a sua fundação em 1911 até 1922, ano em que se retirou para Ponta Delgada, onde, aquando e devido ao falecimento de seu pai, lhe coube a missão de lhe suceder e de assumir a administração da empresa industrial que este havia fundado na ilha de São Miguel.
Residindo em Ponta Delgada, mas de onde se ausentava com frequência em visitas ao estrangeiro, manteve a sua atividade intelectual, colaborando com diversas instituições locais e dedicando-se ao estudo da mineralogia açoriana. Neste período descreveu a açorite, um mineral aparentado com o zircónio comum nas rochas vulcânicas.
Alfredo Bensaude foi admitido como Sócio Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa em 1893 e como sócio efetivo em 1911. Em 1929 foi declarado Académico Emérito.
Publicou múltiplos artigos sobre assuntos da sua especialidade e trabalhos sobre reforma pedagógica do ensino das ciências naturais e da engenharia. Algumas das suas obras são marcos importantes no património pedagógico de Portugal, entre elas as Notas Histórico-Pedagógicas sobre o Instituto Superior Técnico (1922), onde criticou inúmeras deficiências do ensino técnico em sobre os cursos de engenharia, propondo uma reestruturação pedagógica profunda, com destaque para o aumento do número de laboratórios. Tentou provar que a associação da teoria a prática era importante até mesmo aos cursos de Arquitetura. Foi o responsável pelo surgimento das primeiras disciplinas que envolviam técnicas de desenho.
Entre os seus trabalhos, contam-se, além da Tese de Doutoramento e memória laureada pela Universidade, Relatórios sôbre vários jazigos minerais de Portugal, notícias várias sobre mineralogia, publicadas em revistas alemãs, francesas e portuguesas, uma monografia sobre o diamante na revista portuense da Sociedade Carlos Ribeiro, precursora da "Portugália", de Ricardo Severo, um estudo sobre o Ensino Tecnológico, de 1892, cujas ideias pôs em prática quando tomou a Direção do Instituto Superior Técnico: Études sur le séisme du Ribatejo du 23 Avril 1909, em colaboração com Paulo Choffat e impresso pela Comissão dos Trabalhos Geológicos de Portugal.
Paralelamente à sua atividade científica e empresarial, teve como hobby a construção e restauro de violinos. A paixão pelos violinos terá surgido quando assistiu em Hanôver à repetição das experiências de acústica do médico e físico francês Félix Savart (1791-1841). Construiu o seu primeiro violino em 1874, ano em que frequentou a oficina, em Hanover, do construtor de violinos dinamarquês Jacob Eritzoe, que fora durante muitos anos contramestre da oficina de August Riechers, em Berlin. Chegou a interromper os estudos no ano letivo de 1874/1875 para aprender a arte de construir violinos. Os seus instrumentos eram simétricos na curvatura dos tampos e no contorno da costilha, diferente dos tradicionais, aos quais aplicava verniz de composição sua, com elasticidade, transparência e brilho característicos. Entre os seus trabalhos nesta área, contam-se: Uma conceção evolucionista da música e As canções de F. Schubert, ambas de 1905.
Escreveu, ainda, a biografia de seu pai, Vida de José Bensaude, de 1936.
A 6 de novembro de 1929 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 14 de novembro de 1936 foi feito Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.
Em sua homenagem, foi criado o Museu Alfredo Bensaúde, no Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos do Instituto Superior Técnico e foi dado o seu nome à Avenida Doutor Alfredo Bensaude, em Santa Maria dos Olivais, Lisboa.
Casou com Jane Oulman Bensaude (1862-1938), autora de livros didáticos e infantis. Foi pai da bióloga Matilde Bensaude (1890-1969).
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