domingo, abril 20, 2025
Um dos maiores genocidas de sempre nasceu há 136 anos ...
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quinta-feira, abril 17, 2025
Os famigerados Khmer Vermelhos tomaram o poder no Camboja há cinquenta anos - genocídios nunca mais...
De modo oposto, alguns historiadores citaram a intervenção dos EUA e a sua campanha de bombardeamentos (1965-1973) como um fator significativo que levou ao aumento do apoio dos Khmer Vermelhos entre os camponeses cambojanos. Os historiadores Ben Kiernan e Taylor Owen utilizaram uma combinação de sofisticado mapeamento por satélite, dados recentes não-catalogados sobre a extensão dos bombardeamentos e depoimentos de camponeses para afirmar que houve uma correlação entre os pequenos lugares atingidos pelos bombardeamentos dos EUA e o recrutamento de camponeses pelos Khmer Vermelhos.
No seu estudo, de 1996, sobre a ascensão de Pol Pot ao poder, Kiernan afirma que a intervenção estrangeira “foi provavelmente o fator mais significativo na ascensão de Pol Pot”.
Em 1975, com o governo de Lon Nol a ficar sem munições, estava claro que era apenas uma questão de tempo até que o governo entrasse em colapso. No dia 17 de abril de 1975, os Khmer Vermelhos capturaram a capital, Phnom Penh.
O governo do Khmer Vermelho prendeu, torturou e eventualmente executou qualquer pessoa suspeita de pertencer a várias categorias de supostos “inimigos”:
- Qualquer pessoa com conexões com o antigo governo ou governos estrangeiros;
- Profissionais e intelectuais - na prática isto incluía quase todas as pessoas com alguma educação ou até mesmo pessoas que usavam óculos (o que, de acordo com o regime significava que eram alfabetizados). Ironicamente e hipocritamente, o próprio Pol Pot era um homem com educação universitária (embora fosse um desistente), com gosto pela literatura francesa e também era fluente em francês. Muitos artistas, incluindo músicos, escritores e cineastas foram executados. Alguns como Ros Sereysothea, Pan Ron e Sinn Sisamouth ganharam fama póstuma por seus talentos e ainda hoje são populares com os khmers;
- Vietnamitas étnicos, chineses étnicos, tailandeses étnicos e outras minorias nas montanhas orientais, cristãos cambojanos (a maioria dos quais eram católicos e a Igreja Católica em geral), muçulmanos e os monges budistas;
- “Sabotadores económicos”: muitos dos antigos moradores da cidades (aqueles que não morreram de fome em primeiro lugar) foram julgados culpáveis por sua falta de capacitação agrícola.
Durante os anos 70, especialmente após meados de 1975, o Partido também foi abalado por conflitos entre fações, havendo até mesmo tentativas armadas de derrubar Pol Pot. As purgas resultantes alcançaram o seu auge em 1977 e 1978, quando milhares de pessoas, inclusive líderes importantes do PCK, foram executados.
Hoje, exemplos dos métodos de tortura utilizados pelo Khmer Vermelho podem ser vistos no Museu do Genocídio Tuol Sleng. O museu ocupa o espaço de uma antiga escola secundária transformada num campo prisional que foi operado por Kang Kek Iew, comummente conhecido como Camarada Duch. Cerca de 17.000 pessoas passaram por este centro antes de serem levadas para lugares (também conhecidos como campos de extermínio) nos arrabaldes de Phnom Penh, como Choeung Ek, onde foram, em sua maioria, executadas (em sua maior parte com picaretas, para economizar balas) e enterradas em valas comuns. Dos milhares de pessoas que entraram no Centro Tuol Sleng (também conhecido como S-21), apenas doze são conhecidos por ter sobrevivido.
Número de mortes
O número exato de pessoas que morreram como resultado das políticas do Khmer Vermelho é contestado, bem como a causa da morte daqueles que morreram. O acesso ao país durante o governo do Khmer Vermelho e durante o governo vietnamita foi muito limitado. No início dos anos de 80, o regime que foi instalado pelos vietnamitas e sucedeu ao Khmer Vermelho realizou uma pesquisa domiciliar nacional, que concluiu que mais de 4,8 milhões de pessoas morreram, mas a maioria dos historiadores modernos não considera esses números confiáveis.
Pesquisas atuais localizaram milhares de valas comuns da época do Khmer Vermelho espalhadas por todo Camboja, contendo um número estimado de 1,39 milhões de corpos. Vários estudos estimaram o número de mortes entre 740.000 e 3.000.000, mais habitualmente variando entre 1,4 milhões e 2,2 milhões, com cerca da metade dessas mortes tendo sido causadas por execuções e o restante por fome ou doenças.
O Projeto Genocídio Cambojano, financiado pelo Departamento de Estado dos EUA apresenta as estimativas do total de mortes entre 1,2 milhões e 1,7 milhões. A Amnistia Internacional estima o total de mortes em 1,4 milhões. R. J. Rummel, um analista de matanças políticas históricas, fornece um número de 2 milhões. O antigo líder dos Khmer Vermelhos, Pol Pot, indicou o número de 800.000 e seu vice, Khieu Samphan alegou que 1 milhão de pessoas foram mortas.
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domingo, abril 13, 2025
A URSS reconheceu, finalmente, a autoria do Massacre de Katyn há 35 anos...
Entre os que morreram na floresta de Katyn, estavam um almirante, dois generais, 24 coronéis, 79 tenente-coronéis, 258 majores, 654 capitães, 17 capitães de marinha, 3.420 suboficiais, sete capelães, três proprietários rurais, um príncipe, 43 oficiais de forças diversas, 85 soldados, 131 refugiados, 20 professores universitários, 300 médicos, várias centenas de advogados, engenheiros e mais de 100 jornalistas e escritores, assim como 200 pilotos de combate da Força Aérea. No total, a NKVD executou mais da metade do corpo de oficiais das forças armadas polacas. Contando com os massacres nas outras áreas, foram executados catorze generais, entre eles Leon Billewicz. Nem todos os mortos eram de etnia polaca, uma vez que a Segunda República Polaca era um estado multiétnico e vários de seus oficiais eram ucranianos, bielorrussos e judeus. Estima-se que cerca de 8% dos militares assassinados em Katyn eram judeus polacos.
Mais de 99% dos prisioneiros restantes foram executados posteriormente. Prisioneiros do campo de Kozelsk foram executados no local dos assassinatos em massa, em Katyn, na área de Smolensk. Prisioneiros de Starobelsk foram assassinados dentro da prisão da NKVD em Kharkov e os corpos enterrados em Piatykhatky e oficiais de polícia de Ostashkov mortos na prisão da NKVD, em Kalinin, e enterrados em Mednoye.
Informações detalhadas sobre as execuções foram prestadas por Dmitrii Tokarev, ex-chefe da NKVD em Kalinin, durante uma audiência. De acordo com ele, os fuzilamentos começavam no início da noite e terminavam ao amanhecer. O primeiro transporte de prisioneiros trazia 390 pessoas e os executores tiveram um árduo trabalho para matar tantas pessoas durante uma noite. As levas seguintes de homens traziam no máximo 250 presos. As execuções eram normalmente feitas com uma arma automática alemã, a Walther PPK, calibre 7,65 mm, fornecidas por Moscovo, mas foram também usados revólveres Nagant M1895 russos. Os assassinos usaram armas alemães ao invés do revólver-padrão das forças soviéticas, em virtude do coice dessas armas ser muito forte, o que provocava dores no braço após as primeiras dúzias de tiros. Vasili Blokhin, um oficial soviético conhecido por ser o principal carrasco de Estaline, matou pessoalmente mais de 7.000 prisioneiros do campo de Ostashkov, alguns deles com apenas 18 anos, na prisão da NKVD em Kalinin, num período de 28 dias, em abril de 1940.
Os assassinatos eram metódicos. Após a verificação das suas informações pessoais, o prisioneiro era algemado e levado para uma cela isolada com pilhas de sacos de areia e encerrada por uma porta pesada. A vítima recebia ordens de se ajoelhar no meio da cela, o executor se aproximava por trás e lhe dava um tiro na nuca ou na parte de trás da cabeça. O corpo era então carregado por uma porta de saída, do outro lado da cela, e atirado para dentro de um dos camiões que esperavam para recolher os corpos, enquanto o próximo condenado era introduzido na cela pela porta de entrada. Além do amortecimento do barulho dos tiros causados pelo isolamento da cela, máquinas - talvez grandes ventiladores - passavam a noite toda operando fazendo grande barulho. Este procedimento foi seguido todas as noites, à exceção do feriado de Primeiro de Maio.
Foram enterrados em Bykivnia e Kurapaty, nos arredores de Minsk, entre 3 e 4 mil polacos mortos em prisões na Ucrânia e na Bielorrússia. A tenente Janina Lewandowska, filha do general Józef Dowbor-Muśnicki, comandante-militar da Revolta da Grande Polónia, no final da Primeira Guerra Mundial, foi a única mulher assassinada nos massacres de Katyn.(...)
A União Soviética alegou que o genocídio havia sido praticado pelos nazis e continuou a negar responsabilidade sobre os massacres até 13 de abril de 1990, quando o governo de Mikhail Gorbachev reconheceu oficialmente o massacre e condenou os crimes levados a cabo pela NKVD em 1940, assim como o seu subsequente encobrimento. No ano seguinte, Boris Yeltsin trouxe a público os documentos, datados de meio século antes, que autorizavam o genocídio.
(...)
Em 13 de abril de 1990, no 47º aniversário da descoberta das valas comuns em Katyn, a União Soviética formalmente expressou o seu "profundo pesar" e admitiu a responsabilidade da polícia secreta soviética pelos crimes. O dia 13 de abril foi declarado mundialmente como o Dia da Memória de Katyn.
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domingo, abril 06, 2025
O Genocídio no Ruanda começou há trinta e um anos...
segunda-feira, março 31, 2025
Os otomanos perpetraram o Massacre de Quios há 203 anos...
domingo, março 16, 2025
O vergonhoso massacre de My Lai foi há 57 anos...


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O Massacre de Halabja foi há 37 anos...
Oficial norte-americano patrulhando, em 2005, um cemitério com os túmulos de 1.500 das vítimas do ataque
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quarta-feira, março 12, 2025
Ratko Mladic, um general genocida, faz hoje oitenta e dois anos na prisão
Em 24 de abril de 1992 foi promovido a coronel-general e poucos dias depois, um mês após a declaração de independência da República da Bósnia, Mladić e seus homens bloquearam a cidade de Saravejo, fechando seu espaço aéreo e cortando toda a água e eletricidade da cidade. Este ato deu início aos quatro anos do cerco de Sarajevo, o mais longo cerco a uma cidade na história da guerra moderna. Neste período a cidade foi bombardeada por fogo de artilharia e tiros de franco-atiradores das forças de Mladić espalhados a seu redor.
Em 12 de maio de 1992, em resposta à auto-secessão dos bósnios à Jugoslávia, o parlamento separatista sérvio-bósnio criou o VRS, o Exército da República Srpska e Mladić foi nomeado comandante de staff deste exército, posto que manteve até dezembro de 1996. Em junho de 1994 ele assumiu o comando de uma força militar de 80 mil homens estacionados na área.
Em julho de 1995, tropas sob seu comando, atormentadas pelos ataques aéreos de forças da ONU que tentavam fazer com que o ultimato de remover armas pesadas da área de Sarajevo fosse cumprido, ocuparam áreas declaradas como de "segurança da ONU" em Srebrenica e Žepa. Na primeira, cerca de 40 mil bósnios-muçulmanos que lá se encontravam foram expulsos e cerca de 8.300 deles assassinados por ordens de Mladić. Em novembro de 1995, ele foi indiciado por genocídio em Srebrenica. O juiz Fouad Riad, do Tribunal Penal Internacional em Haia, declarou que os eventos ali ocorridos foram "verdadeiras cenas do inferno, escritas nas páginas mais negras da história humana", em referência às execuções sumárias de milhares de homens enterrados em covas coletivas, mulheres violadas, mutiladas e assassinadas, crianças mortas na frente de seus pais e um avô que foi obrigado a comer o fígado de seu próprio neto morto.
Em 4 de agosto de 1995, com uma grande força militar croata posicionada para atacar a região de Krajina na Croácia central, Radovan Karadžić, então presidente da República Srpska, retirou Mladić do comando do VRS e assumiu o posto ele próprio. Karadzic usou a perda de duas cidades na Sérvia ocidental que haviam caído recentemente em mão dos croatas como desculpa para culpar Mladic e justificar as mudanças no comando da guerra.
Mladić foi rebaixado ao posto de "conselheiro", mas recusou-se a aceitar a ordem pacificamente, pedindo o apoio do povo e dos militares sérvio-bósnios. O presidente tentou desqualificá-lo classificando-o como "louco", mas a óbvia popularidade do general entre o povo e as forças armadas o obrigou a rescindir a ordem uma semana depois.
Em 8 de novembro de 1996 o novo presidente da República sérvio-bósnia, Biljana Plavšić, demitiu Mladić do posto. O general, porém, continuou a receber pensão militar até novembro de 2005.
Criminoso de guerra
Em 24 de julho de 1995 Mladić foi indiciado por crimes contra a Humanidade, crimes de guerra e genocídio pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, incluindo o uso de franco-atiradores contra os civis de Sarajevo. Em 16 de novembro de 1995 as acusações foram ampliadas para comportar as ações do general nas áreas de segurança da ONU em Srebrenica, onde ele também foi responsabilizado por fazer reféns entre o pessoal da ONU na área.
Após o fim da guerra, mesmo com seu pedido de captura feito pelo TPI, o general viveu livremente até 2001, quando da prisão de Slobodan Milošević, ex-presidente da Sérvia e da República Federal da Iugoslávia. Desaparecendo então dos olhos do público, Mladić tornou-se um fugitivo do Tribunal e suspeitou-se por muito tempo que ele se escondia em alguma região entre a Sérvia e a república Bósnia de Srpska. Entre os vários lugares onde teria sido visto estavam um jogo de futebol ocorrido em 2000 entre a China e a Jugoslávia em Belgrado, cercado de guarda-costas, num subúrbio de Moscovo, em Atenas ou num bunker dos tempos da guerra, em Han Pijesak, perto de Sarajevo.
Em novembro de 2004, oficiais de departamento de defesa britânico admitiram que o uso da força militar não era o mais apropriado para capturar o fugitivo e outros suspeitos para levá-los a julgamento. Um mês depois disso, em dezembro de 2004, veio a público a notícia que o exército sérvio, apesar de proclamar publicamente repetidas que tentava colaborar com o Tribunal em localizar e entregar acusados de crimes de guerra, escondeu e protegeu Ratko Mladić até ao verão de 2004.
Em junho de 2006, começaram a aparecer notícias de que o general havia sofrido um ataque do coração e teria poucas possibilidades de sobreviver. Ao mesmo tempo, o presidente do Partido Democrata da Sérvia, Andrija Mladenović, levantava a questão de quem seria o responsável pela suspensão das negociações com a União Europeia - que recusava a entrada da Servia na organização enquanto Mladić não fosse preso - se o general morresse. Algumas fontes informavam que sua aparência tinha mudado completamente devido à idade e a uma saúde frágil.
Em 16 de junho de 2010 a família de Ratko Mladić entrou com uma petição junto ao governo sérvio para que ele fosse declarado morto, em virtude de seu desaparecimento por sete anos. Se a petição fosse aprovada, a esposa de Mlatic poderia vender a propriedade em que morava e receber uma pensão vitalícia do Estado. O pedido, entretanto, foi rejeitado pelas autoridades sérvias.
Finalmente, quinze anos após seu indiciamento pelo TPI e dez anos após seu desaparecimento público, Ratko Mladić foi preso em 26 de maio de 2011, no lugar de Lazarevo, na província de Vojvodina, no norte da Sérvia, onde vivia sob o nome de 'Milorad Komadic'. Apesar de usar um nome falso, o fugitivo não foi preso usando alguma barba ou disfarce, apenas sua aparência tinha envelhecido bastante e um de seus braços era vítima de paralisia.
O anúncio de sua prisão foi feito em Belgrado pelo presidente do país Boris Tadić, que declarou que a prisão do ex-general "removia um fardo pesado dos ombros da Sérvia e fechava uma página infeliz da história do país".
Em 22 de novembro de 2017, Ratko Mladic foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia à prisão perpétua por crimes de guerra. Entre as acusações estavam a sua participação no massacre de Srebrenica e no cerco de Sarajevo, durante a Guerra da Bósnia.
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terça-feira, março 11, 2025
Slobodan Milosevic, o ditador e genocida sérvio, morreu na prisão há 19 anos
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quarta-feira, março 05, 2025
O Massacre de Katyn foi aprovado pela URSS e por Estaline há 85 anos...
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