domingo, janeiro 12, 2025

Sergei Koroliov nasceu há 118 anos


Sergei Pavlovich Koroliov (Jitomir, 12 de janeiro de 1907 ou 30 de dezembro de 1906, no calendário juliano então em vigor no Império Russo - Moscovo, 14 de janeiro de 1966) foi um cidadão ucraniano e um dos principais engenheiros de foguetes e projetistas de foguetões da União Soviética, durante a Corrida Espacial, entre os EUA e a URSS, nos anos 50 e 60. Ele é considerado por muitos como o pai da cosmonáutica prática. Ele esteve envolvido no desenvolvimento do R7, Sputnik e no lançamento de Laika, Belka e Strelka e do primeiro ser humano, Iuri Gagarin, ao espaço.

Apesar de Koroliov ter sido formado como um projetista de aeronaves, os seus maiores esforços  concentraram-se na integração de projetos, organização e planeamento estratégico. Preso com a acusação de ser "membro de uma organização antirrevolucionária e anti soviética" (que posteriormente foi reduzido para "sabotador de tecnologia militar"), foi preso em 1938 por quase seis anos, incluindo alguns meses no campo de trabalho de Kolimá. Após a sua libertação tornou-se um projetista de foguetes reconhecido e uma figura chave no desenvolvimento do programa dos misseis balísticos intercontinentais. Posteriormente ele veio a dirigir o programa espacial soviético e foi feito Membro da Academia de Ciências da União Soviética, supervisionando os sucessos dos projetos Sputnik e Vostok, incluindo a primeira missão orbital tripulada no dia 12 de abril de 1961. A sua morte inesperada em 1966 interrompeu a implementação de seus planos de um pouso tripulado na Lua antes dos Estados Unidos.

Antes de falecer ele era oficialmente identificado somente como Glavny Konstruktor (Главный Конструктор), ou o Projetista Chefe, para protegê-lo de uma possível tentativa de assassinato vinda dos Estados Unidos. Até mesmo alguns dos cosmonautas que trabalharam com ele não conheciam seu nome e só o conheciam como "Projetista Chefe". Por mais que entendesse a necessidade do anonimato, a impossibilidade de reconhecimento desagradava-lhe. Somente após a sua morte, em 1966, é que a sua identidade foi revelada e ele recebeu o reconhecimento público apropriado como a força motora por detrás das realizações soviéticas na exploração espacial durante a após o Ano Internacional da Geofísica.
 

As verdadeiras circunstâncias da morte de Koroliov continuam um tanto incertas. Em dezembro de 1965 ele teria sido diagnosticado com um pólipo sangrento no intestino grosso. Ele entrou no hospital no dia 5 de janeiro de 1966, para uma cirurgia relativamente rotineira, mas faleceu nove dias depois. Foi declarado pelo governo que o que ele tinha se tornou um grande tumor no seu abdómem, mas Glushko relatou que ele faleceu por uma operação mal-feita contra hemorroidas. Outra versão diz que a operação ia bem e não se previam complicações. Repentinamente, durante a operação, Koroliov sofreu uma hemorragia. Os médicos tentaram entubá-lo para possibilitar que respirasse sem problemas, mas o seu maxilar, ferido devido ao seu tempo no Gulag, não se havia se curado corretamente e impedia a instalação do tubo. Koroliov faleceu sem retomar a consciência. De acordo com Harford, a família de Koroliov confirmou a história do cancro. O seu coração enfraquecido contribuiu para seu falecimento durante a cirurgia.

Koroliov costuma ser comparado com Wernher von Braun como o principal arquiteto da Corrida Espacial. 

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