terça-feira, janeiro 24, 2017

John Myung, baixista dos Dream Theater, faz hoje 50 anos

John Ro Myung (24 de janeiro de 1967 em Chicago, Illinois) é um baixista norte-americano e membro fundador da banda de metal progressivo Dream Theater.
Biografia
Nascido de pais coreanos, John Myung cresceu em Long Island, Nova York. Aprendeu a tocar violino aos 5 anos de idade, até ser chamado para tocar baixo numa banda local, quando tinha 15 anos. Permaneceu com o baixo daí para frente, e depois de se formar no Ensino Médio, ele matriculou-se na Berklee College of Music, juntamente com o seu amigo John Petrucci, onde encontraram Mike Portnoy (bateria). Esses três formaram a banda Majesty, com o teclista Kevin Moore e o vocalista Chris Collins. Mais tarde a banda iria se tornar os Dream Theater.
Apesar dos Dream Theater ser o seu principal foco musical, ele apareceu em vários outros projetos na sua carreira. A sua primeira aventura desta foi com a banda de pop progressivo Platypus, com Rod Morgenstein, Ty Tabor e o ex-membro dos Dream Theater, Derek Sherinian. Ele também participa na música dos Jelly Jam, que consiste nos mesmos integrantes dos Platypus, mas sem Sherinian.
Myung é casado com Lisa Martens Pace, a baixista da extinta banda de heavy metal feminina Meanstreak. Duas antigas participantes da banda, Rena Sands e Marlene Apuzzo, são casadas com os elementos dos Dream Theater : John Petrucci (ainda na banda) e Mike Portnoy, ex-membro.
A suas maiores influências são Chris Squire, Steve Harris, Geddy Lee e Cliff Burton e as respetivas bandas: Yes, Iron Maiden, Rush e Metallica.
Myung de alguma maneira é conhecido como o membro mais misterioso dos Dream Theater, porque raramente ele fala ou chama atenção para si mesmo, nos shows ou vídeos. A sua personalidade misteriosa foi enfatizada quando, num show na Alemanha, ele veio até James LaBrie e o derrubou num movimento ao estilo do futebol americano, causando muita confusão na plateia e nos membros da banda, um movimento que ficou conhecido como "Myung Tackle". Mais tarde foi revelado em Lifting Shadows (uma biografia dos Dream Theater) que John Myung foi desafiado a derrubar James LaBrie no palco "por uns cem dólares, e ninguém acreditou que ele tivesse coragem".
Myung também é conhecido pela sua prática com o seu instrumento musical. No DVD Live Scenes From New York, Kevin Shirley e o ex-tecladista Derek Sherinian afirmam que John Myung é o único músico que eles conhecem que continua tocando depois de um show, para acalmar.


O último soldado da II Guerra Mundial foi capturado há 45 anos

Shoichi Yokoi (Saori, 31 de março de 1915Nagoia, 22 de setembro de 1997) foi um soldado japonês que se tornou mundialmente conhecido por ser encontrado escondido na ilha de Guam e ainda em guerra com os Estados Unidos, 27 anos após o terminus da Segunda Guerra Mundial.

O soldado Yokoi foi alistado no Exército Imperial Japonês em 1941 e enviado em 1944 para a Ilha de Guam, no Oceano Pacífico, então ocupada pelos japoneses, após o ataque a Pearl Harbor, que deu início ao conflito naquela região. Quando os norte-americanos recuperaram a ilha, em 1944, Yokoi embrenhou-se na selva para evitar a rendição às tropas inimigas.

Nos primeiros tempos em que se manteve escondido, ele caçava à noite, mantendo-se fora da vista durante o dia e usava as plantas nativas da ilha para fazer roupas, forro para cama e fornecimento de alimentos, que ele escondia numa caverna onde passou a habitar. Shoichi temia ser morto caso caísse nas mãos dos habitantes de Guam, devido ao tratamento dispensado à população civil da ilha pelos japoneses durante a guerra e por 28 anos escondeu-se numa gruta no terreno de uma parte desabitada da ilha evitando ser descoberto e recusando-se a entregar-se, mesmo após achar folhetos que anunciavam o fim da II Guerra Mundial.

Na tarde de 24 de janeiro de 1972 Shoichi Yokoi foi descoberto nas matas de Talofofo por dois caçadores locais, Jesus Duenas e Manuel DeGracia, que verificavam as suas armadilhas para camarões ao longo de um pequeno rio da região. A princípio eles imaginaram que Yokoi fosse um habitante local, mas identificando-o depois como japonês, subjugaram-no de surpresa e o prenderam, carregando-o para fora da selva com algumas contusões. Soldados japoneses extraviados haviam assassinado a sobrinha de DeGracia logo após o fim da Batalha de Guam e Duenas teve que convencer o seu companheiro de caçada a não matar o japonês ali, imediatamente.

"Foi muito constrangedor para mim ter regressado com vida", disse Yokoi ao regressar ao seu país, com o seu rifle de combate a tiracolo, numa frase que se tornaria um ditado popular no Japão.

O seu reaparecimento, quase trinta anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, transformou Shoichi numa celebridade e alvo de reportagens em todos os media mundiais. Após uma turnê tempestuosa por todo o Japão, quando despertou a atenção, simpatia e curiosidade de milhões de compatriotas, casou-se e estabeleceu-se na área rural de Aichi. Tendo vivido solitário, numa caverna, durante 28 anos, tornou-se uma figura popular na televisão japonesa e asiática e um defensor da vida austera. Em 1977 foi tema do documentário de sucesso Yokoi and His Twenty-Eight Years of Secret Life on Guam (Yakoi e os seus vinte e oito anos de vida secreta em Guam).

Em 1991, aos 75 anos de idade e dezanove anos após os seu reaparecimento, Shoichi Yokoi teve a maior honra de sua vida, ao ser recebido em audiência pelo Imperador do Japão, Akihito, ocasião para a qual chegou a preparar um discurso de arrependimento para ler a Sua Majestade. Meses depois, ele confessou a um jornalista japonês que tinha fortes e profundos motivos para se manter isolado da civilização durante tanto tempo. Segundo ele, a sua infância foi muito dura e seus parentes eram muito rudes, o que o fez se embrenhar na floresta para se manter afastado deles.

Yokoi morreu em 1997, aos 82 anos, de ataque cardíaco, em Nagoia, sendo enterrado no cemitério da cidade, no mesmo túmulo da sua mãe, ali enterrada em 1955, quando ele ainda era um solitário soldado, escondido nas selvas de Guam.

O dramaturgo Beaumarchais nasceu há 285 anos

Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (Paris, 24 de janeiro de 1732 – Paris, 18 de maio de 1799) foi um autor de teatro francês. Começou por exercer o ofício de relojoeiro, foi mestre de música das filhas de Luís XV, sendo seu secretário, diplomata de bastidores e agente secreto. Na infância, estudou viola, flauta e harpa.

Obra
Beaumarchais é o criador do personagem Fígaro, presente na trilogia constituída pelas comédias O Barbeiro de Sevilha ou A Precaução Inútil (no original em francês, Le barbier de Séville, 1775), As Bodas de Fígaro (no original, em francês, La Folle journée, ou le Mariage de Figaro, 1784), e pelo drama A mãe culpada (no original francês, L'Autre Tartuffe, ou la Mère coupable, 1789-1790). Todas as três peças foram transformadas em óperas - por Rossini, Giovanni Paisiello (Il barbiere di Siviglia), Mozart (Le nozze di Figaro) e Darius Milhaud (La Mère coupable).

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Manet nasceu há 185 anos!

Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 - Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.
Retrato do Senhor e Senhora Auguste Manet
 

O sismólogo e geofísico Andrija Mohorovicic nasceu há 160 anos

Andrija Mohorovičić (Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ficou famoso ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.

A. H. de Oliveira Marques morreu há 10 anos

António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques, conhecido como A. H. de Oliveira Marques, (Cascais, Estoril, São Pedro do Estoril, 23 de agosto de 1933 - Lisboa, 23 de janeiro de 2007) foi um destacado professor universitário e historiador e maçon português.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a tese A Sociedade em Portugal nos Séculos XII a XV (1956).
Iniciou funções docentes em 1957, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em História, em 1960 (junho), com a dissertação Hansa e Portugal na Idade Média.
A sua participação na crise académica de 1962 resultante da luta promovida pelos estudantes contra a ditadura do Estado Novo, esteve na origem do seu afastamento da universidade portuguesa.
Entre 1965 e 1970 esteve nos Estados Unidos, onde lecionou em várias instituições, como a Universidade do Alabama, da Flórida, Columbia e Minnesota, entre outras.
Em 1970, durante a «Primavera Marcelista», regressou a Portugal, reingressando na universidade portuguesa depois da Revolução do 25 de Abril, em 1974.
Foi director da Biblioteca Nacional de Lisboa entre 1974 e 1976.
Professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa (1976), foi presidente da comissão instaladora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade (1977 a 1980) e presidente do conselho científico desta Faculdade (1981-1983 e 1984-1986).
Foi presidente do Ano Propedêutico no ano lectivo de 1977/1978.
Em 1980 fundou o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho como historiador incidiu especialmente sobre a Idade Média, a Primeira República e a maçonaria.
Em 1982, em comemoração dos 25 anos sobre a publicação do seu primeiro estudo histórico, foram editados dois volumes com colaboração de historiadores portugueses e estrangeiros e intitulados Estudos de História de Portugal: Homenagem a A. H. de Oliveira Marques.
Franco-mação desde 1973, foi eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Lusitano (1984-1986) e Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 (1991-1994).
A 2 de outubro de 1998 recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
Faleceu aos 73 anos, no dia 23 de janeiro de 2007, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de problemas cardíacos.
Considerado um dos grandes historiadores portugueses contemporâneos, as suas obras, que se destacam em diversos domínios, são instrumentos de grande importância para os estudiosos da História de Portugal.


Muzio Clementi nasceu há 265 anos

Muzio Clementi (Roma, 23 de janeiro de 1752 - Worcestershire, 10 de março de 1832) foi um músico italiano naturalizado britânico. Foi provavelmente o primeiro compositor a escrever peças dedicadas às possibilidades dinâmicas do então novo instrumento de teclas e cordas percutidas: o piano.
Clementi foi um grande desenvolvedor da moderna técnica pianística, fazendo uso dos exemplos das sonatas para cravo pré-românticas de Domenico Scarlatti e do estilo galante encontrado nas composições de Carl Philipp Emanuel Bach e do seu irmão mais novo, Johann Christian Bach, filhos de Johann Sebastian Bach. Pela sua técnica e virtuosismo, Clementi exerceu influência em compositores como Johann Baptist Cramer, Ignaz Moscheles, Frederic Kalkbrenner e Carl Czerny. Tantoa sua técnica pianística quanto composicional foram estudadas por Ludwig van Beethoven, que o tinha em alta conta como compositor e pianista. Clementi admirava Beethoven, sendo o executante mais admirado das suas peças para piano e editor das suas composições no Reino Unido. Clementi também chegou a disputar um duelo pianístico frente ao imperador austríaco Joseph II, em 24 de dezembro de 1781, contra ninguém menos que Wolfgang Amadeus Mozart, que o considerou um mera "maravilha mecânica".
Em todo o século XIX as obras de Clementi voltadas ao desenvolvimento da técnica pianística, especialmente seu Gradus ad Parnassum, serviu de base a todas as produções do género.
Clementi foi diretor da Phillarmonic Societ em Londres. Fundou uma editora musical e uma fábrica de pianos. Uma de suas obras mais famosas é a Sonatina em dó maior, Opus 36 número 1.
Foi sepultado na Abadia de Westminster.

domingo, janeiro 22, 2017

O Abbé Pierre morreu há dez anos

Henri Antoine Groués, mais conhecido como Abbé Pierre (Lyon, 5 de agosto de 1912 - Paris, 22 de janeiro de 2007) foi um sacerdote católico francês, que morreu com 94 anos.
Revoltado ao constatar que num país rico como a França morriam, devido ao frio, pessoas que dormiam na rua, o Abbé Pierre, que se iniciou na ordem franciscana e passou pela dos capuchinhos, falou em 1954 aos microfones da Rádio Luxemburgo (RTL), para lançar alertas no sentido de recolher apoio para salvar os mais pobres de uma morte certa.
O seu trabalho de assistência iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-se dedicado a salvar pessoas perseguidas pelos nazis. Organizou mesmo um grupo de resistência armada no seio da Resistência Francesa, tendo sido preso, mas conseguiu fugir, escondido num saco do correio, num avião para a Argélia que fez escala na Suíça. Recebeu numerosas honrarias, distinções e condecorações militares, pelo combate em prol da França.
Com a paz, voltou a Paris e foi eleito deputado na Assembleia Nacional Francesa, que abandonou, em 1951, como forma de protesto contra uma lei eleitoral que ele julgava injusta. A partir daí dedicou-se inteiramente ao Movimento Emaús, que está hoje presente em mais de quarenta países de todo o mundo.
O Abbe Pierre, vendo a exclusão pela qual os homens passavam naquele período de guerra, decidiu lutar contras as causas da injustiça, colocou homens a morar num abrigo e dai começou o acolhimento de Emaús, saiu depois disso do Parlamento e sustentou os acolhidos do abrigo por um determinado período com as suas economias, guardadas no período do seu mandato, só que um dia essas economias acabaram e o mesmo precisava sustentar os seus acolhidos de alguma forma, foi então que decidiu sair as ruas a pedir esmolas, para ajudar na alimentação de casa, só que uma mulher, conhecendo seu trabalho de retirar mendigos das ruas, alertou os acolhidos que chamaram a atenção do padre, que alegou ter que sustentar a casa, foi então que um dos acolhidos teve a ideia de irem retirar os matérias deixados pelos moradores em suas casas durante a guerra e vendê-los para angariar rendas para o sustento, e assim fizeram, formando assim o primeiro bazar e a primeira comunidade Emaús na França, no ano de 1949. O nome Emaús corresponde a uma localidade da Palestina onde homens crentes e não crentes voltaram a encontrar a esperança e essa até hoje é a missão das 316 comunidades de Emaús de todo o mundo "Servir aos que mais sofrem, combatendo as causas da miséria e dar aos homens uma nova esperança de vida".

A primeira Imperatriz do Brasil e Rainha de Portugal nasceu há 220 anos

D. Maria Leopoldina e seus filhos (ao colo o futuro Imperador D. Pedro II do Brasil e, do lado esquerdo, de caracóis castanhos, a futura Rainha D. Maria II de Portugal)

Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena (em alemão: Caroline Josepha Leopoldine von Österreich; Viena, 22 de janeiro de 1797Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1826), depois conhecida como Maria Leopoldina, foi a primeira esposa do imperador D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1822 até sua à morte e também, brevemente, Rainha Consorte do Reino de Portugal e Algarves, entre março e maio de 1826. Era filha do imperador Francisco I da Áustria e da sua segunda esposa, Maria Teresa da Sicília.

A cantora Maysa morreu há 40 anos

Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (São Paulo ou Rio de Janeiro, 6 de junho de 1936 - Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora e atriz brasileira.
 
Biografia
Segundo algumas fontes, Maysa teria nascido na capital paulista, de uma tradicional família proveniente do estado do Espírito Santo, que logo se mudou para o Rio de Janeiro. Outras fontes, porém, afirmam que seu nascimento foi no Rio. Em 1947 a família transferiu-se para Bauru, no interior paulista.
Maysa era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. Estudou no tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca e no Sacré-Cœur de Marie, em São Paulo.
Casou-se aos dezoito anos com o seu noivo, o empresário André Matarazzo, passando a assinar Maysa Monjardim Matarazzo. O seu marido era membro da importante ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo. Com pouco tempo de casados, nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de cinema e telenovelas.
Divorciou-se do marido em 1957 e voltou a usar o seu sobrenome de solteira, Figueira Monjardim, ficando furiosa quando havia alguma matéria jornalística que ligasse seu nome ao sobrenome Matarazzo.
Com apenas um disco gravado, o seu reportório foi um sucesso, recebendo convites para shows. O seu disco vendeu milhares de cópias e o sucesso bateu à sua porta, porém, isto pesou na criação de Jayme, o seu filho. Maysa teve que escolher entre o filho e a carreira. Para lhe dar um futuro melhor, optou pela carreira e o seu filho passou parte de sua infância sendo criado pelo pai e por sua nova esposa.
Na sua agitada vida de cantora, marcada por muitas viagens e também por muitos amores, Maysa teve vários relacionamentos, entre eles, com o compositor Ronaldo Bôscoli, e com o empresário espanhol Miguel Azanza, com quem casou após ele, manteve um caso com o maestro Julio Medaglia, quando viajou para Buenos Aires, depois dele namorou o ator Carlos Alberto, de quem depois foi esposa, entre vários outros.
Na década de 70, Maysa se aventurou pelo mundo das telenovelas e do teatro participando de produções como O Cafona, Bel-Ami e o espetáculo Woyzeck de George Büchner.
Últimos momentos 
A cantora vivia isolada em sua casa de praia em Maricá, desde 1972, em depressão. No fim da tarde do dia de casamento do seu filho, pegou seu carro e foi para Maricá, quando um acidente de automóvel na Ponte Rio-Niterói terminou a sua vida.

Luís de Albuquerque morreu há 25 anos

(imagem daqui)

Luís Guilherme Mendonça de Albuquerque, igualmente conhecido como Luís de Albuquerque (Lisboa, 6 de março de 1917 - Lisboa, 22 de janeiro de 1992) foi um professor universitário de Matemática e de Engenharia Geográfica, e um historiador dos Descobrimentos Portugueses.

Nasceu em Lisboa, em 1917, e faleceu na mesma localidade, em 1992.

Iniciou a sua carreira como docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, em 1941, aonde também foi um especialista em História da Educação; nesta mesma instituição ascendeu, por concurso público, a professor catedrático, em 9 de julho de 1966.
Foi aclamado como um dos principais vultos da historiografia do século XX no estudo dos Descobrimentos Portugueses, tendo escrito para jovens e crianças, e analisado a história da náutica e da marinha. Exerceu, igualmente, a posição de presidente da Comissão Científica da Comissão dos Descobrimentos Portugueses.
Na sequência da Revolução de 25 de abril, foi nomeado governador civil do distrito de Coimbra, cargo que ocupou entre 1974 e 1976.
Entre 1978 e a sua jubilação, em 1987, foi director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Em 25 de novembro de 1984, apresentou a comunicação Gil Eanes e o Cabo Bojador na Academia da Marinha.

sábado, janeiro 21, 2017

Peggy Lee morreu há 15 anos

Peggy Lee (Jamestown, 26 de maio de 1920 - Bel Air, Los Angeles, 21 de janeiro de 2002), nome artístico de Norma Deloris Egstrom, foi uma cantora de jazz tradicional dos Estados Unidos conhecida por interpretar as canções "Is That All There Is?" e "Fever". Ao longo de uma carreira de mais de cinco décadas, Peggy gravou mais de 600 canções e chegou a ser comparada às mais importantes cantoras americanas de sua época, como Billie Holiday e Bessie Smith.

Biografia
Nascida Norma Deloris Egstrom em Jamestown, Dacota do Norte, era conhecida como uma das mais importantes influências musicais do século XX. Lee é citada como inspiração para vários artistas, como Bobby Darin, Paul McCartney, Anni-Frid "Frida" Lyngstad (dos ABBA), Bette Midler, Madonna, k. d. lang, Elvis Costello, Dusty Springfield, Dr. John e Christina Aguilera, entre outros.
Como escritora, colaborou com seu ex-marido, Dave Barbour, e ainda Sonny Burke, Victor Young, Francis Lai, Dave Grusin, John Chiodini, e Duque Ellington, que diz "If I'm the Duke, then Peggy's the Queen" ("Se eu sou o Duque, então Peggy é a Rainha").
Como atriz, foi nomeada para um Óscar pelo seu papel em Pete Kelly's Blues.
Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Judy Garland, Dean Martin, Bing Crosby e Louis Armstrong citaram Lee como uma das suas cantoras favoritas.
Foi cremada e as suas cinzas depositadas num monumento, The Garden of Serenity, no Westwood Village Memorial Park Cemetery.


sexta-feira, janeiro 20, 2017

Paul Stanley, o vocalista dos Kiss, faz hoje 65 anos!

Stanley Harvey Eisen (Nova Iorque, 20 de janeiro de 1952), mais conhecido como Paul Stanley, é o guitarrista e vocalista do grupo Kiss. Por mais de quarenta anos, Paul Stanley reina em absoluto como um dos “frontman” mais famosos da história do rock and roll. Ele é o principal compositor, a força motriz e a incansável voz dos Kiss, uma das mais influentes e bem sucedidas bandas já formadas em solo norte-americano. Stanley escreveu sozinho hinos que nos fazem viajar, como “Love Gun”, “God of Thunder” e “Black Diamond”. Ele foi a garganta de ouro que acelerou “Detroit Rock City”, o carismático rapaz elegante por trás de “I Was Made For Lovin’ You” e, sem a maquilhagem, foi o trovador que trouxe vida para baladas como “Reason to Live”, “Forever” e “Every Time I Look At You”.”
Em 2006 a revista Hit Parader classificou Stanley como o 18º melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos.

Etta James morreu há cinco anos

Etta James, nascida Jamesetta Hawkins, (Los Angeles, 25 de janeiro de 1938 - Riverside, 20 de janeiro de 2012) foi uma cantora norte-americana de blues, R&B, jazz e música gospel, vulgarmente apelidada de Miss Peaches.

Etta James nasceu na Califórnia, filha de Dorothy Hawkins, uma afro-americana, mãe solteira, de 16 anos. Filha de pai branco, Etta procurou saber quem era o seu progenitor, desconhecido até então, e que sua mãe dizia ser Minnesota Fats, do qual ela recebia uma pensão na condição de manter segredo sobre a sua paternidade.
Ela teve o seu primeiro contacto com a música aos 5 anos de idade, tendo aulas com James Earle Hines, director musical da escola Echoes of Eden da Igreja Batista de St. Paul, em Los Angeles.
Sua família mudou-se para São Francisco, Califórnia, em 1950, e, em 1952, Etta e mais duas amigas formaram o trio (As Creolettes), o qual viria a chamar a atenção de Johnny Otis. Otis inverteu as sílabas do seu nome para lhe dar uma melhor sonoridade assim surgindo o seu nome artístico. A partir daí Otis investiu na garota começando a gravar os seus primeiros temas.

A sua primeira gravação, e o seu primeiro êxito R&B, foi de sua própria autoria, "The Wallflower (Dance with Me, Henry)", uma música-resposta para a música de Hank Ballard, "Work with Me, Annie". Em 1954, Etta gravou juntamente com a banda de Otis e com Richard Berry, o qual cantava a segunda voz. A canção, que não estava totalmente boa, foi re-escrita por Georgia Gibbs, ganhando o título de "Dance with Me, Henry". Também gravou momentaneamente com a banda intitulada Etta James & the Peaches, com diversos hits, sendo contratada mais tarde pela Chess Records, em 1960.
Saiu em turnê com Johnny "Guitar" Watson juntamente com Otis nos anos '50 e foi referida por Watson como a penúltima influência em seu estilo.
Ela lançou vários duetos com Harvey Fuqua (dos The Moonglows), dos quais surgiu o seu maior sucesso já gravado, a belíssima e clássica "At Last". A canção, que apareceu juntamente com outros êxitos como "All I Could Do Was Cry" e "Trust in Me", foi incluída no seu álbum de estreia, "At Last!".
Etta James teve um sério problema de drogas e romances mal sucedidos, que interferiram em sua carreira. Posteriormente ela tem problemas com a obesidade (chegando a ter quase 200 kg), que levaram-na a fazer uma cirurgia gástrica em 2003, fazendo-a perder quase 100 kg. Em 2003 Etta James recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Etta fez tours pela América, juntamente com os seus dois filhos, Donto e Sametto. Em 2011, com uma participação não-creditada (porém autorizada), cantou com o rapper Flo Rida, na música Good Feeling. Cinco dias antes de fazer 74 anos, no dia 20 de janeiro de 2012, ela finalmente sucumbiu à leucemia e a outras doenças, no Riverside Community Hospital, na cidade de Riverside, na Califórnia. A sua leucemia tinha sido diagnosticada em janeiro de 2011.


quinta-feira, janeiro 19, 2017

Fiama Hasse Pais Brandão morreu há dez anos...

(imagem daqui)

Fiama Hasse Pais Brandão (Lisboa, 15 de agosto de 1938 - Lisboa, 19 de janeiro de 2007) foi uma escritora, poetisa, dramaturga, ensaísta e tradutora portuguesa.
A sua infância foi passada entre uma quinta em Carcavelos e o St. Julian's School. Foi estudante de Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido um dos fundadores do Grupo de Teatro de Letras. Foi casada com Gastão Cruz.
Estreou-se como autora com Em Cada Pedra Um Voo Imóvel (1957), obra que lhe valeu o Prémio Adolfo Casais Monteiro. Ganha notoriedade no meio literário com a revista/movimento Poesia 61, em que publica o texto «Morfismos». É considerada como uma das mais importantes escritoras do movimento, que revolucionou a poesia nos anos 60. Foi premiada, em 1996, com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. O seu livro Cenas Vivas foi distinguido, em 2001, com o prémio literário do P.E.N. Clube Português.
A sua actividade no teatro iniciou-se com um estágio, em 1964, no Teatro Experimental do Porto e com a frequência de um seminário de teatro de Adolfo Gutkin na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1970. Em 1974, foi um dos fundadores do Grupo Teatro Hoje, sendo a sua primeira encenação a obra Marina Pineda, de Federico García Lorca. Em 1961 recebeu o Prémio Revelação de Teatro, pela obra Os Chapéus de Chuva. É autora de várias peças de teatro.
Colaborou em publicações como Seara Nova, Cadernos do Meio-Dia, Brotéria, Vértice, Plano, Colóquio-Letras, Hífen, Relâmpago, A Phala e Quadrante (revista da Faculdade de Direito de Lisboa, iniciada em 1958).



Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)

Serena, mas com a fúria de uma Ana Magnani ou da padeira de Aljubarrota. Inscrevia-se num "poema ininterrupto" desde a Idade Média. Tinha um conhecimento raro do que a precedia. É uma das vozes mais plenas e radicais da poesia portuguesa do século XX.
Fiama?
Ninguém se chamava assim na Carcavelos dos anos 30 (ou depois). De algum lado tinha que vir, veio de uma madrinha italiana, tia-avó por afinidade, eis a pequena história.
Mas o que há neste nome disse-o Eduardo Lourenço. Se a poesia é "a palavra infinita" que alude à matéria "sem jamais a poder colher", "a de Fiama, como um milagre, é a rosa mesma da realidade como uma chama" - "A que o seu nome mágico a predestinava."
Nascida a 15 de agosto de 1938, Fiama Hasse Pais Brandão, uma das vozes mais plenas e radicais da poesia portuguesa do século XX, também dramaturga, ficcionista, ensaísta e tradutora, morreu ao princípio da noite de sexta-feira numa casa de repouso-clínica em Algés. Tinha a doença de Parkinson, acelerada por uma fractura há seis anos. Nos últimos tempos já não comunicava.
O corpo será velado até ao princípio da tarde de hoje na Biblioteca do Palácio das Galveias, em Lisboa, onde às 14.15 horas Luís Miguel Cintra vai dizer poemas. Segue depois para o Cemitério dos Prazeres.
A Obra Breve de Fiama - 766 páginas de poesia na mais recente edição, da Assírio & Alvim - termina em agosto de 2000, junto ao mar do Algarve, com estes versos: "Hoje, / meu dia, o coração e o dia rejubilam."
Foi no último Verão de praia, ao lado de Gastão Cruz, poeta, ensaísta, primeiro marido, pai dos seus dois filhos e cúmplice até ao fim.
Conheceram-se na Faculdade de Letras de Lisboa no fim dos anos 50. Os pais de Fiama tinham uma pequena quinta, a Vivenda Azul, em Carcavelos, recorda Gastão. Ela andara na St. Julliard School, onde Paula Rego foi uma das suas primeiras amigas. Havia sido uma brilhante aluna de liceu, de ganhar prémios nacionais.
Na faculdade (que nunca chegou a acabar), Fiama (Hasse de um longínquo parente alemão) opta por Germânicas. A aventura poética começa em partilha. Publica o seu primeiro livro, Morfismos, na colectânea Poesia 61, que inclui Luiza Neto Jorge, Casimiro de Brito, Maria Teresa Horta e Gastão Cruz.
O ano seguinte é das greves estudantis, com centenas de estudantes presos, incluindo a serena Fiama. Serena mas segura, recorda Veiga Ferreira: "Uma PIDE chamada Madalena despejou-lhe a mala e ela disse-lhe: "Agora volte a pôr tudo lá dentro." Impunha a autoridade de uma forma veemente."
E irritava-se, "um verbo que lhe vai bem", diz Jorge Silva Melo, que a conheceu anos depois. "Uma vez fui agredido por um colega no átrio da faculdade e ela veio desembestada, queria bater-lhe. Tinha aquele ar de senhora frágil, simbolista do fim do século XIX, mas era uma mulher de armas. Havia nela uma determinação radical, como no poema da padeira de Aljubarrota. Podia parecer a Delphine Seyrig muito delicada no India Song mas tinha um lado Ana Magnani e quando se opunha às coisas era de uma violência justa, fantástica."
Jorge Silva Melo foi vendo os poemas a acontecer. "Se calhar o livro de durante a minha vida é a poesia toda da Fiama." Que começa melódica (e musicada por Lopes Graça e Adriano Correia de Oliveira) e recusa a melodia, para nos últimos livros chegar ao essencial.
"Comecei palavra a palavra", escreveu Fiama. "Assim: "Água significa ave". A Poesia estava quase numa única imagem que coincidia quase com uma única palavra."
Depois, aconteceu "a grande sucção do cérebro para a fronte e para a testa como para um lago", ao longo dos anos 60, "nesse decénio memorável" em que sentia a poesia a expandir-se na cabeça. Os versos tornaram-se longos.

Um teatro que pertence "ao futuro"
Com um conhecimento raro do que a precedia, Fiama inscrevia-se num "poema ininterrupto" desde a Idade Média. E chamaram-lhe hermética. "Mas foi um período fulcral para voltar a rebentar na contemplação da vida no seu quintal, em Cenas Vivas", diz Jorge Silva Melo.
Até lá a obra breve é vasta, enquanto trabalhava como bibliotecária/arquivista no Centro de Estudos Linguísticos da Universidade de Lisboa, seu emprego ao longo de 20 anos.
Além da poesia, por exemplo, as oito peças que escreveu pertencem "ao futuro", antecipa Silva Melo, "agora não temos ainda os meios de as fazer, como aconteceu a Lorca com as primeiras peças". Lorca que Fiama traduziu, como Brecht ou O Cântico Maior, assim tão ampla foi a sua atenção.
Tanto poetas como tradutores mais novos falam na sua generosidade. As versões de Hölderlin e Rilke de Maria Teresa Dias Furtado nascem do encorajamento de Fiama.
Tinha nas retinas "o mais completo dicionário / do Todo. / Esse todo que é dela um deus sem máquina / e está nas palavras de todos em reunião com o mundo", escreveu Armando Silva Carvalho - "pois não sei de outra figura viva e mais destacada / dos e nos nomes que se dão aos enigmas / da natureza e da sabedoria."
Foram amigos, ele tentou levá-la a dançar e ao teatro de revista, o que nunca aconteceu, talvez por haver nela "desejo e depois retraimento", mas sempre "uma grande espontaneidade". Até ao fim teve "um sorriso quase infantil, muitíssimo directo".
Em 12 anos de vida comum, Veiga Ferreira viu-a sempre escrever em papéis soltos, que passava à máquina emendando pouco, e a poesia nascia de tudo. "Uma vez arrancou com a Poesia Toda do Herberto no capô, o livro caiu, e daí apareceu uma coisa muito poética, sobre quando a poesia cai."
Na praia, como nesta fotografia, é que a imagina.

Alexandra Lucas Coelho - Público 20.01.2007 (daqui)

Poética de um Rosto?

Que a neofiguração se torne ní-
tida. Do objecto sedutor. Incrus-
tado nas vozes. Quanto resul-
taria, iluminado pelo silêncio.
O painel de onde se despren-
de a linha. Um modelo clássico
que revele. As palavras eter-
nas da fábula de Hero.

Proximidade incompreensível
como a de alguns poemas. Sen-
timentos que são indecifráveis.
Uma dedução para o fim. Tal-
vez o amor jubiloso dentro
da quarta parte da pupi-
la do olhar divisível pela
cruz axial. Encontrado na pai-
sagística do rosto. Expecta-
tiva de um sentido propício. A
revelação verso por verso.

 

in Três Rostos - Nova Natureza (1989) - Fiama Hasse Pais Brandão

quarta-feira, janeiro 18, 2017

El-Rei D. Pedro I morreu há 650 anos...


Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de abril de 1320 - Estremoz, 18 de janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Recebeu os cognomes de O Justiceiro (e também O Cruel e O Cru), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro. Filho do rei Afonso IV e sua mulher D. Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.

terça-feira, janeiro 17, 2017

Muhammad Ali nasceu há 75 anos

Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr. (Louisville, 17 de janeiro de 1942 - Scottsdale, 3 de junho de 2016), foi um pugilista norte-americano, considerado um dos maiores ​​da história do desporto. Foi eleito "O Desportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated em 1999.

Camilo José Cela morreu há 15 anos

Camilo José Cela Trulock, 1º. Marquês de Iria Flavia (Padrón, 11 de maio de 1916 - Madrid, 17 de janeiro de 2002) foi um escritor espanhol, galego de nascimento mas que sempre escreveu em língua castelhana.
Ele ofereceu os seus serviços, como informador, ao regime de Franco (galego como ele) e mudou-se, voluntariamente, de Madrid para a Galiza, durante a Guerra Civil Espanhola, a fim de se juntar às forças franquistas.
Foi membro da Real Academia Espanhola desde 1957 até à sua morte. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1989.

Brasão do Marquês de Iria Flavia

Poema en forma de mujer que dicen temeroso, matutino, inútil

Ese amor que cada mañana canta
y silba, temeroso, matutino, inútil
(también silba)
bajo las húmedas tejas de los más solitarios corazones
-¡Ave María Purísima!-

y rosas son, o escudos, o pajaritas recién paridas,
te aseguro que escupe, amoroso
(también escupe)
en ese pozo en el que la mirada se sobresalta.
Sabes por donde voy:

tan temeroso
tan tarde ya
(también tan sin objeto).
Y amargas o semiamargas voces que todos oyen
llenos de sentimiento,

no han de ser suficientes para convertirme en ese dichoso,
caracol al que renuncio
(también atentamente).
Un ojo por insignia,
un torpe labio,

y ese pez que navega nuestra sangre.
Los signos de oprobio nacen dulces
(también llenos de luz)
y gentiles.
Eran
-me horroriza decirlo-
muchos los años que volqué en la mar
(también como las venas de tu garganta, teñida de un tímido color).

Eran
-¿por qué me lo preguntas?-

dos las delgadas piernas que devoré.
Quisiera peinar fecundos ríos en la barba
(también acariciarlos)
e inmensas cataratas de lágrimas
sin sosiego,

desearía, lleno de ardor, acunar allí mismo donde nadie se atreve a
levantar la vista.
Un muerto es un concreto
(también se ríe)
pensamiento que hace señas al aire.
La mariposa,

aquella mariposa ruin que se nutría de las más privadas
sensaciones,
vuela y revuela sobre los altos campanarios
(también hollados campanarios)
aún sin saber,
como no sabe nadie,

que ese amor que cada día grita
y gime, temeroso, matutino, inútil
(también gime)
bajo las tibias tejas de los corazones,
es un amor digno de toda lástima.



Camilo José Cela

segunda-feira, janeiro 16, 2017

Dian Fossey nasceu há 85 anos

Dian Fossey (São Francisco, 16 de janeiro de 1932 - Montanhas Virunga - Ruanda, 26 de dezembro de 1985) foi uma zoóloga americana, reconhecida pelo seu trabalho científico e de conservação com os gorilas das montanha do Virunga, no Ruanda e no Congo.

Biografia
Inspirada pelos escritos do naturalista e conservacionista George B. Schaller, decidiu estudar os gorila-das-montanhas em extinção na África.
Dian Fossey recebeu instrução em trabalho de campo com chimpanzés da especialista Jane Goodall, e começou a assistir e registar o comportamento dos gorilas-das-montanhas. O trabalho dela levou-a para o então Zaire e depois para Ruanda, onde abriu o Centro de Pesquisa Karisoke.
Após anos de observação paciente, os gorilas vieram a conhecê-la e confiar nela e Fossey descobriu que podia sentar-se no meio de um grupo e até mesmo brincar com os jovens. Reconheceu os animais como indivíduos e até lhes deu nomes.
Em 1980, foi para Inglaterra e ingressou na Universidade de Cambridge onde obteve um doutoramento em Zoologia. Depois obteve uma posição como professora na Universidade de Cornell em Nova Iorque, onde escreveu sobre as suas experiências no Ruanda.
No ano seguinte regressou ao Centro de Pesquisa Karisoke para continuar as suas pesquisas e trabalhos de campo.
Quando o seu gorila favorito, Digit, foi morto para obtenção das suas mãos (com as quais se faz cinzeiros), Fossey começou uma campanha contra a atividade. Os seus discursos, infelizmente, tornaram-na um alvo da violência por parte dos caçadores furtivos e dos elementos corruptos do exército do Ruanda. Em 1985 Dian foi encontrada morta em sua cabana, fruto de um assassinato. O seu assassino nunca foi apanhado, embora suspeite que fosse um caçador de gorilas.
O seu legado mantém-se vivo em várias organizações e sociedades dedicadas a salvar da extinção desses primatas. Graças ao trabalho de Fossey, a consciência do mundo para com a extinção do gorila-das-montanhas aumentou, e os animais são protegidos agora pelo governo ruandês e várias organizações de conservação internacionais, incluindo The Dian Fossey Gorilla Fund International.

Filme
Em 1988, foi lançado o filme Gorillas in the Mist: The Story of Dian Fossey, que trata do período em que a zoóloga esteve em África a estudar os gorilas-das-montanhas e mostra os seus primeiros contactos com esses animais.



http://gorillafund.org/dian_fossey/