segunda-feira, outubro 29, 2012

O paleontólogo Othniel Charles Marsh nasceu há 181 anos

Pioneiros da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em geologia e mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de paelontologia de vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. A suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularisou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, no final do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.


(imagem daqui)

Marsh and his many fossil hunters were able to uncover about 500 new species of fossil animals, which were all named later by Marsh himself. In May 1871, Marsh uncovered the first pterosaur fossils found in America. He also found early horses, flying reptiles, the Cretaceous and Jurassic dinosaurs; Apatosaurus and Allosaurus, and described the toothed birds of the Cretaceous; Ichthyornis and Hesperornis.
Marsh is also known for the so-called "Bone Wars" waged against Edward Drinker Cope. The two men were fiercely competitive, discovering and documenting more than 120 new species of dinosaur between them. Marsh eventually won the Bone Wars by finding 80 new species of dinosaur, while Cope only found 56. Cope did not take this lightly, and the two fought within scientific journals for many years to come, rumored to be at the expense of recognized scientific method.

Marsh named the following dinosaur genera: Allosaurus (1877), Ammosaurus (1890), Anchisaurus (1885), Apatosaurus (1877), Atlantosaurus (1877), Barosaurus (1890), Camptosaurus (1885), Ceratops (1888), Ceratosaurus (1884), Claosaurus (1890), Coelurus (1879), Creosaurus (1878), Diplodocus (1878), Diracodon (1881), Dryosaurus (1894), Dryptosaurus (1877), Labrosaurus (1896), Laosaurus (1878), Nanosaurus (1877), Nodosaurus (1889), Ornithomimus (1890), Pleurocoelus (1891), Priconodon (1888), Stegosaurus (1877), Torosaurus (1891), Triceratops (1889). He named the suborders Ceratopsia (1890), Ceratosauria (1884), Ornithopoda (1881), Stegosauria (1877), and Theropoda. He also named the families Allosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880). He also named many individual species of dinosaurs. The dinosaur Othnielia was named in 1977 by P. Galton as a tribute to Marsh, as was Marshosaurus bicentesmus (Madsen, 1976).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Apatosaurus that he discovered (but called "Brontosaurus").
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.


domingo, outubro 28, 2012

Eros Ramazzotti - 49 anos

Eros Luciano Walter Ramazzotti Molina (Roma, Cinecittà, 28 de outubro de 1963) é um cantor italiano.


Ben Harper - 43 anos

Benjamin Chase "Ben" Harper (Claremont, Califórnia, 28 de outubro de 1969) é um músico norte-americano.
Nascido na Califórnia, Ben Harper cresceu a ouvir blues, folk, soul, R&B e reggae. Aprendeu a tocar guitarra ainda criança e montou diversas bandas em sua adolescência, sempre influenciado por nomes como Blues Traveler, Hootie & the Blowfish, Phish e Taj Mahal. Ben é bastante religioso, passando sempre uma mensagem cristã nas suas músicas.
A sua carreira profissional como artista a solo começou em 1993 com “Welcome To The Cruel World”. Sempre seguindo um intervalo de dois anos, foram lançados “Fight For Your Mind” (1995), “The Will To Live” (1997) e “Burn To Shine” (1999).
Uma caixa especial intitulada “CD Box Collection”, contendo os 3 primeiros álbuns de Harper saiu em 2000 e, no ano seguinte, chega o duplo ao vivo “Live From Mars”. O disco foi dividido em um elétrico e outro mais acústico e traz os maiores ‘hits’ do músico como “Excuse Me Mr.”, “Steal My Kisses” e “Pleasure And Pain”.
O seu sexto trabalho chamou-se “Diamonds On The Inside” (2003). O álbum é uma mistura de heavy, funk e folk. Ao lado dele estão The Innocent Criminals, formado pelo baixista Juan Nelson, o percussionista Leon Lewis Mobley e o baterista Oliver Charles. Os destaques foram “With My Own Two Hands”, “Everything”, “Amen Omen”, além da própria faixa-título.
É também conhecido como o padrinho de Jack Johnson, pois foi quem o descobriu e o indicou para uma grande gravadora. Em 2007 gravou em parceria com a cantora brasileira Vanessa da Mata a canção "Good Luck". Posteriormente formou a banda Ben Harper & Relentless 7.

O homem que derrotou a poliomelite nasceu há 98 anos

Jonas Edward Salk (Nova Iorque, 28 de outubro de 1914 - La Jolla, 23 de junho de 1995) foi um médico, pesquisador, virologista e epidemiologista estadunidense, mais conhecido como o inventor da primeira vacina antipoliomelite (a epónima vacina Salk).
Trabalhou em Nova Iorque, Michigan, Pittsburgh e Califórnia. Em 1960, ele fundou o Salk Institute for Biological Studies em La Jolla, California, que é atualmente um centro de pesquisas médicas e científicas.
Na última parte de sua vida, devotou muita energia na tentativa de desenvolver uma vacina contra a SIDA.
Salk não buscava fama ou fortuna através de suas descobertas, e é citado como tendo dito: "A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Você pode patentear o sol?"
Até 1955, quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite foi considerada o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra norteamericano. As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras no país. A epidemia de 1952 foi o pior surto na história do país norte americano. Dos quase 58 mil casos notificados naquele ano, 3.145 pessoas morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia, a maioria das vítimas foram crianças. De acordo com um documentário da PBS em 2009, o segundo maior temor dos Estados Unidos, na época, foi a poliomelite, perdendo apenas para o medo de o país ser atacado por uma bomba atómica.
Consequentemente, os cientistas iniciaram uma corrida frenética para encontrar um meio de prevenir e curar a doença. Assim, segundo Denemberg, "Salk trabalhou dezasseis horas por dia, sete dias por semana, durante anos..." para chegar à descoberta da vacina.


Forte sismo ao largo da costa do Pacífico do Canadá gera alarme falso de Tsunami

Alerta de tsunami
Grande onda formada após sismo no Canadá não atingiu o Havai

As zonas mais perto da costa foram evacuadas (Foto: Victor Fraile/Reuters/arquivo)

A onda gigante, que se formou após um sismo ao largo da costa do Canadá e que se dirigia para o Havai, afinal não chegou às ilhas tão forte como se esperava. O alerta de tsunami que foi lançado foi reduzido, mas por precaução ainda se mantém. 

De acordo com as autoridades, a onda deveria ter chegado ao Havai, nos Estados Unidos, cerca das 08.30 horas de Lisboa. Contudo, a essa hora o mar acalmou e as ondas formadas foram bastante mais baixas do que era previsto.

Mesmo assim, as zonas mais perto da costa foram evacuadas e cerca de 100 mil pessoas foram transportadas para locais mais altos e seguros. O alerta de tsunami emitido após o sismo de intensidade 7,7 na escala de Richter foi entretanto reduzido do mais grave para o segundo de uma escala de quatro, já que apesar de aparentemente o pior já ter passado, nas próximas horas o estado do mar ainda se pode alterar.

De acordo com o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, as primeiras ondas acabaram por chegar à costa desta zona dos Estados Unidos com muito menos força do que era esperado e apenas com menos de um metro de altura.

Também o mayor de Honolulu, Peter Carlisle, disse que tanto a polícia como as equipas de emergência ajudaram a evacuar as zonas de maior risco, mas que deixaram os locais pouco antes da hora de chegada das primeiras ondas, pelo que quem decidiu ficar está por sua conta e risco. E aconselhou também quem estava em locais com trânsito a abandonar os veículos e a seguir viagem a pé até uma zona segura.

Um sismo que atingiu nesta madrugada a costa oeste do Canadá provocou uma grande onda, o que obrigou as autoridades a emitir um alerta de tsunami para o Havai, nos Estados Unidos.

O abalo que originou o alerta ocorreu às 03.04 horas de Lisboa. O Instituto de Geofísica dos Estados Unidos adiantou que o epicentro foi localizado 139 quilómetros a sul de Masset e a 17 quilómetros de profundidade, sob a ilha Haida Gwaii, um arquipélago a 600 quilómetros a noroeste de Vancouver. Várias testemunhas citadas pelas agências noticiosas indicam que o abalo foi muito forte e sentido pela maior parte das pessoas. Ainda assim, por agora não foram registados danos pessoais ou materiais significativos.

in Público - ler notícia

NOTA: mais uma vez o Público erra - o epicentro não pode ser a "a 17 quilómetros de profundidade" - alguém que explique aos senhores que aí é o hipocentro...

Uma forma de fazer o luto um pouco estranha - volta, Estaline, estás perdoado...

Por ter bebido álcool durante período de luto por Kim Jong-il
Vice-ministro norte-coreano executado com tiro de morteiro

Morte de Kim Jong-il deu início a gigantescas cerimónias de luto. Norte-coreanos foram forçados a comparecer

Um vice-ministro do Exército da Coreia do Norte foi condenado à morte por ter bebido álcool durante os 100 dias de luto pela morte do "querido líder" Kim Jong-il. Segundo a imprensa sul-coreana, citada pelo 'Daily Mail', o método de execução terá sido tão violento quanto criativo: um tiro de morteiro.

Na sua execução, que ocorreu em janeiro, Kim Chol terá sido forçado a manter-se num local para onde foi disparado um tiro de morteiro, às ordens do novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, filho de Kim Jong-il.
Segundo a imprensa sul-coreano, Kim Jong-un ordenou que o vice-ministro fosse "obliterado" por ter desrespeitado a morte do seu pai, a 17 de dezembro de 2011.
Começou nessa data um período de 100 dias de luto em que a população da Coreia do Norte foi forçada a abster-se de qualquer comportamento de que resultasse prazer, incluindo o consumo de bebidas alcoólicas.
Houve relatos de que a falta de comparência em cerimónias de pesar pela morte do 'querido líder' foi o suficiente para que muitos norte-coreanos fossem agredidos brutalmente ou enviados para campos de trabalho.

in CM - ler notícia

NOTA: ainda bem que o povo norte-coreano não tem NUNCA acesso a bebidas alcoólicas - do que eles se safam...

Erasmo de Roterdão nasceu há 546 anos

Erasmo de Roterdão (nascido Gerrit Gerritszoon ou Herasmus Gerritszoon; em latim: Desiderius Erasmus Roterodamus; Roterdão, 28 de outubro de 1466 - Basileia, 12 de julho de 1536) foi um teólogo e um humanista neerlandês que viajou por toda a Europa (inclusive Portugal).
Erasmo cursou o seminário com os monges agostinianos e realizou os votos monásticos aos 25 anos, vivendo como tal, sendo um grande crítico da vida monástica e das características que julgava negativas na Igreja Católica.
Frequentou o Collège Montaigu, em Paris, e continuou seus estudos na Universidade de Paris, então o principal centro da escolástica, apesar da influência crescente do Renascimento da cultura clássica, que chegava de Itália. Erasmo optou por uma vida de académico independente (de país, de laços académicos, de lealdade religiosa e de tudo que pudesse interferir com a sua liberdade intelectual e a sua expressão literária).
Os principais centros da sua actividade foram Paris, Lovaina, Inglaterra e Basileia. No entanto, nunca pertenceu firmemente a nenhum destes sítios. O seu tempo em Inglaterra foi frutuoso, tendo feito amizades para a vida com os líderes ingleses, mesmo nos dias tumultuosos do rei Henrique VIII: John Colet, Thomas More, John Fisher, Thomas Linacre e Willian Grocyn. Na Universidade de Cambridge foi o professor de teologia de Lady Margaret e teve a opção de passar o resto de sua vida como professor de inglês. Ele esteve no Queens' College, em Cambridge e é possível que tenha sido alumnus.
Foram-lhe oferecidas várias posições de honra e proveito através do mundo académico, mas ele declinou-as todas, preferindo a incerteza, tendo no entanto receitas suficientes da sua actividade literária independente.
Entre 1506 e 1509 esteve em Itália. Passou ali uma parte do seu tempo na casa editorial de Aldus Manatius, em Veneza.
De acordo com suas cartas, ele esteve associado com o filósofo natural veneziano, Giulio Camillo, mas, além deste, ele teve uma associação com académicos italianos menos activa do que se esperava.
A sua residência em Lovaina expôs Erasmo a muitas críticas mesquinhas por parte daqueles que eram hostis aos princípios do progresso literário e religioso aos quais ele devotava a vida. Ele interpretava esta falta de simpatia como uma perseguição e procurou refúgio em Basileia, onde, sob abrigo de hospitalidade suíça, pôde expressar-se livremente e estava rodeado de amigos. Foi lá que esteve associado por muitos anos com o grande editor Froben, e onde uma multidão de admiradores de (quase) todos os cantos da Europa o vieram visitar.

A popularidade extraordinária dos seus livros fica patente pelo número de edições e traduções que surgiram desde o século XVI, e no interesse permanente que é suscitado pela sua personalidade esquiva mas fascinante. Dez colunas do catálogo da "British Library" estão ocupados com a mera enumeração de suas obras e subsequentes reedições. Grandes nomes da era clássica e dos pais da igreja foram traduzidos, editados ou comentados por Erasmo, incluindo Santo Ambrósio de Milão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Basílio de Cesareia, São João Crisóstomo, Cícero, e Santo Jerónimo.
Erasmo faleceu em Basileia, Suíça.
O seu livro mais famoso, "O Elogio da Loucura" (Laus Stultitiae), escrito em 1509, foi dedicada ao seu amigo Sir Thomas More.

In Hoc Signo Vinces - a Batalha da Ponte Mílvia foi há 17 séculos

(imagem daqui)

A Batalha da Ponte Mílvia teve lugar a 28 de outubro de 312 d.C., entre os imperadores romanos Constantino I, o Grande, e Maxêncio. Com a vitória de Constantino, o rumo da história da Europa e, por extensão, do Ocidente, foi alterado radicalmente.
A causa subjacente da batalha era a disputa que já durava cinco anos entre Constantino e Maxêncio sobre o controle da metade ocidental do Império Romano. Apesar de Constantino ser o filho do co-imperador Constâncio Cloro, o sistema de poder em vigor na altura, a tetrarquia,que havia sido feita em Roma pelo Imperador Diocleciano, não providenciava necessariamente uma sucessão hereditária. Quando Constâncio Cloro faleceu a 25 de julho de 306, as tropas de seu pai proclamaram Constantino como o Augusto (28 de outubro de 306), mas em Roma o favorito era Maxêncio, o filho do predecessor de Constâncio Cloro, Maximiano. Ambos os homens continuaram a clamar o título desde então, apesar de uma conferência que deveria resolver a disputa ter resultado na nomeação de Maxêncio como imperador sénior, juntamente com Galério. A Constantino foi dado o direito de manter as províncias da Britânia e na Gália, mas era oficialmente apenas um "César", ou imperador júnior.
Em 312, os dois homens estavam de novo em conflito, apesar de serem cunhados. Muito disto era por obra do pai de Maxêncio, Maximiano, que tinha sido retirado à força do cargo de imperador em 305 por pressão de Diocleciano. Maximiniano maquinou e enganou quer o próprio filho como também Constantino, tentando reaver o poder. Acabou por ser executado por Constantino em 310. Quando Galério morreu, em 312, a luta pelo poder estava aberta. No verão de 312, Constantino reuniu as suas forças e decidiu resolver a contenda pela força.
Ele conquistou facilmente o norte da península Itálica, e estava a menos de 15 quilómetros de Roma quando Maxêncio decidiu defrontá-lo frente à ponte Mílvia, uma ponte de pedra (ainda existente) sobre o rio Tibre, na Via Flamínia, que continua até Roma. Dominar a ponte seria crucial para Maxêncio manter o rival fora de Roma, onde o senado decidiria seguramente por quem quer que conquistasse a cidade.
Constantino, à sua chegada, compreendeu que tinha feito um erro de cálculo e que Maxêncio tinha muitos mais soldados à disposição do que ele. Algumas fontes dizem que a vantagem era de 19 para um a favor de Maxêncio, mas a proporção mais provável era de quatro para um. De qualquer forma, Constantino tinha um desafio pela frente.
A tradição sustenta que, ao anoitecer de 27 de outubro, quando os exércitos se preparavam para a batalha, Constantino teve uma visão quando olhava para o sol que se punha. As letras gregas XP (Chi-Rho, as primeiras duas letras de Χριστός, "Cristo") entrelaçadas com uma cruz apareceram-lhe enfeitando o sol, juntamente com a inscrição "In Hoc Signo Vinces" — latim para "Sob este signo vencerás". Constantino, que era pagão na altura (apesar de que, provavelmente, a sua mãe fosse cristã), colocou o símbolo nos escudos dos seus soldados. De facto, existem duas narrativas mais ou menos contemporâneas do episódio: Segundo o historiador Lactâncio, Constantino teria recebido num sonho a ordem de inscrever "o sinal celeste nos escudos dos seus soldados" - o que teria feito ordenando que fosse neles traçado um "estaurograma", uma cruz latina com sua extremidade superior arredondada em "P". Segundo Eusébio de Cesaréia, o próprio Constantino teria-lhe dito que, numa data incerta - e não necessariamente na véspera da batalha - teria tido, ao olhar para o sol, uma visão de uma cruz luminosa sobre a qual estaria escrito, em grego, "Εν Τουτω Νικα", ou, em latim, in hoc signo vinces - "com este sinal vencerás", e que, na noite seguinte, Cristo lhe teria explicado em sonho que esta frase deveria ser usada contra seus inimigos.
No dia seguinte, os dois exércitos confrontaram-se e Constantino saiu vitorioso. Já conhecido como um general hábil, Constantino começou a empurrar o exército de Maxêncio de volta ao rio Tibre e Maxêncio decidiu recuar, para defender-se mais próximo de Roma. Mas só havia uma escapatória, pela ponte, e os homens de Constantino infligiram grandes perdas no exército em fuga. Finalmente, uma ponte de barcas colocada ao lado da ponte Mílvia, pela qual muitas das tropas escapavam, sofreu o colapso, tendo os homens que ficaram na margem norte do rio Tibre sido mortos, ou feitos prisioneiros, com Maxêncio entre os mortos.
Constantino entrou em Roma pouco depois, onde foi aclamado como o único Augusto ocidental. Ele teve creditada a vitória na ponte Mílvia à "Divindade" - ou a "uma Divindade" (na formulação deliberadamente ambígua escolhida pelo Senado, simpatizante do paganismo, para ser colocada no seu arco do triunfo), e ordenou o fim de todas as perseguições aos cristãos nos seus domínios, um passo que ele já tinha tomado na Britânia, na Gália e Hispânia em 306. Com o imperador como patrono, o Cristianismo, que já era muito difundido no império, explodiu em conversões e poder.

sábado, outubro 27, 2012

Hoje é dia de Festa...

... cantam as nossas almas, para o menino Manel, uma salva de palmas!



Paganini nasceu há 230 anos

Niccolò Paganini (Génova, 27 de outubro de 1782Nice, 27 de maio de 1840) foi um compositor e violinista italiano que revolucionou a arte de tocar violino, e deixou a sua marca como um dos pilares da moderna técnica de violino. O seu Caprice em Lá menor, Op. 1 No. 24 está entre suas composições mais conhecidas, e serve de inspiração para outros proeminentes artistas como Johannes Brahms e Sergei Rachmaninoff.

Quando criança era constantemente obrigado pelo próprio pai a estudar violino, por horas a fio, sob ameaça de castigos severos. Quando tinha nove anos de idade foi para Parma a fim de estudar com o famoso violinista Alessandro Rolla. E, após ter executado o mais recente concerto de Rolla à primeira vista, o velho mestre aconselhou-o a continuar os seus estudos em composição:"Nada tenho a lhe ensinar, meu menino, vá e procure Ferdinando Paër". Em seus primeiros concertos públicos foi logo considerado uma criança prodígio. Após libertar-se da custodia do pai-déspota, começou carreira como virtuoso do violino, em toda a Itália. Ficou famoso também pelo seu estilo da vida rebelde, frequentemente gastando todo o seu dinheiro em jogos e diversões noturnas. Durante os anos de 1800-1805 desapareceu completamente da vida pública. Uma lenda muito propagada conta que passou estes anos na prisão.
Embora, no início de sua vida profissional desse os seus concertos apenas na Itália, sua fama como violinista-virtuoso logo espalhou-se por toda Europa.
Só em 1828 saiu da Itália para uma viagem de concertos no estrangeiro. Apresentou-se na Áustria, Alemanha e França entre outros países, sempre com grande sucesso. Chopin, Schubert e Schumann estavam na audiência de alguns destes concertos e, parecem ter ficado maravilhados com a sua execução ao violino.
É desnecessário dizer que a maioria das obras de Paganini foram escritas para violino. Conquanto diversas obras para violino e orquestra possam fazer parte das suas peças, o violinista somente compôs cinco verdadeiros concertos para violino. O primeiro Concerto pode provavelmente ser datado de 1817. Em todas as apreciações, cartas e outras fontes contemporâneas aparece o testemunho de como as plateias e os críticos reagiram à execução deste "violinista diabólico". E mesmo agora - ainda que Paganini tenha morrido há mais de um século e meio - ele ainda aparece como um exemplo clássico da execução "virtuosística" ao violino.
Os últimos anos da sua vida foram passados em Nice. Apesar de muito rico, ficou doente de tuberculose e quase não podia falar.
O estilo de vida de Niccolò Paganini e a sua aparência mefistofélica deram origem a historias de que o seu virtuosismo era devido a um pacto com o demónio. É mais provável que ele fosse portador de uma doença, a Síndrome de Marfan, cujos sintomas típicos são os dedos particularmente compridos e magros.
Na história dos intérpretes do violino os pontos de referência mais importantes podem ser encontrados a partir do século dezassete. Por um lado isso é coerente com a origem do que hoje em dia é considerado um "verdadeiro" violino e, por outro com o desenvolvimento da legítima música instrumental na qual a virtuosidade se tornou um elemento cada vez mais importante.
Ainda que em séculos anteriores diversos instrumentos de cordas tivessem sido conhecidos - tais como o árabe redab e o violino medieval - o violino com quatro cordas não se transformou em padrão antes que o estilo barroco viesse a surgir na Itália. Com o novo idioma o estilo do instrumental concertante veio a florescer: embora tivesse havido definitivamente obras instrumentais anteriormente, elas tinham sido baseadas principalmente nos modelos vocais e o verdadeiro estilo virtuoso de execução desenvolveu-se durante o período no qual o princípio concertante estava se tornando gradualmente mais importante. Os compositores mais importantes para o instrumento no século dezassete e na primeira parte do século dezoito foram italianos, tais como Marini, Corelli, Vivaldi e Tartini. Só gradualmente é que outros países começaram a desempenhar algum papel, por exemplo, com Leopold Mozart (pai de Wolfgang Amadeus Mozart) que foi não somente um músico talentoso como também publicou um dos mais influentes métodos, na época, para a execução do instrumento.
Tão esquecido quanto possa estar Viotti em nossos dias, assim também é Nicoló Paganini. Sendo um dos primeiros instrumentistas do romantismo musical. Paganini mostrou a pianistas do quilate de Franz Liszt uma nova forma tocar, explorando a técnica e a virtuosidade de um instrumento.
Um pequeno asteroide (2859 Paganini), descoberto em 1978 pelo astrónomo soviético Nikolai Stepanovich Chernykh tem o seu nome.

Simon Le Bon, o vocalista dos Duran Duran, faz hoje 54 anos

Simon John Charles Le Bon (Bushey, 27 de outubro de 1958) é um cantor e compositor inglês. Ele é o vocalista e líder da banda pop britânica Duran Duran.

Nascido em Bushey, Hertfordshire, Inglaterra, Le Bon fez parte do grupo coral local desde criança, mas também fez curso de ator. Ele estudou na Pinner County Grammar School, a mesma escola onde Elton John estudou alguns anos atrás. Apareceu poucas vezes em comerciais de televisão e em diversas produções de teatro. Ele trabalhou num Kibutz - uma comunidade coletiva israelita - no deserto de Negev em Israel, no ano de 1978. Posteriormente, retornou à Inglaterra e estudou na escola de drama da Universidade de Birmingham, antes de conhecer a então novata banda Duran Duran.

Simon foi apresentado a Nick Rhodes e John Taylor em maio de 1980 por Fiona Kemp, uma ex-namorada, que trabalhava no mesmo bar onde a banda fazia seus ensaios. Recomendada por ela como um bom vocalista, Le Bon apareceu na audição com uma calça leopardo rosa e um caderno de anotações com poesias escritas por ele. Mais tarde, essas poesias se tornaram letras de canções nos álbuns do Duran Duran.

Em 1985, durante uma pausa nas atividades dos Duran Duran, Le Bon, juntamente com Rhodes e Roger Taylor, formou os Arcadia. A banda lançou somente um álbum, So Red the Rose, e um single, "Election Day". A banda Arcadia durou apenas um ano; após isso os três retornam aos Duran Duran para o álbum seguinte

Simon é casado com a ex-modelo britânica Yasmin Parvaneh desde 27 de dezembro de 1985. O casal tem três filhas: Amber Rose (n. 1989), Saffron Sahara (n. 1991) e Tallulah Pine (n. 1994).


NOTA: como curiosidade, uma canção dos Duran Duran e Le Bon com a participação do músico brasileiro Milton Nascimento, ainda ontem aqui referido:

Scott Weiland - 45 anos

Scott Richard Kline, mais conhecido como Scott Weiland (27 de outubro de 1967, San Jose, Califórnia) é um músico, vocalista e compositor norte-americano. Ex-vocalista da banda Velvet Revolver, ficou conhecido mundialmente como líder do grupo Stone Temple Pilots.

Começou sua turbulenta carreira na música como vocalista da banda Mighty Joe Young em 1987, que tocavam em bares por todo o sul da California, de Los Angeles a San Diego. A reputação da banda foi crescendo até que assinam com a gravadora Atlantic e rebatizam a banda com nome Stone Temple Pilots.
Os anos subsequentes são de muito sucesso na carreira do Stone Temple Pilots, muito devido a explosão do som de Seattle, que levou o rock ao topo das paradas. No entanto, após o lançamento do segundo álbum do grupo, Purple de 1994, o vocalista Scott Weiland começa a sofrer os efeitos dos seus abusos de drogas. A banda é forçada a cancelar a turnê que estava em andamento e Weiland passa algum tempo se recuperando em clínicas de reabilitação.
A volta acontece com o álbum Tiny Music... Songs From The Vatican Gift Shop, lançado em 1996. Mas os problemas de Weiland com a heroína mais uma vez impedem a banda de entrar em turnê.
Em 1998 Scott Weiland lança sua carreira solo, com o álbum 12 Bar Blues, produzido por Daniel Lanois, famoso pelo seu trabalho com o U2. O disco conta com a participação de vários músicos e é recheado de efeitos eletrónicos e uma sonoridade que mistura glam-rock e industrial. O disco não tem boa repercussão tanto da crítica como do público. Quando Weiland se preparava para a turnê de lançamento do álbum, em Nova Iorque, foi preso por porte de drogas, teve que enfrentar um processo e foi obrigado a cancelar a turnê.
No fim de 1998, o Stone Temple Pilots se reúne para gravar seu quarto álbum, chamado simplesmente de No. 4. Em julho de 1999, apenas duas semanas antes do lançamento do álbum, Scott Weiland é novamente preso por uso de drogas e desta vez é sentenciado a um ano de prisão, mais uma vez cancelando os planos de divulgação e turnê dos STP.
Em fevereiro de 2000, após 7 meses de prisão e clínica de reabilitação, Weiland fica em liberdade. Em 2001, com Scott livre, a banda lançou Shangri La Dee Da, com composições que agradaram quase todos os públicos, voltando a fazer sucesso em todo o mundo. Uma coletânea, Thank You, foi lançada em 2003 com os principais hits dos discos anteriores. Os intermináveis problemas do vocalista com o uso de drogas fizeram com que a banda terminasse.
Ainda em 2003, os ex-membros do Guns n' Roses, Slash, Matt Sorum e Duff McKagan, mais o guitarrista Dave Kushner se juntaram e procuraram um vocalista para banda. Muitos nomes foram ventilados, mas o vocal de Scott foi o que mais se adequou ao que os músicos procuravam. Em maio, é publicado na revista Rolling Stone que o nome da banda passaria a ser Reloaded, e Scott anuncia que é o vocalista definitivo da banda. Neste mesmo mês, Scott é preso por porte de drogas. Em junho o nome da banda é novamente mudado, agora definitivamente, para Velvet Revolver, e no dia 19 ocorre o primeiro show, em Los Angeles.
Em agosto assinam com a RCA Records e no começo de outubro a banda termina o que seriam as "bases" de 14 músicas para o lançamento de um álbum. Scott é novamente preso por bater seu carro em outro, sob suspeita de estar sobre o efeito de álcool e drogas. É sentenciado a cumprir um regime de desintoxicação numa clínica de reabilitação por 6 meses. Por sentença judicial ganha a permissão para ser libertado quatro horas diariamente para que termine as gravações dos vocais para o álbum. Dessa forma, algum tempo depois, o primeiro registo dos Velvet Revolver ficou pronto. Quando o trabalho foi finalizado, Scott Weiland ainda estava em processo de recuperação e respondendo a processos na corte americana, por conta dos seus excessos com as drogas desde os tempos em que ainda tocava nos Stone Temple Pilots.
Depois de ser anunciado para sair em abril de 2004, "Contraband" finalmente foi lançado – depois de mais dois adiamentos – em junho e logo a banda fez sucesso não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.
Em 2007, o álbum dos Velvet Revolver "Libertad", saiu para as lojas. O seus problemas com as drogas e o álcool parecem ter acabado.
Em 2008, abandonou o grupo, regressando ao trabalho com os Stone Temple Pilots.




sexta-feira, outubro 26, 2012

Música para um professor dos geopedrados que hoje faz anos

Para o Doutor Jorge Dinis, que tivemos a honra e o prazer de ter como professor na licenciatura de Geologia e que hoje faz anos (um bonito número redondo...) uma música para celebrar o seu aniversário, de outro aniversariante de hoje:


Nada Será Como Antes - Milton Nascimento

Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes amanhã

Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está, amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol

Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes, amanhã

Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está, amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol

Porque uma das mais bonitas vozes brasileiras faz hoje anos



Milton Nascimento - 70 anos!

Milton Nascimento (Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942) é um cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira. Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967. Tem como parceiros e músicos que regravaram suas canções, nomes como: Wayne Shorter, Pat Metheny, Peter Gabriel, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Foi nomeado novamente para o Grammy em 1991 e 1995.
Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África. Também conhecido pela alcunha de Bituca, nasceu no Rio de Janeiro, filho de Maria Nascimento, uma empregada doméstica muito humilde, que foi mãe solteira. Tentou criar Milton, o registou e o levou para a casa dos patrões, mas foi demitida e viu que não poderia criá-lo, tamanha a miséria na qual vivia. Sofrendo muito, entregou o filho para um casal rico criar. Milton, então, foi adotado. A sua mãe adotiva, Líliam Silva Campos, era professora de música. O pai adotivo, Josino Campos, era dono de uma estação de rádio. Mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais, antes dos dois anos e aos treze anos já cantava em festas e bailes da cidade.

Gravou a primeira canção, Barulho de trem, em 1962. Em Três Pontas, integrava, ao lado de Wagner Tiso, o grupo W's Boys, que tocava em bailes. Mudou-se para Belo Horizonte para fazer o curso de Economia, onde, tocando em bares e clubes noturnos, começou a compor com mais frequência; datam dessa época as composições Novena e Gira Girou (1964), ambas com Márcio Borges.
Clube da Esquina
Na pensão onde foi morar na capital, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, Lô e Márcio. Dos encontros na esquina das Ruas Divinópolis com Paraisópolis surgiram os acordes e letras de canções como Cravo e Canela, Alunar, Para Lennon e McCartney, Trem azul, Nada será como antes, Estrelas, São Vicente e Cais. Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da esquina, que era duplo e apresentava um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons e riqueza poética. O Clube da esquina escreveu um dos mais importantes capítulos da história da MPB. Chamou a atenção dos músicos brasileiros e estrangeiros, dada a sua ousadia artística e criatividade inovadora.
Quando do lançamento, a crítica especializada não teve a capacidade de entender o que estava acontecendo e fez comentários severos a respeito da obra. Pouco tempo depois o disco teve reconhecimento internacional e ganhou o prestígio merecido aqui no Brasil também. O álbum virou disco de cabeceira de músicos no mundo inteiro, tornando-se referência estilística e estética da música contemporânea, e levou Milton Nascimento a ser convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O disco chamava-se Native Dancer e serviu para projetar Milton de uma vez por todas no mercado norte-americano.
Em 1966 Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as músicas para a peça infantil "Viagem ao Faz de Conta" de Walter Quaglia. EM 1967, segundo o trecho da contracapa do disco Milton e Tamba Trio: Milton Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio', no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e eternamente moderno. No mesmo ano, a composição Canção do Sal foi gravada por Elis Regina. A convite do músico Eumir Deodato, gravou um LP nos Estados Unidos (Courage), onde se destacam Catavento e uma versão de Travessia chamada Bridges. Em 1970 realiza temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo com o conjunto Som Imaginário, destacando-se desse período Para Lennon e McCartney (1970, com Fernando Brant, Márcio Borges e Lo Borges) e Clube da Esquina. No disco Sentinela (1980), foi um grande sucesso a composição Canção da América. No ano seguinte, fez sucesso com a canção Caçador de Mim (uma composição de Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão). Também participou e compôs a trilha sonora de filmes como Os Deuses e Os Mortos (1969, direção de Ruy Guerra), e Fitzcarraldo (1981, direção de Werner Herzog).
Entre outros sucessos, destacam-se Maria, Maria (1978, com Fernando Brant), e a interpretação de Coração de Estudante (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já (movimento sócio-político de reivindicação por eleições diretas, 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a Canção da América, que versa sobre a Amizade, foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994).
O Grande Circo Místico
Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Milton Nascimento integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma plateia de mais de 200 mil pessoas. Milton interpretou a canção Beatriz, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.
Nordeste já
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d'água, elogiado pela competência das interpretações individuais.
Estilo
O estilo musical de Milton pode ser classificado como Música Popular Brasileira, surgido de um desdobramento do movimento da bossa nova, com fortes influências desta, do jazz, do jazz-rock e de grandes expoentes do rock, como os Beatles, Bob Dylan e com pitadas tanto da música hispano-americana de Mercedes Sosa, Violeta Parra e Victor Jara, quanto dos sons caribenhos de Pablo Milanes e Silvio Rodríguez. Ao mesmo tempo, o estilo de Milton Nascimento não deixa de beber nas fontes regionais brasileiras, nos cantos folclóricos de Minas Gerais e de outros estados.
O estilo foi inaugurado com a inesquecível interpretação da canção Arrastão (Edu Lobo / Vinícius de Moraes), pela novata Elis Regina, na estreia do I Festival de Música Popular Brasileira. Até agora, Milton Nascimento já gravou trinta e quatro álbuns. Cantou com dúzias de outros artistas, incluindo Angra, Maria Bethânia, Elis Regina, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Simone, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Beto Guedes, Paul Simon, Peter Gabriel (com quem co-escreveu a música Breath after Breath dos Duran Duran), Herbie Hancock, Quincy Jones e Jon Anderson. Elegeu Elis Regina como a grande musa inspiradora para quem compôs inúmeras canções. A filha de Elis, Maria Rita, teve sua carreira catapultada pelo padrinho Milton Nascimento com a participação no álbum Pietá, cantando as faixas Voa Bicho, Vozes do Vento e Tristesse.
Cquote1.svg Sou fascinado pela minha família, acho que eu não poderia ter tido mais amor, educação e liberdade em nenhuma outra família no mundo. Eles moldaram a minha vida. Meu primeiro instrumento foi uma harmónica dada pela minha avó. Ela me deu um acordeão, e foi aí que minha vida musical começou Cquote2.svg
Milton Nascimento
Em 2010 Milton Nascimento foi o homenageado do Festival Internacional de Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do festival Milton esteve presente e recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de Fernando Brant e Leonardo Cunha "A Voz Coral" feita especialmente para o homenageado.
Além disso, neste mesmo ano, o cantor, e padrinho da banda Roupa Nova, Milton Nascimento foi homenageado pelo sexteto carioca em uma participação especial no CD/DVD ao vivo da banda na faixa "Nos Bailes da Vida", de composição de Milton, como forma de agradecimento pelo que ele fez para o grupo durante os 30 anos de carreira, já que ambos vieram de 'bailes'.


O Rei D. Miguel I nasceu há 210 anos

D. Miguel I de Portugal, de nome completo Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon (Queluz, 26 de outubro de 1802 - Bronnback, Grão-ducado de Baden, 14 de novembro de 1866) foi Rei de Portugal entre 1828 e 1834, tendo sido o terceiro filho do Rei Dom João VI e de D. Carlota Joaquina de Bourbon.
Foi detentor, sucessivamente, dos títulos de Infante de Portugal, Senhor do Infantado e duque de Beja, Infante de Portugal, duque de Bragança e senhor de Samora Correia, Príncipe-regente de Portugal e, posteriormente, Rei de Portugal.

Miguel nasceu em 26 de outubro de 1802, em Queluz no Palácio Real de Queluz e foi o sétimo filho legitimo de João VI, Rei de Portugal e Algarves e Imperador do Brasil com sua consorte Carlota Joaquina de Bourbon, filha legitima de Carlos IV e sua consorte Maria Luísa de Parma, filha de Filipe I de Parma e de Luísa Isabel de Bourbon, filha da França, sua mãe era Carlota Joaquina Infante de Espanha, foi irmão mais novo de Maria Teresa de Bragança, Princesa da Beira, Francisco António, Maria Isabel de Bragança, Pedro I do Brasil e IV de Portugal, Maria Francisca de Assis de Bragança e Isabel Maria de Bragança, e irmão mais velho de Maria da Assunção de Bragança, Ana de Jesus Maria de Bragança, por parte de seu pai era membro da casa dinástica de Bragança, assim como todos os seus irmãos e irmã.

Reinado
Foi Rei de Portugal entre 1828 e 1834, cobrindo o período da Guerra Civil Portuguesa (1831-1834), embora, segundo os pedristas, tenha sido um usurpador do título monárquico de sua sobrinha D. Maria da Glória. Por seu turno, os miguelistas contrapunham que D. Pedro I do Brasil perdera o direito à Coroa Portuguesa e, por isso, a designar um seu sucessor (no caso, sua filha, Dona Maria da Glória) desde o momento em que erguera armas contra Portugal, declarara a independência do Brasil e se tornara Imperador desse novo país. Com efeito, de acordo com as Leis Fundamentais do Reino, um príncipe-herdeiro que levantasse armas contra Portugal ou ascendesse ao trono de um estado estrangeiro, perderia o direito ao trono português. D. Miguel seria assim o legítimo sucessor de D. João VI, vindo a ser legitimado pelas Cortes, em 1828, em conformidade com as Leis tradicionais vigentes antes e após a revolta liberal de 1820.
Assim, para os pedristas, D. Miguel passou à história como o Absolutista ou o Usurpador (por alegadamente ter arrebatado o trono que seria de sua sobrinha), enquanto os miguelistas lhe atribuem o cognome de o Tradicionalista (por ter sido aclamado em Cortes, no respeito da tradição legal portuguesa).
Antes de ascender ao trono - uma vez que o primeiro filho de D. João VI, o Infante António Francisco de Assis de Bragança e Bourbon, Príncipe da Beira falecera na infância - D. Miguel usou os títulos destinados aos secundogénitos de Senhor do Infantado e Duque de Beja; foi ainda feito pelo seu pai Conde de Samora Correia, na sequência da Vilafrancada; após o período do seu reinado efectivo, já no exílio, usou o título de Duque de Bragança, com os demais subsidiários (marquês de Vila Viçosa, conde de Arraiolos, de Barcelos, de Neiva e de Ourém).