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terça-feira, outubro 29, 2024

Othniel Charles Marsh, um paleontólogo protagonista da guerra dos ossos, nasceu há 193 anos

     
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se formou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornando-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
       

  

Brontosaurus excelsus in the Yale Peabody Museum of Natural History


He named the subordersCeratopsia (1890), Ceratosauria (1884), Ornithopoda (1881), Stegosauria (1877), and Theropoda.
He also named the families Allosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880).
He also named many individual species of dinosaurs.
Dinosaurs named by others in honour of Marsh include Hoplitosaurus marshi (Lucas, 1901), Iaceornis marshi (Clarke, 2004), Marshosaurus (Madsen, 1976), Othnielia (Galton, 1977), and Othnielosaurus (Galton, 2007).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum of Natural History. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Brontosaurus that he discovered, which was reclassified as Apatosaurus for a time. However, an extensive study published in 2015 concluded that Brontosaurus was a valid genus of sauropod distinct from Apatosaurus.
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.
Marsh was elected a member of the American Antiquarian Society in 1877.
Marsh formulated the Law of brain growth, which states that, during the tertiary period, many taxonomic groups presented gradual increase in the size of the brain. This evolutionary law remains being used due to its explanatory, and to a certain extent, predictive potential
       

domingo, março 17, 2024

O paleontólogo Othniel Charles Marsh morreu há 125 anos

  
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espetaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atrativas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.

  

O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso") um dinossáurio do Jurássico
 

  

Brontosaurus excelsus in the Yale Peabody Museum of Natural History


He named the suborders Ceratopsia (1890), Ceratosauria (1884), Ornithopoda (1881), Stegosauria (1877) and Theropoda.
He also named the families Allosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880).
He also named many individual species of dinosaurs.
Dinosaurs named by others in honour of Marsh include Hoplitosaurus marshi (Lucas, 1901), Iaceornis marshi (Clarke, 2004), Marshosaurus (Madsen, 1976), Othnielia (Galton, 1977), and Othnielosaurus (Galton, 2007).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum of Natural History. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Brontosaurus that he discovered, which was reclassified as Apatosaurus for a time. However, an extensive study published in 2015 concluded that Brontosaurus was a valid genus of sauropod distinct from Apatosaurus.
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.
Marsh was elected a member of the American Antiquarian Society in 1877.
Marsh formulated the Law of brain growth, which states that, during the tertiary period, many taxonomic groups presented gradual increase in the size of the brain. This evolutionary law remains being used due to its explanatory, and to a certain extent, predictive potential
       
 

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Mais uma notícia sobre a Guerra dos Ossos...

As Guerras dos Ossos: a rivalidade mais acesa e ridícula da ciência

 

 

Othniel Charles Marsh (esquerda) e Edward Drinker Cope (direita)

 

Os paleontólogos Edward Drinker Cope e Othniel Charles Marsh marcaram a ciência com as suas incríveis descobertas, mas também com a sua rivalidade intensa.

No final do século XIX, os Estados Unidos foram palco de uma rivalidade histórica entre dois paleontólogos, Edward Drinker Cope e Othniel Charles Marsh, num episódio conhecido como “Bone Wars” (Guerras dos Ossos).

Embora a competição tenha resultado na descoberta de mais de 100 espécies de dinossauros, incluindo o Stegosaurus, Brontosaurus e Triceratops, as táticas sujas usadas pelos cientistas acabaram por manchar as suas reputações e legados.  

Cope e Marsh conheceram-se nos anos 1860, enquanto estudavam Paleontologia na Alemanha, e inicialmente mantinham uma amizade aparentemente cordial. No entanto, o relacionamento azedou quando ambos regressaram aos EUA e começaram a competir na descoberta de fósseis. Marsh chegou ao ponto de subornar o dono de uma pedreira que Cope lhe havia mostrado, para que lhe fossem enviadas futuras descobertas de fósseis, explica o IFLScience.

A situação agravou-se ainda mais quando Cope cometeu um erro de anatomia num estudo sobre um réptil marinho extinto, o Elasmosaurus platyurus. Depois de Marsh apontar o erro, a inimizade entre os dois tornou-se irreversível.

A expansão da ferrovia transcontinental deu a ambos uma enorme oportunidade para avançar nos seus trabalhos. Em 1877, a descoberta de fósseis bem preservados em Como Bluff, perto da cidade de Medicine Bow, Wyoming, tornou-se o epicentro desta rivalidade. Ambos enviaram equipas de escavação, que ficaram acampadas muito perto umas das outras, resultando em episódios de lutas físicas, espionagem e acusações mútuas de sabotagem e invasão de propriedade.

Se alguém pode ser apontado como o “vencedor” deste conflito, seria Marsh. Enquanto Cope enfrentou dificuldades financeiras, investindo em minas de prata que se revelaram um fracasso, Marsh foi nomeado Paleontólogo Chefe de vertebrados do US Geological Survey.

Contudo, ambos os cientistas morreram empobrecidos e sozinhos, deixando um legado ambíguo. As suas descobertas contribuíram significativamente para o campo da paleontologia, mas o seu comportamento infantil e antiético manchou a reputação da própria ciência que ambos procuravam avançar.

Esta história serve como um lembrete de que a ciência, apesar da sua promessa de objetividade e racionalidade, é realizada por seres humanos falíveis, repletos de ego, inseguranças e preconceitos. Ser um grande cientista não significa necessariamente ser uma grande pessoa.

 

in ZAP

domingo, outubro 29, 2023

Othniel Charles Marsh, um famoso paleontólogo da guerra dos ossos, nasceu há 192 anos

     
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se formou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornando-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
       

  

Brontosaurus excelsus in the Yale Peabody Museum of Natural History


He named the subordersCeratopsia (1890), Ceratosauria (1884), Ornithopoda (1881), Stegosauria (1877), and Theropoda.
He also named the families Allosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880).
He also named many individual species of dinosaurs.
Dinosaurs named by others in honour of Marsh include Hoplitosaurus marshi (Lucas, 1901), Iaceornis marshi (Clarke, 2004), Marshosaurus (Madsen, 1976), Othnielia (Galton, 1977), and Othnielosaurus (Galton, 2007).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum of Natural History. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Brontosaurus that he discovered, which was reclassified as Apatosaurus for a time. However, an extensive study published in 2015 concluded that Brontosaurus was a valid genus of sauropod distinct from Apatosaurus.
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.
Marsh was elected a member of the American Antiquarian Society in 1877.
Marsh formulated the Law of brain growth, which states that, during the tertiary period, many taxonomic groups presented gradual increase in the size of the brain. This evolutionary law remains being used due to its explanatory, and to a certain extent, predictive potential
       

sexta-feira, julho 28, 2023

O paleontólogo Edward Drinker Cope nasceu há 183 anos

    
Edward Drinker Cope (Filadélfia, 28 de julho de 1840 - Filadélfia, 12 de abril de 1897) foi um paleontólogo e anatomista comparativo norte-americano, além de um herpetólogo e ictiólogo. Foi um dos fundadores da escola neolamarquista.
Nascido numa família rica quacre, Cope distinguiu-se como uma criança prodígio, interessada em ciência; publicou o seu primeiro artigo científico aos 19 anos de idade. Embora o seu pai tenha tentado criar Cope como agricultor, ele finalmente concordou com as aspirações científicas do seu filho. Cope casou-se com uma prima e tiveram um filho; a família mudou-se de Filadélfia para Haddonfield, Nova Jersey, embora Cope mantivesse uma casa e um museu na Filadélfia nos seus últimos anos.
Cope é conhecido no ramo da paleontologia por encontrar um plesiossauro, o qual batizou de Elasmosaurus. O primeiro exemplar do cladoMesosauria descoberto no Brasil, em folhelhos da Formação Irati, Bacia do Paraná, foi descrito por Cope em 1885, que o denominou de Stereosternum tumidum.
     
         
Guerra dos ossos
Desde o início da sua carreira, em 1859, até ao ano de sua morte, Cope produziu grande quantidade de trabalhos paleontológicos, publicando mais de 1.300 artigos científicos versando especialmente sobre vertebrados do Mesozoico norte-americano, nos quais descreveu centenas de espécies e vários géneros. Tamanha produção teve grande impacto no desenvolvimento da paleontologia dos EUA, principalmente quando somada à profusão de trabalhos de outros paleontólogos daquele país realizados durante a segunda metade do século XIX. Um desses paleontólogos foi o seu compatriota Othniel Charles Marsh (1831-1899), com o qual acabou travando uma disputa pela autoria da descoberta e da identificação taxonómica de grande quantidade de animais fósseis. Durante tal contenda, que mais tarde ficou conhecida pelo grande público como bone wars (guerra dos ossos), ambos chegaram aos limites do absurdo, com acusações mútuas quanto a imprecisões em descrições, classificações e montagens de vários espécimens; denúncias de plágio e desvio de verbas públicas; acusações recíprocas de espionagem e de suborno dos empregados envolvidos com as escavações e o envio dos fósseis; e até mesmo da destruição dos fósseis remanescentes nos sítios em que as escavações eram dadas como finalizadas ou suspensas.
     

Ilustração de Cope para o livro The Vertebrata of the Tertiary Formations of the Far West
          

sexta-feira, março 17, 2023

O paleontólogo Othniel Charles Marsh morreu há 124 anos

  
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espetaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atrativas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
  
O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso") um dinossáurio do Jurássico
  

sábado, outubro 29, 2022

Othniel Charles Marsh, famoso paleontólogo, nasceu há 191 anos

     
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se formou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornando-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
       

  

Brontosaurus excelsus in the Yale Peabody Museum of Natural History


He named the subordersCeratopsia (1890), Ceratosauria (1884), Ornithopoda (1881), Stegosauria (1877), and Theropoda.
He also named the families Allosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880).
He also named many individual species of dinosaurs.
Dinosaurs named by others in honour of Marsh include Hoplitosaurus marshi (Lucas, 1901), Iaceornis marshi (Clarke, 2004), Marshosaurus (Madsen, 1976), Othnielia (Galton, 1977), and Othnielosaurus (Galton, 2007).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum of Natural History. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Brontosaurus that he discovered, which was reclassified as Apatosaurus for a time. However, an extensive study published in 2015 concluded that Brontosaurus was a valid genus of sauropod distinct from Apatosaurus.
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.
Marsh was elected a member of the American Antiquarian Society in 1877.
Marsh formulated the Law of brain growth, which states that, during the tertiary period, many taxonomic groups presented gradual increase in the size of the brain. This evolutionary law remains being used due to its explanatory, and to a certain extent, predictive potential
       

quinta-feira, julho 28, 2022

O paleontólogo Edward Drinker Cope nasceu há 182 anos

    
Edward Drinker Cope (Filadélfia, 28 de julho de 1840 - Filadélfia, 12 de abril de 1897) foi um paleontólogo e anatomista comparativo norte-americano, além de um herpetólogo e ictiólogo. Foi um dos fundadores da escola neolamarquista.
Nascido numa família rica quacre, Cope distinguiu-se como uma criança prodígio, interessada em ciência; publicou o seu primeiro artigo científico aos 19 anos de idade. Embora o seu pai tenha tentado criar Cope como agricultor, ele finalmente concordou com as aspirações científicas do seu filho. Cope casou-se com uma prima e tiveram um filho; a família mudou-se de Filadélfia para Haddonfield, Nova Jersey, embora Cope mantivesse uma casa e um museu na Filadélfia nos seus últimos anos.
Cope é conhecido no ramo da paleontologia por encontrar um plesiossauro, o qual batizou de Elasmosaurus. O primeiro exemplar do cladoMesosauria descoberto no Brasil, em folhelhos da Formação Irati, Bacia do Paraná, foi descrito por Cope em 1885, que o denominou de Stereosternum tumidum.
   
Guerra dos ossos
Desde o início da sua carreira, em 1859, até ao ano de sua morte, Cope produziu grande quantidade de trabalhos paleontológicos, publicando mais de 1.300 artigos científicos versando especialmente sobre vertebrados do Mesozoico norte-americano, nos quais descreveu centenas de espécies e vários géneros. Tamanha produção teve grande impacto no desenvolvimento da paleontologia dos EUA, principalmente quando somada à profusão de trabalhos de outros paleontólogos daquele país realizados durante a segunda metade do século XIX. Um desses paleontólogos foi o seu compatriota Othniel Charles Marsh (1831-1899), com o qual acabou travando uma disputa pela autoria da descoberta e da identificação taxonómica de grande quantidade de animais fósseis. Durante tal contenda, que mais tarde ficou conhecida pelo grande público como bone wars (guerra dos ossos), ambos chegaram aos limites do absurdo, com acusações mútuas quanto a imprecisões em descrições, classificações e montagens de vários espécimens; denúncias de plágio e desvio de verbas públicas; acusações recíprocas de espionagem e de suborno dos empregados envolvidos com as escavações e o envio dos fósseis; e até mesmo da destruição dos fósseis remanescentes nos sítios em que as escavações eram dadas como finalizadas ou suspensas.
     

Ilustração de Cope para o livro The Vertebrata of the Tertiary Formations of the Far West
          

sexta-feira, março 18, 2022

O paleontólogo Othniel Charles Marsh morreu há 123 anos

  
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se graduou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornou-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espetaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atrativas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
  
O apatossauro (Apatosaurus, do latim "lagarto falso") um dinossáurio do Jurássico
  

sexta-feira, outubro 29, 2021

O famoso paleontólogo Othniel Charles Marsh nasceu há 190 anos...!

     
Othniel Charles Marsh (Lockport, 29 de outubro de 1831 - New Haven, 18 de março de 1899) foi um paleontólogo dos Estados Unidos da América, pioneiro da aplicação da teoria da evolução à interpretação de espécies fósseis.
Marsh nasceu no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada. Estudou em vários colégios e instituições privadas até 1860, quando se formou em Geologia e Mineralogia na Universidade de Yale. Nos anos seguintes prosseguiu os estudos na Alemanha, onde aprofundou os seus conhecimentos em paleontologia e anatomia na Universidade de Berlim, Universidade de Breslau e Universidade de Heidelberg. Regressando aos Estados Unidos em 1866, tornando-se professor de Paleontologia de Vertebrados em Yale. É por volta desta altura que convence o seu tio, George Peabody, a financiar o Museu Peabody de História Natural, ainda hoje existente em Yale.
O principal trabalho da carreira científica de Marsh como paleontólogo foi o estudo de diversas espécies basais de equídeos. As suas interpretações foram pioneiras no estabelecimento de uma linha evolutiva, desde as formas primitivas do grupo até aos representantes modernos do género Equus, e ajudaram a credibilizar a teoria da evolução de Charles Darwin.
Os equídeos não foram, no entanto, o único foco da sua carreira científica. Marsh estudou muitos outros grupos e, em 1871, foi o primeiro paleontólogo a identificar exemplares de pterossauros na América. Outras descobertas fundamentais da sua autoria foram diversas espécies de aves cretácicas, como o Ichthyornis e o Hesperornis, e dinossauros como o Apatosaurus e o Allosaurus.
À medida que as descobertas de fósseis se desenvolviam e novas espécies eram descritas, a paleontologia popularizou-se, em particular devido a exemplares espectaculares de carnívoros de grandes dimensões como o tiranossauro. O interesse do público incentivou a criação de museus de história natural, que competiam entre si pelas exibições mais atractivas. Em consequência, a procura de fósseis acelerou, bem como a competição entre paleontólogos por novas descobertas. Marsh protagonizou com Edward Drinker Cope uma rivalidade paleontológica que mereceu a designação de “guerra dos ossos” nos media de então. Estimulados pela concorrência do adversário, Marsh e Cope descreveram cerca de 120 novas espécies de dinossauro entre si, nos finais do século XIX.
Marsh morreu em 1899 e está sepultado em New Haven, no Connecticut.
       

  

Brontosaurus excelsus in the Yale Peabody Museum of Natural History

Marsh named the following dinosaur genera:

He named the subordersCeratopsia (1890), Ceratosauria (1884), Ornithopoda (1881), Stegosauria (1877), and Theropoda.
He also named the familiesAllosauridae (1878), Anchisauridae (1885), Camptosauridae (1885), Ceratopsidae (1890), Ceratosauridae, Coeluridae, Diplodocidae (1884), Dryptosauridae (1890), Nodosauridae (1890), Ornithomimidae (1890), Plateosauridae (1895), and Stegosauridae (1880).
He also named many individual species of dinosaurs.
Dinosaurs named by others in honour of Marsh include Hoplitosaurus marshi (Lucas, 1901), Iaceornis marshi (Clarke, 2004), Marshosaurus (Madsen, 1976), Othnielia (Galton, 1977), and Othnielosaurus (Galton, 2007).
Marsh's finds formed the original core of the collection of Yale's Peabody Museum of Natural History. The museum's Great Hall is dominated by the first fossil skeleton of Brontosaurus that he discovered, which was reclassified as Apatosaurus for a time. However, an extensive study published in 2015 concluded that Brontosaurus was a valid genus of sauropod distinct from Apatosaurus.
He donated his home in New Haven, Connecticut, to Yale University in 1899. The Othniel C. Marsh House, now known as Marsh Hall, is designated a National Historic Landmark. The grounds are now known as the Marsh Botanical Garden.
Marsh was elected a member of the American Antiquarian Society in 1877.
Marsh formulated the Law of brain growth, which states that, during the tertiary period, many taxonomic groups presented gradual increase in the size of the brain. This evolutionary law remains being used due to its explanatory, and to a certain extent, predictive potential