quarta-feira, setembro 19, 2012
Mama Cass Elliot, dos The Mamas & The Papas, nasceu há 71 anos
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Marcadores: Cass Elliot, folk rock, Monday Monday, música, pop, The Mamas and The Papas
Há 27 anos a Cidade do México foi destruída por um sismo
Cidade do México - Hospital Geral entrou em colapso
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Marcadores: Cidade do México, sismo, Sismo da Cidade do México de 1985, sismologia, tsunami
Coriolis morreu há 169 anos
Postado por Fernando Martins às 00:16 0 bocas
Marcadores: Coriolis, Física, força de Coriolis, Matemática, Meteorologia, Oceanografia
Tsiolkovsky morreu há 77 anos
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Marcadores: astronáutica, astronomia, foguetões, Rússia, Tsiolkovsky
terça-feira, setembro 18, 2012
Uma música de Luiz Goes e Carlos Paredes para matar saudades...
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Marcadores: Balada do mar, Carlos Paredes, Fado de Coimbra, Luiz Goes, música
Hoje o Fado e Canção de Coimbra, bem como a música portuguesa, estão mais pobres...
Luiz Goes deixou-nos...
Toada Beirã - Luiz Goes
Eu vi a Amélia, no meio do rio
Tão pequenina, cheia de frio
Eu vi a Amélia, no meio do rio
Tão pequenina, cheia de frio
Eu vi a Amélia, no meio do rio
Tão pequenina, cheia de frio
Anda comigo, Amélia vem,
Que eu estou sozinho
Não tenho ninguém
Que eu estou sozinho
Não tenho ninguém
Eu vi a Amélia, no arvoredo
Tão pequenina, cheia de medo
Eu vi a Amélia, no arvoredo
Tão pequenina,
Cheia de medo
Eu vi a Amélia, no arvoredo
Tão pequenina, cheia de medo
Anda comigo, Amélia vem
Que eu estou sozinho
Não tenho ninguém
Que eu estou sozinho
Não tenho ninguém
Postado por Pedro Luna às 19:45 0 bocas
Marcadores: Fado de Coimbra, Luiz Goes, morte, música, Toada Beirã
Foucault nasceu há 193 anos
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Marcadores: astronomia, Física, Foucault, França, pêndulo de Foucault
Jimi Hendrix morreu há 42 anos
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segunda-feira, setembro 17, 2012
Hoje é dia de recordar um grande Poeta...
Exortação ao meu Anjo
Quando eu me deixar cair
No sonho de adoecer para poder dormir,
Fere-me com a tua lança!
Reaviva em mim a dor, fonte de esperança.
Quando a verdade, que é nua,
Me cegar como um sol, e eu me voltar para onde há lua,
E procurar jardins convencionais e plácidos,
Queima-me com os teus olhos ácidos!
Quando me for mais fácil a verdade do que ter
Um papel de actor qualquer,
Como aos que assim se recreiam,
Faz-me exibir-me bobo ante os que aplaudem ou pateiam.
Quando eu julgar, falando, dizer tudo,
Faz ante de mim sorrir teu lábio mudo!
Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
Quando eu tiver medo do Medo
E acender fósforos nos cantos rumorosos de segredo,
Arrasta-me pelos cabelos
Para entre os pesadelos!
Quando, a meio da noite e da ansiedade,
Eu me rojar por terra e te pedir piedade
Não me apareças nem me fales!
Deixa-me só com o meu cálix.
Quando eu te falsificar,
E alugar anjos de serrim para em seus braços me embalar,
Derrete o chumbo das casas:
Leva-me no tufão das tuas asas!
Quando eu, enfim, não puder mais
Por tuas próprias mãos belíssimas e leais,
E sem caixões nem mortalhas,
Enterra-me na terra das batalhas.
Quando, depois de morto, a glória
Me levantar o seu jazigo e celebrar minha vitória,
Desvenda os alçapões dos meus escritos
E arranca à terra que me esconde os mais secretos dos meus gritos!
in As Encruzilhadas de Deus (1936) - José Régio
Postado por Pedro Luna às 23:42 0 bocas
Marcadores: José Régio, poesia
Anastacia - 44 anos
Postado por Fernando Martins às 23:11 0 bocas
Marcadores: Anastacia, funk, I'm Outta Love, música, pop, pop rock, Rhythm and Blues, soul
Guerra Junqueiro nasceu há 162 anos
Que alma intacta e delicada!
Que argila pura e mimosa!
É a estrela d’alvorada
Dentro dum botão de rosa!
E, enquanto dormes tranquila,
Vejo o divino esplendor
Da alma a sair da argila,
Da estrela a sair da flor!
Anjos, no azul inocente,
Sobre o teu hálito leve
Desdobram candidamente,
Em pálio, as asas de neve...
E eu, urze má das encostas,
Eu sinto o dever sagrado
De te beijar, - de mãos postas!
De te abençoar, - ajoelhado!
in Poesias Dispersas (1920) - Guerra Junqueiro
Postado por Fernando Martins às 16:20 0 bocas
Marcadores: Escola Nova, Guerra Junqueiro, I república, poesia
Agostinho Neto nasceu há 90 anos
Ao falecer em Moscovo, a 10 de setembro de 1979, Agostinho Neto deixou atrás de si um país em chamas. Não era só Angola que vivia uma guerra civil. O MPLA também. Na cadeia de São Paulo, em Luanda, e em campos de concentração espalhados por diversos pontos do território angolano, antigos militantes e dirigentes do MPLA, que se haviam oposto à liderança de Agostinho Neto - dos simpatizantes de Nito Alves aos intelectuais da Revolta Activa -, partilhavam celas e desditas com os jovens da Organização Comunista de Angola, OCA, com mercenários portugueses, ingleses e americanos, militares congoleses e sul-africanos, e gente da UNITA e da FNLA.
José Eduardo Agualusa no Público (Lisboa) - 26.08.2012
Latas pregadas em paus
fixados na terra
fazem a casa
Os farrapos completam
a paisagem íntima
O sol atravessando as frestas
acorda o seu habitante
Depois as doze horas de trabalho
Escravo
Britar pedra
acarretar pedra
britar pedra
acarretar pedra
ao sol
à chuva
britar pedra
acarretar pedra
A velhice vem cedo
Uma esteira nas noites escuras
basta para ele morrer
grato
e de fome.
Outubro de1960
in Sagrada Esperança (1974) - Agostinho Neto
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Marcadores: Agostinho Neto, Angola, Guerra Colonial, independência, Médicos, MPLA, poesia, Presidente da República
José Régio nasceu há 111 anos
José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, (Vila do Conde, 17 de setembro de 1901 - Vila do Conde, 22 de dezembro de 1969) foi um escritor português que viveu grande parte da sua vida na cidade de Portalegre (de 1928 a 1967). Foi possivelmente o único escritor em língua portuguesa a dominar com igual mestria todos os géneros literários: poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, jornalista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e historiador da literatura, para além de editor e diretor da influente revista literária Presença, desenhador, pintor, e grande colecionador de arte sacra e popular. Foi irmão do poeta, pintor e engenheiro Júlio Maria dos Reis Pereira.
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar...
- Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.
Vento Norte, ai vento norte,
Ventinho da beira-mar,
Vento de Vila do Conde,
Que é a minha terra natal!,
Nenhum remédio me vale
Se me não vens cá buscar,
Vento norte, ai vento norte,
Que em sonhos sinto assoprar...
Bom cheirinho dos pinheiros,
A que não sei outro igual,
Do pinheiral de Mindelo,
Que é um belo pinheiral
Que em Azurara começa
E ao Porto vai acabar...,
Se me não vens cá buscar,
Nenhum remédio me vale!
Nenhum remédio me vale,
Se te não posso cheirar...
Vila do Conde espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Mais nada posso lembrar.
Bom cheirinho dos pinheiros...,
Sei de um que quase te vale:
É o cheiro da maresia,
- Sargaços, névoas e sal -
A que cheira toda a vila
Nas manhãs de temporal.
Ai mar de Vila do Conde,
Ai mar dos mares, meu mar!,
Se me não vens cá buscar,
Nenhum remédio me vale.
Nenhum remédio me vale,
Nem chega a remediar…
Abria, de manhãzinha,
As vidraças par em par.
Entrava o mar no meu quarto
Só pelo cheiro do ar.
Ia à praia, e via a espuma
Rolando pelo areal,
Espuma verde e amarela
Da noite de temporal!
Empurrada pelo vento,
Que em sonhos ouço ventar,
Ia à praia e via a espuma
Pelo areal a rolar...
Espuma verde e amarela
Das noites de temmporal,
Quem te viu como eu te via,
Se te pudera olvidar!
E ai não me posso curar,
Nenhum remédio me vale,
Se te não tenho nos braços,
Se te não posso beijar…
Vila do Conde espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Passo a tarde a divagar…
Até Senhora da Guia
Me deixava ir devagar,
Até Senhora da Guia,
Que entra já dentro do mar,
Como uma pomba que as ondas
Receassem de levar;
Talvez como uma gaivota
Colhida num vendaval…
Ou rosa branca, trazida
Quem sabe de que lugar,
Que embaraçando nas pedras,
Ficasse ali, sem murchar,
O pé metido no rio,
A flor já n’água do mar.
Lá de cima do seu monte,
Sobre o fundo do pinhal,
Senhora Sant’Ana, ao longe,
Parece um lenço a acenar.
Convento de Santa Clara,
Que vulto fazes no ar,
Que aos marinheiros no mar
Deitas o «pelo sinal»!
E o sol desmaia na cal
Da capela a branquejar
Da Senhora do Socorro,
Onde sonhei me ir casar…
Da banda de lá do rio,
As gaivotas a voar
Sobre Azurara se esfolham
Como um grande roseiral!
Lembranças da minha terra,
Da minha terra natal,
Nenhum remédio me vale
Se me não vindes buscar!
Nenhum me pode salvar,
Morro em pecado mortal…
Vila do Conde, espraiada
entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Sinto os olhos a turvar…
Ia até Poça da Barca,
Meu muito amado local,
(E quem diz Poça da Barca
Diz Caxinas, sua igual)
E parava a olhar de longe,
Estátuas de bronze a andar,
As belas gentes do mar…
Parava a olhar o estendal
Das águas a rebrilhar,
E o arco-íris das cores,
Cada qual mais singular,
Que à tarde, pelos céus fora,
Se entornavam devagar…
Caía a noite, e eu, parado,
Via, subindo no ar,
A lua juncar as ondas
De espadanas de luar…
Duma vez, estava eu triste,
Senti que o Anjo do Mal
Vinha para me tentar!
Caio de bruços na areia,
Ponho as mãos, e, sem rezar,
Aguardo que Deus me valha,
Me não deixe desgraçar…
Foi então que ouvi, distinta,
Distinta!, posso-o jurar,
Posto vagarosa, grave
Do seu repouso eternal,
A voz de Ana, que partira
Lá para melhor Lugar,
Do fundo do seu coval
Cantar-me o velho cantar:
«…Tomou-o um Anjo nos braços,
Não no deixou afogar»…
Nenhum remédio me vale,
Ou sou eu que não sei qual,
Se me não levam depressa
A ver o extenso areal
Onde se davam mistérios,
Que eu sabia decifrar…
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar...
- Lembra-me Vila do Conde,
Não me posso conformar…
Aquela funda toada,
Por toda a vila a toar,
Nas negras noites de inverno
Me vinha à cama acordar.
Vinha do cabo do mundo…?
Vinha do fundo do mar…?
Vinha do céu, ou do inferno?
Vinha de nenhum lugar…?
De olhos abertos no escuro
Me estarrecia a escutar…
E o meu gosto de a sondar
Que bem me fazia, ou mal!
Pela doçura outonal
Das tardinhas de Setembro,
Vai e vem, que bem me lembro!,
Como sabia embalar!
Vinha de longe, de longe,
Soturna e familiar,
Cada vez mais se achegando
Para se logo afastar…
Mas que viria dizer-me,
Que me diria, afinal,
Aquele canto fatal
Das ondas sempre a rolar…?
Fechava os olhos, sonhava…
Ai! Nem me quero lembrar!
Mas sei de um som quase igual
A que o posso comparar:
O som do vento rolando
Nas copas dum pinheiral…
Pinhal do Corgo, seguido
De outro mais longo pinhal,
E esseoutro seguido de outro
Té onde a vista alcançar,
Como te posso olvidar
Se é na minh’alma, afinal,
Que chora, como num búzio,
Teu canto irmão do do mar…?
Fechava os olhos, sonhava…
Caía num meditar
Que era pairar noutros mundos…
Ai! Nem me quero lembrar!
Não quero, e nada mais lembro,
Nada me pode agradar,
Nada alcança, distrair-me,
Nada me vem consolar,
Nenhum remédio me vale,
Nenhum me pode salvar,
Nenhum mitiga este mal
Que eu gosto de exacerbar,
Morro em pecado mortal,
Sem me poder confessar…,
Se me não levam depressa,
Depressa! estou sem vagar,
A tomar ar! o meu ar
Da minha terra natal.
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar…
in Fado (1941) - José Régio
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Estaline acabou os restos da Polónia, como previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop, há 73 anos
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Marcadores: Alemanha, Estaline, Hitler, Massacre de Katyn, nazis, Pacto Molotov-Ribbentrop, países bálticos, Polónia, URSS
Os Acordos de Paz de Camp David foram assinados há 34 anos
Postado por Fernando Martins às 03:40 0 bocas
Marcadores: Acordos de Paz de Camp David, Anwar Al Sadat, Egipto, Israel, Jimmy Carter, Menachem Begin, Palestina, Sinai, USA
A Batalha de Antietam foi há 150 anos
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Marcadores: Abraham Lincoln, Batalha de Antietam, Fun., Guerra Civil Americana, Some Nights, USA
domingo, setembro 16, 2012
Torquemada, O Grande Inquisidor, morreu há 514 anos
Postado por Fernando Martins às 23:19 0 bocas
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