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quinta-feira, setembro 19, 2024

Tsiolkovsky, um dos fundadores da astronáutica, morreu há 89 anos

 Moeda de um rublo da URSS com a imagem gravada de Tsiolkovsky (1987)
  
Konstantin Eduardovich Tsiolkovsky (Izhevskoye, 5 de setembro de 1857 - Kaluga, 19 de setembro de 1935) foi um cientista russo pioneiro no estudo dos foguetes e da cosmonáutica. O alemão Hermann Oberth e o norte-americano Robert H. Goddard foram seus seguidores. Foi um dos principais representantes do movimento filosófico russo conhecido como cosmismo, surgido no início do século XX. Tsiolkovsky residiu numa cabana de troncos, nos arredores da cidade russa de Kaluga, durante grande parte da sua vida.
    
Vida
Nasceu numa família de classe média polaca em Izhevskoye (atual distrito de Spassky, Óblast de Riazan) na Rússia. Durante a infância sofreu uma infeção de escarlatina que levou a uma diminuição das suas capacidades auditivas. Devido aos seus problemas de audição, não foi aceite pelas escolas primárias. Foi ensinado em casa até aos 16 anos.
Quase surdo, trabalhou, como professor de matemática do ensino secundário, até à sua reforma em 1920. Tsiolkovsky estabeleceu as fundações teóricas para muitos aspetos da propulsão de foguetes e viagens espaciais. Ele é considerado o pai do voo espacial humano e o primeiro homem a conceber o elevador espacial, inspirado pela recém construída Torre Eiffel, após fazer uma visita a Paris em 1895.
Adepto do filósofo Nikolai Fyodorov, acreditava que a colonização do espaço iria levar à perfeição da raça humana, com uma existência despreocupada e imortal.
Tsiolkovsky morreu a 19 de setembro de 1935 em Kaluga na Rússia e recebeu honras de estado no seu funeral. Um museu de astronáutica em Kaluga, bem como a cratera Tsiolkovskiy no lado escuro da Lua, têm o seu nome.
Além do mais, em 1895, escreveu o livro Sonhos de Terra e Céu e, em 1896, elaborou um artigo sobre comunicação com extraterrestres. Mais adiante, em 1920, lançou Além da Terra.
   
Obra
A sua obra literária mais famosa, intitulada A exploração do espaço cósmico por meio de dispositivos de reação, publicada em 1903, é provavelmente o primeiro estudo académico sobre foguetes. Tsiolkovsky foi o primeiro a calcular a velocidade de escape da Terra para uma órbita era de 8 km/segundo e que para atingir esta era necessário um foguete de múltiplos estágios, utilizando oxigénio líquido e hidrogénio líquido como propelentes. Durante a sua vida ele publicou mais de 500 obras sobre viagens espaciais e outros assuntos relacionados, inclusive histórias de ficção científica. Entre as suas obras encontram-se esquemas para foguetes com múltiplos estágios, estações espaciais e sistemas biológicos de ciclo fechado para fornecer comida e oxigénio a colónias no espaço.
As suas ideias permaneceram desconhecidas fora da Rússia. A investigação neste campo estagnou até que cientistas alemães e de outras nacionalidades efetuaram os mesmos cálculos, de modo independente, décadas mais tarde.
A sua obra influenciou cientistas por toda a Europa, tendo sido também estudada pelos norte-americanos nos anos 50 e anos 60 quando estes procuravam compreender os sucessos iniciais da União Soviética na exploração espacial.
Tsiolkovsky dedicou-se também a estudos teóricos sobre máquinas voadoras mais pesadas que o ar, efetuando independentemente muitos dos cálculos que Santos Dumont efetuou na mesma época. Contudo, ele nunca construiu modelos práticos, os seus interesses mudaram para tópicos mais ambiciosos.
Entusiasmado pelo trabalho de Tsiolkovsky, Friedrich Zander esforçou-se para o promover e desenvolver. Em 1924 ele estabeleceu a primeira Sociedade de Cosmonáutica da União Soviética, que mais tarde desenvolveu e construiu foguetes de combustível líquido, de nomes OR-1 (1930) e OR-2 (1933). A 23 de agosto de 1924, Tsiolkovsky foi eleito primeiro professor na Academia Militar do Ar – N. E. Zhukovsky.
Em 1929 Tsiolkovsky propôs a construção de foguetes com múltiplos estágios no seu livro Comboios Cósmicos.
A equação básica para a propulsão de foguetes é denominada Equação do foguete de Tsiolkovsky, em sua honra.
     

domingo, julho 21, 2024

O último voo de um vaivém espacial foi há 13 anos...




Informações da missão
Vaivém espacial Atlantis
Número de tripulantes 4
Lançamento 8 de julho de 2011
15:29 UTC
Plataforma 39A
CEK
Aterragem 21 de julho de 2011
11:06 UTC
Pista 33
CEK
Órbitas 200
Duração 12 dias, 18 horas, 27 minutos e 56 segundos
Altitude orbital 350 km
Inclinação orbital 51.6 graus
Imagem da tripulação
Da esq. p/ dir: Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim and Sandy Magnus
Da esquerda para a direita:
Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim e Sandy Magnus

 

STS-135 foi a última missão da NASA realizada por um vaivém espacial. O Atlantis transportou o Módulo de Logística Multifuncional Rafaello. O lançamento ocorreu no dia 8 de julho de 2011.

Esta foi a missão ULF7 de construção da ISS e o derradeiro voo da frota de orbitadores da NASA.

  

in Wikipédia

 

    
O vaivém espacial Atlantis (OV-104), foi o quarto deste tipo a ser construído pela NASA. Recebeu o nome de Atlantis em honra do primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos Estados Unidos, com o mesmo nome.
Beneficiando-se da experiência adquirida com a construção dos seus antecessores, o Atlantis tinha um peso inferior em cerca de 3 toneladas, e teve um tempo de construção reduzido a metade em relação ao primeiro veículo operacional, o já desaparecido Columbia. Algumas peças adicionais, não usadas na sua construção, foram mais tarde utilizadas no Endeavour.
O primeiro voo do Atlantis realizou-se a 3 de outubro de 1985, na missão STS-51-J. Lançou várias sondas, e participou na construção da ISS

Retirada
O Atlantis foi inicialmente considerado o primeiro vaivém espacial para sair de serviço, no encerramento da missão STS-132. A missão de novembro de 2010 (Endeavour) estava prevista para ser a retirada oficial do vaivém espacial. A última missão da Atlantis foi realizada em 8 de julho de 2011. Era apenas uma missão de stand-by que seria usada para caso de necessidade de resgate do Endeavour, que, na época, estava previsto para fazer a missão final da frota. Com a decisão de tornar o voo de resgate numa missão oficial, a nave foi recolocada em serviço. A partir desta data o grupo de vaivéns espaciais será substituído pelos novos veículos de exploração da NASA: Orion e Ares.
Atualmente encontra-se em exposição no Kennedy Space Center Visitor Complex, na Flórida

 

sábado, março 23, 2024

Werner von Braun nasceu há 112 anos


Wernher Magnus Maximilian von Braun (Wirsitz, 23 de março de 1912 - Alexandria, 16 de junho de 1977) foi um engenheiro alemão e uma das principais figuras no desenvolvimento do foguete V-2 na Alemanha nazi e do foguetão Saturno V nos Estados Unidos.
Um pioneiro e visionário das viagens espaciais, é mundialmente conhecido pela sua liderança do projeto aeroespacial americano durante a Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados Unidos à Lua, em julho de 1969. O seu rival, do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev.
     

sábado, março 16, 2024

O avô dos modernos foguetões voou há 98 anos

Robert Goddard e o primeiro voo de foguete com combustível líquido (gasolina e oxigénio), lançado a 16 de março de 1926, em Auburn, Massachusetts, Estados Unidos

  

Robert Hutchings Goddard (Worcester, 5 de outubro de 1882 - Baltimore, 10 de agosto de 1945) foi um físico experimental norte-americano.

Considerado pai dos modernos foguetes, tendo antevisto o posterior desenvolvimento da tecnologia espacial

 

(...)

 

Goddard estudou no Worcester Polytechnic Institute e na Clark University, onde se especializou em física. Entre 1909 e 1943 deu aulas em diversos estabelecimentos de ensino, nomeadamente nestes dois onde estudou.

O interesse pelos foguetes levou-o a provar, em 1915, que estes aparelhos poderiam progredir no vácuo, recorrendo às leis de ação e reação. Em 1919 publicou um pequeno livro chamado "A Method of Reaching Extreme Altitudes" ("Um Método para Alcançar Altitudes Extremas") onde propunha um foguete capaz de atingir a Lua.

Passados quatro anos, testou os primeiros motores de foguete a usar combustíveis líquidos. Em 16 de março de 1926 lançou o primeiro foguete com combustível líquido, que utilizava uma mistura de petróleo e oxigénio líquido. O aparelho atingiu uma altura de 12,5 metros, depois de ter sido lançado perto do quintal de uma tia de Robert. No total, o voo durou 2,5 segundos e o foguete percorreu 56 metros até cair em cima de uma barraca abandonada. 

 

Selo americano de 1964 em sua homenagem

 

in Wikipédia

 


O Centro de Voos Espaciais Goddard (em inglês: Goddard Space Flight Center - GSFC) é um laboratório de pesquisas espaciais criado em 1 de maio de 1959 como o primeiro centro espacial da NASA, estando sediado a cerca de 11 km a nordeste de Washington, DC, em Greenbelt, Maryland, Estados Unidos. O GSFC foi assim designado em homenagem a Robert H. Goddard, o pioneiro da propulsão dos modernos foguetões nos Estados Unidos.

 

sexta-feira, janeiro 12, 2024

Sergei Koroliov nasceu há 117 anos


Sergei Pavlovich Koroliov (Jitomir, 12 de janeiro de 1907 ou 30 de dezembro de 1906, no calendário juliano então em vigor no Império Russo - Moscovo, 14 de janeiro de 1966) foi um cidadão ucraniano e um dos principais engenheiros de foguetes e projetistas de foguetões da União Soviética, durante a Corrida Espacial, entre os EUA e a URSS, nos anos 50 e 60. Ele é considerado por muitos como o pai da cosmonáutica prática. Ele esteve envolvido no desenvolvimento do R7, Sputnik e no lançamento de Laika, Belka e Strelka e do primeiro ser humano, Iuri Gagarin, ao espaço.

Apesar de Koroliov ter sido formado como um projetista de aeronaves, os seus maiores esforços  concentraram-se na integração de projetos, organização e planeamento estratégico. Preso numa alta acusação de ser um "membro de uma organização antirrevolucionária e anti soviética" (que posteriormente foi reduzido para "sabotador de tecnologia militar"), foi preso em 1938 por quase seis anos, incluindo alguns meses no campo de trabalho de Kolimá. Após a sua libertação tornou-se um projetista de foguetes reconhecido e uma figura chave no desenvolvimento do programa de míssil balístico intercontinental. Posteriormente ele veio a dirigir o programa espacial soviético e foi feito Membro da Academia de Ciências da União Soviética, supervisionando os sucessos dos projetos Sputnik e Vostok, incluindo a primeira missão orbital tripulada no dia 12 de abril de 1961. A sua morte inesperada em 1966 interrompeu a implementação de seus planos de um pouso tripulado na Lua antes dos Estados Unidos.

Antes de falecer ele era oficialmente identificado somente como Glavny Konstruktor (Главный Конструктор), ou o Projetista Chefe, para protegê-lo de uma possível tentativa de assassinato vinda dos Estados Unidos. Até mesmo alguns dos cosmonautas que trabalharam com ele não conheciam seu nome e só o conheciam como "Projetista Chefe". Por mais que entendesse a necessidade do anonimato, a impossibilidade de reconhecimento o chateava. Somente após a sua morte, em 1966, é que a sua identidade foi revelada e ele recebeu o reconhecimento público apropriado como a força motora por detrás das realizações soviéticas na exploração espacial durante a após o Ano Internacional da Geofísica.
 

terça-feira, setembro 19, 2023

Tsiolkovsky, um dos fundadores da astronáutica, morreu há 88 anos

 Moeda de um rublo da URSS com a imagem gravada de Tsiolkovsky (1987)
 
Konstantin Eduardovich Tsiolkovsky (Izhevskoye, 5 de setembro de 1857 - Kaluga, 19 de setembro de 1935) foi um cientista russo pioneiro no estudo dos foguetes e da cosmonáutica. O alemão Hermann Oberth e o norte-americano Robert H. Goddard foram seus seguidores. Foi um dos principais representantes do movimento filosófico russo conhecido como cosmismo, surgido no início do século XX. Tsiolkovsky residiu numa cabana de troncos, nos arredores da cidade russa de Kaluga, durante grande parte da sua vida.
    
Vida
Nasceu numa família de classe média polaca em Izhevskoye (atual distrito de Spassky, Óblast de Riazan) na Rússia. Durante a infância sofreu uma infeção de escarlatina que levou a uma diminuição das suas capacidades auditivas. Devido aos seus problemas de audição, não foi aceite pelas escolas primárias. Foi ensinado em casa até aos 16 anos.
Quase surdo, trabalhou, como professor de matemática do ensino secundário, até à sua reforma em 1920. Tsiolkovsky estabeleceu as fundações teóricas para muitos aspetos da propulsão de foguetes e viagens espaciais. Ele é considerado o pai do voo espacial humano e o primeiro homem a conceber o elevador espacial, inspirado pela recém construída Torre Eiffel, após fazer uma visita a Paris em 1895.
Adepto do filósofo Nikolai Fyodorov, acreditava que a colonização do espaço iria levar à perfeição da raça humana, com uma existência despreocupada e imortal.
Tsiolkovsky morreu a 19 de setembro de 1935 em Kaluga na Rússia e recebeu honras de estado no seu funeral. Um museu de astronáutica em Kaluga, bem como a cratera Tsiolkovskiy no lado escuro da Lua, têm o seu nome.
Além do mais, em 1895, escreveu o livro Sonhos de Terra e Céu e, em 1896, elaborou um artigo sobre comunicação com extraterrestres. Mais adiante, em 1920, lançou Além da Terra.
   
Obra
A sua obra literária mais famosa, intitulada A exploração do espaço cósmico por meio de dispositivos de reação, publicada em 1903, é provavelmente o primeiro estudo académico sobre foguetes. Tsiolkovsky foi o primeiro a calcular a velocidade de escape da Terra para uma órbita era de 8 km/segundo e que para atingir esta era necessário um foguete de múltiplos estágios utilizando oxigénio líquido e hidrogénio líquido como propelentes. Durante a sua vida ele publicou mais de 500 obras sobre viagens espaciais e outros assuntos relacionados, inclusive histórias de ficção científica. Entre as suas obras encontram-se esquemas para foguetes com múltiplos estágios, estações espaciais e sistemas biológicos de ciclo fechado para fornecer comida e oxigénio a colónias no espaço.
As suas ideias permaneceram desconhecidas fora da Rússia. A investigação neste campo estagnou até que cientistas alemães e de outras nacionalidades efetuaram os mesmos cálculos, de modo independente, décadas mais tarde.
A sua obra influenciou cientistas por toda a Europa, tendo sido também estudada pelos norte-americanos nos anos 50 e anos 60 quando estes procuravam compreender os sucessos iniciais da União Soviética na exploração espacial.
Tsiolkovsky dedicou-se também a estudos teóricos sobre máquinas voadoras mais pesadas que o ar, efetuando independentemente muitos dos cálculos que Santos Dumont efetuou na mesma época. Contudo, ele nunca construiu modelos práticos, os seus interesses mudaram para tópicos mais ambiciosos.
Entusiasmado pelo trabalho de Tsiolkovsky, Friedrich Zander esforçou-se para o promover e desenvolver. Em 1924 ele estabeleceu a primeira Sociedade de Cosmonáutica da União Soviética, que mais tarde desenvolveu e construiu foguetes de combustível líquido, de nomes OR-1 (1930) e OR-2 (1933). A 23 de agosto de 1924, Tsiolkovsky foi eleito primeiro professor na Academia Militar do Ar – N. E. Zhukovsky.
Em 1929 Tsiolkovsky propôs a construção de foguetes com múltiplos estágios no seu livro Comboios Cósmicos.
A equação básica para a propulsão de foguetes é denominada Equação do foguete de Tsiolkovsky, em sua honra.
     

sexta-feira, julho 21, 2023

O último voo de um vaivém espacial foi há doze anos...



Informações da missão
Vaivém espacial Atlantis
Número de tripulantes 4
Lançamento 8 de julho de 2011
15:29 UTC
Plataforma 39A
CEK
Aterragem 21 de julho de 2011
11:06 UTC
Pista 33
CEK
Órbitas 200
Duração 12 dias, 18 horas, 27 minutos e 56 segundos
Altitude orbital 350 km
Inclinação orbital 51.6 graus
Imagem da tripulação
Da esq. p/ dir: Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim and Sandy Magnus
Da esquerda para a direita:
Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim e Sandy Magnus

 

STS-135 foi a última missão da NASA realizada por um vaivém espacial. O Atlantis transportou o Módulo de Logística Multifuncional Rafaello. O lançamento ocorreu no dia 8 de julho de 2011.

Esta foi a missão ULF7 de construção da ISS e o derradeiro voo da frota de orbitadores da NASA.

  

in Wikipédia

 

    
O vaivém espacial Atlantis (OV-104), foi o quarto deste tipo a ser construído pela NASA. Recebeu o nome de Atlantis em honra do primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos Estados Unidos, com o mesmo nome.
Beneficiando-se da experiência adquirida com a construção dos seus antecessores, o Atlantis tinha um peso inferior em cerca de 3 toneladas, e teve um tempo de construção reduzido a metade em relação ao primeiro veículo operacional, o já desaparecido Columbia. Algumas peças adicionais, não usadas na sua construção, foram mais tarde utilizadas no Endeavour.
O primeiro voo do Atlantis realizou-se a 3 de outubro de 1985, na missão STS-51-J. Lançou várias sondas, e participou na construção da ISS

Retirada
O Atlantis foi inicialmente considerado o primeiro vaivém espacial para sair de serviço, no encerramento da missão STS-132. A missão de novembro de 2010 (Endeavour) estava prevista para ser a retirada oficial do vaivém espacial. A última missão da Atlantis foi realizada em 8 de julho de 2011. Era apenas uma missão de stand-by que seria usada para caso de necessidade de resgate do Endeavour, que, na época, estava previsto para fazer a missão final da frota. Com a decisão de tornar o voo de resgate numa missão oficial, a nave foi recolocada em serviço. A partir desta data o grupo de vaivéns espaciais será substituído pelos novos veículos de exploração da NASA: Orion e Ares.
Atualmente encontra-se em exposição no Kennedy Space Center Visitor Complex, na Flórida

 

quinta-feira, março 16, 2023

O avô dos modernos foguetões foi lançado há 97 anos

Robert Goddard e o primeiro voo de foguete com combustível líquido (gasolina e oxigénio), lançado a 16 de março de 1926, em Auburn, Massachusetts, Estados Unidos

  

Robert Hutchings Goddard (Worcester, 5 de outubro de 1882 - Baltimore, 10 de agosto de 1945) foi um físico experimental norte-americano.

Considerado pai dos modernos foguetes, tendo antevisto o posterior desenvolvimento da tecnologia espacial

 

(...)

 

Goddard estudou no Worcester Polytechnic Institute e na Clark University, onde se especializou em física. Entre 1909 e 1943 deu aulas em diversos estabelecimentos de ensino, nomeadamente nestes dois onde estudou.

O interesse pelos foguetes levou-o a provar, em 1915, que estes aparelhos poderiam progredir no vácuo, recorrendo às leis de ação e reação. Em 1919 publicou um pequeno livro chamado "A Method of Reaching Extreme Altitudes" ("Um Método para Alcançar Altitudes Extremas") onde propunha um foguete capaz de atingir a Lua.

Passados quatro anos, testou os primeiros motores de foguete a usar combustíveis líquidos. Em 16 de março de 1926 lançou o primeiro foguete com combustível líquido, que utilizava uma mistura de petróleo e oxigénio líquido. O aparelho atingiu uma altura de 12,5 metros, depois de ter sido lançado perto do quintal de uma tia de Robert. No total, o voo durou 2,5 segundos e o foguete percorreu 56 metros até cair em cima de uma barraca abandonada. 

 

Selo americano de 1964 em sua homenagem

 

in Wikipédia

 


O Centro de Voos Espaciais Goddard (em inglês: Goddard Space Flight Center - GSFC) é um laboratório de pesquisas espaciais criado em 1 de maio de 1959 como o primeiro centro espacial da NASA, estando sediado a cerca de 11 km a nordeste de Washington, DC, em Greenbelt, Maryland, Estados Unidos. O GSFC foi assim designado em homenagem a Robert H. Goddard, o pioneiro da propulsão dos modernos foguetões nos Estados Unidos.

 

sábado, fevereiro 18, 2023

Notícia interessante sobre foguetões e astronáutica...

Marte a uma semana de distância graças a motor nunca antes visto

 

Conceito artístico de vela solar da NASA

Conceito artístico de vela solar da NASA

   

A NASA está a desenvolver um sistema de propulsão que permitirá fazer com que uma nave espacial chegue a Marte em apenas uma semana.

Chegar a Marte é um fetiche de longa data da ficção científica. Como já visto em outros casos passados, não é incomum que a ciência e a ficção científica tornem-se uma só e aquilo que parece impossível seja traduzido em avanço científico.

A NASA acabou de aprovar o desenvolvimento experimental de um novo sistema de propulsão diferente de tudo aquilo que já vimos.

A tecnologia em questão utiliza um laser de alta energia para lançar projéteis microscópicos que podem mover grandes naves espaciais a grandes velocidades.

Isto significa que, se as intenções da agência espacial se concretizarem, podemos chegar a Marte em apenas uma semana.

O tempo de viagem para Marte depende do método de transporte utilizado e do momento em que a viagem é realizada. Numa nave espacial convencional, o tempo de viagem pode variar de alguns meses a mais de dois anos. No entanto, futuras missões para Marte podem utilizar métodos de propulsão avançados que podem diminuir significativamente o tempo de viagem.

É aqui que a entra a NASA. Segundo o criador do sistema de propulsão experimental, Artur Davoyan, “será possível chegar aos planetas exteriores do Sistema Solar em menos de um ano”.

Davoya admite ter-se inspirado no conceito de “vela solar” da Starshot da Breakthrough Initiatives fundada em 2016 pelos ilustres Stephen Hawking, Mark Zuckerberg e Yuri Milner.

O projeto em causa visa desenvolver uma frota destas sondas para ser capaz de fazer a viagem para Alpha Centauri, a 4,37 anos-luz de distância — o sistema estelar mais próximo do nosso Sistema Solar.

   

Conceito artístico da vela solar da Breakthrough Iniciative

 

A nova tecnologia, por sua vez, usa lasers que disparam projéteis microscópicos em direção à nave espacial de aproximadamente uma tonelada, explica o El Confidencial. Estes lasers vão permitir à nave percorrer 66,220 milhões de quilómetros num ano.

Em comparação, o protótipo da Startshot é bastante mais rápido, viajando 1,8 mil milhões de quilómetros em apenas um ano. No entanto, a sua vela solar só consegue carregar alguns instrumentos minúsculos, enquanto o novo sistema de propulsão vai permitir carregar uma tonelada de peso até ao destino final.

Além de conseguir chegar a Marte em apenas uma semana, a NASA espera que consiga chegar a Júpiter num mês.

Outro uso interessante para o sistema de propulsão seria colocar um novo telescópio infinitamente mais poderoso que o James Webb numa órbita distante, detalha o jornal espanhol.

 

in ZAP

quinta-feira, janeiro 12, 2023

Sergei Koroliov nasceu há 116 anos

 

 

Sergei Pavlovich Koroliov (Jitomir, 12 de janeiro de 1907 ou 30 de dezembro de 1906, no calendário juliano então em vigor no Império Russo - Moscovo, 14 de janeiro de 1966) foi um cidadão ucraniano e um dos principais engenheiros de foguetes e projetistas de foguetões da União Soviética, durante a Corrida Espacial, entre os EUA e a URSS, nos anos 50 e 60. Ele é considerado por muitos como o pai da cosmonáutica prática. Ele esteve envolvido no desenvolvimento do R7, Sputnik e no lançamento de Laika, Belka e Strelka e do primeiro ser humano, Iuri Gagarin, ao espaço.

Apesar de Koroliov ter sido formado como um projetista de aeronaves, os seus maiores esforços  concentraram-se na integração de projetos, organização e planeamento estratégico. Preso numa alta acusação de ser um "membro de uma organização antirrevolucionária e anti soviética" (que posteriormente foi reduzido para "sabotador de tecnologia militar"), foi preso em 1938 por quase seis anos, incluindo alguns meses no campo de trabalho de Kolimá. Após a sua libertação tornou-se um projetista de foguetes reconhecido e uma figura chave no desenvolvimento do programa de míssil balístico intercontinental. Posteriormente ele veio a dirigir o programa espacial soviético e foi feito Membro da Academia de Ciências da União Soviética, supervisionando os sucessos dos projetos Sputnik e Vostok, incluindo a primeira missão orbital tripulada no dia 12 de abril de 1961. A sua morte inesperada em 1966 interrompeu a implementação de seus planos de um pouso tripulado na Lua antes dos Estados Unidos.

Antes de falecer ele era oficialmente identificado somente como Glavny Konstruktor (Главный Конструктор), ou o Projetista Chefe, para protegê-lo de uma possível tentativa de assassinato vinda dos Estados Unidos. Até mesmo alguns dos cosmonautas que trabalharam com ele não conheciam seu nome e só o conheciam como "Projetista Chefe". Por mais que entendesse a necessidade do anonimato, a impossibilidade de reconhecimento o chateava. Somente após a sua morte, em 1966, é que a sua identidade foi revelada e ele recebeu o reconhecimento público apropriado como a força motora por detrás das realizações soviéticas na exploração espacial durante a após o Ano Internacional da Geofísica.
 

segunda-feira, setembro 19, 2022

Tsiolkovsky, um dos pais do foguetão astronáutico, morreu há 87 anos

 Moeda de 1 rublo da URSS com a imagem gravada de Tsiolkovsky (1987)
 
Konstantin Eduardovich Tsiolkovsky (Izhevskoye, 5 de setembro de 1857 - Kaluga, 19 de setembro de 1935) foi um cientista russo pioneiro no estudo dos foguetes e da cosmonáutica. O alemão Hermann Oberth e o norte-americano Robert H. Goddard foram seus seguidores. Foi um dos principais representantes do movimento filosófico russo conhecido como cosmismo, surgido no início do século XX. Tsiolkovsky residiu numa cabana de troncos, nos arredores da cidade russa de Kaluga, durante grande parte da sua vida.
    
Vida
Nasceu numa família de classe média polaca em Izhevskoye (atual distrito de Spassky, Óblast de Riazan) na Rússia. Durante a infância sofreu uma infeção de escarlatina que levou a uma diminuição das suas capacidades auditivas. Devido aos seus problemas de audição, não foi aceite pelas escolas primárias. Foi ensinado em casa até aos 16 anos.
Quase surdo, trabalhou, como professor de matemática do ensino secundário, até à sua reforma em 1920. Tsiolkovsky estabeleceu as fundações teóricas para muitos aspetos da propulsão de foguetes e viagens espaciais. Ele é considerado o pai do voo espacial humano e o primeiro homem a conceber o elevador espacial, inspirado pela recém construída Torre Eiffel, após fazer uma visita a Paris em 1895.
Adepto do filósofo Nikolai Fyodorov, acreditava que a colonização do espaço iria levar à perfeição da raça humana, com uma existência despreocupada e imortal.
Tsiolkovsky morreu a 19 de setembro de 1935 em Kaluga na Rússia e recebeu honras de estado no seu funeral. Um museu de astronáutica em Kaluga, bem como a cratera Tsiolkovskiy no lado escuro da Lua, têm o seu nome.
Além do mais, em 1895, escreveu o livro Sonhos de Terra e Céu e, em 1896, elaborou um artigo sobre comunicação com extraterrestres. Mais adiante, em 1920, lançou Além da Terra.
   
Obra
A sua obra literária mais famosa, intitulada A exploração do espaço cósmico por meio de dispositivos de reação, publicada em 1903, é provavelmente o primeiro estudo académico sobre foguetes. Tsiolkovsky foi o primeiro a calcular a velocidade de escape da Terra para uma órbita era de 8 km/segundo e que para atingir esta era necessário um foguete de múltiplos estágios utilizando oxigénio líquido e hidrogénio líquido como propelentes. Durante a sua vida ele publicou mais de 500 obras sobre viagens espaciais e outros assuntos relacionados, inclusive histórias de ficção científica. Entre as suas obras encontram-se esquemas para foguetes com múltiplos estágios, estações espaciais e sistemas biológicos de ciclo fechado para fornecer comida e oxigénio a colónias no espaço.
As suas ideias permaneceram desconhecidas fora da Rússia. A investigação neste campo estagnou até que cientistas alemães e de outras nacionalidades efetuaram os mesmos cálculos, de modo independente, décadas mais tarde.
A sua obra influenciou cientistas por toda a Europa, tendo sido também estudada pelos norte-americanos nos anos 50 e anos 60 quando estes procuravam compreender os sucessos iniciais da União Soviética na exploração espacial.
Tsiolkovsky dedicou-se também a estudos teóricos sobre máquinas voadoras mais pesadas que o ar, efetuando independentemente muitos dos cálculos que Santos Dumont efetuou na mesma época. Contudo, ele nunca construiu modelos práticos, os seus interesses mudaram para tópicos mais ambiciosos.
Entusiasmado pelo trabalho de Tsiolkovsky, Friedrich Zander esforçou-se para o promover e desenvolver. Em 1924 ele estabeleceu a primeira Sociedade de Cosmonáutica da União Soviética, que mais tarde desenvolveu e construiu foguetes de combustível líquido, de nomes OR-1 (1930) e OR-2 (1933). A 23 de agosto de 1924, Tsiolkovsky foi eleito primeiro professor na Academia Militar do Ar – N. E. Zhukovsky.
Em 1929 Tsiolkovsky propôs a construção de foguetes com múltiplos estágios no seu livro Comboios Cósmicos.
A equação básica para a propulsão de foguetes é denominada Equação do foguete de Tsiolkovsky, em sua honra.
     

quinta-feira, julho 21, 2022

Um vaivém espacial aterrou pela última vez há onze anos...


Informações da missão
Vaivém espacial Atlantis
Número de tripulantes 4
Lançamento 8 de julho de 2011
15:29 UTC
Plataforma 39A
CEK
Aterragem 21 de julho de 2011
11:06 UTC
Pista 33
CEK
Órbitas 200
Duração 12 dias, 18 horas, 27 minutos e 56 segundos
Altitude orbital 350 km
Inclinação orbital 51.6 graus
Imagem da tripulação
Da esq. p/ dir: Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim and Sandy Magnus
Da esquerda para a direita:
Chris Ferguson, Doug Hurley, Rex Walheim e Sandy Magnus

 

STS-135 foi a última missão da NASA realizada por um vaivém espacial. O Atlantis transportou o Módulo de Logística Multifuncional Rafaello. O lançamento ocorreu no dia 8 de julho de 2011.

Esta foi a missão ULF7 de construção da ISS e o derradeiro voo da frota de orbitadores da NASA.

  

in Wikipédia

 

    
O vaivém espacial Atlantis (OV-104), foi o quarto deste tipo a ser construído pela NASA. Recebeu o nome de Atlantis em honra do primeiro navio de pesquisa oceanográfica dos Estados Unidos, com o mesmo nome.
Beneficiando-se da experiência adquirida com a construção dos seus antecessores, o Atlantis tinha um peso inferior em cerca de 3 toneladas, e teve um tempo de construção reduzido a metade em relação ao primeiro veículo operacional, o já desaparecido Columbia. Algumas peças adicionais, não usadas na sua construção, foram mais tarde utilizadas no Endeavour.
O primeiro voo do Atlantis realizou-se a 3 de outubro de 1985, na missão STS-51-J. Lançou várias sondas, e participou na construção da ISS

Retirada
O Atlantis foi inicialmente considerado o primeiro vaivém espacial a se aposentar, no encerramento da missão STS-132. A missão de novembro de 2010 (Endeavour) estava prevista para ser a retirada oficial do vaivém espacial. A última missão da Atlantis foi realizada em 8 de julho de 2011. Era apenas uma missão de stand-by que seria usada para caso de necessidade de resgate do Endeavour, que, na época, estava previsto para fazer a missão final da frota. Com a decisão de tornar o voo de resgate numa missão oficial, a nave foi recolocada em serviço. A partir desta data o grupo de vaivéns espaciais será substituído pelos novos veículos de exploração da NASA: Orion e Ares.
Atualmente encontra-se em exposição no Kennedy Space Center Visitor Complex, na Flórida

quarta-feira, março 16, 2022

O primeiro e modesto antecessor dos modernos foguetões foi lançado há 96 anos

Robert Goddard e o primeiro voo de foguete com combustível líquido (gasolina e oxigénio), lançado em 16 de março de 1926, em Auburn, Massachusetts, Estados Unidos

  

Robert Hutchings Goddard (Worcester, 5 de outubro de 1882 - Baltimore, 10 de agosto de 1945) foi um físico experimental norte-americano.

Considerado pai dos modernos foguetes, tendo antevisto o posterior desenvolvimento da tecnologia espacial

 

(...)

 

Goddard estudou no Worcester Polytechnic Institute e na Clark University, onde se especializou em física. Entre 1909 e 1943 deu aulas em diversos estabelecimentos de ensino, nomeadamente nestes dois onde estudou.

O interesse pelos foguetes levou-o a provar, em 1915, que estes aparelhos poderiam progredir no vácuo, recorrendo às leis de ação e reação. Em 1919 publicou um pequeno livro chamado "A Method of Reaching Extreme Altitudes" ("Um Método para Alcançar Altitudes Extremas") onde propunha um foguete capaz de atingir a Lua.

Passados quatro anos, testou os primeiros motores de foguete a usar combustíveis líquidos. Em 16 de março de 1926 lançou o primeiro foguete com combustível líquido, que utilizava uma mistura de petróleo e oxigénio líquido. O aparelho atingiu uma altura de 12,5 metros, depois de ter sido lançado perto do quintal de uma tia de Robert. No total, o voo durou 2,5 segundos e o foguete percorreu 56 metros até cair em cima de uma barraca abandonada. 

 

Selo americano de 1964 em sua homenagem

 

in Wikipédia

 


O Centro de Voos Espaciais Goddard (em inglês: Goddard Space Flight Center - GSFC) é um laboratório de pesquisas espaciais criado em 1 de maio de 1959 como o primeiro centro espacial da NASA, estando sediado a cerca de 11 km a nordeste de Washington, DC, em Greenbelt, Maryland, Estados Unidos. O GSFC foi assim designado em homenagem a Robert H. Goddard, o pioneiro da propulsão dos modernos foguetões nos Estados Unidos.