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Luiz Goes morreu há sete anos

(imagem daqui)

Luís Fernando de Sousa Pires de Goes (Coimbra, 5 de janeiro de 1933 - Mafra, 18 de setembro de 2012) foi um médico e músico português. Cantor e compositor, conhecido pelo seu nome artístico como Luiz Goes, é considerado um dos expoentes máximos da canção de Coimbra.
Filho de Luís do Carmo Goes e de D. Leopoldina da Soledade Valente d'Eça e Leyva Cabral de Sousa Pires, nasceu em 1933, em Coimbra, e, por influência de seu tio paterno Armando do Carmo Goes, figura destacada da Canção de Coimbra, cedo começou a interpretá-la, e, aos 19 anos, a convite de António Brojo, gravou o seu primeiro disco.
No final da década de 1950, formou o Coimbra Quintet, com os músicos António Portugal, Jorge Godinho, Manuel Pepe e Levi Baptista, gravando o álbum Serenata de Coimbra, que "é ainda hoje o disco português mais vendido", segundo Manuel Alegre Portugal. Em 1958 licencia-se em Medicina, na Universidade de Coimbra e exerceu a profissão de médico-estomatologista até à sua reforma, em 2003. De 1963 a 1965 prestou serviço militar na Guiné como Alferes Miliciano Médico.
Foi autor de 25 canções estróficas e 18 baladas. Do seu reportório fazem parte canções como "Balada do mar", "É preciso acreditar", "Cantiga para quem sonha", "Só" ou "Toada beirã".
Foi condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique, no grau de Grande Oficial (9 de junho de 1994), com a Medalha de Ouro da cidade de Coimbra (4 de julho de 1998), com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e com o Prémio Amália Rodrigues 2005, na categoria Fado de Coimbra. 
  
   

terça-feira, setembro 18, 2012

Luiz Goes deixou-nos...

Aos 79 anos
Morreu Luiz Goes, a voz do fado de Coimbra


Fotos: Nuno Ferreira Santos

O cantor Luiz Goes, 79 anos, uma das referências da canção de Coimbra, morreu esta terça-feira em Mafra, confirmou à agência Lusa o músico Manuel Alegre Portugal.

Nascido em 1933, em Coimbra, Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes licenciou-se em Medicina, tendo exercido a profissão de médico dentista em paralelo com a carreira artística.

Iniciou-se no fado por influência do tio paterno, Armando Goes, contemporâneo de Edmundo Bettencourt, António Menano, Lucas Junot, Paradela de Oliveira, Almeida d’Eça e Artur Paredes.

Manuel Alegre Portugal recordou que Luiz Goes “foi padrinho musical de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso”.

O músico referiu ainda que Luiz Goes gravou na década de 1950 com os músicos Carlos Paredes, João Bagão e António Portugal gravou o álbum “Serenata de Coimbra” que “é ainda hoje o disco português mais vendido”, disse Manuel Alegre Portugal.

O músico recordou que “na altura o Luiz Goes recusou um milionário contrato da gravadora Philips porque queria acabar o curso”.

“O Luiz Goes representa para a música de Coimbra o que Amália Rodrigues representa para a música portuguesa”, rematou.

Como autor, Luiz Goes assinou 25 fados e 18 baladas, dos quais se destacam “Fado da Despedida”, “Toada Beira”, “Balada da Distância”, “Canção do Regresso”, “Homem Só”, “Meu Irmão”, “Romagem à Lapa”, “É Preciso Acreditar”, entre muitos outros.

Em 2002, assinalando os 50 anos da sua primeira gravação a discográfica EMI-Valentim de Carvalho reuniu a obra integral numa edição intitulada “Canções Para Quem Vier”.

in Público - ler notícia


Toada Beirã - Luiz Goes

Eu vi a Amélia, no meio do rio
Tão pequenina, cheia de frio
Eu vi a Amélia, no meio do rio
Tão pequenina, cheia de frio

Eu vi a Amélia, no meio do rio
Tão pequenina, cheia de frio
Anda comigo, Amélia vem,
Que eu estou sozinho 

Não tenho ninguém

Que eu estou sozinho
Não tenho ninguém

Eu vi a Amélia, no arvoredo
Tão pequenina, cheia de medo
Eu vi a Amélia, no arvoredo
Tão pequenina,
Cheia de medo

Eu vi a Amélia, no arvoredo
Tão pequenina, cheia de medo
Anda comigo, Amélia vem
Que eu estou sozinho 

Não tenho ninguém

Que eu estou sozinho
Não tenho ninguém