sábado, outubro 19, 2024
Samora Machel morreu há 38 anos...
Postado por Fernando Martins às 00:38 0 bocas
Marcadores: acidente, África do Sul, aviação, comunistas, FRELIMO, Guerra Colonial, Moçambique, Presidente da República, RENAMO, Samora Machel
domingo, setembro 29, 2024
Samora Machel nasceu há noventa e um anos...
Postado por Fernando Martins às 09:10 0 bocas
Marcadores: FRELIMO, Guerra Colonial, Moçambique, Samora Machel
quarta-feira, setembro 25, 2024
Segundo a FRELIMO, a guerra começou em Moçambique há sessenta anos...
Postado por Fernando Martins às 00:06 0 bocas
Marcadores: FRELIMO, Guerra Colonial, Moçambique
terça-feira, setembro 17, 2024
Hoje é dia de recordar um poeta angolano...
Havemos de voltar
Às casas, às nossas lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar
ÀS nossas terras
vermelhas do café
brancas de algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar
Às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar
À marimba e ao quissange
ao nosso carnaval
havemos de voltar
À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar
Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente
Agostinho Neto
Postado por Pedro Luna às 10:20 0 bocas
Marcadores: Agostinho Neto, Angola, Guerra Colonial, Medicina, MPLA, poesia
Agostinho Neto nasceu há cento e dois anos...
Agostinho Neto dirigiu a partir de Argel e de Brazzaville as atividades políticas e de guerrilha do MPLA durante a Guerra de Independência de Angola, entre 1961 e 1974, e durante o processo de descolonização, 1974/75, que opôs o MPLA aos dois outros movimentos nacionalistas, a FNLA e a UNITA Tendo o MPLA saído deste último processo como vencedor, declarou a independência do país em 11 de novembro de 1975, assumindo as funções de Presidente da República, mantendo as de Presidente do MPLA, e estabelecendo um regime mono-partidário, inspirado no modelo então praticado nos países do leste europeu.
Durante este período, houve graves conflitos internos no MPLA que puseram em causa a liderança de Agostinho Neto. Entre estes, o mais grave consistiu no surgimento, no início dos anos 70, de duas tendências opostas à direção do movimento, a "Revolta Ativa" constituída no essencial por elementos intelectuais, e a "Revolta do Leste", formada pelas forças de guerrilha localizadas no Leste de Angola; estas divisões foram superadas num intrincado processo de discussão e negociação que terminou com a reafirmação da autoridade de Agostinho Neto. Já depois da independência, em 1977, houve um levantamento, visando a sua liderança e a linha ideológica por ele defendida; este movimento, oficialmente designado como fracionismo, foi reprimido de forma sangrenta, por suas ordens.
Agostinho Neto, que era casado com a portuguesa Eugénia Neto, morreu num hospital em Moscovo no decorrer de complicações ocorridas durante uma operação a um cancro hepático de que sofria, poucos dias antes de fazer 57 anos de idade. Foi substituído na presidência do país e do MPLA por José Eduardo dos Santos, presidente e ditador de Angola durante cerca de 38 anos.
Ao falecer em Moscovo, a 10 de setembro de 1979, Agostinho Neto deixou atrás de si um país em chamas. Não era só Angola que vivia uma guerra civil. O MPLA também. Na cadeia de São Paulo, em Luanda, e em campos de concentração espalhados por diversos pontos do território angolano, antigos militantes e dirigentes do MPLA, que se haviam oposto à liderança de Agostinho Neto - dos simpatizantes de Nito Alves aos intelectuais da Revolta Activa -, partilhavam celas e desditas com os jovens da Organização Comunista de Angola, OCA, com mercenários portugueses, ingleses e americanos, militares congoleses e sul-africanos, e gente da UNITA e da FNLA.José Eduardo Agualusa - Público, 26.08.2012
Sobre o sangue ainda quente do meu irmão
Sobre o sangue ainda quente do meu irmão
Sacrificado pela pátria
Construo o meu sonho de união
Sobre o sangue ainda quente da minha irmã
Assassinada pelos carrascos
Construo o meu sonho de unidade
Unidade cimentada pelo sangue
União plantada sobre a terra
Germinando no meu gesto
Crescendo na minha voz
Gritando no teu olhar
Agostinho Neto
Postado por Fernando Martins às 01:02 0 bocas
Marcadores: Agostinho Neto, Angola, Guerra Colonial, Medicina, MPLA, poesia
quinta-feira, setembro 12, 2024
Amílcar Cabral nasceu há um século...
Amílcar Lopes Cabral (Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de setembro de 1924 - Conacri, 20 de janeiro de 1973) foi um político da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Postado por Fernando Martins às 00:01 0 bocas
Marcadores: Amílcar Cabral, assassinato, Cabo Verde, Guerra Colonial, Guiné-Bissau, Guiné-Cronacri, PAIGC
terça-feira, setembro 10, 2024
Agostinho Neto morreu há quarenta e cinco anos...
Agostinho Neto dirigiu a partir de Argel e de Brazzaville as atividades políticas e de guerrilha do MPLA durante a Guerra de Independência de Angola, entre 1961 e 1974, e durante o processo de descolonização, 1974/75, que opôs o MPLA aos dois outros movimentos nacionalistas, a FNLA e a UNITA Tendo o MPLA saído deste último processo como vencedor, declarou a independência do país em 11 de novembro de 1975, assumindo as funções de Presidente da República, mantendo as de Presidente do MPLA, e estabelecendo um regime mono-partidário, inspirado no modelo então praticado nos países do leste europeu.
Durante este período, houve graves conflitos internos no MPLA que puseram em causa a liderança de Agostinho Neto. Entre estes, o mais grave consistiu no surgimento, no início dos anos 70, de duas tendências opostas à direção do movimento, a "Revolta Ativa" constituída no essencial por elementos intelectuais, e a "Revolta do Leste", formada pelas forças de guerrilha localizadas no Leste de Angola; estas divisões foram superadas num intrincado processo de discussão e negociação que terminou com a reafirmação da autoridade de Agostinho Neto. Já depois da independência, em 1977, houve um levantamento, visando a sua liderança e a linha ideológica por ele defendida; este movimento, oficialmente designado como fracionismo, foi reprimido de forma sangrenta, por suas ordens.
Agostinho Neto, que era casado com a portuguesa Eugénia Neto, morreu num hospital em Moscovo no decorrer de complicações ocorridas durante uma operação a um cancro hepático de que sofria, poucos dias antes de fazer 57 anos de idade. Foi substituído na presidência do país e do MPLA por José Eduardo dos Santos, presidente de Angola durante cerca de 38 anos.
Velho negro
e transportado nas galeras
vergastado pelos homens
linchado nas grandes cidades
esbulhado até ao último tostão
humilhado até ao pó
sempre sempre vencido
É forçado a obedecer
a Deus e aos homens
perdeu-se
Perdeu a pátria
e a noção de ser
Reduzido a farrapo
macaquearam seus gestos e a sua alma
diferente
Velho farrapo
negro
perdido no tempo
e dividido no espaço!
Ao passar de tanga
com o espírito bem escondido
no silêncio das frases côncanas
murmuram eles:
pobre negro!
E os poetas dizem que são seus irmãos.
Postado por Fernando Martins às 00:45 0 bocas
Marcadores: Agostinho Neto, Angola, comunismo, Guerra Civil de Angola, Guerra Colonial, MPLA, poesia, Presidente da República
sábado, agosto 03, 2024
Jonas Savimbi nasceu há noventa anos...
Posicionamento na guerra anticolonial
Papel no processo de descolonização
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: Angola, FNLA, Guerra Colonial, Guerra do Ultramar, Jonas Savimbi, MPLA, UNITA
domingo, maio 12, 2024
Hoje é dia de cantar a poesia de Manuel Alegre...!
Trova do Vento que Passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio — é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
Postado por Pedro Luna às 08:08 0 bocas
Marcadores: AAC, Adriano Correia de Oliveira, Associação Académica de Coimbra, deputado, Fado de Coimbra, Guerra Colonial, Liberdade, Manuel Alegre, Partido Socialista, poesia, Trova do vento que passa
Manuel Alegre - 88 anos...!
Sobre esta página escrevo
teu nome que no peito trago escrito
laranja verde limão
amargo e doce o teu nome.
Sobre esta página escrevo
o teu nome de muitos nomes feito água e fogo lenha vento
primavera pátria exílio.
Teu nome onde exilado habito e canto mais do que nome: navio
onde já fui marinheiro
naufragado no teu nome.
Sobre esta página escrevo o teu nome: tempestade.
E mais do que nome: sangue. Amor e morte. Navio.
Esta chama ateada no meu peito
por quem morro por quem vivo este nome rosa e cardo
por quem livre sou cativo.
Sobre esta página escrevo o
teu nome: liberdade.
in A Praça da Canção - Manuel Alegre (3ª Edição -1974)
Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, deputado, Fado de Coimbra, Guerra Colonial, Liberdade, Manuel Alegre, Partido Socialista, poesia
sábado, março 16, 2024
O Levantamento das Caldas, ensaio falhado para o 25 de abril, foi há cinquenta anos
Postado por Fernando Martins às 00:50 0 bocas
Marcadores: 25 de Abril, Caldas da Rainha, Guerra Colonial, Levantamento das Caldas, MFA, Movimento das Forças Armadas