quarta-feira, novembro 03, 2010

Ministério da Anarquia e da Educação - III

Anarquia

Documentos contraditórios da DGRHE

Somos todos falíveis.
É uma condição do Homem.
Mas isto parece maldade.
Por ventura, má-fé.
Em primeiro, a declaração de interesses:
somos parciais.

A DGRHE, numa de corrigir situações mal avaliadas (e daqui não vem mal algum, parece-nos) vem distrair as bases com as circulares.

E manda corrigir com esta circular:
2. Contudo, importa destacar que o tempo de serviço docente remanescente prestado num anterior escalão da carreira docente não pode ser “transportado” para efeitos de progressão num novo escalão, uma vez que o que está em causa é meramente a progressão entre dois escalões já da nova estrutura da carreira docente. (nosso sublinhado)
Pois bem.
Trata-se de um roubo.
Será que não é como pagar a prestação ao banco?
Um ano depois, vêm dizer que o dinheiro com que pagámos a prestação é insuficiente.

Vamos aos documentos contraditórios:
A 23 de Dezembro de 2009, as escolas/ agrupamentos receberam orientações da DGRHE sobre o DL 270/2009 com este propósito (pág. 3):
"Observação:

Nos casos indicados em 2 e 3, deve ter-se em consideração, na próxima progressão, o tempo remanescente que os docentes possuíam aquando do ingresso no 3.º escalão, ou seja o tempo que vai além dos 4 anos actualmente exigidos para o 2.º escalão.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado a docentes que nas mesmas datas se encontravam posicionados nos 1.º e 3.º escalões." (nosso sublinhado)
O Paulo Guinote deu conta, em primeiro, desse documento neste post.
Disponibilizamo-lo aqui.

Num outro documento, da DREN, após orientações por parte da DGRHE (e sublinhamos que a DGRHE nem as DRE's respeita, pois não lhes responde), envia às escolas/ agrupamentos, documento com o seguinte texto sobre aplicação do DL 270/2009:
"Exemplo: Docente que, em 01-10-2009, se encontra no 2º escalão da categoria de professor, índice 188, com 4 anos 200 dias de serviço contados neste escalão para efeitos de progressão na carreira.

Caso o docente tenha obtido na avaliação de desempenho referente ao ciclo de avaliação de 2007-2009, a menção qualitativa mínima de Bom e que a última avaliação de desempenho efectuada nos termos do Decreto Regulamentar n.º 11/98, de 15 de Maio, tenha sido igual ou superior a Satisfaz, transita, em 01-10-2009, para o 3º escalão, da categoria de professor, índice 205, com 200 dias de serviço contados neste escalão para efeitos de progressão na carreira, efeitos remuneratórios a 01-11-2009. Note-se que esta transição só pode ocorrer após o resultado da avaliação correspondente ao biénio 2007-2009, reportando-se, no entanto, a 01-10-2009." (nosso sublinhado)
Disponibilizamos o documento aqui.

Trata-se de um congelamento camuflado.
O Tempo de Serviço é realizado e provavelmente por fetiche, desaparece da esfera jurídica do tempo considerado para progressão.
É, tratamento desigual.

O nosso TS, ainda anda "controlado", se não contarmos aquele que desapareceu com a transição prevista pelo DL 15/2007.
Também queremos ter uma empresa destas.
Que retira o prémio a quem cumpre.
Na verdade, não queremos.

Os acontecimentos recentes, preparam o terreno para a interpretação do novo ECD:
por ventura,
- Ex-categoria professor entre 4 e 5 anos transitam com zero dias e comprovam a Formação Contínua;
- Professores do 299 com mais de 6 anos no índice, transitam ao 340 com zero dias, e comprovam a Formação Contínua;
- e outras tais...

Segunda declaração de interesses:
A parte final deve ser entendida como pressão.

in Blog Ad duo

Ministério da Anarquia e da Educação - II

Anarquia

Carências
Pais obrigados a substituir funcionários nas escolas

Encarregados de educação vão à escola na hora de almoço para ajudar a vigiar as crianças. Pais acusam o Ministério da Educação de não contratar funcionários suficientes.

No agrupamento da Secundária D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, os pais vão à escola durante a hora de almoço para ajudar a vigiar os alunos do 5.º e 6.º anos que "têm de atravessar uma rua pedonal para irem almoçar à escola sede". A presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação deste agrupamento, Maria Graça Castro, explica ainda ao DN que esta foi a solução encontrada para colmatar a falta de auxiliares que se tem verificado desde o início das aulas.

Tal como nesta escola, a falta de auxiliares nas escolas está a ser colmatada pelos pais que vão à escola em determinados horários para ajudar a vigiar os alunos. De acordo com a CNIPE (Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação) a região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afectada pela falta de auxiliares. Ministério e autarquias ainda estão a trabalhar para resolver um problema que os pais denunciam desde o início do ano lectivo, há quase dois meses. Questionado sobre situações como a de S. João de Deus, o Ministério da Educação responde apenas que neste caso trata-se de actividades de enriquecimento curricular (AEC) que são promovidas pela autarquia em parceria com a associação de pais.

Estas denúncias levaram também o Bloco de Esquerda a questionar a tutela relativamente à falta de auxiliares. "O problema é que em muitos casos estamos a falar de crianças muito pequenas, do 1.º ciclo, que ficam muitas vezes sozinhas e não podem", refere a deputada Ana Drago.

Embora admitindo que a situação "já foi mais preocupante no início do ano lectivo do que é agora", Manuel Barata da CNIPE assume que continuam a existir situações em que os pais são chamados a desempenhar as funções do pessoal não docente. "Entretanto, a Câmara de Lisboa já voltou a repor o protocolo com o centro de emprego para contratar porteiros e isso libertou os poucos auxiliares para outras funções. Mas ainda há problemas", acrescenta.

Noutros casos, as juntas de freguesia estão a tentar ultrapassar a falta de auxiliares com parcerias com as associações de pais. "Numa escola do 1.º ciclo em Benfica, a junta está a tentar uma parceria com os pais, para que os próprios ou os avós dêem uma ajuda para acompanhar as refeições e as saídas da escola", conta o vice-presidente da concelhia de Lisboa da CNIPE.

Apesar de este ano a situação ter sido denunciada com mais frequência, os pais garantem que não é o primeiro ano em que são chamados a fazer o trabalho dos auxiliares. "Há dois ou três anos que a situação tem-se agravado porque o ministério deixou de contratar funcionários para o lugar daqueles que se reformaram ou saíram", diz Manuel Barata.

Um dos factores que acabou por piorar a situação neste ano lectivo é a reorganização dos agrupamentos. "A agregação de agrupamentos que diminuíram o rácio de funcionários por alunos", defende Maria José Viseu, presidente da CNIPE.

Este é o motivo também apresentado pelos pais da escola básica do 1.º Ciclo S. João de Deus, do agrupamento D. Filipa de Lencastre. "As nossas duas escolas foram completamente remodeladas pela Parque Escolar e este ano abriram o ano lectivo sem estarem acabados alguns pormenores finais, sem terem todo o material e, sobretudo, sem o número de funcionários necessário para garantir o seu normal funcionamento, nomeadamente a vigilância de todos os alunos (do 5.º ao 12.º anos)", justifica a presidente da associação de pais.

Nesta escola faltam auxiliares para vigiar os alunos que permanecem na escola depois das 16.00. Uma solução que acabou a ser financiada pelos pais.

in DN - ler notícia

Ministério da Anarquia e da Educação

Anarquia
Ministério lança caos nas escolas


Circular obriga escolas a confirmar todas as situações de professores promovidos nos últimos anos.

Adeus vaivém Discovery

Discovery
A última viagem após 26 anos de descobertas


O mais antigo vaivém da NASA em actividade é lançado hoje na sua última sessão


O vaivém espacial Discovery recebeu o seu nome após vários barcos britânicos, conhecidos pelas suas numerosas descobertas, como o HMS Discovery, que navegou com James Cook. Como esses, chega finalmente ao fim a história do terceiro vaivém espacial da agên- cia espacial norte-americana, a NASA. A nave espacial faz hoje o seu último voo antes da reforma, após 26 anos a descobrir o espaço: foi o Discovery que, por exemplo, transportou o telescópio Hubble até ao espaço.

A partida estava programada para segunda-feira, mas alguns problemas técnicos, relacionados com a pressurização de um dos motores de navegação espacial, obrigaram a que a partida fosse adiada por alguns dias.

Ontem, os responsáveis pela missão reuniram-se e aprovaram o lançamento do vaivém, determinando que a nave espacial "estará preparada para esta quarta-feira", às 19.52 (hora portuguesa).

Por parte do tempo, os técnicos de meteorologia de Cabo Canaveral, na Califórnia, estão descansados. Calculam que haja 70% de hipóteses de que o clima respeite o início da missão número 39 do mais velho vaivém espacial em actividade - o terceiro de todos os tempos, após o Enterprise e o Columbia .

A missão em si irá durar 11 dias na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), aliás, local que o Discovery conhece bem, pois foi encarregado das suas missões de investigação, assim como da montagem da dita estação espacial.

A reforma dos três vaivéns espaciais da NASA - Discovery, Atlantis e Endeavour - foi decidida pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, que optou por cortar no orçamento da NASA.

Nos seus 26 anos de história - a primeira missão foi a 31 de Agosto de 1984 -, um dos momentos mais marcantes terá sido o transporte do telescópio Hubble para o espaço, no dia 24 de Abril de 1990. O Hubble permitiu explicar o nascimento de estrelas ou planetas e estimar a idade do universo em 13 700 milhões de anos. Inclusive, a investigar a misteriosa matéria negra que fez com que a expansão do Universo tenha sido mais acelerada.

Do seu currículo constam também dois momentos importantes na história da exploração espacial: foi o Discovery que fez as viagens após os desastres com os vaivéns Challenger, em 1988, e Columbia, em 2005. O Challenger partiu-se em dois no dia 28 de Janeiro de 1986, 73 segundos após ser lançado; o Columbia desintegrou-se ao entrar na atmosfera da Terra no primeiro dia de Fevereiro de 2003.

O voo de 1988 foi apelidado de "Retorno ao Espaço", após dois anos sem qualquer lançamento, e foi feito por uma equipa composta apenas por veteranos. O Discovery repetiu a experiência após o desastre do Columbia, com a viagem "Retorno aos Voos", a 26 de Julho de 2005.

Após 38 missões, 5628 órbitas e 230 003 477 quilómetros, a nave vai ter hoje a sua última missão, ao que se segue a reforma. A partir de 12 de Novembro de 2010, o Discovery fica para sempre na Terra.

in DN - ler notícia

Debate...?!?

Debate do Orçamento






Um mete-se a jeito, o outro responde à letra...é a elevação do discurso político português, um exemplo para todos nós.

in 31 da Sarrafada - post de Catarina Campos

terça-feira, novembro 02, 2010

Recordar Jorge de Sena


Jorge Cândido de Sena (Lisboa, 2 de Novembro de 1919Santa Barbara, Califórnia, 4 de Junho de 1978) foi poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário português.


Eternidade

Vens a mim
pequeno como um deus,
frágil como a terra,
morto como o amor,
falso como a luz,
e eu recebo-te
para a invenção da minha grandeza,
para rodeio da minha esperança
e pálpebras de astros nus.

Nasceste agora mesmo. Vem comigo.


in Perseguição - Jorge de Sena

Jorge de Sena nasceu há 91 anos


Lamento do Poeta Objectivo


Anda-me o amor tomando a própria vida,
como se, amando, eu existisse mais.
E leva-me o Destino em voz traída,
como se houvera encontros desiguais.

A multidão me cerca, e, renascida,
já dela terei fome de sinais.
E, mal a noite se demora ardida,
o medo e a solidão me esfriam tais

as cinzas desse amor que sacrifico.
Não é futura a só miséria. A queixa
também não é: e apenas acontece

no vácuo imenso que este amor me deixa,
quando maior, quando de si mais rico,
se dá de mundo em mundo, e lá me esquece.

in Post-Scriptum - Jorge de Sena

Poesia ideal para a data

Dia de finados I

"Sei hoje que ninguém antes de ti
morreu profundamente para mim
Aos outros foi possível ocultá-los
na sua irredutível posição horizontal
sob a capa da terra maternal
Choramo-los imóveis e voltamos
à nossa irrequieta condição de vivos
Arrumamos os mortos e ungimo-los
são uma instituição que respeitamos
e às vezes lembramos celebramos
nos fatos que envergamos de propósito
nas lágrimas nos gestos nas gravatas
com flores e nas datas num horário
que apenas os mate o estritamente necessário
Mas decerto de acordo com um prévio plano
tu não só me mataste como destruíste
as ruas os lugares onde cruzámos
os nossos olhos feitos para ver
não tanto as coisas como o nosso próprio ser... "

Ruy Belo, "Em Legítima Defesa", Transporte no Tempo, 1973


Música nova para geopedrados


Blue Crystal Fire
A love song

Blue crystal fire: burn brightly in me my love
Smooth singing sunshine: wrap your blanket
around me my love
Fast flowing waterfall: wash my tears away my love
Deep within the forest: there I wait for you my love
Deer with silver antlers: come and play with me my love
Sweet smiling moonbeams:
be my rhapsody
be my rhap-so-deep
my love

Porque hoje é o dia de finados e de orçamento - humor


Islândia strikes again?!?






Direitos Humanos, Pena de Morte e Irão

Irão: Filho e advogado de Sakineh Ashtiani "brutalmente torturados"

O filho e o advogado da iraniana Rakineh Ashtiani, que deverá ser enforcada na quarta-feira, estão a ser "brutalmente torturados", disse à Agência Lusa fonte da Comissão Internacional contra a Lapidação.

Sajjad Ghaderzadeh, de 22 anos, filho de Sakineh Ashtiani, e o advogado, Houtan Kian, foram detidos a 10 de outubro quando o jovem cobrador de bilhetes de autocarro falava com dois jornalistas alemães da publicação Bild, numa tentativa de salvar a mãe.

Contactada por telefone a partir de Lisboa, Mina Ahadi, opositora ao regime iraniano refugiada na Alemanha desde 1996, e fundadora da Comissão Internacional contra a Lapidação (CIL), advertiu que "Sajjad e o advogado continuam presos", e a serem "brutalmente torturados".

in DN - ler notícia

Por falar em buracos...


Do nada, um buraco de 15 metros, 30 de diâmetro, apareceu numa pequena cidade alemã. Embora ninguém tenha sido apanhado pela movimentação súbdita, um carro foi apanhado, ficando no fundo. Algumas das estradas que davam acesso às garagens também ficaram destruidas.

Outros carro "sobreviveram" por pouco, ficando a poucos centímetros da borda do buraco. Os geólogos não conseguiram, até agora, encontrar qualquer justificação para este acontecimento nada natural.


A ISS faz 10 anos e recomenda-se

Espaço
ISS: A grande casa do homem no espaço atingiu a meia-idade

Hoje a ISS tem 14 módulos

A 2 de Novembro de 2000, chegava a primeira tripulação. Agora, tem, pelo menos, mais dez anos para provar as esperanças nela depositadas.


Quando o norte-americano William Shepherd e os russos Serguei Krikaliov e Iuri Guidzenko zarparam do cosmódromo de Baikonur para o espaço a bordo de uma nave Soiuz em direcção à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), sabiam que tinham pela frente dois dias de viagem até chegar àquela a que se começava a chamar a casa do homem no espaço. Mas quando lá chegaram, a 2 de Novembro de 2000, a ISS tinha apenas três módulos: o Zaria (Alvorada, em russo), compartimento de carga e de acoplagem com as naves russas; o Unity, módulo de ligação norte-americano; e um módulo habitacional russo, o Zvezda (Estrela).

Construída ao longo dos anos à maneira de um Lego gigante numa colaboração entre cinco agências espaciais (para além da russa RKA e da norte-americana NASA, há ainda a europeia ESA, a japonesa JAXA e a canadiana CSA), a ISS possui actualmente 14 módulos pressurizados, com nomes igualmente poéticos -Destiny, Harmony, Quest, Tranquility e por aí fora. E ainda uma gigante estrutura exterior que suporta em particular os 16 painéis solares que a abastecem em energia eléctrica.

Mas a ISS ainda não está completa - e apenas o ficará no início do próximo ano. Entretanto, na quarta-feira o vaivém norte-americano Discovery deverá transportar, no seu derradeiro voo espacial, o módulo Leonardo - de fabrico italiano e destinado a armazenar mantimentos e peças sobressalentes.

A última peça do puzzle será colocada em Fevereiro de 2011, quando o vaivém Endeavour entregar o módulo Nauka, que em russo significa "ciência" - e que conterá um instrumento científico baptizado AMS (Alpha Magnetic Spectrometer), que irá analisar os raios cósmicos à procura de grandes quantidades de formas misteriosas de matéria, como antimatéria ou matéria escura.

No início, apenas três pessoas podiam viver na ISS, a mais de 300 km de altitude, em órbita em redor da Terra. Hoje, a estação suporta seis inquilinos, organizados em "expedições" sucessivas, que permanecem cada uma vários meses a bordo. A sua zona habitável é do tamanho "de um grande T6", explica a NASA no seu site, com duas casas de banho e um ginásio. O volume pressurizado interno é superior ao de um Boeing 747.


À espera de retorno

O projecto da ISS foi fortemente criticado ao longo dos anos, principalmente pelos custo, que se estima terá sido, no total, da ordem das dezenas - e talvez mais de uma centena - de milhares de milhões de dólares. O seu fim chegou a ser previsto para 2015, durante a Administração de George W. Bush, mas em finais de 2009 a existência activa da estação acabou por ser prolongada pelo menos até 2020 pela administração Obama.

Para a NASA, é a partir de agora, quando estiver completa, que a ISS poderá iniciar a fase "madura" da sua vida útil. "Com mais dez anos para operar uma ISS na idade madura, esperamos conseguir os retornos científicos para os quais a estação foi construída", diz em comunicado da agência espacial Mike Barratt, que foi engenheiro de voo de duas expedições. "Devemos ao mundo respostas a perguntas de ciência básica e de medicina e a ISS pode fazê-lo abundantemente se utilizada com cuidado."

Um dos objectivos de sempre da ISS foi preparar a via para uma futura permanência humana de longa duração no espaço - seja em missões à Lua ou a Marte.

Há apenas uns dias, a 25 de Outubro, a ISS permitiu bater o recorde de permanência humana contínua no espaço, ultrapassando o anterior recorde de 3644 dias, até aí detido pela sua predecessora, a estação espacial russa Mir.

O estado a que chegámos explicado




NOTA: o Blog Geopedrados recomenda alguma cautela na leitura destas notícias, sobre tudo a grávidas, pessoas com problemas circulatórios e crédulos.

Porque hoje é o dia de finados e de orçamento

Porque hoje é o dia dos fieis defuntos


O fiel defunto de Sócrates

As negociações do Orçamento tiveram todos os ingredientes de uma telenovela da TVI. Declarações apaixonadas e silêncios enraivecidos, encontros e desencontros, promessas e traições, longas conversas secretas, suspiros e desabafos, uma ruptura violenta e uma reconciliação nocturna entre o Governo e o PSD.


Os cabelos brancos de Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga faziam prever menos barulho e mais sensatez. Para sair da tragédia portuguesa, sobra ainda o Fundo Monetário Internacional, agora com um novo director para a Europa, o gestor António Borges, que pertenceu à anterior direcção laranja de Manuela Ferreira Leite.

Seria uma ironia do destino se, depois de criticar as propostas de Eduardo Catroga e atacar o PSD, Teixeira dos Santos se visse obrigado a acatar as ordens de António Borges e do FMI. Apesar do acordo, o Fundo Monetário continua a ser bem--vindo. É a única instituição que pode tirar a limpo o que ninguém ainda conseguiu saber: qual é a profundidade do buraco financeiro em que o Governo de José Sócrates enfiou o País.

A verdadeira dimensão da dívida pública mantém-se um mistério para a esmagadora maioria dos portugueses. Esta só não é uma tragédia grega porque Portugal está em piores lençóis do que a Grécia. Atenas, ao contrário de Lisboa, tem uma maioria absoluta no parlamento, que foi capaz de aprovar o pacote de austeridade do FMI.

Eduardo Catroga avisou que o Orçamento continua a ser mau. Ainda assim, apesar da imprevisibilidade da política nacional, o acordo entre o Governo e o PSD vai resistir até amanhã, Dia de Todos os Santos. O Orçamento deve, pelo menos, chegar até terça-feira, porque antes de nascer já era um fiel defunto.

O lapso

Orçamento
Representar o País custa 30 milhões

O Ministério de Santos Silva é o que em 2011 vai gastar mais em despesas de representação

Lapso dá mais 1,8 milhões à Administração Interna. Governo reduz salários dos políticos mas sobe as verbas disponíveis em despesas de representação. Economista fala em “compensação” pelo corte.


O Governo aumentou em 20% a verba disponível para despesas de representação no Orçamento do Estado para 2011. Segundo a proposta, só para o Governo estão reservados 19,2 milhões de euros para gastos relacionados com as despesas de representação dos ministros e das chefias da Administração Pública. São cerca de mais três milhões de euros do que a verba de 2010. Para Eugénio Rosa, economista e membro da CGTP, este aumento de 20% serve de "compensação pelos cortes nos salários".

Recorde-se que os titulares de cargos políticos vão sofrer um corte acumulado de 15% no vencimento. Se somarmos os institutos e outros organismos públicos, em 2011 o Governo vai gastar 29,9 milhões de euros neste tipo de despesa.

Só o Ministério da Defesa tem um aumento de 207 pontos percentuais na verba para representação, normalmente viagens: passou de 691 mil euros para 2,1 milhões de euros. Segue-se o Ministério da Administração Interna, que este ano tinha 2,5 milhões disponíveis e tem em 2011 mais 84%, ou seja, 4,7 milhões de euros.

Contactado pelo CM, o Ministério tutelado por Augusto Santos Silva optou por salientar que no "conjunto relevante das despesas de representação e ajudas de custo há uma redução de 1,2 milhões de euros", sem justificar a necessidade de mais 1,42 milhões nas despesas de representação.

O Ministério da Administração Interna garante que pediu uma verba de 2,9 milhões de euros, "um aumento de 14,4% por causa de uma missão oficial da União Europeia". Confrontado com a proposta do Orçamento que refere uma verba de 4,7 milhões de euros, a mesma fonte admite que os 1,8 milhões a mais "só podem resultar de um lapso que deverá ser rectificado".

"ESTAMOS COM RECEIO"

O Governo aumentou em 20% a verba disponível para despesas de representação no Orçamento do Estado para 2011. Segundo a proposta, só para o Governo estão reservados 19,2 milhões de euros para gastos relacionados com as despesas de representação dos ministros e das chefias da Administração Pública. São cerca de mais três milhões de euros do que a verba de 2010. Para Eugénio Rosa, economista e membro da CGTP, este aumento de 20% serve de "compensação pelos cortes nos salários".

Recorde-se que os titulares de cargos políticos vão sofrer um corte acumulado de 15% no vencimento. Se somarmos os institutos e outros organismos públicos, em 2011 o Governo vai gastar 29,9 milhões de euros neste tipo de despesa.

Só o Ministério da Defesa tem um aumento de 207 pontos percentuais na verba para representação, normalmente viagens: passou de 691 mil euros para 2,1 milhões de euros. Segue-se o Ministério da Administração Interna, que este ano tinha 2,5 milhões disponíveis e tem em 2011 mais 84%, ou seja, 4,7 milhões de euros.

Contactado pelo CM, o Ministério tutelado por Augusto Santos Silva optou por salientar que no "conjunto relevante das despesas de representação e ajudas de custo há uma redução de 1,2 milhões de euros", sem justificar a necessidade de mais 1,42 milhões nas despesas de representação.

O Ministério da Administração Interna garante que pediu uma verba de 2,9 milhões de euros, "um aumento de 14,4% por causa de uma missão oficial da União Europeia". Confrontado com a proposta do Orçamento que refere uma verba de 4,7 milhões de euros, a mesma fonte admite que os 1,8 milhões a mais "só podem resultar de um lapso que deverá ser rectificado".

POLÍTICOS PODEM COMPENSAR CORTE SALARIAL

Eugénio Rosa mostra-se preocupado com o facto de no Orçamento do Estado para 2011 os políticos ficarem de fora da proibição de valorização remuneratória, ou seja, poderiam compensar as reduções salariais previstas. Segundo a proposta de lei, a valorização das remunerações está proibida na Administração Pública, com excepção de políticos, juízes do Tribunal Constitucional, do Tribunal de Contas, magistrados judiciais e do Ministério Público.

O economista não acredita porém que os políticos venham a fazê-lo porque, garante, "aí sim, seria um escândalo inaceitável".

in CM - ler notícia

segunda-feira, novembro 01, 2010

Fundações - pequeno contributo para perceber o estado a que chegámos


Já tínhamos recebido por e-mail um estranho documento sobre uma fantástica "Fundação Cidade de Guimarães" e o que recebiam os seus "órgãos sociais" mas não acreditámos que tal fosse possível. Hoje o Paulo Guinote divulgou um post, no Blog A Educação do meu Umbigo, sobre o assunto que nos fez investigar esta fundação:

"Este Decreto-Lei cria a Fundação Cidade de Guimarães e aprova os seus estatutos, tendo como fins principais a concepção, planeamento, promoção, execução e desenvolvimento do programa cultural do evento Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012.
Esta Fundação, que é uma pessoa colectiva de direito privado, com utilidade pública, corporiza o envolvimento da sociedade civil, do Estado e do Município de Guimarães num projecto único de dimensão nacional, constituindo uma fórmula inovadora e desejavelmente exemplar em matéria de política cultural.
Findo o evento Guimarães Capital Europeia da Cultura, a Fundação poderá vir a assumir a gestão do património cultural e dos respectivos equipamentos, propriedade do município de Guimarães, e de outros que lhe sejam afectos, com vista à promoção da cultura, desenvolvendo a criação e a difusão culturais, em todas as suas modalidades, bem como o apoio a acções de formação com relevância na área da cultura, promovendo a formação técnica especializada dos agentes e profissionais deste domínio ou domínios afins"


Resumindo, o Presidente recebe 14.300 euros/mês, dois vogais 12.500 euros/mês, há senhas de presença de presidente e vogais do conselho geral de 500 e 300 euros/reunião, respectivamente, o presidente e vogais do conselho fiscal têm direito a senhas de presença de 400 e 200 euros/reunião, ROC com 5.000 euros no primeiro ano e 20.000 no segundo, telemóvel e carro de serviço para conselho de administração, entre outros...

A Câmara Municipal de Guimarães, perante a revolta de muitos, apresentou uma ténue defesa das suas decisões - ver AQUI - mas já começou a ponderar baixar as mordomias aos boys - ver AQUI.

Para quem não acreditar, aqui fica o link para o documento: Fundação Cidade de Guimarães.

ADENDA: o blog Blasfémias publicou um post muito elucidativo sobre o assunto - ver AQUI. Termina assim:
O presidente do Conselho Geral é Jorge Sampaio. Um dos vogais foi seu chefe de gabinete. Deve ser coincidência.

Faz hoje 255 anos...

 (imagem daqui)

... um sismo, seguido de tsunami, destruiu a cidade de Lisboa e outras cidades suas vizinhas, do Algarve e do norte de África.

Depois, a acção do Marques de Pombal levantou novamente a nossa capital, fez um profundo levantamento dos estragos e efeitos do sismo em todas as localidades portuguesas e deu origem ao estudo dos sismos - surgiram as bases de uma nova ciência: a sismologia.

Deus nos ajude


(imagem daqui)


A pouca-vergonha está de pedra e cal


SOL e sem comentários:

Só no ano passado, os gastos (salários e despesas) com 46 administradores de nove companhias tuteladas pelo Estado - ANA, STCP, EP, CTT, REFER, CP, ML, CARRIS E TAP - ascenderam aos 7,46 milhões de euros, ou seja, uma média de 162,2 mil euros mensais por gestor, segundo cálculos do SOL baseados nas contas anuais das empresas. Contas feiras, os gestores receberam seis vezes mais do que os trabalhadores das suas empresas, que auferiram 28 mil euros anuais.
(...)
Os CTT, a segunda no ranking das administrações que mais gastaram em 2009, distribuiu um prémio de gestão de 213,8 mil euros aos seus cinco administradores. O presidente, Estanislau Costa - que circula num veículo de 84 mil euros adquirido pela empresa em 2004 - pagou, no ano passado, 42,5 mil euros para alugar quatro automóveis para os seus colegas de conselho.

As quatro linhas do metropolitano de Lisboa parecem não ser suficientemente utilizadas pelos administradores da empresa, que bateram o recorde de gastos com o aluguer de carros. A antigo administração de Joaquim Reis - agora presidente da Parpública - despendeu 85 mil euros no renting de carros, entre os quais se contam 40,3 mil euros para a viatura do vogal Miguel Roquette, durante nove meses.

Antes de abandonar a empresa, Joaquim Reis decidiu deixar ao seu sucessor um carro novo no valor de 30 mil euros.

Também o presidente da Carris, José Silva Rodrigues gastou 4.142 euros em combustível, no espaço de um ano.

E os administradores da empresa pública com o maior passivo de todas (15,8 mil milhões de euros), a Estradas de Portugal, não se coibiram de gastar 48 mil euros no aluguer de carros e combustível.

in portadaloja - post de José

O país da anarquia e das leis mal feitas

Para que servem os tribunais?

Existe um decreto lei que regula as subidas de escalão dos professores do ensino básico e secundário.
.
Este decreto lei tem sido interpretado das formas mais diversas pelas escolas.
.
O Ministério da Educação decidiu enviar para as escolas a sua interpretação do decreto lei (provavelmente redigido pelo próprio ministério).
.
No editorial do Público comenta-se que esta interpretação de nada vale e o que vale é a interpretação de juristas idóneos.
.
Resumindo: podemos passar sem os tribunais. Sempre se cortava na despesa.


NOTA: é favor ler os comentários do post original - entre eles está este, de Medina Ribeiro (do blog Sorumbático):

O problema não é «Quem interpreta bem ou mal». O problema é que as leis (especialmente as deste género) deviam ser claras e não precisar de intérpretes de espécie alguma.
-
O Jô Soares tinha um ‘sketch’ em que falava ao telefone com a empregada doméstica, e não percebia nada do que ela dizia.
Como a cena se passava numa cabine pública e era muito demorada, juntavam-se pessoas, em fila, protestando. Ele interrompia a conversa telefónica e, virando-se para os impacientes, dizia:
«Calma! Estou DECIFRANDO a minha empregada!»

Plano de austeridade para professores - Protesto Gráfico

Austeridade Do Professor

Sanctum - um filme recomendado pelo Geopedrados




NOTA: mais informações AQUI.

Se até o Conselho de Escolas já consegue afrontar este pseudo-governo a prazo...

...então é mesmo fim dele, e em poucos meses:


Divulgo e saúdo posição do Conselho das Escolas sobre os conhecidos Mega-Agrupamentos:

Regulamentação do ponto 6, artigo 6º do DL nº 75/2008, de 22 de Abril -
em resumo: "Em linhas gerais e relativamente ao encerramento de estabelecimentos de educação e à extinção de agrupamentos de escolas, o Conselho das Escolas considera:
a. Que é fundamental o envolvimento das comunidades educativas locais nas tomadas de decisão e que não se podem impor alterações profundas na rede escolar – como sejam o encerramento de estabelecimentos de educação e a extinção, simples ou por agregação, de agrupamentos de escolas – sem envolver as respectivas comunidades educativas e sem obter a anuência das instituições que as representam, desde logo, a Câmara Municipal;
b. Que as escolas e agrupamentos de escolas são instituições-âncora necessárias à fixação das populações no território e se constituem como instrumentos de planeamento regional, imprescindíveis a um combate eficaz à desertificação do interior do país e à diminuição das fortes assimetrias regionais que se têm vindo a agravar;
Pelo que:
c. Discorda de qualquer encerramento/extinção de escolas/agrupamentos efectuados à revelia das escolas e dos respectivos Conselhos Gerais,
d. Discorda de qualquer encerramento/extinção de escolas/agrupamentos, da iniciativa das DREs, que não obtenham o acordo expresso das respectivas Câmaras Municipais, antecedido de pareceres formais dos respectivos Conselhos Municipais de Educação,
e. Discorda de qualquer encerramento/extinção de escolas/agrupamentos, da iniciativa das Câmaras Municipais, sem pareceres concordantes dos respectivos Conselhos Municipais de Educação e que não obtenham o acordo expresso das respectivas DREs."

Enquanto Presidente de uma Assembleia Municipal e membro por inerência de um Conselho Municipal de Educação não deixarei de tomar posição.

in terrear - post de José Matias Alves

É preciso coragem - chamar os bois/boys pelos nomes


Há 15 anos que Portugal é desgovernado por um partido que mostrou ser o mais corrupto, incompetente e sem vergonha desde pelo menos 1926. Os dois anos e meio de interregno barrosista e santanista foram um curto episódio dinamitado pelo socialista Jorge Sampaio, o tal que disse que "há mais vida para além do défice" e pôs fim a um governo de maioria absoluta através de um golpe de estado constitucional encenado com o apoio de toda a esquerda.

(...)

Os socialistas estragaram tudo e continuam a devorar o pouco que resta ao nosso pobre País.

in ProfBlog - post de Ramiro Marques

Verdadeiras Escolas ou túmulos caiados?


E, como não são propriamente as condições físicas de um edifício escolar que fazem boa uma escola, lá vamos ter de esperar que o Actual Responsável pelo Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, Joaquim Abrantes, faça alguma coisa. Quando terminarem as reuniões, claro. Esperemos sentados.

in Educação S.A. - post de Reitor

Música actual (com quase trinta anos...)

domingo, outubro 31, 2010

... e amanhã é dia de todos-os-santos...

só não vê quem não quer ver




o Orçamento tá aparovado o Nani marca um golo bizarro a chuva parou o éfeémeí nomeou o Borges o meu vizinho do quinto esquerdo não teve nenhum acidente de automóvel esta semana istu está tudo ligado ....
in anårca cønštipadö - post de José Manuel Fonseca

Habemos orçamentus

OE - 2011...



O deslizamento da Ribeira Quente (S. Miguel) foi há 13 anos

Geólogos alertam para perigo na Ribeira Quente

Tragédia matou 29 pessoas há 13 anos, mas possibilidade de se repetir é quase certa

Um violento deslizamento de terras e pedras provocado pela chuva torrencial matou 29 pessoas na madrugada de 31 de Outubro de 1997 na freguesia da Ribeira Quente, em São Miguel, Açores. A tragédia que arrasou uma parte antiga da localidade aconteceu há, precisamente, 13 anos. Hoje, apesar das intervenções que mudaram a face da Ribeira Quente e melhoraram a sua segurança, a verdade é que o risco de uma nova catástrofe natural, semelhante à de 1997, não desapareceu.

A ameaça está sempre presente com a aproximação da época das chuvas que "ressuscita" o fantasma de mais derrocadas e soterramentos na freguesia. Segundo o geólogo João Luís Gaspar, "não é preciso ser-se investigador para perceber que, infelizmente, a possibilidade de tal vir a repetir-se é quase certa".

Aqui, as catástrofes naturais, geralmente, repetem-se de uma forma cíclica. Prova disso é que na Ribeira Quente, com a configuração de uma fajã, já ocorreram pelo menos 20 desabamentos ao longo dos séculos, com perda de vidas humanas.

A área geográfica em torno da Povoação, e que se estende entre o Faial da Terra e Ribeira Quente, é a mais fustigada de São Miguel durante mais de 500 anos da sua história. A orografia específica, a constituição geológica das vertentes e a vulnerabilidade a chuvas intensas tornam a zona de elevado risco.

O resultado destas condições é previsível: a catástrofe que se abateu sobre a Ribeira Quente em 1997 poderá voltar a acontecer no futuro. Mesmo sem data ou local marcado. "Esperemos que esteja errado, mas a história repete-se", reforçou.

João Luís Gaspar entende que "a Ribeira Quente precisa de um plano especial de emergência e um novo olhar em termos de ordenamento". Para este geólogo, "é imperativo apostar em sistemas de aviso e alarme, repensar a questão dos acessos e reavaliar os mecanismos de resposta".

Por seu lado, o vulcanólogo Victor Hugo Forjaz defende a transferência "gradual" de famílias que residam em zonas de risco na Ribeira Quente para sítios mais seguros. "Noventa por cento da freguesia são seguros, 10 por cento são inseguras", sendo que os que aqui habitam "deveriam ser deslocalizados, nem que seja faseadamente". Aliás, sabe que existem pessoas que concordam com a ideia de que "houve más construções (por baixo de escarpas) e que gradualmente deveriam ser deslocadas para espaços nos arredores que cumpram regras de ocupação do território.

Depois da tragédia há 13 anos, foi criada uma zona-tampão para a construção. Porém, nem todos os habitantes aceitaram o repto lançado na altura pelas autoridades técnicas no sentido de abandonarem as casas situadas em locais considerados instáveis (sobretudo na parte antiga da Ribeira Quente) e passarem a viver em lugares mais seguros da freguesia ou do concelho.

Para minimizar a vulnerabilidade da Ribeira Quente, que se "mantém", Victor Hugo Forjaz entende que as ribeiras deveriam ser mais bem limpas, assim como ser construída uma via de acesso alternativa à localidade, "não só para retirar pessoas, mas também para fazer chegar alimentos" em alturas de emergência.

in DN - ler notícia

Hoje é dia de pão por Deus...

Google Doodle do dia, com a novidade de ser uma banda desenhada do Scooby-Doo:





Hoje é dia do bolinho...

Humorista juntou cerca de 200 mil pessoas em Washington
No comício de Jon Stewart, a América teve o seu momento zen

Jon Stewart e o seu comparsa Stephen Colbert fizeram três horas de espectáculo

Quando Jon Stewart explicou o motivo que o levou a realizar um “comício” em Washington, no final de três horas de espectáculo, o público já tinha visto o seu comparsa Stephen Colbert atribuir uma medalha à T-shirt preta justa de Anderson Cooper, repórter-estrela da CNN, o robô da Guerra das Estrelas R2D2 falar em palco — ou seja, proferir uma série de bips — e o Peter Pan cantar. Mas faltavam dez minutos para acabar e o espectáculo estava a atingir, se não o seu momento zen, pelo menos o seu momento de sinceridade.

“Estou muito feliz por estarem aqui, apesar de alguns não saberem muito bem porquê”, começou Stewart. Mas foi o seu último suspiro de ironia. O que se seguiu foi um discurso que ecoou o que Barack Obama andou a fazer durante a campanha presidencial, tentando unificar uma América dividida. O humorista Jon Stewart, que entrevistou o Presidente americano na quarta-feira no seu programa, emergiu ontem como um conciliador nacional. “O que é que foi isto exactamente?”, perguntou. Não foi um comício para ridicularizar pessoas de fé, esclareceu, nem para olhar com snobismo para o país real, nem “para sugerir que os tempos não são difíceis e que não temos nada a recear”. Stewart referia-se aos activistas do Tea Party, o movimento de descontentamento popular e ultra-conservador. “Vivemos tempos difíceis, e não o fim dos tempos. E não temos de ser inimigos”, disse.

A mensagem de Stewart, admirado e seguido pela esquerda americana, não se dirigia apenas, nem sobretudo, aos conservadores — os que alguns participantes se referiram como “o outro lado”. “Não ser capaz de distinguir entre racistas a sério e os membros do Tea Party é um insulto, não só para essas pessoas como para os racistas, que são incansáveis no esforço que é preciso para odiar.” Ou ser incapaz de distinguir entre muçulmanos e terroristas. E, no entanto, Stewart sentia-se bem. Porque a imagem dos americanos reflectida pelo sistema político ou pelos media “é falsa”. Os americanos, disse, são gente trabalhadora, “pessoas que estão ligeiramente atrasadas para qualquer coisa que têm de fazer”.

Para ilustrar o seu ponto de vista, os ecrãs gigantes mostraram imagens da fila de trânsito à entrada do túnel que liga New Jersey e Nova Iorque. Os americanos são pessoas que deixam o carro do lado avançar primeiro. O discurso de Stewart vai certamente tornar-se viral no YouTube, como aconteceu com os de Obama em 2008.

in Público - ler o resto da notícia AQUI

A ética republicana e socialista - versão manter os boys com a mão na massa


(imagem daqui)

Altos quadros da REN acusados no processo Face Oculta mantêm-se em funções

O ex-presidente das Redes Energéticas Nacionais (REN), José Penedos, conduziu a empresa entre 2001 e 2010, tendo sido afastado em Novembro do ano passado após o juiz de instrução do processo Face Oculta ter determinado a sua suspensão de funções. Mas o mesmo não aconteceu com três outros altos quadros da empresa, constituídos arguidos mais tarde e agora acusados de vários crimes, entre os quais corrupção para acto ilícito, participação económica em negócio e abuso de poder, que continuam em funções, sem que a REN tenha detectado qualquer tipo de irregularidade no seu comportamento, nas várias auditorias realizadas após a megaoperação de há um ano.

Victor Baptista saiu da administração, mas continua director-geral da REN-SGPS, Fernando Santos mantém-se administrador da REN Trading e Juan Oliveira permanece na Divisão Comercial. A confirmação foi dada ao PÚBLICO por Rodrigo Deus, da LPM, a agência que assessoria a REN, que se recusa a comentar a acusação, argumentando que a empresa ainda não teve acesso ao documento.

A REN garante, contudo, que a nova administração - igual à anterior, com a excepção de José Penedos e Victor Baptista - "implementou importantes alterações na gestão da empresa durante o ano de 2010". E exemplifica: passou a participar na plataforma de compras do Estado, alterou o manual de procedimentos para compras e adjudicações e criou um departamento de compras. "Estas alterações colocam a REN em linha com aquelas que são as melhores práticas a nível europeu", alega a empresa responsável pelo transporte da electricidade em alta tensão.

EP sanciona quatro

Um entendimento bastante diferente tem o procurador Carlos Filipe, no despacho de encerramento do processo Face Oculta. Referindo-se à REN, à Rede Ferroviária Nacional (Refer) e à Estadas de Portugal, o magistrado sublinha por diversas vezes a "absoluta ausência de mecanismos de controlo", quer do património das empresas, quer dos contratos por estas celebrados.

Em relação à REN, o procurador realça que "as pesagens dos resíduos, critério de aferição da sua valoração, foram sempre realizadas nas instalações da O2 [a principal empresa de Manuel José Godinho, o único preso preventivo do processo], inexistindo quaisquer mecanismos de controlo por parte da REN para a sua validação". E salienta: "Aliás, e por paradoxal que pareça, a REN, antes da certificação ambiental, controlou a pesagem de resíduos no momento da carga, quando saíam das suas instalações [...], sendo que, a partir de 2003, no quadro do contrato de gestão global de resíduos e suas prorrogações, deixou, pura e simplesmente, de controlar o processo de pesagem."

Deste modo, conclui o magistrado, "os valores apresentados pela O2 foram aceites pela REN sem que se tenha previamente assegurado, através da pesagem de resíduos, de que o respectivo valor correspondia à quantidade dos indicados pela O2". O procurador refere ainda uma série de quatro "incidentes com valores de pesagem" da O2 que prejudicaram a REN, mas dos quais a sociedade não se queixou. Por isso, explica, foi obrigado a arquivar estes episódios.

O mesmo aconteceu com um caso que envolve a Estradas de Portugal (EP). Contactada pelo PÚBLICO, a EP justifica que do inquérito interno instaurado em Outubro do ano passado "não foi possível obter provas que pudessem consubstanciar queixa-crime contra a O2". E acrescenta que, na sequência da fiscalização, sancionou quatro quadros da empresa, um dos quais com despedimento com justa causa. A empresa recusa, contudo, tornar públicas as conclusões da auditoria, adiantando apenas que o inquérito foi dado a conhecer na altura própria ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Aveiro.

Também a Refer, que tem sete funcionários entre os acusados (um já não está na empresa), recusa-se a tornar públicas as irregularidades detectadas no inquérito que abriu o ano passado. Diz apenas que está a acompanhar o processo Face Oculta, do qual se constituiu assistente. E adianta que o inquérito, conduzido por um instrutor externo, resultou na instauração de diversos processos disciplinares, alguns com a intenção de despedimento.

"Atenta a complexidade da sua instrução e tramitação, esses processos encontram-se ainda pendentes para decisão final, situação que, por ora, inviabiliza a Refer de prestar quaisquer informações adicionais", alega a empresa numa resposta enviada por e-mail. O PÚBLICO sabe que entre os quadros envolvidos há funcionários que se mantêm em funções, alguns suspensos e outros de baixa.

Acção de Formação - Educador Ambiental


Acção de Formação - Educador Ambiental

Data: 13 e 14 de Novembro de 2010

Local: Centro de Interpretação Ambiental de Leiria

Horário: das 09.30-13.00 e das 14.00-18.30 horas

Formadoras: Mariana Cruz e Raquel Lopes



Conteúdos gerais
  • Fundamentação histórica da Educação Ambiental
  • A crise ambiental e as respostas da sociedade
  • Actuação da Educação Ambiental
  • Estratégias e técnicas a desenvolver em Educação Ambiental

Outros aspectos

Ficheiros de apoio:

A ética republicana e socialista - versão ordenações mário-linas

premios legislatura Mario Lino jamais digas jamais

sábado, outubro 30, 2010

A ética republicana e socialista - versão pressão alta de vereador PS sobre ex-secretária de estado

(imagem daqui)


A ética republicana e socialista - versão ex-ministro Mário Lino e amigos do PS

'Face Oculta'
Mário Lino investigado por suspeitas de corrupção


Ministério Público de Aveiro utilizou declarações de Ana Paula Vitorino para abrir uma investigação. Crime de abuso de poder também pode estar em causa.

Corrupção ou abuso de poder. São estes os dois crimes que o Ministério Público de Aveiro pretende apurar se foram ou não cometidos por Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas. A investigação foi aberta na sequência das declarações prestadas por Ana Paula Vitorino, secretária de Estado de Mário Lino, no processo "Face Oculta", nas quais revelou ter sido alvo de recados por parte do antigo governante.

A informação da abertura de um inquérito contra o antigo ministro - que durante o dia de ontem nunca esteve acessível para atender o DN - foi divulgada, ontem, pelo jornal Sol, cujo subdirector Vítor Rainho é assistente no processo. Também Ana Paula Vitorino, actualmente deputada do PS, não respondeu às chamadas do DN.

Segundo o despacho do procurador de Aveiro, João Marques Vidal, "importa apurar se o então ministro Mário Lino teve uma interferência no processo de reestruturação da Refer ou outro tratamento de favor, factos susceptíveis de integrar, em abstracto, os crimes de corrupção ou abuso de poder".

Segundo Ana Paula Vitorino, o antigo ministro das Obras Públicas transmitiu-lhe recados cuja origem estava em dois "indivíduos" que o próprio Mário Lino qualificou de "muito importantes para o PS": Armando Vara e Lopes Barreira. Ambos, segundo as declarações prestadas por Ana Paula Vitorino estavam "muito preocupados com o comportamento inflexível do presidente do Conselho de Administração da Refer Luís Pardal para com a O2", a empresa de Manuel Godinho.

A antiga secretária de Estado revelou ainda que Mário Lino lhe disse que Manuel Godinho era "amigo do PS" e que ela, como elemento do secretariado nacional socialista (órgão executivo do partido), não poderia ficar indiferente a esse facto. Por outro lado, o Ministério Público afirma que Manuel Godinho prometeu a Armando Vara e a Lopes Barreira contrapartidas financeiras pelos contactos efectuados, assim como "donativos para o PS".

Todo este encadeamento de acontecimentos surgiu - tendo em conta o despacho de acusação - na sequência de queixas feitas por Manuel Godinho a Armando Vara e Lopes Barreira acerca do comportamento de Luís Pardal, enquanto presidente da Refer, no sentido de fechar a porta às empresas do empresário de Ovar.

Como Ana Paula Vitorino se recusou a demitir o presidente da Refer, acabou por ser o próprio Mário Lino a falar com Luís Pardal. Desta diligência foi dado conhecimento a Manuel Godinho que, dias depois, conseguiu uma reunião com o presidente da Refer, segundo consta do despacho de acusação.

Tendo em conta um dos crimes em causa, o de corrupção, fica a dúvida: se, em tese, Mário Lino na qualidade de ministro é suspeito de corrupção passiva, quem é o corruptor activo? Manuel Godinho? Ou o próprio PS, uma vez que seria, nesta versão, o beneficiário das actos de Mário Lino?

A ligação de Mário Lino ao processo (o ex-ministro foi ouvido como testemunha logo no início da investigação) abunda nos autos. Sobretudo nas escutas telefónicas realizadas a Armando Vara e Lopes Barreira, ambos acusados de três crimes de tráfico de influências. O nome do antigo ministro foi sempre invocado como a pessoa que poderia resolver os problemas de Manuel Godinho. Lopes Barreira, por exemplo, chegou a dizer ao telefone que iria encontrar-se com Mário Lino para tratar dos negócios do empresário de Ovar.

As conversas telefónicas interceptadas pela Polícia Judiciária de Aveiro revelam ainda suspeitas de que estariam a ser desenvolvidos mais contactos junto do poder político para obter vantagens para Manuel Godinho. Lopes Barreira, por exemplo, foi escutado a prometer ao empresário de Ovar negócios com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, dizendo-se "amigo pessoal" do secretário de Estado que tinha a respectiva tutela. À altura dos factos era João Mira Godinho, secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar.

Entretanto, Rui Patrício, advogado que representa José Penedos, ex-presidente da REN acusado de quatro crimes, declarou, ontem, que a acusação deduzida contra José Penedos no caso "não retira um milímetro à convicção e ao caminho" seguido para provar a sua inocência. "A acusação agora feita, que deixa alguma sensação de déjà vu, não retira um milímetro à convicção e ao caminho da defesa de José Penedos", disse à Lusa Rui Patrício. Ao todo, o MP acusou 36 arguidos - 34 pessoas e duas empresas - por associação criminosa, corrupção, participação económica em negócio e tráfico de influências, entre outros.

in DN - ler notícia

Um dinossáurio muito católico

Mármore veio da Suíça
Itália: Fóssil de dinossauro encontrado em catedral


Restos do dinossauro ficaram 'impressos' no mármore

Um paleontólogo encontrou o fóssil do crânio de um dinossauro no mármore da escadaria do altar da Catedral de Santo Ambrósio, na cidade italiana de Vigevano.

Em declarações ao site Discovery News, o paleontólogo Andrea Tintori, da Universidade de Milão, responsável pela descoberta, disse que o fóssil "mostra claramente o crânio, as cavidades nasais e numerosos dentes".

Na igreja, construída entre 1532 e 1660, foi utilizado mármore proveniente de uma região da Suíça onde têm sido encontrados muitos fósseis.

Segundo Andrea Tintori, o dinossauro ainda não identificado deverá ter vivido no Baixo Jurássico, há cerca de 190 milhões de anos.

in CM - ler notícia