Eu sei que há quem desvalorize os rankings por serem lacunares e lhes faltar muito trabalho de roupagem. Mas há coisas que se metem pelos olhos dentro.

Os quadros que se seguem são extraídos do suplemento do Público e são bem reveladores: a proporção de alunos que vão a exame entre ensino público e privado manteve-se constante ao longo da última década, mas o desempenho das escolas públicas no top 50 está em acelerada queda, em especial desde 2007.



Em 2002, 60% das escolas de top eram públicas, em 2010 são 26%. Em 2006 ainda eram 54%. O balanço dos governos Sócrates é demolidor na erosão que provocou no ensino público, prejudicando o desempenho de professores e alunos.

O sector privado da Educação deveria fazer um monumento ao engenheiro por serviços prestados à causa, tanto tem ajudado a estragar o que havia de positivo nas escolas públicas.

Os resultados das suas reformas estão perfeitamente à vista. Serviram apenas para degradar o sistema público de ensino.

Que Sócrates consiga aparecer em público a afirmar-se defensor do que ele chama Escola Pública é uma verdadeira falta de vergonha. Que consiga escapar quase incólume na opinião publicada com tamanhos disparates é para mim um imenso mistério. Ou não…