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segunda-feira, novembro 04, 2024

A Crise de Reféns do Irão começou há 45 anos

  
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada norte-americana em Teerão, em apoio da Revolução Iraniana.
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os militares dos Estados Unidos tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em 24 de abril de 1980, que resultou numa missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na Argélia, a 19 de janeiro de 1981. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano Ronald Reagan ser empossado.
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No Irão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irão, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao do Irão, recentemente derrubado pela revolução. O Xá havia voltado ao poder num golpe de estado no ano de 1953, organizado pela CIA, a partir da embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do direito internacional, que concede aos diplomatas a imunidade de prisão e aos compostos diplomáticos a sua total inviolabilidade.
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das relações entre o Irão e os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do Presidente Jimmy Carter nas eleições presidenciais de 1980. No Irão, a crise reforçou o prestígio do Aiatolá Khomeini e do poder político daqueles que apoiaram a teocracia e se opuseram a qualquer normalização das relações com o Ocidente. A crise também marcou o início das sanções económicas contra o Irão, o que enfraqueceu ainda mais os laços económicos entre os dois países.
   
   
A tomada da embaixada americana foi inicialmente planeada em setembro de 1979 por Ebrahim Asgharzadeh, estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de Teerão, incluindo a Universidade de Teerão, Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de Teerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do Irão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.
 
      

quarta-feira, outubro 23, 2024

Um duplo atentado do Hezbollah, há quarenta e um anos, acabou com Força Multinacional do Líbano...

Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 para-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Para-Quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
in Wikipédia

terça-feira, setembro 24, 2024

Khomeini nasceu há cento e vinte e dois anos

   
O Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlavi, na altura o Xá do Irão. Governou o Irão desde a deposição do xá Reza Pahlavi até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.
   
Falecimento
Khomeini morreu no hospital, onze dias depois de uma operação feita para tentar parar uma hemorragia interna. Diz-se que uma multidão de mais de um milhão de iranianos reuniu-se à volta do local de enterro, que era suposto não ser conhecido. Encontra-se sepultado no Cemitério Behesht-e Zahra, Teerão, no Irão.
   

domingo, setembro 22, 2024

A Guerra Irão-Iraque começou há quarenta e quatro anos

           
A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975 que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Chatt al-Arab (que controla o porto de Bassorá), a devolução de três ilhas no estreito de Ormuz (tomadas pelo Irão em 1971) e a cessação da autonomia dada às minorias dentro do Irão, o exército iraquiano, a 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irão e, contando com o elemento surpresa, avançou no território iraniano.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Cuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O Iraque esperava uma guerra rápida, pois contava com um moderno exército equipado pela URSS. Outros países muçulmanos, como o Kuwait e a Arábia Saudita, também lhe davam apoio financeiro, na esperança de enfraquecer o regime de Teerão. O Irão estava isolado internacionalmente, pois considerava igualmente os EUA e a URSS como inimigos. Como vantagem, o Irão contava apenas com uma população bem superior. O exército iraquiano empenhou-se numa escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições e, entre elas, a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad. Entre 1984 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
Mas, em meados da década de 80, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que as suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente. O conflito começou a efetivamente preocupar as potências quando atingiu o fluxo regular de petróleo, na medida em que os beligerantes passaram a afundar navios e instalações petrolíferas, prejudicando grandes fornecedores como o Kuwait. A partir disso, começaram as pressões mundiais pela paz. No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irão, não. Em agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão, levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia a fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de um milhão e quinhentas mil vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.
       

segunda-feira, setembro 16, 2024

Mahsa Amini foi assassinada há dois anos...


Mahsa Amini (em curdo: مەھسا ئەمینی, em farsi: مهسا امینی; Saqqez, 22 de julho de 2000Teerão, 16 de setembro de 2022), também conhecida como Zhina Amini ou Jina Amini (em curdo: ژینا امینی), era uma jovem mulher curda iraniana que foi presa pela Patrulha de Orientação da República Islâmica do Irão, um esquadrão especial da polícia encarregado da implementação pública dos regulamentos islâmicos do hijabe, por seu hijabe não obedecer aos padrões obrigatórios do governo. O relatório oficial da polícia afirmou que ela teve insuficiência cardíaca e morreu após dois dias em coma. Provas mostram que foi espancada com um pedaço de pau na cabeça e foi agredida várias vezes dentro de um carro da polícia. Alguns acreditam que esses atos violentos levaram ao coma e morte cerebral. Ela tornou-se um símbolo da violência contra as mulheres sob a República Islâmica.

 

Biografia

Mahsa Amini era uma mulher curda iraniana de 22 anos, originária de Saqqez, na província do Curdistão. O seu irmão Kiaresh estava com ela no momento de sua prisão.
   
 
Detenção e morte

Mahsa (Zhina) Amini viajava para Teerão com a sua família, quando foi presa, no dia 13 de setembro, na entrada da rodovia Haqqani pela auto-proclamada “Patrulha de Orientação” enquanto estava com o seu irmão, Kiaresh Amini, e foi transferida para a agência “Segurança Moral”. Ele foi informado de que ela seria levada para o centro de detenção, para passar por uma "aula de esclarecimento", e libertada após uma hora. Em vez disso, ela foi levada para o Hospital Kasra de ambulância.

Durante dois dias, Amini ficou em coma no Hospital Kasra, em Teerão, o que despertou o sentimento do público em geral e mais uma vez provocou o protesto das pessoas contra a Patrulha de Orientação e a lei sobre hijabes. Ela morreu na unidade de cuidados intensivos a 16 de setembro.

 

Provas de violência

A clínica onde Amini foi tratada divulgou um comunicado no Instagram dizendo que ela estava em morte cerebral quando foi internada. A postagem do Instagram já foi excluída. O irmão de Amini, Kiaresh, notou hematomas na cabeça e nas pernas. As mulheres que foram detidas com Amini disseram que ela foi severamente espancada por resistir aos insultos e provocações dos polícias que a prenderam. Vários médicos opinaram que Amini sofreu uma lesão cerebral, com base nos sintomas clínicos, incluindo sangramento nas orelhas e hematomas sob os olhos.

 


Protestos

Uma série de protestos eclodiu após sua morte, inclusive em Saqqez, a sua cidade natal. Algumas gritaram slogans feministas curdos como “Jin - Jiyan - Azadi: Mulheres, Vida, Liberdade” e “morte ao ditador” em persa. Essas manifestações foram reprimidas pelas forças especiais da polícia iraniana. Também ocorreram protestos do lado de fora do Hospital Kasra, em Teerão, onde alguns dos protestantes foram presos pelas forças de segurança, que também usaram spray de pimenta contra eles.

Com a morte de Mahsa, protestos e marchas espalham-se por diversos em diferentes cidades. As ruas de Sanandaj no domingo foram parcialmente fechadas e as forças de segurança foram espalhadas pela cidade após uma noite de protestos contra o rígido código de roupa da República Islâmica do Irão. Em 19 de setembro, cinco pessoas foram mortas na região curda do Irão, quando as forças de segurança abriram fogo durante protestos, disse um grupo de direitos humanos curdo, no terceiro dia de turbulência por um incidente que começou em todo o país. Duas das pessoas foram mortas quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes na cidade curda de Saqez, cidade natal de Amini, disse a Organização de Direitos Humanos de Hengaw no Twitter. Ele disse que mais dois foram mortos na cidade de Divandarreh "por fogo direto" das forças de segurança, e um quinto foi morto em Dehgolan, também na região curda. Manifestações populares se espalharam por diferentes cidades do Irão, incluindo Teerão, Rasht, Esfahan, Karaj, Mashhad, Sanandaj, Ilam e muitas outras cidades, e a polícia especial do governo iraniano lidou com esses protestos severamente, havendo muitos feridos e foram presos alguns ativistas políticos. Durante esse período, a hashtag#MahsaAmini tornou-se uma das hashtags mais repetidas no Twitter persa. O número de tweets e retuítes dessas hashtags ultrapassou 5,1 milhões. Algumas mulheres iranianas postaram vídeos nas redes sociais cortando o cabelo em protesto.


 

Reações

A Amnistia Internacional solicitou uma investigação criminal sobre a morte suspeita. Segundo esta organização, "todos os responsáveis e funcionários" neste caso devem ser levados à justiça e "as condições que levaram à sua morte suspeita, que incluem tortura e outros maus-tratos no centro de detenção, devem ser investigadas criminalmente".

A Human Rights Watch chamou a morte de Amini de "cruel" e escreveu: "As autoridades iranianas devem cancelar a lei obrigatória do hijab e remover ou alterar outras leis que privam as mulheres de sua independência e direitos".

Centro para os Direitos Humanos no Irão: Mahsa Amini considerada outra vítima da guerra da República Islâmica contra as mulheres e pediu que a violência contra as mulheres no Irão seja fortemente condenada em todo o mundo para evitar tais tragédias evitáveis.

Javaid Rehman, Relator Especial das Nações Unidas, também lamentou o comportamento da República Islâmica do Irão e acrescentou: "Este incidente é um sinal de violação generalizada dos direitos humanos no Irão".

O porta-voz da União Europeia divulgou um comunicado anunciando que o que aconteceu com Mahsa Amini é inaceitável e os autores deste assassinato devem ser responsabilizados.

O Ministério das Relações Exteriores da França condenou a tortura que levou à morte de Mahsa Amini.

 


 
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sábado, julho 27, 2024

O último Xá do Irão morreu há 44 anos...


Mohammad Rezā Shāh Pahlevi (Teerão, 26 de outubro de 1919 - Cairo, 27 de julho de 1980) foi o xá do Irão de 16 de setembro de 1941 até ao seu derrube, pela Revolução Iraniana, em 11 de fevereiro de 1979. Segundo e último monarca da Casa de Pahlevi, ele assumiu o título de Shāhanshāh ("Imperador" ou "Rei dos Reis") após a sua coroação, em 26 de outubro de 1967. Mohammad Reza Pahlevi ostentou vários outros títulos, incluindo o de Āryāmehr ("Luz dos Arianos") e Bozorg Arteshtārān ("Líder dos Guerreiros").

 

  

segunda-feira, junho 03, 2024

O Aiatolá Khomeini morreu há trinta e cinco anos...

  
O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno estado xiita, tendo governado o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como o Imã Khomeini, dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini, fora do seu país.

terça-feira, dezembro 26, 2023

Um terramoto arrasou a cidade de Bam há vinte anos

   
O Sismo de Bam de 2003 foi um sismo ocorrido em 26 de dezembro de 2003 na cidade de Bam (Irão) que destruiu a maior parte da cidade e causou dezenas de milhares de mortos.
A fortaleza da cidade, Património da Humanidade, foi declarada "em perigo" pela UNESCO.
Segundo as autoridades iranianas, o sismo causou entre 40.000 e 50.000 mortos, mas as estimativas mais rigorosas contam entre 25.000 e 30.000.
  
Fotografias do antes e depois da parte histórica de Bam
   

sábado, novembro 04, 2023

A Crise de Reféns do Irão começou há 44 anos

  
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada norte-americana em Teerão, em apoio da Revolução Iraniana.
      

segunda-feira, outubro 23, 2023

Um duplo atentado, há quarenta anos, acabou com Força Multinacional do Líbano...

Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
in Wikipédia

domingo, setembro 24, 2023

Khomeini nasceu há cento e vinte e um anos

   
O Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlavi, na altura o Xá do Irão. Governou o Irão desde a deposição do xá Reza Pahlavi até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.
   
Falecimento
Khomeini morreu no hospital, onze dias depois de uma operação feita para tentar parar uma hemorragia interna. Diz-se que uma multidão de mais de um milhão de iranianos reuniu-se à volta do local de enterro, que era suposto não ser conhecido. Encontra-se sepultado no Cemitério Behesht-e Zahra, Teerão, no Irão.
   

sexta-feira, setembro 22, 2023

A Guerra Irão-Iraque começou há quarenta e três anos

           
A Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar entre o Irão e o Iraque entre 1980 e 1988, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países.
Em 1980, o presidente Saddam Hussein, do Iraque, revogou um acordo de 1975 que cedia ao Irão cerca de 518 quilómetros quadrados de uma área de fronteira ao norte do canal de Shatt-al-Arab em troca da garantia de que o Irão cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque que lutava por independência.
Exigindo a revisão do acordo para demarcação da fronteira ao longo do Chatt al-Arab (que controla o porto de Bassorá), a devolução de três ilhas no estreito de Ormuz (tomadas pelo Irão em 1971) e a cessação da autonomia dada às minorias dentro do Irão, o exército iraquiano, a 22 de setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irão e, contando com o elemento surpresa, avançou no território iraniano.
O Iraque também estava interessado na desestabilização do governo islâmico de Teerão e na anexação do Cuzistão, a província iraniana mais rica em petróleo. Segundo os iraquianos, o Irão infiltrou agentes no Iraque para derrubar o regime de Saddam Hussein. Além disso, fez intensa campanha de propaganda e violou diversas vezes o espaço terrestre, marítimo e aéreo iraquiano. Ambos os lados foram vítimas de ataques aéreos a cidades e a poços de petróleo.
O Iraque esperava uma guerra rápida, pois contava com um moderno exército equipado pela URSS. Outros países muçulmanos, como o Kuwait e a Arábia Saudita, também lhe davam apoio financeiro, na esperança de enfraquecer o regime de Teerão. O Irão estava isolado internacionalmente, pois considerava igualmente os EUA e a URSS como inimigos. Como vantagem, o Irão contava apenas com uma população bem superior. O exército iraquiano empenhou-se numa escaramuça de fronteira numa região disputada, porém não muito importante, efetuando posteriormente um assalto armado dentro da região produtora de petróleo iraniana. A ofensiva iraquiana encontrou forte resistência e o Irão recapturou o território.
Em 1981, somente Khorramshahr caiu inteiramente em poder do Iraque. Em 1982, as forças iraquianas recuaram em todas as frentes. A cidade de Khorramshahr foi evacuada. A resistência do Irão levou o Iraque a propor um cessar-fogo, recusado pelo Irão (os iranianos exigiram pesadas condições e, entre elas, a queda de Hussein). Graças ao contrabando de armas (escândalo Irão-Contras), o Irão conseguiu recuperar boa parte dos territórios ocupados pelas forças iraquianas. Nesse mesmo ano, o Irão atacou o Kuwait e outros Estados do Golfo Pérsico. Nessa altura, a Organização das Nações Unidas e alguns Estados Europeus enviaram vários navios de guerra para a zona. Em 1985, aviões iraquianos destruíram uma central nuclear parcialmente construída em Bushehr e depois bombardearam alvos civis, o que levou os iranianos a bombardear Bassorá e Bagdad. Entre 1984 e 1987 a guerra terrestre passou para uma fase onde predominou o atrito, que favoreceu o desgaste iraquiano, enquanto o conflito transbordava para o Golfo Pérsico, envolvendo o ataque iraniano a navios petroleiros que saiam do Iraque e o uso de minas submarinas nas proximidades da fronteira marítima dos dois países.
Mas, em meados da década de 80, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas, embora tenha acusado o Irão de fazer o mesmo (1987-1988).
A guerra entrou em uma nova fase em 1987, quando os iranianos aumentaram as hostilidades contra a navegação comercial dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico, resultando na ampliação da presença de navios norte-americanos e de outras nações na região. Oficiais graduados do exército iraniano começaram a perder credibilidade à medida que suas tropas sofriam perdas de armas e equipamentos, enquanto o Iraque continuava a ser abastecido pelo Ocidente. O conflito começou a efetivamente preocupar as potências quando atingiu o fluxo regular de petróleo, na medida em que os beligerantes passaram a afundar navios e instalações petrolíferas, prejudicando grandes fornecedores como o Kuwait. A partir disso, começaram as pressões mundiais pela paz. No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque aceitou, mas o Irão, não. Em agosto de 1988, hábeis negociações levadas a cabo pelo secretário-geral da ONU, Perez de Cuéllar, e a economia caótica do Irão levaram a que o país aceitasse que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi restabelecida em 15 de agosto.
Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irão. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de um milhão e quinhentas mil vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irão. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.
       

sábado, setembro 16, 2023

Mahsa Amini morreu há um ano...


Mahsa Amini (em curdo: مەھسا ئەمینی, em farsi: مهسا امینی; Saqqez, 22 de julho de 2000Teerão, 16 de setembro de 2022), também conhecida como Zhina Amini ou Jina Amini (em curdo: ژینا امینی), era uma jovem mulher curda iraniana que foi presa pela Patrulha de Orientação da República Islâmica do Irão, um esquadrão especial da polícia encarregado da implementação pública dos regulamentos islâmicos do hijabe, por seu hijabe não obedecer aos padrões obrigatórios do governo. O relatório oficial da polícia afirmou que ela teve insuficiência cardíaca e morreu após dois dias em coma. Provas mostram que foi espancada com um pedaço de pau na cabeça e foi agredida várias vezes dentro de um carro da polícia. Alguns acreditam que esses atos violentos levaram ao coma e morte cerebral. Ela tornou-se um símbolo da violência contra as mulheres sob a República Islâmica.

 

Biografia

Mahsa Amini era uma mulher curda iraniana de 22 anos, originária de Saqqez, na província do Curdistão. O seu irmão Kiaresh estava com ela no momento de sua prisão.
   
 
Detenção e morte

Mahsa (Zhina) Amini viajava para Teerão com a sua família, quando foi presa, no dia 13 de setembro, na entrada da rodovia Haqqani pela auto-proclamada “Patrulha de Orientação” enquanto estava com o seu irmão, Kiaresh Amini, e foi transferida para a agência “Segurança Moral”. Ele foi informado de que ela seria levada para o centro de detenção, para passar por uma "aula de esclarecimento", e libertada após uma hora. Em vez disso, ela foi levada para o Hospital Kasra de ambulância.

Durante dois dias, Amini ficou em coma no Hospital Kasra, em Teerão, o que despertou o sentimento do público em geral e mais uma vez provocou o protesto das pessoas contra a Patrulha de Orientação e a lei sobre hijabes. Ela morreu na unidade de cuidados intensivos a 16 de setembro.

 

Provas de violência

A clínica onde Amini foi tratada divulgou um comunicado no Instagram dizendo que ela estava em morte cerebral quando foi internada. A postagem do Instagram já foi excluída. O irmão de Amini, Kiaresh, notou hematomas na cabeça e nas pernas. As mulheres que foram detidas com Amini disseram que ela foi severamente espancada por resistir aos insultos e provocações dos polícias que a prenderam. Vários médicos opinaram que Amini sofreu uma lesão cerebral, com base nos sintomas clínicos, incluindo sangramento nas orelhas e hematomas sob os olhos.

 


Protestos

Uma série de protestos eclodiu após sua morte, inclusive em Saqqez, a sua cidade natal. Algumas gritaram slogans feministas curdos como “Jin - Jiyan - Azadi: Mulheres, Vida, Liberdade” e “morte ao ditador” em persa. Essas manifestações foram reprimidas pelas forças especiais da polícia iraniana. Também ocorreram protestos do lado de fora do Hospital Kasra, em Teerão, onde alguns dos protestantes foram presos pelas forças de segurança, que também usaram spray de pimenta contra eles.

Com a morte de Mahsa, protestos e marchas espalham-se por diversos em diferentes cidades. As ruas de Sanandaj no domingo foram parcialmente fechadas e as forças de segurança foram espalhadas pela cidade após uma noite de protestos contra o rígido código de roupa da República Islâmica do Irão. Em 19 de setembro, cinco pessoas foram mortas na região curda do Irão, quando as forças de segurança abriram fogo durante protestos, disse um grupo de direitos humanos curdo, no terceiro dia de turbulência por um incidente que começou em todo o país. Duas das pessoas foram mortas quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes na cidade curda de Saqez, cidade natal de Amini, disse a Organização de Direitos Humanos de Hengaw no Twitter. Ele disse que mais dois foram mortos na cidade de Divandarreh "por fogo direto" das forças de segurança, e um quinto foi morto em Dehgolan, também na região curda. Manifestações populares se espalharam por diferentes cidades do Irão, incluindo Teerão, Rasht, Esfahan, Karaj, Mashhad, Sanandaj, Ilam e muitas outras cidades, e a polícia especial do governo iraniano lidou com esses protestos severamente, havendo muitos feridos e foram presos alguns ativistas políticos. Durante esse período, a hashtag#MahsaAmini tornou-se uma das hashtags mais repetidas no Twitter persa. O número de tweets e retuítes dessas hashtags ultrapassou 5,1 milhões. Algumas mulheres iranianas postaram vídeos nas redes sociais cortando o cabelo em protesto.


 

Reações

A Amnistia Internacional solicitou uma investigação criminal sobre a morte suspeita. Segundo esta organização, "todos os responsáveis e funcionários" neste caso devem ser levados à justiça e "as condições que levaram à sua morte suspeita, que incluem tortura e outros maus-tratos no centro de detenção, devem ser investigadas criminalmente".

A Human Rights Watch chamou a morte de Amini de "cruel" e escreveu: "As autoridades iranianas devem cancelar a lei obrigatória do hijab e remover ou alterar outras leis que privam as mulheres de sua independência e direitos".

Centro para os Direitos Humanos no Irão: Mahsa Amini considerada outra vítima da guerra da República Islâmica contra as mulheres e pediu que a violência contra as mulheres no Irão seja fortemente condenada em todo o mundo para evitar tais tragédias evitáveis.

Javaid Rehman, Relator Especial das Nações Unidas, também lamentou o comportamento da República Islâmica do Irão e acrescentou: "Este incidente é um sinal de violação generalizada dos direitos humanos no Irão".

O porta-voz da União Europeia divulgou um comunicado anunciando que o que aconteceu com Mahsa Amini é inaceitável e os autores deste assassinato devem ser responsabilizados.

O Ministério das Relações Exteriores da França condenou a tortura que levou à morte de Mahsa Amini.

 


quinta-feira, julho 27, 2023

O último Xá do Irão morreu há 43 anos...


Mohammad Rezā Shāh Pahlevi (Teerão, 26 de outubro de 1919 - Cairo, 27 de julho de 1980) foi o xá do Irão de 16 de setembro de 1941 até ao seu derrube pela Revolução Iraniana, em 11 de fevereiro de 1979. Segundo e último monarca da Casa de Pahlevi, ele assumiu o título de Shāhanshāh ("Imperador" ou "Rei dos Reis") após a sua coroação, em 26 de outubro de 1967. Mohammad Reza Pahlevi ostentou vários outros títulos, incluindo o de Āryāmehr ("Luz dos Arianos") e Bozorg Arteshtārān ("Líder dos Guerreiros").

 

  

sábado, junho 03, 2023

O Aiatolá Khomeini morreu há trinta e quatro anos

  
O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini (Khomein, 24 de setembro de 1902 - Teerão, 3 de junho de 1989) foi uma autoridade religiosa xiita iraniana, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 que depôs Mohammad Reza Pahlevi, na altura o Xá do Irão. É considerado o fundador do moderno estado xiita e governou o Irão desde a deposição do Xá até à sua morte, em 1989.
Costuma ser referido como o Imã Khomeini dentro do Irão e pelos seus seguidores ao redor do mundo, e como Aiatolá Khomeini fora de seu país.

segunda-feira, dezembro 26, 2022

Um terramoto arrasou a cidade iraniana de Bam há dezanove anos

   
O Sismo de Bam de 2003 foi um sismo ocorrido em 26 de dezembro de 2003 na cidade de Bam (Irão) que destruiu a maior parte da cidade e causou dezenas de milhares de mortos.
A fortaleza da cidade, Património da Humanidade, foi declarada "em perigo" pela UNESCO.
Segundo as autoridades iranianas, o sismo causou entre 40.000 e 50.000 mortos, mas as estimativas mais rigorosas contam entre 25.000 e 30.000.
  
Fotografias do antes e depois da parte histórica de Bam
   

sexta-feira, novembro 04, 2022

A Crise de Reféns do Irão começou há 43 anos

  
A Crise de Reféns do Irão foi uma crise diplomática entre o Irão e os Estados Unidos, em que 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias (de 4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um grupo de estudantes e militantes islâmicos tomarem a embaixada norte-americana em Teerão, em apoio da Revolução Iraniana.
      

domingo, outubro 23, 2022

A Força Multinacional do Líbano acabou com um duplo atentado há 39 anos

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute
   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
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