Mania das Grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
sexta-feira, setembro 06, 2024
Poesia adequada à data...
Postado por Pedro Luna às 06:07 0 bocas
Marcadores: aldrabões, criminosos, Joaquim Namorado, José Sócrates, ladrões, poesia, PS
segunda-feira, junho 10, 2024
Camões fartou-se disto tudo há 444 anos...
Camões dirige-se aos seus contemporâneos
Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
Jorge de Sena
Postado por Fernando Martins às 04:44 0 bocas
Marcadores: Camões, Dia de Portugal, Jorge de Sena, ladrões, língua portuguesa, Luís de Camões, numismática, poesia
quinta-feira, maio 23, 2024
Música adequada à data...
Postado por Fernando Martins às 09:00 0 bocas
Marcadores: assassinato, Bonnie e Clyde, cinema, emboscada, Georgie Fame, ladrões, mito, música, The Ballad Of Bonnie and Clyde, USA
Bonnie e Clyde foram mortos há noventa anos...
Clyde Champion Barrow (Condado de Ellis, 24 de março de 1909 – Bienville Parish, 23 de maio de 1934) foi um ladrão e assassino que aterrorizou o meio-oeste dos Estados Unidos no começo da década de 30, chefiando uma quadrilha de assalto a bancos e postos de gasolina integrada por seu irmão Buck, por sua namorada Bonnie Parker e por outros bandidos. Os seus feitos tornaram o casal conhecido na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Nascido numa família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo Clyde começou seu envolvimento com a polícia e o crime.
Aos 16 anos foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando
foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder, que ele não havia
devolvido à locadora no prazo certo. A segunda prisão, desta vez junto
com seu irmão Buck, foi por roubar perus de uma propriedade.
Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre 1927 e 1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em lojas
de conveniência e roubando carros. Apesar de ser principalmente
reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por
pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
De acordo com o historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errônea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas de Warren Beatty,
o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando
bancos, mas se vingar do sistema carcerário americano pelos abusos que
havia sofrido em suas prisões. Segundo Phillips, ele na verdade se
sentia culpado pelas pessoas que assassinava.
Depois de conhecer Bonnie Parker em 1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche montaram a quadrilha conhecida como Barrow Gang e nos anos seguintes levaram o terror à população
dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais
que se colocavam em seu caminho, até ser finalmente morto a tiros junto
com Bonnie dentro do carro que dirigiam, numa emboscada montada pela
polícia numa estrada deserta da Louisiana em 23 de maio de 1934.
A Carta
Antes de morrer, durante uma fuga, Clyde escreveu uma carta com endereço para Henry Ford elogiando a excelente mecânica V8 dos Ford's que construiu. Aqui está o texto da carta:
Tulsa - Oklahoma
10 de abrilSr. Henry FordDetroit - Michigan
Enquanto ainda tenho ar em meus pulmões, escrevo para dizer, que carro elegante o senhor construiu. Tenho dirigido exclusivamente Ford's, quando consigo roubar um. Para manter a velocidade e a liberdade longe de problemas, o Ford deixa os outros carros para trás e, se meu trabalho não é estritamente legal, também não me ofendo ninguém ao dizer que magnífico veículo o seu V8.Sinceramente seu,
Clyde Champion Barrow
O Filme
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
Marcadores: assassinato, Bonnie e Clyde, cinema, emboscada, ladrões, mito, USA
sexta-feira, janeiro 05, 2024
O Ramal de Pampilhosa foi abandonado há quinze anos...
O Ramal da Figueira da Foz, igualmente conhecido como Ramal de Pampilhosa, e originalmente como Linha da Beira Alta (em conjunto com o troço de Pampilhosa a Vilar Formoso), é uma ligação ferroviária desativada, situada no centro-oeste de Portugal. Ligava a estação de Figueira da Foz (que é também término da Linha do Oeste) à estação de Pampilhosa, na intersecção da Linha do Norte com a Linha da Beira Alta, numa distância total de 50,4 quilómetros.
Construída pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta, esta linha foi inaugurada em 3 de agosto de 1882 e foi explorada por aquela companhia até 1947, ano em que a exploração foi transferida para a CP. Em 1992, este troço ferroviário foi destacado da Linha da Beira Alta e renomeado como Ramal da Figueira da Foz.
Postado por Fernando Martins às 00:15 0 bocas
Marcadores: aldrabões, comboios, ferrovia, José Sócrates, ladrões, linha da Beira Alta, Linha do Norte, Linha do Oeste, mentiras, Ramal da Figueira da Foz, Ramal de Pampilhosa
quarta-feira, setembro 06, 2023
Até os aldrabões fazem anos...
Ideias
Honra, Brio, Dignidade:
Onde estais? Quem vos preza?
Não posso viver pobre: – A frialdade
Que me dá toda a pobreza!
Lembram-me bichos, carochas, centopeias,
Musgo, paredes húmidas, bolores,
Ao pensar na pobreza! Ideias.
E causam-me suores.
in Ossadas (1947) - Afonso Duarte
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: Afonso Duarte, aldrabões, criminosos, José Sócrates, ladrões, poesia, PS
Poema para um aldrabão que caiu na asneira de fazer hoje anos...
Mania das Grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
Postado por Pedro Luna às 00:06 0 bocas
Marcadores: aldrabões, criminosos, Joaquim Namorado, José Sócrates, ladrões, poesia, PS
sábado, junho 10, 2023
Camões fartou-se disto há 443 anos...
Camões dirige-se aos seus contemporâneos
Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
Jorge de Sena
Postado por Fernando Martins às 04:43 0 bocas
Marcadores: Camões, Dia de Portugal, Jorge de Sena, ladrões, língua portuguesa, Luís de Camões, poesia
terça-feira, maio 23, 2023
Bonnie e Clyde foram mortos há 89 anos...
Clyde Champion Barrow (Condado de Ellis, 24 de março de 1909 – Bienville Parish, 23 de maio de 1934) foi um ladrão e assassino que aterrorizou o meio-oeste dos Estados Unidos no começo da década de 30, chefiando uma quadrilha de assalto a bancos e postos de gasolina integrada por seu irmão Buck, por sua namorada Bonnie Parker e por outros bandidos. Os seus feitos tornaram o casal conhecido na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Nascido numa família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo Clyde começou seu envolvimento com a polícia e o crime.
Aos 16 anos foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando
foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder, que ele não havia
devolvido à locadora no prazo certo. A segunda prisão, desta vez junto
com seu irmão Buck, foi por roubar perus de uma propriedade.
Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre 1927 e 1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em lojas
de conveniência e roubando carros. Apesar de ser principalmente
reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por
pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
De acordo com o historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errônea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas de Warren Beatty,
o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando
bancos, mas se vingar do sistema carcerário americano pelos abusos que
havia sofrido em suas prisões. Segundo Phillips, ele na verdade se
sentia culpado pelas pessoas que assassinava.
Depois de conhecer Bonnie Parker em 1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche montaram a quadrilha conhecida como Barrow Gang e nos anos seguintes levaram o terror à população
dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais
que se colocavam em seu caminho, até ser finalmente morto a tiros junto
com Bonnie dentro do carro que dirigiam, numa emboscada montada pela
polícia numa estrada deserta da Louisiana em 23 de maio de 1934.
A Carta
Antes de morrer, durante uma fuga, Clyde escreveu uma carta com endereço para Henry Ford elogiando a excelente mecânica V8 dos Ford's que construiu. Aqui está o texto da carta:
Tulsa - Oklahoma
10 de abrilSr. Henry FordDetroit - Michigan
Enquanto ainda tenho ar em meus pulmões, escrevo para dizer, que carro elegante o senhor construiu. Tenho dirigido exclusivamente Ford's, quando consigo roubar um. Para manter a velocidade e a liberdade longe de problemas, o Ford deixa os outros carros para trás e, se meu trabalho não é estritamente legal, também não me ofendo ninguém ao dizer que magnífico veículo o seu V8.Sinceramente seu,
Clyde Champion Barrow
O Filme
Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
Marcadores: assassinato, Bonnie e Clyde, cinema, emboscada, ladrões, mito, USA
terça-feira, setembro 06, 2022
Porque os patifes também fazem anos...
Ideias
Honra, Brio, Dignidade:
Onde estais? Quem vos preza?
Não posso viver pobre: – A frialdade
Que me dá toda a pobreza!
Lembram-me bichos, carochas, centopeias,
Musgo, paredes húmidas, bolores,
Ao pensar na pobreza! Ideias.
E causam-me suores.
in Ossadas (1947) - Afonso Duarte
Postado por Pedro Luna às 13:13 0 bocas
Marcadores: Afonso Duarte, aldrabões, criminosos, José Sócrates, ladrões, poesia, PS
Poema para um traste que faz hoje anos
Mania das Grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
Postado por Pedro Luna às 00:06 0 bocas
Marcadores: aldrabões, criminosos, Joaquim Namorado, José Sócrates, ladrões, poesia, PS
sexta-feira, junho 10, 2022
Camões desistiu há 442 anos...
Camões dirige-se aos seus contemporâneos
Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
Jorge de Sena
Postado por Fernando Martins às 04:42 0 bocas
Marcadores: Camões, Dia de Portugal, Jorge de Sena, ladrões, língua portuguesa, Luís de Camões, poesia
segunda-feira, maio 23, 2022
Bonnie e Clyde foram mortos há 88 anos
Clyde Champion Barrow (Condado de Ellis, 24 de março de 1909 – Bienville Parish, 23 de maio de 1934) foi um ladrão e assassino que aterrorizou o meio-oeste dos Estados Unidos no começo da década de 30, chefiando uma quadrilha de assalto a bancos e postos de gasolina integrada por seu irmão Buck, por sua namorada Bonnie Parker e por outros bandidos. Os seus feitos tornaram o casal conhecido na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Nascido numa família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo Clyde começou seu envolvimento com a polícia e o crime.
Aos 16 anos foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando
foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder, que ele não havia
devolvido à locadora no prazo certo. A segunda prisão, desta vez junto
com seu irmão Buck, foi por roubar perus de uma propriedade.
Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre 1927 e 1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em lojas
de conveniência e roubando carros. Apesar de ser principalmente
reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por
pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
De acordo com o historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errônea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas de Warren Beatty,
o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando
bancos, mas se vingar do sistema carcerário americano pelos abusos que
havia sofrido em suas prisões. Segundo Phillips, ele na verdade se
sentia culpado pelas pessoas que assassinava.
Depois de conhecer Bonnie Parker em 1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche montaram a quadrilha conhecida como Barrow Gang e nos anos seguintes levaram o terror à população
dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais
que se colocavam em seu caminho, até ser finalmente morto a tiros junto
com Bonnie dentro do carro que dirigiam, numa emboscada montada pela
polícia numa estrada deserta da Louisiana em 23 de maio de 1934.
A Carta
Antes de morrer, durante uma fuga, Clyde escreveu uma carta com endereço para Henry Ford elogiando a excelente mecânica V8 dos Ford's que construiu. Aqui está o texto da carta:
Tulsa - Oklahoma
10 de abrilSr. Henry FordDetroit - Michigan
Enquanto ainda tenho ar em meus pulmões, escrevo para dizer, que carro elegante o senhor construiu. Tenho dirigido exclusivamente Ford's, quando consigo roubar um. Para manter a velocidade e a liberdade longe de problemas, o Ford deixa os outros carros para trás e, se meu trabalho não é estritamente legal, também não me ofendo ninguém ao dizer que magnífico veículo o seu V8.Sinceramente seu,
Clyde Champion Barrow
O Filme
Postado por Fernando Martins às 08:08 0 bocas
Marcadores: assassinato, Bonnie e Clyde, cinema, emboscada, ladrões, mito, USA
terça-feira, dezembro 07, 2021
Mário Soares nasceu há 97 anos
Embora desde há muito do domínio público, se não de todos pelo menos daqueles mais rodados no tempo e que ainda conservam as suas memórias com suficiente “lucidez”, e também por todos aqueles que chegaram a ler aquele “sacrílego” livrinho de Rui Mateus – «Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido», relembro-o e reproduzo-o aqui sem enfatizar quaisquer factos ou afirmações nele contidos, ilustrando-o apenas com imagens, para que certas memórias se não percam, esquecidas no meio das vertiginosas turbulências dos tempos actuais!
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo em Paris.
A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países (”recorde” absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).
(*) – O texto é de 2009
Postado por Pedro Luna às 09:07 0 bocas
Marcadores: Fundação Mário Soares, III República, João Soares, ladrões, Mário Soares, PS
segunda-feira, setembro 06, 2021
Poesia para aniversariante de hoje...
Mania das Grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
(imagem daqui)
Ideias
Honra, Brio, Dignidade:
Onde estais? Quem vos preza?
Não posso viver pobre: – A frialdade
Que me dá toda a pobreza!
Lembram-me bichos, carochas, centopeias,
Musgo, paredes húmidas, bolores,
Ao pensar na pobreza! Ideias.
E causam-me suores.
in Ossadas (1947) - Afonso Duarte
Postado por Pedro Luna às 06:30 0 bocas
Marcadores: Afonso Duarte, aldrabões, criminosos, Joaquim Namorado, José Sócrates, ladrões, poesia, PS
quinta-feira, junho 10, 2021
Porque Camões morreu há 441 anos
Camões dirige-se aos seus contemporâneos
Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
in Metamorfoses, seguidas de Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena (1963) - Jorge de Sena
Postado por Fernando Martins às 00:44 0 bocas
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domingo, maio 23, 2021
Bonnie e Clyde foram mortos há 87 anos
Clyde Champion Barrow (Condado de Ellis, 24 de março de 1909 – Bienville Parish, 23 de maio de 1934) foi um ladrão e assassino que aterrorizou o meio-oeste dos Estados Unidos no começo da década de 30, chefiando uma quadrilha de assalto a bancos e postos de gasolina integrada por seu irmão Buck, por sua namorada Bonnie Parker e por outros bandidos. Os seus feitos tornaram o casal conhecido na história criminal americana como Bonnie e Clyde.
Nascido numa família pobre de pequenos fazendeiros, desde cedo Clyde começou seu envolvimento com a polícia e o crime.
Aos 16 anos foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando
foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder, que ele não havia
devolvido à locadora no prazo certo. A segunda prisão, desta vez junto
com seu irmão Buck, foi por roubar perus de uma propriedade.
Mesmo conseguindo pequenos trabalhos entre 1927 e 1929, Clyde continuou praticando pequenos furtos em lojas
de conveniência e roubando carros. Apesar de ser principalmente
reconhecido como assaltante de bancos, a preferência de Clyde era por
pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
De acordo com o historiador John Neal Phillips, e ao contrario da errônea imagem fria de Clyde Barrow passada no clássico filme Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas de Warren Beatty,
o objetivo de vida de Clyde não era ficar famoso e rico assaltando
bancos, mas se vingar do sistema carcerário americano pelos abusos que
havia sofrido em suas prisões. Segundo Phillips, ele na verdade se
sentia culpado pelas pessoas que assassinava.
Depois de conhecer Bonnie Parker em 1930, Clyde, Bonnie, Buck e Blanche montaram a quadrilha conhecida como Barrow Gang e nos anos seguintes levaram o terror à população
dos estados centrais dos EUA, assaltando e matando civis e policiais
que se colocavam em seu caminho, até ser finalmente morto a tiros junto
com Bonnie dentro do carro que dirigiam, numa emboscada montada pela
polícia numa estrada deserta da Louisiana em 23 de maio de 1934.
A Carta Antes de morrer, durante uma fuga, Clyde escreveu uma carta com endereço para Henry Ford elogiando a excelente mecânica V8 dos Ford's que construiu. Aqui está o texto da carta:
Tulsa - Oklahoma
10 de abrilSr. Henry FordDetroit - Michigan
Enquanto ainda tenho ar em meus pulmões, escrevo para dizer, que carro elegante o senhor construiu. Tenho dirigido exclusivamente Ford's, quando consigo roubar um. Para manter a velocidade e a liberdade longe de problemas, o Ford deixa os outros carros para trás e, se meu trabalho não é estritamente legal, também não me ofendo ninguém ao dizer que magnífico veículo o seu V8.Sinceramente seu,
Clyde Champion Barrow.
O Filme
Postado por Fernando Martins às 08:07 0 bocas
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