quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Às vezes um Museu vem abaixo... e a culpa é da Geologia...

Cratera em museu engole oito Corvettes

O National Corvette Museum “abriu um novo espaço” com 12 metros de largura por 10 metros de profundidade 

O Museu do Corvette fica situado no Kentucky, a cerca de uma hora de viagem do Mammoth Cave National Park, o maior complexo de grutas do mundo, formado principalmente sobre rochas calcárias. É esse mesmo tipo de rocha que está presente sobre o solo do National Corvette Museum. O problema deste tipo de terreno é que pode formar dolinas, espaços em que as rochas calcárias corroídas abrem buracos no solo, como ocorrido na sala de exposições Skydome do Museu Nacional do Corvette.

Eram 05.44 horas da manhã quando os responsáveis do Museu receberam um telefonema da equipa de segurança a indicar que os sensores de movimento do espaço tinham sido accionados, mas nada os podia preparar para a imagem que os esperava no Salão Skydome, onde se encontrava um enorme buraco, mesmo no centro da sala de exposições. Entre os carros que foram engolidos pela cratera com 10 metros de profundidade e 12 de largura estão alguns dos modelos mais históricos da casa, como os modelos 1 milhão e 1,5 milhões. Passaram para baixo de terra o Corvette 1962, o PPG Pace Car 1984, o Corvette nº 1 milhão de 1992, o Corvette 40th Anniversary de 1993, o Mallet Hammer Z06 de  2001 e o Corvette nº 1,5 milhão de 2009. Além disso, também dois modelos emprestados pela GM acabaram debaixo do chão, um ZR-1 Spyder de 1993 e um ZR1 “Blue Devil” de 2009.

Os restantes modelos que se encontravam expostos no Salão Skydome foram removidos para evitar possíveis novos abatimentos de terra. Entre as viaturas retiradas encontra-se o único exemplar existente do Corvette de 1983. Após o acidente foram chamados ao local técnicos para avaliar a integridade da estrutura e estudar a possível existência de novas dolinas por baixo do Museu, possibilidade que foi afastada. Após esta vistoria o National Corvette Museum foi considerado seguro e já reabriu ao público, com todas as áreas de exposição acessíveis, com exceção do Salão Skydome.
Créditos das fotos e dos vídeos: National Corvette Museum

Veja aqui vários vídeos do abatimento de terra no National Corvette Museum:

Filmagem ao nível do solo:

Vista de helicóptero:
Vídeo da Segurança 1:
Vídeo da Segurança 2:


Mais fotos:

Património Geológico de Portugal - inventário de geossítios de relevância nacional

Aqui fica, retirado do site, um resumo do local que pretende ser o inventário de geossítios de relevância nacional. Embora ainda incompleto (e certamente que muitos leitores deste blog poderão dar contributos para o mesmo) é de salientar esta nova base de dados dos geossítios portugueses:
Encontra-se em testes finais a base de dados do património geológico português. Trata-se do primeiro inventário sistemático dos geossítios de valor científico e relevância nacional e internacional.
  
O que é este inventário
O inventário nacional de geossítios reúne os principais locais em Portugal (geossítios) onde ocorrem elementos da geodiversidade (minerais, fósseis, rochas, geoformas) com elevado valor científico. Este inventário é um dos resultados do projecto de investigação “Identificação, caracterização e conservação do património geológico: uma estratégia de geoconservação para Portugal” (PTDC/CTE- GEX/64966/2006), o qual foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia entre 2007 e 2010.
O projecto, liderado pela Universidade do Minho, contou com representantes das Universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Madeira, Nova de Lisboa, Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro, da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, do Museu Nacional de História Natural e com um bolseiro de pós-doutoramento.
Este inventário integrará o Sistema de Informação do Património Natural e o Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados, da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, conforme prevê o Decreto-Lei nº 142/2008, de 24 de julho.

Vitorino Nemésio morreu há 36 anos

Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (Praia da Vitória, 19 de dezembro de 1901 - Lisboa, 20 de fevereiro de 1978) foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Biografia
Filho de Vitorino Gomes da Silva e Maria da Glória Mendes Pinheiro, na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, uma vez que foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores. Do período do Liceu de Angra, apenas guardou boas recordações de Manuel António Ferreira Deusdado, professor de História, que o introduziu na vida das Letras.
Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames, como aluno externo do Liceu Nacional da Horta. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus, em 16 de julho de 1918, com a qualificação de dez valores.
A sua estadia na Horta foi curta, de maio a agosto de 1918. A 13 de agosto o jornal O Telégrafo dava notícia de que Nemésio, apesar de ser um fedelho, um ano antes de chegar à Horta, havia enviado um exemplar de Canto Matinal, o seu primeiro livro de poesia (publicado em 1916), ao director de O Telégrafo, Manuel Emídio.
Apesar da tenra idade, Nemésio chegou à Horta já imbuído de alguns ideais republicanos, pois em Angra do Heroísmo já havia participado em reuniões literárias, republicanas e anarco-sindicalistas, tendo sido influenciado pelo seu amigo Jaime Brasil, cinco anos mais velho (primeiro mentor intelectual que o marcou para sempre) e por outras pessoas tal como Luís da Silva Ribeiro, advogado, e Gervásio Lima, escritor e bibliotecário.
Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Horta possuía um intenso comércio marítimo e uma impressionante animação nocturna, uma vez que se constituía em porto de escala obrigatória, local de reabastecimento de frotas e de repouso da marinhagem. Na Horta estavam instaladas as companhias dos Cabos Telegráficos Submarinos, que convertiam a cidade num "nó de comunicações" mundiais. Esse ambiente cosmopolita contribuiu, decisivamente, para que ele viesse, mais tarde a escrever a obra mítica que dá pelo nome de Mau Tempo no Canal, trabalhada desde 1939 e publicada em 1944, cuja acção decorre nas quatro principais ilhas do grupo central açoriano: Faial, Pico, São Jorge e Terceira, sendo que o núcleo da intriga se desenvolve na Horta.
Este romance evoca um período (1917-1919) que coincide em parte com a sua permanência na ilha do Faial e nele aparecem pessoas tais como o Dr. José Machado de Serpa, senador da República e estudioso, o padre Nunes da Rosa, contista e professor do Liceu da Horta, e Osório Goulart, poeta.
Em 1919 iniciou o serviço militar, como voluntário na arma de Infantaria, o que lhe proporcionou a primeira viagem para fora do arquipélago. Concluiu o liceu em Coimbra, em 1921, e inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica da mesma Faculdade.
Na primeira viagem que faz a Espanha, com o Orfeão Académico, em 1923, conhece Miguel Unamuno, escritor e filósofo espanhol (1864-1936), intelectual republicano, e teórico do humanismo revolucionário antifranquista, com quem trocará correspondência anos mais tarde.
A 12 de fevereiro de 1926 desposou, em Coimbra, Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, de quem teve quatro filhos: Georgina (novembro de 1926), Jorge (abril de 1929), Manuel (julho de 1930) e Ana Paula (dezembro de 1931).
Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a lecionar literatura italiana. A partir de 1931 deu inicio à carreira académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou Literatura Italiana e, mais tarde, Literatura Espanhola.
Em 1934 doutorou-se em Letras pela Universidade de Lisboa com a tese A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Entre 1937 e 1939 leccionou na Universidade Livre de Bruxelas, tendo regressado, neste último ano, ao ensino na Faculdade de Letras de Lisboa.
Em 1958 leccionou no Brasil. A 19 de julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, a 17 de abril de 1967, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 12 de setembro de 1971, atingido pelo limite legal de idade para exercício de funções públicas, profere a sua última lição na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinara durante quase quatro décadas, passando a ser Catedrático Jubilado.
Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia, entre 11 de dezembro de 1975 a 25 de outubro de 1976.
Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX, tendo recebido em 1965, o Prémio Nacional da Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.
Faleceu a 20 de fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no Cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado.
A 30 de agosto de 1978 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a título póstumo.
Obra
Vitorino Nemésio foi ficcionista, poeta, cronista, ensaísta, biógrafo, historiador da literatura e da cultura, jornalista, investigador, epistológrafo, filólogo e comunicador televisivo, para além de toda a actividade de docência.
Levou a cabo, na sua obra, uma transformação das tendências da Presença (que de certa forma precedeu), que garantiu a eternidade dos seus textos. Fortemente marcado pelas raízes insulares, a vida açoriana e as recordações da sua infância percorrem a obra do escritor, numa espécie de apelo, revelado pela ternura da sua inspiração popular, pela presença das coisas simples e das gentes, e pela profunda humanidade face à existência e ao sofrimento da vida humana.


A Árvore do Silêncio

Se a nossa voz crescesse,onde era a árvore?
Em que pontas,a corola do silêncio?
Coração já cansado, és a raiz:
Uma ave te passe a outro país.
Coisas de terra são palavra.
Semeia o que calou.
Não faz sentido quem lavra
Se o não colhe do que amou.
Assim,sílaba e folha,porque não
Num só ramo levá-las
com a graça e o redondo de uma mão?
(Tu não te calas? Tu não te calas?!)


in
Canto de Véspera (1966) - Vitorino Nemésio

Kurt Cobain nasceu há 47 anos

Kurt Donald Cobain, conhecido internacionalmente por Kurt Cobain (Aberdeen, 20 de fevereiro de 1967 - Seattle, 5 de abril de 1994), foi um cantor, compositor e músico dos Estados Unidos, famoso por ter sido o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana.
De entre as suas principais composições, o single Smells Like Teen Spirit, do segundo álbum dos Nirvana, "Nevermind", foi o responsável pelo início do sucesso do grupo e do próprio Kurt, popularizando um subgénero do rock alternativo que a imprensa passou a chamar de grunge. Outras bandas grunge de Seattle, como os Alice in Chains, Pearl Jam e Soundgarden, ganharam também um vasto público e, como resultado, o rock alternativo tornou-se um género dominante no rádio e na televisão nos Estados Unidos, de início até metade da década de 90. Os Nirvana foram considerados a banda "porta-voz da Geração X" e o seu vocalista, Kurt Cobain, viu-se ungido pelos media como porta-voz da geração, mesmo contra a sua vontade. Cobain estava desconfortável com a atenção que recebeu, e colocou a sua atenção na música da banda, acreditando que a mensagem da banda e a sua visão artística tinham sido mal-interpretadas pelo público, desafiando a audiência da banda com o seu terceiro álbum In Utero. Desde a sua estreia, a banda Nirvana, com Cobain como compositor, vendeu mais de vinte e cinco milhões de álbuns nos Estados Unidos, e mais de cinquenta milhões em todo o mundo.
Durante os últimos anos de sua vida, Cobain lutou contra o vício da heroína, doenças, depressão, a fama e a imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno dele e da sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, Cobain foi encontrado morto na sua casa em Seattle, três dias após a sua morte, vítima do que foi oficialmente considerado um suicídio com um tiro de espingarda na cabeça. As circunstâncias da sua morte, por vezes, tornam-se um tema de fascínio e debate.
A vida do cantor já foi retratada de várias maneiras e diversas vezes após a sua morte, seja no cinema, em livros ou em documentários televisivos. A primeira delas foi em 1998, com o documentário Kurt & Courtney, em seguida, em 2005, foi produzido o filme "Últimos Dias", um filme dramático que narrava, de forma fictícia, os últimos dias de vida de Kurt, e o documentário Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência, lançado em 2006, que continha entrevistas de amigos, parentes e do próprio Cobain. Em 2006, doze anos após a sua morte, a revista Forbes listou as treze celebridades mortas que mais dinheiro geraram para os seus herdeiros nos últimos doze meses do respectivo ano. O cantor ficou em primeiro lugar da lista, com ganhos estimados em cinquenta milhões de dólares.

Àcerca de um post do blogue De Rerum Natura em que o blog Geopedrados é citado...



“Haja ou não frutos, pelo sonho é que nós vamos. Basta a fé que nós temos. Basta a esperança naquilo que talvez nós teremos” (Sebastião da Gama, 1924-1952).

A republicação do meu post, Suspeitas sobre os colégios do grupo GPS (11/02/2014), no blogue Geopedrados, do Colega Fernando Oliveira Martins, leva a interrogar-me, de quando em vez, se valerá a pena defender questões que já não dizem directamente respeito à minha situação de aposentado, mas que me dão, por outro lado, o direito de continuar a defender, sem benefício pessoal, causas de que me ocupei durante 12 anos como presidente da Assembleia Geral do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados. Ou seja, lavrar o meu veemente protesto contra a destruição sistemática, pedra por pedra, do multissecular edifício da Escola Pública ao serviço valioso de gerações escolares passadas, actuais e futuras.

Mas talvez seja sina minha, ou destino cruel, de que me não consigo (nem quero) libertar. Remonta ele a idos de 1972, altura em que um grande amigo e biólogo, Augusto Cabral, na apresentação de um dos meus livros, "Sem Contemporizar" (1972), escreveu:

“Mas, para além de tudo, existe a pessoa, o indivíduo, como elemento de uma classe e de uma sociedade e o que realmente conta são os aspectos positivos e válidos e o que também poderei afirmar, sem desmentido seja a de quem for, é que Rui Baptista é um homem que tirou um curso, não para ter um canudo e à sombra deste se instar acomodaticiamente numa secretária à espera do fim do mês, mas sim para, tão-somente, exercer uma profissão que desempenha com honestidade e incontroverso êxito. Não é de admirar, pois, que tenha defendido, desde que o conheço (e já lã vão um ror de anos), a sua posição em particular e da sua classe em geral. Defesa essa em que tem sido intransigente, mesmo quando fica sozinho e luta até ao último alento: até quando lhe falta o apoio daqueles que sobre estes assuntos se deveriam pronunciar, e o não fazem., limitando-se a colher os benefícios, quando os há, da luta que ele tem travado”. 

Por isso, sempre com muito apreço li os comentários publicados (o do colega Oliveira Martins e outros) ao meu post supracitado por constituírem um arrimo precioso numa altura em que a docência não constitui um corpus devidamente organizado, ao contrário de outras profissões de igual ou menor exigência académica, organizados numa Ordem Profissional. Contenta-se ela com um aglomerado de docentes proletarizados e pulverizado em mais de uma dezena de sindicatos docentes de diversas tendências políticas), como se a sublime função docente se pudesse circunscrever a meras questões de natureza laboral: vencimentos e horários de trabalho, por exemplo.

O prezado colega Oliveira Martins, com os seus comentários, a anteriores textos meus, tem dado, de há muitos anos para cá, um auxílio precioso e constante a um combate sem tréguas a uma situação em que, como diria Pessoa, o exercício docente é uma arrabalde de uma profissão que exigia ser devidamente dignificada com o título profissional de Professor, devidamente tipificado em deveres e direitos. Em conselho de Santo Agostinho: “Nunca estejas satisfeito com o que és, se queres conseguir aquilo que não és”!






Caro Amigo Rui Baptista: agradeço a atenção dispensada neste post, que não mereço, pois apenas faço o que posso, e é bem pouco, pela Escola Pública, pela Docência e pelos seus atores principais, os Professores. Partilhamos muitos pontos de vista, pese embora o facto de eu ser muito mais novo (sou um jovem de 46 anos...), de não ter a "experiência de saber feito" que dá muitos mais anos de trabalho e muitos mais dados recolhidos, e de não estar ao seu nível (sou um simples professor, embora com experiência em formação de professores e com uma passagem muito gratificante no Ensino Superior). Não sou contra os Sindicatos (embora, não me revendo nos atuais, não seja sindicalizado) nem sou contra o Ensino não público (o meu filho estudou num Jardim Escola João de Deus, dos 3 aos 10 anos, embora eu pagasse na íntegra os custos de tal opção, enquanto muitos colegas seus, com menos possibilidades, fossem apoiados pelo Estado, e aceito que assim há justiça na escolha de escola). Tenho agora o meu filho numa Escola Pública e acho estas muito melhores para preparar um aluno para a vida real e para o acesso ao Ensino Superior - conheço algumas das escolas do grupo GPS que citou no seu artigo e dá-me a volta ao estômago aquilo que lá se faz, o que estado lhes dá e aquilo que eles fazem com o (nosso) dinheiro, bem como a promiscuidade entre políticos/decisores e os seus dirigentes (ou onde terminam uns e começam outros). Acho que algo vai podre no reino da Dinamarca quando não há dinheiro para pagar abaixo do salário mínimo uma tarefeira para apoiar crianças com deficiência profunda, como acontece na minha Escola, e há dinheiro para apoiar a aquisição de Mercedes, autocarros e aulas de equitação em colégios com filhos de gente rica - mas um dia destes as pessoas irão aperceber-se disso. Finalmente, queria agradecer-lhe o facto de continuar a lutar pela criação de uma Ordem dos Professores - o acesso à profissão e as questões éticas são fundamentais para termos uma classe dignificada, que volte a ter o prestígio que no passado teve e que merece, tal como noutros países, ter. O seu esforço é também o meu e enquanto puder estarei consigo nesta luta, até que esta frutifique. Obrigado pelo seu esforço e pelas suas palavras amáveis - o amigo Fernando Oliveira Martins e o blog de geólogos formados em Coimbra entre 85 e 90, os Geopedrados, estarão sempre na primeira linha da luta consigo...!

Sismo sentido em Portugal continental

Recebido via e-mail do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA):

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 20.02.2014 pelas 02.27 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3,6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 20 km a Sul de Setúbal.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) nas regiões de Setúbal, Alcácer do Sal, Grandola e Sines.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil (www.prociv.pt).
NOTA: o sismo foi procedido por um provável abalo premonitório, três minutos antes, quase no mesmo local e com 3,1 de magnitude. Mais dados do sismo:

Data (TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2014-02-20 02:27 38,34 -8,88 11 3,6 S Setúbal III/IVAljustrel

Mapa do epicentro:


Sismograma de hoje, obtido pelo geofone de Évora com o sismo e abalo premonitório:



Mapa da zona que sentiu o sismo (intensidade - fonte IPMA):

Ian Brown - 51 anos

Ian George Brown (Warrington, 20 February 1963) is an English musician, best known as the lead singer of the alternative rock band The Stone Roses, which broke up in 1996 but are, since 2012, reunited and touring again. Since the break-up of the Stone Roses he has led a successful solo career. His latest studio album My Way was released on 28 September 2009.


Há quatro anos, a Meteorologia e os erros humanos levaram a uma grande catástrofe na Madeira

Ribeira de Santa Luzia transbordando para a Rua 5 de outubro

Danos: 217 milhões de euros
Vítimas: 47 mortos, 600 desalojados e 250 feridos

O temporal na ilha da Madeira em 2010 foi uma sequência de acontecimentos iniciados por forte precipitação durante a madrugada do dia 20 de fevereiro, seguida por uma subida do nível do mar. Estes acontecimentos provocaram inundações e derrocadas ao longo das encostas da ilha, em especial na parte sul.

Ribeira de Santa Luzia, antes das cheias - o sedimento depositado atingiu a altura do caminho público, após as inundações

Causas
Na origem do fenómeno esteve um sistema frontal de forte atividade, associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores, segundo o Instituto de Meteorologia. O choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que, aliada à elevada temperatura da água do oceano, acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo. A orografia da ilha contribuiu para aumentar os efeitos da catástrofe. É claro que, aliado a valores de precipitação recorde, erros de planeamento urbanístico, tais como o estreitamento de leitos das ribeiras e a construção legal ou ilegal dentro ou muito próximo dos cursos de água, bem como falta de limpeza e acumulação de lixo nos leitos de ribeiras de menor dimensão, tenham tornado a situação ainda mais grave.

Efeitos
A parte baixa da cidade do Funchal foi inundada e a circulação viária foi impedida por pedras e troncos de árvore arrastados pelas ribeiras de São João, Santa Luzia e João Gomes. Na freguesia do Monte, a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao Largo das Babosas, foi levada pela força das águas, junto com algumas das residências vizinhas. Alguns populares conseguiram salvar a imagem da virgem e vários ornamentos.
Foram confirmados 47 mortos, 600 desalojados e 250 feridos. O Curral das Freiras esteve acessível, embora com acesso condicionado. A freguesia da Serra de Água, a montante da Ribeira Brava, esteve completamente inacessível. Eram evidentes os sinais de destruição provocados pelas enxurradas, com as zonas altas do concelho do Funchal e, também, no concelho da Ribeira Brava a serem as mais afetadas.
A quantidade de água que caiu no dia 20 de fevereiro de 2010 sobre a ilha da Madeira, em particular no Pico do Areeiro, foi o valor mais alto jamais registado em Portugal. Neste cume, o segundo mais alto da ilha, foram registados 185 litros por metro quadrado, sendo que os valores mais altos registados em Portugal, que até aquela altura não chegavam aos 120. O Funchal, com uma média anual de 750 l/m² registou, em poucas horas, 114 l/m² de precipitação.

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Nicolau Copérnico nasceu há 541 anos

Nicolau Copérnico (Toruń, 19 de fevereiro de 1473 - Frauenburgo, 24 de maio de 1543) foi um astrónomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
A sua teoria do Heliocentrismo, que colocava o Sol no centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria Geocêntrica (que considerava a Terra como o centro), é considerada como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.

O cantor Seal faz hoje 51 anos

Seal Henry Olusegun Olumide Adeola Samuel (Londres, 19 de fevereiro de 1963) é um músico, cantor e compositor, que, entre os seus maiores sucessos, tem a canção Kiss from a Rose, que serviu de banda sonora ao filme Batman Forever e pela qual recebeu três prémios Grammy em 1995. No total, o cantor já ganhou três prémios Brit Awards, na categoria de melhor cantor masculino, quatro prémios Grammy e um MTV Video Music Award.

Biografia
Filho de pais nigerianos e neto de brasileiro, Seal passou os seus primeiros quatro anos de vida com os seus pais adotivos, Frank e Barbara, em Romford, Essex, até que a sua mãe biológica veio buscá-lo. Sentado com ela no autocarro, lembra-se de ter gritado durante todo o caminho até a casa, em Brixton. Dois anos depois, a sua mãe e o namorado decidiram voltar para a Nigéria e Seal foi viver com o pai, um homem violento, que trabalhava como bombeiro em Paddington, na City of Westminster, no centro de Londres, onde Seal cresceu. Mais tarde obteve um diploma de arquitetura e teve vários empregos em Londres, antes de se tornar cantor profissional.
Embora sempre tenha havido especulações sobre a causa das cicatrizes no seu rosto, elas não são o resultado de nenhum tipo de rito tribal de escarificação. O cantor sofre de lúpus eritematoso discóide (DLE). Seal revelou que foi atingido com esse síndrome enquanto adolescente, uma condição em que as células do sistema imune atacam vários tecidos do corpo e uma inflamação intensa, que se desenvolve na pele, particularmente nas áreas expostas ao sol, e que, se não tratada com um protetor solar e anti-inflamatórios, pode deixar cicatrizes. A doença causou-lhe não somente as cicatrizes na face como também provocou perda de cabelos, mas está em remissão há anos.
Foi casado com a modelo alemã Heidi Klum, mas, em janeiro de 2012, foi anunciada a sua separação após 7 anos de casamento. O casal tem três filhos biológicos (dois rapazes e uma rapariga) e Seal adotou ainda a primeira filha de Heidi, nascida de uma relação prévia.


Tony Iommi - 66 anos

Anthony Frank "Tony" Iommi (Birmingham, 19 de fevereiro de 1948) é um músico britânico. Ele é conhecido mundialmente por ser guitarrista e membro fundador da banda pioneira do metal Black Sabbath e do projeto Heaven & Hell, com o vocalista Dio. Foi considerado o 25º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
Foi-lhe recentemente diagnosticado um linfoma em fase inicial. O anúncio foi feito no dia 9 de janeiro de 2012.

Biografia
Tony Iommi é conhecido principalmente por seus riffs vigorosos e pesados e por basear a maioria dos seus solos em pentatónica menor. Começou a se interessar por música na adolescência, quando ter algumas aulas de piano, mas logo perdeu o interesse pelo instrumento e decidiu aprender guitarra. Segundo ele, o grupo que mais o inspirou foi a banda de Hank Marvin, The Shadows.
Por causa de um acidente de trabalho a trajetória musical de Iommi teve quase a terminar logo na juventude. O acidente ocorreu na fábrica onde trabalhara, quando ele foi chamado para operar uma prensa mecânica no lugar de um colega que havia faltado. Num momento de distração acabou colocando a mão direita na máquina que puxou de volta num reflexo de retração, decepando a falange distal dos dedos do meio e anelar. Sendo canhoto, a mão acidentada era a que ele usava para articular as notas no braço da guitarra e devido a gravidade do acidente, fora desencorajado a voltar a tocar o instrumento, pelos vários médicos que tinha consultado.
A motivação para continuar tocando foi reencontrada um dia na casa de um amigo, ao ouvir um guitarrista belga de jazz, Django Reinhardt, que tocava apenas usando os dedos indicador e médio. Empolgado com o facto, Tony Iommi começou a usar encaixes improvisados de plástico derretido nas pontas dos dedos para poder tocar, que foram depois substituídos por próteses.
Desde a formação dos Black Sabbath, em 1968, até hoje, Tony Iommi é um músico ativo e, entre outros projetos, foi o único membro que nunca deixou a banda. Além dos trabalhos nos Black Sabbath, ele possui também 3 trabalhos a solo em parceria com Glenn Hughes e músicos convidados. Em 1968, teve uma breve passagem pela banda Jethro Tull, substituindo o recém-saído guitarrista Mick Abrahams, na lendária apresentação do Rolling Stones Rock and Roll Circus. Desde início dos Black Sabbath até os dias atuais, Tony utiliza da guitarra Gibson SG.


Beth Ditto, a invulgar vocalista da banda The Gossip, faz hoje 33 anos


Carreira
Ditto tornou-se famosa em novembro de 2006 quando foi selecionada pela revista britânica NME como a pessoa mais fixe no mundo do rock. Ficando em primeiro na edição anual chamada "Cool List". A revista citou a sua "inconformidade", como a razão para ser a escolhida - Beth é lésbica, uma sincera defensora dos direitos dos homossexuais, pesa 95 kg e estava envolvida numa relação homossexual fixa. O avanço da canção da banda "Standing in the Way of Control", foi escrita por Ditto como uma resposta à decisão do governo americano de negar o direito ao casamento de casais LGBT.
Ditto foi nomeada a "Mulher Mais Sexy do Ano" na NME Awards 2007, onde também cantou Temptation com o ex-vocalista dos Pulp, Jarvis Cocker. Ela solicitou que The Gossip fosse a banda de suporte na turnê "soul-sucking" dos Scissor Sisters. Contudo, em 2007 ela apareceu ao lado de Ana Matronic e Jake Shears dos Scissor Sisters, na Transmissão de show de música britânica, onde discutiram a turnê em conjunto e quanto todos lhe tinham apreciado. Ela ficou em 10ª na lisa "Women Who Rock Right Now" da spinner.com.
Recentemente ela recusou-se ir às lojas Topshop, alegando o seu descontentamento com a indisponibilidade de roupas no seu tamanho. Ela foi tão longe como a oferta de desenhar roupas para ela dizendo: "Dêm-me trabalho. Quero desenhar. Quero que vocês façam roupa para miúdas e miúdos gordos. Quero que façam tamanhos grandes."
Ditto tem gravado um álbum a solo, produzido por Calvin Johnson, no seu Dub Narcotic Studio. O álbum ainda não foi lançado comercialmente. Ditto também gravou um dueto com Johnson: a faixa "Lightning Rod For Jesus" aparece no álbum solo de Johnson de 2002, What Was Me.
Ditto escreve uma coluna de consultoria no jornal britânico The Guardian, que aparece na sua seção 'G2' às sextas-feiras, intitulado "What Would Beth Ditto Do?".
Beth Ditto lançou um EP homónimo este ano, com 4 faixas inéditas, pela "DeConstrution Records". O primeiro single é "I Wrote The Book". Ditto já havia feito parceria com o duo inglês de música eletrónica em "Cruel Intentions". No clipe de I Wrote The Book, Ditto faz homenagem ao clipe Justify My Love, de Madonna.


Bon Scott morreu há 34 anos

Ronald Belford Scott (Kirriemuir, 9 de julho de 1946 - Londres, 19 de fevereiro de 1980), mais conhecido pelo nome artístico de Bon Scott, foi um cantor escocês. Ele ficou mundialmente conhecido por ser vocalista e compositor da banda de rock australiana AC/DC de 1974 a 1980.
Em 2006, a revista Hit Parader colocou Scott como o 5º melhor vocalista de heavy metal de todos os tempos.
Iniciou sua carreira com a banda The Spektors, logo depois formando The Valentines, onde conhecera seu amigo Vince Lovergrove, que trabalharia no seu próximo projeto, os Fraternity; logo após a separação do grupo, integrou os AC/DC, onde lançou sete discos, vindo a falecer logo após o lançamento do último álbum com Bon nos vocais, Highway to Hell, que os levou à fama mundial. Depois da sua morte foi substituído por Brian Johnson. Antes de substituir Dave Evans nos vocais, era motorista de carrinhas.
Biografia
As suas bandas anteriores incluíram The Spektors e Valentines, nas quais não realizou trabalho semelhante ao feito com os AC/DC. Outro grupo no qual participou foi os Mount Lofty Rangers.
Bon estava a trabalhar como motorista da banda AC/DC quando foi chamado para tocar como baterista. Mas rapidamente Bon passou a ser o vocalista da banda, pois dizia que o cantor era o que arranjava mais namoradas na época.
A sua influência musical inicial veio do pai, que era músico na sua cidade natal, na Escócia. Bon tocava bateria, gaita de fole, como pode ser ouvido na canção "It's a Long Way to the Top", e também tocava flauta doce - veja-se a música "Seasons of Change", dos Fraternity (antiga banda de Bon). As suas letras abordavam principalmente temas como mulheres, carros, bebidas e divertimento.
   
Morte
A sua morte até hoje não foi bem explicada, após a turnê de divulgação do álbum Highway to Hell pela Europa, Bon resolveu passar uns dias em Londres, para rever amigos. A tragédia teve início numa tradicional noite de bebedeira, coisa que a Bon estava realmente acostumado. Bon e um amigo seu, chamado Alistar Kinnear, foram tomar algumas bebidas no Music Machine, um clube noturno localizado em Camden Town. Depois de muitas rodadas, a dupla foi para Ashby Court, onde Bon vivia naquela época. No caminho, Bon desmaiou no banco de trás do veículo. Kinnear não ligou e seguiu em frente. Quando chegou à casa do vocalista do AC/DC, Kinnear tentou acordar Bon e levá-lo para a cama, porém não conseguiu acordar o seu companheiro, que estava num avançado estado de embriaguez. Kinnear desistiu da ideia e seguiu dirigindo para o seu próprio apartamento. Chegando lá, nova tentativa frustrada de tirar o amigo, bêbado, do veículo. Assim decidiu deixar Bon dormindo no banco de trás do automóvel, um Renault 5, em Overhill Road, uma estrada em Dulwich. Quando Kinnear voltou na manhã seguinte para ver seu amigo, já era tarde demais. Bon estava morto, praticamente congelado dentro do pequeno automóvel. Ele ainda levou o amigo às pressas para o Kings College Hospital, de Londres, que declarou que o músico já chegou sem vida nas Urgências. O atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido por causa de overdose e ‘death by misadventure’ (morte por desventura, ou por desgraça). Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria sufocado com o próprio vómito e que a baixa temperatura da madrugada e as suas constantes crises de asma colaboraram para a tragédia daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980, um dos dias mais tristes do rock n’ roll.
Após a entrada de Brian Johnson o som do AC/DC mudou, mas sem perder as suas características, perdendo um pouco do balanço e da influência dos blues que emanavam de Bon, mas ganhando outras que com Bon talvez nunca fossem exploradas. Bon também é considerado por várias pesquisas um dos melhores cantores de rock. Numa lista divulgada pela revista Kerrang, Bon Scott ficou na 5ª posição dos maiores ícones do rock.


Falco nasceu há 57 anos

Falco com Claudia Wohlfromm (1997)

Falco (Viena, 19 de fevereiro de 1957 - Puerto Plata, 6 de fevereiro de 1998) foi o pseudónimo com que o cantor austríaco Johann (Hans) Hölzel se apresentava.
Estudou no Conservatório de Música de Vienna. Antes de obter sucesso internacional, tocava baixo na banda de hard rock austríaca Drahdiwaberl. Como artista a solo, Falco sempre se interessou pelos sons e ritmos da música rap, tornando-se um dos primeiros na Europa a incorporar tal estilo nas músicas pop e rock. Ele é mais conhecido internacionalmente pela canção "Rock Me Amadeus" (inspirada pelo filme Amadeus) de seu álbum Falco 3, que se tornou um "hit" mundial em 1986, atingindo o número 1 na lista dos singles mais vendidos nos Estados Unidos da Revista Billboard.
Outros hits conhecidos internacionalmente incluem: "Der Kommissar" de seu álbum de 1982 Einzelhaft e "Vienna Calling" de Falco 3. Uma versão em inglês de "Der Kommissar" foi feita pela banda After the Fire, que acabou se tornando um hit ao atingir o top 5 da Revista Billboard em 1983. A canção de Falco "Jeanny" causou controvérsia ao ser lançada como um single na Alemanha, já que contava a história de um violador. Várias estações de rádios e DJs recusaram a tocar a canção em toda a Europa, mas nem isso a impediu de se tornar um grande "hit" em vários países europeus.
Falco morreu, com várias fraturas na cabeça, após o seu carro colidir com um autocarro, perto do estação turística de Puerto Plata, na República Dominicana, com 40 anos de idade. Antes de morrer, ele estava a ponderar um regresso ao mundo da música. Está sepultado no Cemitério Central de Viena.


terça-feira, fevereiro 18, 2014

O beato e pintor Fra Angelico morreu há 559 anos

Retrato póstumo de Fra Angelico

Giovanni da Fiesole, nascido Guido di Pietro Trosini, mais conhecido como Fra Angelico, (Vicchio di Mugello, 1387 - Roma, 18 de fevereiro de 1455) foi um pintor italiano, considerado o artista mais importante da península itálica na época do gótico tardio até ao início do Renascimento.
É também chamado Beato Angelico, fra Giovanni ou fra Giovanni da Fiesole (fra é italiano para frei ou frade) por ter ingressado no convento dominicano de Fiesole, em 1407. Guido di Pietro, ou Guidolino "da Pietro" (i.e., filho de Pietro), porém, era o seu nome de batismo.
Ao ingressar no convento já tinha recebido treino artístico. Entre 1409 e 1418 foi exilado, com o resto da comunidade, por se oporem ao Papa Alexandre V. Em 1436, ele e a comunidade deslocaram-se para o Convento de São Marcos, em Florença, onde começou a pintar as paredes. Em 1447 e 1448 esteve em Roma, e de novo em 1452, trabalhando na corte do papa, decorando as paredes da capela do Papa Nicolau V, no Vaticano e aceitando encomendas em Orvieto. Prior do Convento de Fiesole entre 1448 e 1450, continuou a trabalhar em Roma e Florença.
Supõe-se que estudou a arte da iluminura com Lorenzo Monaco, cultivador do estilo gótico internacional. Influenciado por Gentile da Fabriano, e por Lorenzo Ghiberti, Fra Angelico adotou novas formas da renascença em seus afrescos e nos painéis, desenvolvendo um estilo único, caracterizado por cores suaves, claras, formas elegantes, composições muito contrabalançadas. Acrescenta a sua linguagem pictórica as contribuições de Masaccio, enriquecidas com um achado genial: o uso da luz com uma intenção nada naturalista mas estética, expressa através de um uso inteligente da cor. A sua pintura, essencialmente religiosa, está dominada por um espírito contemplativo, pois concebe a pintura como uma espécie de oração. Os seus temas mais frequentes e característicos são a Virgem com o Menino, a coroação da Virgem e a Anunciação. Nas suas representações do paraíso, pinta com dedicação e amor franciscanos flores e ervas dos prados por onde caminham os escolhidos. Uma das suas obras de mais substância é «A Descida», em que se presta mais atenção à veneração e amor dos santos do que ao sofrimento de Cristo.
Do ponto de vista técnico, Fra Angélico parte do gosto preciosista e delicado do gótico internacional, enriquecido com o interesse pela perspetiva, característico da época. Insiste mais na linha que na cor. Pelos seus temas, pelo seu tratamento da natureza, pela sua incorporação da arquitectura, é inequivocamente renascentista. Pinta frequentemente em colaboração com os seus discípulos.
Em suas pinturas também expressa o sentimento interior das pessoas, como na obra O Juízo Final, Fra Angelico tenta expressar o amargo e a alegria numa sintonia de cores vivas saindo do padrão medieval, que era voltado somente para Deus e entrando no renascimento, que era voltado para o homem.
A maior parte das suas obras conservam-se no claustro, nas celas e nas salas do mencionado Convento de S. Marcos, cujas paredes mostram murais com cenas e figuras religiosas («Dois Dominicanos Atendendo Jesus Peregrino», «S. Pedro Mártir»). De entre os frescos da Capela Nicolina, a capela do Papa Nicolau V no Vaticano, destacam-se «A Lenda da Santo Estêvão» e «A Lenda de S. Lourenço».
Entre as suas obras principais estão o "Retábulo da Madona", em Perugia; a "Coroação da Virgem cercada por anjos músicos" (Louvre, Paris); o "Cristo cercado de anjos, patriarcas, santos e mártires" (National Gallery, Londres); a "Anunciação" (Prado, Madrid); e o "Juízo final" (Galeria Nacional, Roma).
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1982, passando a ser chamado "Beato Fra Angelico".
No dia 14 de novembro de 2006 foram encontrados mais dois painéis por eles pintados, perdidos há mais de 200 anos, numa modesta casa em Oxford, na Inglaterra.

Adoração dos Reis Magos (National Gallery, Washington, D.C.)

A Rainha Maria I de Inglaterra nasceu há 498 anos

Maria I (Londres, 18 de fevereiro de 1516 – Londres, 17 de novembro de 1558) foi a Rainha da Inglaterra e Irlanda de julho de 1553 até sua morte. A sua perseguição e execução dos protestantes ingleses levou os seus oponentes a darem-lhe o epíteto de Maria Sangrenta.
Ela foi a única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e da sua primeira esposa, Catarina de Aragão a chegar à idade adulta. O seu meio-irmão mais novo, Eduardo VI, sucedeu Henrique em 1547. Ele tentou retirar Maria da linha de sucessão por diferenças religiosas, ao descobrir que estava com uma doença terminal. Após a sua morte, Joana Grey, prima em segundo grau dos dois, foi inicialmente proclamada rainha. Maria reuniu uma força no Leste de  Anglia e depôs Joana, que acabou sendo decapitada. Ela casou em 1554 com Filipe de Espanha, tornando-se rainha consorte da Espanha na ascensão dele ao trono, em 1556.
Como a quarta monarca da Casa de Tudor, Maria é mais lembrada por restaurar o Catolicismo Romano, depois do curto reinado protestante de seu meio-irmão. Nos seus cinco anos de reinado, ela fez com que mais de 280 dissidentes religiosos fossem queimados. O seu reestabelecimento do catolicismo foi revertido após sua morte por sua meia-irmã e sucessora, Isabel I.

Brasão da Rainha Maria I de Inglaterra, bipartidas com as do marido, Filipe II de Espanha

Miguel Ângelo morreu há 450 anos

Sebastiano del Piombo: Retrato de Michelangelo, circa 1520–1525

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 - Roma, 18 de fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Ele desenvolveu o seu trabalho artístico durante mais de setenta anos, entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio,  em Florença. Tendo o seu talento sido logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. A sua carreira desenvolveu-se na transição do renascimento para o maneirismo e o seu estilo sintetizou influências da arte da antiguidade clássica, do primeiro renascimento, dos ideais do humanismo e do neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança. Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura Baco, a Pietà, o David, os dois túmulos dos Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro, implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de o Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do génio. Miguel Ângelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida. A sua fama era tamanha que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registos numerosos sobre a sua carreira e personalidade, e os objetos que ele usara ou simples esboços para as suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Miguel Ângelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.

Miguel Ângelo: Pietà, 1499 - Basílica de São Pedro, Vaticano