Encontra-se em testes finais a base de dados do património geológico português. Trata-se do primeiro inventário sistemático dos geossítios de valor científico e relevância nacional e internacional.O que é este inventárioO inventário nacional de geossítios reúne os principais locais em Portugal (geossítios) onde ocorrem elementos da geodiversidade (minerais, fósseis, rochas, geoformas) com elevado valor científico. Este inventário é um dos resultados do projecto de investigação “Identificação, caracterização e conservação do património geológico: uma estratégia de geoconservação para Portugal” (PTDC/CTE- GEX/64966/2006), o qual foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia entre 2007 e 2010.O projecto, liderado pela Universidade do Minho, contou com representantes das Universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Madeira, Nova de Lisboa, Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro, da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, do Museu Nacional de História Natural e com um bolseiro de pós-doutoramento.Este inventário integrará o Sistema de Informação do Património Natural e o Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados, da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, conforme prevê o Decreto-Lei nº 142/2008, de 24 de julho.
quinta-feira, fevereiro 20, 2014
Património Geológico de Portugal - inventário de geossítios de relevância nacional
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domingo, dezembro 30, 2012
Sesimbra inaugurou o primeiro dos três monumentos naturais com pegadas de dinossáurios do concelho
Agradecemos ao Professor Galopim de Carvalho mais um texto que teve a amabilidade de nos enviar.
Painel informativo, à entrada da Jazida - foto de António ChagasEntre Sesimbra e o Cabo Espichel, no sítio do Zambujal e com óptimas condições de musealização, a Pedreira do Avelino, há muito desactivada, conserva o que resta de um afloramento de calcário no qual ficaram impressos vários trilhos de dinossáurios saurópodes (herbívoros, quadrúpedes), que aqui viveram no Jurássico superior, numa paisagem lagunar, sob um clima tropical, quente e húmido.
De diferentes corpulências, os animais que nos deixaram as marcas da sua existência, provavelmente um grupo de indivíduos jovens e adultos da mesma espécie, pisaram um chão lamacento (lama feita de poeira calcária como a que existe actualmente nos litorais recifais intertropicais) que, com o passar dos muitos milhões de anos se transformou no calcário compacto e coeso que aqui se nos oferece.
À deposição dos sedimentos (há cerca de 150 milhões de anos), representados pelas camadas à vista na pedreira, sucedeu-se a sedimentação de muitas outras, numa espessura que podemos estimar na ordem de dois a três mil metros, o que conduziu a um afundamento e consequente aumento da pressão e da temperatura responsáveis pela compactação e coesão da referida lama.
Muito mais tarde, no Miocénico superior, há uns 11 milhões de anos, a deriva da litosfera africana contra a ibérica, que deu origem à pequena cadeia da Arrábida (quase completamente arrasada pela erosão neste local), deformou as camadas, inicialmente horizontais, que, assim, se mostram inclinadas como a que exibe as pegadas deste admirável geomonumento.
Embora de pequena dimensão (cerca de 20 a 30 metros), esta jazida, descoberta em 1989 pelo professor Miguel Magalhães Ramalho, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), exibe pegadas muito bem definidas e conservadas. A sua importância e a de outras duas com este tipo de icnofósseis, no concelho de Sesimbra (Pedra da Mua e Lagosteiros, no Cabo Espichel), indicou-as como geomonumentos a proteger.
Esta condição e a sua grande vulnerabilidade, levou-me, em 1993 e em nome do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, a solicitar à autarquia que requeresse, ao então Instituto de Conservação da Natureza, a classificação destas ocorrências como Monumentos Naturais, ao abrigo do então recém-criado Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de janeiro. Num processo demasiadamente burocrático e lento, que durou quatro anos, este pedido de classificação foi finalmente contemplado através do Decreto n.º 20/97, de 7 de março. Dezasseis anos depois, mercê de dificuldades decorrentes da posse do terreno, a Câmara Municipal de Sesimbra conseguiu, finalmente, colocar a jazida da Pedreira do Avelino à fruição do publico, em geral, e a pensar nos nossos alunos das escolas, em visitas de estudo.
Visitável em perfeitas condições de acesso (inclusive em autocarro) e segurança, este monumento da pré-história está explicado com o necessário rigor científico/pedagógico, dispensando a presença de um monitor. A sua musealização esteve a cargo de elementos qualificados do referido Museu da Universidade de Lisboa, do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e da Câmara Municipal de Sesimbra.
Vista da Laje com as pegadas - foto de António Chagas
A inauguração deste Monumento Natural teve lugar no passado dia 15 de dezembro. Neste acto, muito concorrido, estiveram presentes, o Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Arqº. Augusto Pólvora, e a Vice-Presidente, Dr.ª Felicia Costa; a Presidente da Assembleia Municipal de Sesimbra, Dr.ª Odete Graça; o Presidente da Junta de Freguesia do Castelo, Dr. Francisco Jesus; o Presidente da Direcção do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, da Universidade de Lisboa, Prof. José Pedro Sousa Dias; a Directora do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo, do ICNF, Dr.ª Maria de Jesus Fernandes; o Presidente da Direcção da Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (ADREPES), Engº. António Pombinho e a respectiva Coordenadora, Drª Manuela Sampaio.
Parabéns à Autarquia. O empenho que esta vereação demonstrou faz-nos crer que levará igualmente a bom termo os dois restantes Monumentos Naturais com pegadas de dinossáurios (Pedra de Mua e Lagosteiros) bem como a “Gesseira de Santana” e o “Conglomerado de Porto do Concelho”, há muito referenciados como geomonumentos a preservar.
Galopim de Carvalho
Postado por Fernando Martins às 20:30 0 bocas
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sábado, maio 19, 2012
Na abertura do Museu do Quartzo...
Postado por Adelaide Martins às 23:59 0 bocas
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domingo, abril 17, 2011
I Congresso de História e Património da Alta Estremadura
Apresentação
- Arqueologia
- História
- História da Arte
- Património Cultural
- Património Natural
- Nome | Morada | Telef./Telem. | E-mail | Habilitações académicas | Profissão | Instituição
- Título da comunicação
- Resumo da comunicação (até 300 palavras)
Comissão Científica:
- História: Saul António Gomes (Presidente)
- Arqueologia: João Pedro Bernardes
- História da Arte: Pedro Redol
- Património Cultural: Fernando Magalhães
- Património Natural: José Alho
Postado por Fernando Martins às 01:36 0 bocas
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sexta-feira, janeiro 01, 2010
7 maravilhas naturais portuguesas
Após terminado o levantamento exaustivo do património natural a considerar, a organização vai criar um painel de 77 especialistas, representantes das várias áreas científicas e com representatividade geográfica nacional, para chegar a uma short list de 77 locais naturais préfinalistas.
Posteriormente um painel de 21 personalidades notáveis do nosso país irá escolher as 21 Maravilhas finalistas, as quais serão apresentadas para votação pública a 7 de Março de 2010.
Nesta lista de 21 Maravilhas finalistas terá que estar presente, no mínimo, um finalista de cada uma das sete regiões do país: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira. Desta forma, a New 7 Wonders Portugal assegura a representatividade geográfica do país.
A votação, auditada pela PricewaterhouseCoopers, termina a 7 de Setembro de 2010 e as “7 Maravilhas Naturais de Portugal” serão conhecidas no mesmo mês.
Postado por Fernando Martins às 15:15 0 bocas
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