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domingo, abril 06, 2025

Novidades sobre alterações climáticas através do estudo de sedimentos do Grande Buraco Azul...

Cientistas perfuraram o Grande Buraco Azul. As suas descobertas são preocupantes


 

 

Uma nova pesquisa baseada na análise de sedimentos do Grande Buraco Azul revela uma tendência alarmante de um grande aumento nos ciclones tropicais nas Caraíbas, que está a agravar-se com as alterações climáticas.

 

Uma investigação recente do Grande Buraco Azul, um enorme sumidouro subaquático ao largo da costa do Belize, sugere que os ciclones tropicais nas Caraíbas estão a tornar-se mais frequentes e poderão aumentar drasticamente nas próximas décadas.

O estudo, publicado na revista Geology, analisou um núcleo de sedimentos com 98 pés de comprimento retirado do fundo do buraco, fornecendo um registo de 5700 anos de atividade de tempestades na região.

De acordo com o autor principal do estudo, Dominik Schmitt, da Universidade Goethe de Frankfurt, os dados mostram que entre quatro e dezasseis tempestades tropicais ou furacões passaram pelo Grande Buraco Azul todos os séculos nos últimos seis milénios. No entanto, apenas nos últimos 20 anos, foram encontradas provas de nove tempestades tropicais, o que indica um aumento significativo da sua frequência.

Os investigadores identificaram dois fatores-chave subjacentes ao aumento dos ciclones tropicais. Um deles é a migração gradual para sul da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma região de baixa pressão perto do equador que influencia a formação de furacões. Esta mudança deslocou provavelmente a principal zona de desenvolvimento de furacões do Atlântico mais para sul, aumentando a atividade das tempestades nas Caraíbas, refere o Live Science.

O segundo fator é o aumento da temperatura global da superfície do mar devido às alterações climáticas. As águas oceânicas mais quentes fornecem mais energia para a formação de tempestades, conduzindo a ciclones tropicais mais fortes e mais frequentes. O estudo adverte que esta tendência tende a agravar-se, com 45 tempestades tropicais e furacões a atingirem potencialmente as Caraíbas até 2100.

Examinando camadas de sedimentos, os investigadores conseguiram seguir a frequência das tempestades ao longo de milhares de anos e descobriram que, embora a atividade das tempestades tenha flutuado naturalmente ao longo do tempo, o recente aumento destaca-se.

“A frequência de tempestades na área de estudo tem sido muito mais elevada nas últimas duas décadas do que nos últimos seis milénios”, observou Schmitt, apontando o aquecimento global como o principal fator.

Os ciclones tropicais, que transferem o calor do oceano para a atmosfera, estão entre as catástrofes naturais mais destrutivas, trazendo ventos fortes, chuvas intensas e tempestades perigosas. Este novo estudo sublinha a necessidade urgente de uma resposta para mitigar o aumento da intensidade e frequência das tempestades.


in ZAP

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Às vezes um Museu vem abaixo... e a culpa é da Geologia...

Cratera em museu engole oito Corvettes

O National Corvette Museum “abriu um novo espaço” com 12 metros de largura por 10 metros de profundidade 

O Museu do Corvette fica situado no Kentucky, a cerca de uma hora de viagem do Mammoth Cave National Park, o maior complexo de grutas do mundo, formado principalmente sobre rochas calcárias. É esse mesmo tipo de rocha que está presente sobre o solo do National Corvette Museum. O problema deste tipo de terreno é que pode formar dolinas, espaços em que as rochas calcárias corroídas abrem buracos no solo, como ocorrido na sala de exposições Skydome do Museu Nacional do Corvette.

Eram 05.44 horas da manhã quando os responsáveis do Museu receberam um telefonema da equipa de segurança a indicar que os sensores de movimento do espaço tinham sido accionados, mas nada os podia preparar para a imagem que os esperava no Salão Skydome, onde se encontrava um enorme buraco, mesmo no centro da sala de exposições. Entre os carros que foram engolidos pela cratera com 10 metros de profundidade e 12 de largura estão alguns dos modelos mais históricos da casa, como os modelos 1 milhão e 1,5 milhões. Passaram para baixo de terra o Corvette 1962, o PPG Pace Car 1984, o Corvette nº 1 milhão de 1992, o Corvette 40th Anniversary de 1993, o Mallet Hammer Z06 de  2001 e o Corvette nº 1,5 milhão de 2009. Além disso, também dois modelos emprestados pela GM acabaram debaixo do chão, um ZR-1 Spyder de 1993 e um ZR1 “Blue Devil” de 2009.

Os restantes modelos que se encontravam expostos no Salão Skydome foram removidos para evitar possíveis novos abatimentos de terra. Entre as viaturas retiradas encontra-se o único exemplar existente do Corvette de 1983. Após o acidente foram chamados ao local técnicos para avaliar a integridade da estrutura e estudar a possível existência de novas dolinas por baixo do Museu, possibilidade que foi afastada. Após esta vistoria o National Corvette Museum foi considerado seguro e já reabriu ao público, com todas as áreas de exposição acessíveis, com exceção do Salão Skydome.
Créditos das fotos e dos vídeos: National Corvette Museum

Veja aqui vários vídeos do abatimento de terra no National Corvette Museum:

Filmagem ao nível do solo:

Vista de helicóptero:
Vídeo da Segurança 1:
Vídeo da Segurança 2:


Mais fotos: