sábado, junho 11, 2022

O alpinista João Garcia faz hoje 55 anos...!

 

(imagem daqui)
    
João José Silva Abranches Garcia (Lisboa, 11 de junho de 1967) é um montanhista português. Tornou-se o décimo alpinista do mundo a ascender às 14 montanhas com mais de 8000 metros existentes no planeta, todas sem recurso a oxigénio artificial e sem carregadores de altitude, quando, em 17 de abril de 2010, atingiu o cume do Annapurna (8.091 metros), a última dessas quatorze montanhas que lhe faltava. Também já ascendeu aos "Seven Summits" (sete cumes mais altos dos 6 continentes). A ascensão que lhe trouxe mais fama foi a escalada ao Monte Everest (8.848 metros), tendo sido o primeiro português a alcançar o seu cume, no dia 18 de maio de 1999.
  

El-Rei D. João III morreu há 465 anos

 
D. João III de Portugal
(Lisboa, 6 de junho de 1502 - Lisboa, 11 de junho de 1557) foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua devoção religiosa. Filho do rei D. Manuel I de Portugal, sucedeu-lhe em 1521, aos 19 anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil. Continuou a política centralizadora do seu pai. Durante o seu reinado foi obrigado a negociar as Molucas com Espanha, no tratado de Saragoça, adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau e um grupo de portugueses chegou pela primeira vez ao Japão em 1543, estendendo a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. Para fazer face à pirataria iniciou a colonização efetiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central em 1548. Ao mesmo tempo, abandonou diversas cidades fortificadas em Marrocos, devido ao custos da sua defesa face aos ataques muçulmanos. Extremamente religioso, permitiu a introdução da inquisição em Portugal em 1536, obrigando à fuga muitos mercadores judeus e cristãos-novos, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros. Inicialmente destacado entre as potências europeias económicas e diplomáticas, viu a rota do Cabo fraquejar, pois a rota do Levante recuperava, e em 1548 teve de mandar fechar a feitoria Portuguesa de Antuérpia. Viu morrer os dez filhos que gerou e a crise iniciada no seu reinado amplificou-se sob o governo do seu neto e sucessor, o Rei D. Sebastião de Portugal.
   
      
Nascido em Lisboa, era filho de El-Rei Manuel I de Portugal e de Maria de Aragão, princesa de Espanha, filha dos Reis Católicos. Na câmara da Rainha, parturiente, Gil Vicente em trajes de vaqueiro representou a sua primeira peça, o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro. O batismo em 15 de junho foi realizado na capela de São Miguel do Paço da Alcáçova, tendo como padrinho o Doge de Veneza, Leonardo Loredan, representado por Pero Pasquaglio. Foram madrinhas uma tia paterna, a Rainha Dona Leonor, viúva de D. João II, e a avó paterna, a infanta Dona Beatriz, duquesa de Beja. Nas Cortes a seguir convocadas, para 15 de agosto, o príncipe foi jurado herdeiro.
      
Estátua de D. João III, Coimbra
      

O ator Joshua Jackson faz hoje 44 anos

   
Joshua Carter Jackson (Vancouver, 11 de junho de 1978) é um ator canadiano-norte-americano. Joshua começou a trabalhar como ator aos 13 anos e conseguiu o seu primeiro papel de destaque com a personagem Charlie Conway, em 1992, no filme The Mighty Ducks. É também conhecido pelos seus papéis de Pacey Witter na série Dawson's Creek e de Peter Bishop em Fringe. Atualmente interpreta o papel de Cole Lockhart na série The Affair.

John Wayne morreu há 43 anos...

       
Marion Michael Morrison (nascido Marion Robert Morrison; Winterset, 26 de maio de 1907 - Los Angeles, 11 de junho de 1979) conhecido profissionalmente como John Wayne e apelidado de Duke, foi um ator e cineasta dos Estados Unidos da América.
   

O rei Jorge I do Reino Unido morreu há 295 anos

   
Jorge I (Hanover, 28 de maio de 1660Osnabruque, 11 de junho de 1727) foi o Rei da Grã-Bretanha e Irlanda de 1 de agosto de 1714 até à sua morte, e também governante do Eleitorado de Brunsvique-Luneburgo a partir de 1698.
Jorge nasceu em Hanôver e herdou os títulos e terras de seu pai e tios. Sucessivas guerras expandiram os seus domínios germânicos, e ele foi ratificado como príncipe-eleitor de Hanover em 1708. Após a morte da rainha Ana da Grã-Bretanha, Jorge ascendeu ao trono britânico aos 54 anos, como o primeiro monarca da Casa de Hanover. Apesar de mais de cinquenta católicos terem uma relação de parentesco mais próxima de Ana, o Decreto de Estabelecimento de 1701 impedia que católicos assumissem o trono britânico; Jorge era o parente protestante mais próximo da rainha. Em retaliação, os jacobitas tentaram sem sucesso depor Jorge e substituí-lo pelo meio-irmão católico de Ana, Jaime Francisco Eduardo Stuart.
Durante o reinado de Jorge, os poderes da monarquia foram diminuídos e a Grã-Bretanha começou uma transição para o sistema moderno de governo do conselho de ministros liderados por um primeiro-ministro. No final de seu reinado, o verdadeiro poder foi exercito por Sir Robert Walpole. Jorge morreu durante uma viagem para Hanover, sendo sucedido pelo filho Jorge II.
   
   

Vasco Gonçalves morreu há dezassete anos


Vasco dos Santos Gonçalves (Lisboa, 3 de maio de 1922 - Almancil, 11 de junho de 2005) foi um militar (general) e um político português da segunda metade do século XX.
  
   
Ao tempo coronel, surgiu no Movimento dos Capitães em dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Costa Gomes.
Membro da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos do 25 de novembro de 1975.
Como primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, siderurgia, etc.) e do salário mínimo para os funcionários públicos.
O seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!».
Morreu a 11 de junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca.
    
  

 


Donnie Van Zant faz hoje setenta anos...!

 
Donald Newton "Donnie" Van Zant (Jacksonville, 11 de junho de 1952) é um guitarrista e vocalista americano, mais conhecido como membro da banda 38 Special, que ajudou a fundar em 1974. O seu irmão mais velho era Ronnie Van Zant vocalista original da banda Lynyrd Skynyrd e que morreu em um acidente de avião em 1977, juntamente com outros dois membros da banda e outros três no avião. O seu irmão mais novo, Johnny Van Zant, é o vocalista atual dos Lynyrd Skynyrd desde a sua reformulação em 1987.

 


sexta-feira, junho 10, 2022

A morte de Alexandre Magno foi há 2.345 anos...

Alexandre Magno e seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso (mosaico encontrado em Pompeia, hoje no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles)

Alexandre III da Macedónia (20/21 de julho de 356 a.C. - 10 de junho de 323 a.C.), comummente conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno, foi rei (basileu) do reino grego antigo da Macedónia e um membro da dinastia argéada. Nascido em Pela em 356 a.C., o jovem príncipe sucedeu ao seu pai, o rei Filipe II, no trono, aos vinte anos de idade. Passou a maior parte de seus anos no poder numa série de campanhas militares sem precedentes através da Ásia e nordeste da África. Até os trinta anos havia criado um dos maiores impérios do mundo antigo, que se estendia da Grécia para o Egito e ao noroeste da Índia. Morreu invicto em batalhas e é considerado um dos comandantes militares mais bem sucedidos da história.
Durante a sua juventude, Alexandre foi orientado pelo filósofo Aristóteles até aos 16 anos. Depois que Filipe foi assassinado, em 336 a.C., Alexandre sucedeu ao seu pai no trono e herdou um reino forte e um exército experiente. Ele havia sido premiado com o generalato da Grécia e usou essa autoridade para lançar o projeto pan-helénico do seu pai liderando os gregos na conquista da Pérsia. Em 334 a.C., invadiu o Império Aqueménida, governando a Ásia Menor, e começou uma série de campanhas que durou dez anos. Quebrou o poder da Pérsia numa série de batalhas decisivas, mais notavelmente as batalhas de Isso e Gaugamela. Em seguida, derrubou o rei persa Dário III e conquistou a Pérsia em sua totalidade. Nesse ponto o seu império estendia-se do mar Adriático ao rio Indo.
Buscando alcançar os "confins do mundo e do Grande Mar Exterior", invadiu a Índia em 326 a.C., mas foi forçado a voltar pela demanda das suas tropas. Alexandre morreu na Babilónia em 323 a.C., a cidade que planeava estabelecer como a sua capital, sem executar uma série de campanhas planeadas que teria começado com uma invasão da Arábia. Nos anos seguintes à sua morte, uma série de guerras civis rasgou o seu império em pedaços, resultando em vários estados governados pelos diádocos, sobreviventes e generais herdeiros de Alexandre.
O seu legado inclui a difusão cultural que as suas conquistas geraram, como o greco-budismo. Fundou cerca de vinte cidades que usaram o seu nome, entre as quais Alexandria, no Egito. Os seus assentamentos de colonos gregos e a propagação resultante da cultura grega no leste resultou numa nova civilização helenística, aspetos que ainda eram evidentes nas tradições do Império Bizantino em meados do século XV e a presença de oradores gregos na região central e noroeste da Anatólia até à década de 1920. Alexandre tornou-se lendário, como um herói clássico seguindo o modelo de Aquiles, e aparece com destaque na história e mitologia gregas e culturas não-gregas. Tornou-se o termo de comparação contra a qual os líderes militares se compararam e academias militares em todo o mundo ainda ensinam suas táticas. É muitas vezes classificado entre as pessoas mais influentes do mundo em todos os tempos, juntamente com o seu professor, Aristóteles.

O império de Alexandre
   
A 10 ou 11 de junho de 323 a.C., Alexandre morreu no antigo palácio do rei Nabucodonosor II, na Babilônia, aos 32 anos. Existem duas versões a respeito de sua morte. De acordo com Plutarco, cerca de quatorze dias antes de falecer, Alexandre deu uma festa ao almirante Nearco e passou aquela noite e a próxima bebendo. Ele teve então uma febre, que foi piorando até ao ponto de não poder falar. Aos soldados comuns, ansiosos por causa da saúde do seu rei, foi permitido passar por ele silenciosamente e acenar. A segunda versão, de Diodoro, afirma que Alexandre passou a sofrer de fortes dores após tomar uma enorme porção de vinho, numa festa a Héracles. Permaneceu fraco por onze dias; não teve febre e morreu depois de dias de agonia. Plutarco afirmou que esta última versão não seria verdade.
     
      

Erros meus, má fortuna, amor ardente...

&

 

Erros meus, má fortuna, amor ardente
  
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.
 
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
 
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
 
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
 
 
Luís de Camões

Zeca canta Camões...

 

Na fonte está Lianor
  
   
Mote
Na fonte está Lianor
Lavando a talha e chorando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?



Voltas
Posto o pensamento nele,
Porque a tudo o amor obriga,
Cantava, mas a cantiga
Eram suspiros por ele.
Nisto estava Lianor
O seu desejo enganando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?

O rosto sobre ua mão,
Os olhos no chão pregados,
Que, do chorar já cansados,
Algum descanso lhe dão.
Desta sorte Lianor
Suspende de quando em quando
Sua dor; e, em si tornando,
Mais pesada sente a dor.

Não deita dos olhos água,
Que não quer que a dor se abrande
Amor, porque, em mágoa grande,
Seca as lágrimas a mágoa.
Despois que de seu amor
Soube novas perguntando,
De improviso a vi chorando.
Olhai que extremos de dor! 


   
Luís de Camões

Poema alusivo à data...

 

MAR PORTUGUÊS


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

 


in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Hoje temos a Geórgia no pensamento...

Notícia interessante sobre espeleologia e pré-história

O ponteiro não para na corrida contra o tempo para “salvar” a Caverna de Cosquer

 

A entrada subaquática para a Caverna de Cosquer

 

Os arqueólogos estão numa corrida contra o tempo para salvar - dentro dos possíveis - a subaquática Caverna de Cosquer, ameaçada pelas alterações climáticas.

A Caverna de Cosquer situa-se nas Calanques, em Marselha, e é uma gruta subaquática única no mundo, classificada como monumento histórico. O seu nome vem precisamente do mergulhador que a descobriu, em 1991.

A caverna está repleta de pinturas e gravuras pré-histórias, de há 33 mil anos, representando principalmente focas, pinguins, peixes, polvos e outros animais. É o único lugar do mundo onde arte marinha subaquática pré-histórica pode ser encontrada.

Inicialmente, a gruta estava localizada 100 metros acima do nível do mar, mas devido à subida da água, causada pelas alterações climáticas, está agora 37 metros abaixo do nível do mar. A entrada é feita debaixo de água através de um longo túnel com 175 metros de comprimento.


Representação da geografia da Caverna de Cosquer

 

A ameaça das alterações climáticas deixa os cientistas em contrarrelógio para salvar a caverna, escreve a agência AFP.

A subida gradual do nível do mar a cada ano, aliada à poluição da água, estão a danificar cada vez mais a arte.

Embora quatro quintos da caverna tenham sido inadvertidamente perdidos ou submersos devido à passagem do tempo, 229 figuras de arte rupestre sobrevivem.

A caverna guarda ainda 69 marcas de mãos, incluindo três que foram deixadas por engano, algumas delas feitas por crianças. No total, foram encontrados 600 sinais, imagens e gravuras rupestres, que incluem vida aquática nunca antes vista em pinturas rupestres.

A solução passa por uma réplica da caverna em tamanho real, conhecida como Cosquer Méditerranée, que ficará a poucos quilómetros de Marselha.

Os cientistas estão numa corrida contra o relógio para finalizar o mapeamento digital para uma reconstrução 3D da caverna.

 

Arte rupestre na Caverna de Cosque

 

Luc Vanrell e os mergulhadores-arqueólogos que lidera estão a ter que trabalhar cada vez mais rápido para explorar os últimos recantos da gruta de 2.500 metros quadrados para evitar que esta se perca para sempre.

A ideia de fazer uma réplica do local foi debatida pela primeira vez logo após a descoberta da caverna, mas só em 2016 é que o governo regional avançou com o projeto num edifício renovado.

Usando os dados 3D recolhidos pelas equipas arqueológicas, a réplica de 23 milhões de euros é um pouco mais pequena do que a caverna original, mas inclui cópias de todas as pinturas e 90% das gravuras.

 

 

 in ZAP

Música alusiva aos eventos de hoje...

 

Valsinha das Medalhas - Rui Veloso
(letra Rui Veloso e Carlos Tê, música Rui Veloso)

 

Já chegou o dez de Junho, o dia da minha raça
Tocam cornetas na rua, brilham medalhas na praça
Rolam já as merendas, na toalha da parada
Para depois das comendas, e Ordens de Torre e Espada
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha

Encosta o teu peito ao meu, sente a comoção e chora
Ergue o olhar para o céu, que a gente não se vai embora
Quem és tu donde vens, conta-nos lá os teus feitos
Que eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos

Já chegou o dez de Junho, há cerimónia na praça
Há colchas nos varandins, é a Guarda d'Honra que passa
Desfilam entre grinaldas, velhos heróis d'alfinete
Trazem debaixo das fraldas, mais Índias de gabinete
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha

 

A pintora Maria Keil morreu há dez anos

  

Maria Pires da Silva Keil do Amaral (Silves, 9 de agosto de 1914 - Lisboa, 10 de junho de 2012) foi uma pintora e ilustradora portuguesa; pertence à segunda geração de pintores modernistas portugueses.

Maria Keil realizou uma obra vasta e diversificada que abarca a pintura, desenho e ilustração, azulejo, design gráfico e de mobiliário, tapeçaria, cenografia, etc. Destaca-se de modo particular a sua intensa atividade como ilustradora, bem como o papel crucial que desempenhou na renovação do azulejo contemporâneo em Portugal.

Em 2013 o Museu da Presidência da República organizou uma mostra retrospetiva cobrindo os múltiplos aspetos da sua obra. Tem uma biblioteca com o seu nome em Lisboa, no Lumiar

   

in Wikipédia 


O mar, 1958-59, painel de azulejos, Av. Infante Santo, Lisboa

 

Maria Keil, Autorretrato, 1941

João Gilberto nasceu há 91 anos

    
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (Juazeiro, Bahia, 10 de junho de 1931 - Rio de Janeiro, 6 de julho de 2019) foi um cantor, guitarrista e compositor brasileiro. Considerado um artista genial por musicólogos e jornalistas especializados, revolucionou a música brasileira ao criar uma nova batida de violão com influências do jazz para tocar samba: a "bossa nova". O jeito suave de cantar, influenciado pelo jazzista Chet Baker, também foi visto como inovador no Brasil. Para a revista Rolling Stone Brasil, foi um dos 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão e também o segundo maior artista brasileiro de todos os tempos, seguindo Tom Jobim (também músico e o compositor e arranjador dos maiores sucessos da carreira de João Gilberto).
Desde o lançamento do compacto que continha Chega de Saudade e Bim Bom, munido apenas da voz e do violão, começou uma revolução na música brasileira e na música mundial. Dono de uma sonoridade original e moderna até hoje, João Gilberto foi o artista que levou a música popular brasileira ao mundo, principalmente para os Estados Unidos, Europa e Japão. Tido como um dos maiores influenciadores do jazz americano no século XX, ganhou prémios importantes nos Estados Unidos e na Europa, como o Grammy, no meio da beatlemania.
      

 


O arquiteto Antoni Gaudí morreu há 96 anos

   
Antoni Gaudí i Cornet (Reus ou Riudoms, 25 de junho de 1852 - Barcelona, 10 de junho de 1926) foi um famoso arquiteto catalão e figura de ponta do modernismo catalão. As obras de Gaudi revelam um estilo único e individual e estão em sua maioria na cidade de Barcelona.
Grande parte da obra de Gaudi é marcada pelas suas grandes paixões: arquitetura, natureza e religião. Gaudi dedicava atenção aos mais ínfimos detalhes de cada uma das suas obras, incorporando nelas uma série de ofícios que dominava: cerâmica, vitral, ferro forjado e marcenaria. Introduziu novas técnicas no tratamento de materiais, como o trencadís, realizado com base em fragmentos cerâmicos.
Depois de vários anos sob influência do neogótico e de técnicas orientais, Gaudi tornou-se parte do movimento modernista catalão, que atingiu o seu apogeu durante o final do século XIX e início do século XX. O conjunto da sua obra transcende o próprio movimento, culminando num estilo orgânico único inspirado na natureza. Gaudi raramente desenhava projetos detalhados, preferindo a criação de maquetes e modelava os detalhes à medida que os concebia.
A obra de Gaudi é amplamente reconhecida internacionalmente e objeto de inúmeros estudos, sendo apreciada não só por arquitetos como pelo público em geral. A sua obra-prima, a inacabada Sagrada Família, é um dos monumentos mais visitados de Espanha. Entre 1984 e 2005, sete das suas obras foram classificadas como Património Mundial pela UNESCO. A devoção católica de Gaudi intensificou-se ao longo da sua vida e a sua obra é rica no imaginário religioso, o que levou que fosse proposta a sua beatificação.
   
Vida e obra
Os seus primeiros trabalhos possuem claras influências da arquitetura gótica (refletindo o revivalismo do século XIX) e da arquitetura catalã tradicional. Nos primeiros anos de sua carreira, Gaudí foi fortemente influenciado pelo arquiteto francês Eugene Viollet-le-Duc, responsável em seu país por promover o retorno às formas góticas da arquitetura.
Com o tempo, entretanto, passou a adotar uma linguagem escultórica bastante pessoal, projetando edifícios com formas fantásticas e estruturas complexas. Algumas das suas obras-primas, mais notavelmente o Templo Expiatório da Sagrada Família possuem um poder quase alucinatório.
Gaudí é conhecido por fazer extenso uso do arco parabólico catenário, uma das formas mais comuns na natureza. Para tanto, possuía um método de trabalho incomum para a época, utilizando-se de modelos tridimensionais em escala moldados pela gravidade (Gaudí usava correntes metálicas presas pelas extremidades: quando elas ficavam estáveis, ele copiava a forma e reproduzia-as ao contrário, formando suas conhecidas cúpulas catenárias). Também se utilizou da técnica catalã tradicional do trencadis, que consiste de usar peças cerâmicas quebradas para compor superfícies.
Seus primeiros trabalhos possuem claras influências da arquitetura gótica (refletindo o revivalismo do século XIX) e da arquitetura catalã tradicional. Nos primeiros anos de sua carreira, Gaudí foi fortemente influenciado pelo arquiteto francês Eugene Viollet-le-Duc, responsável em seu país por promover o retorno às formas góticas da arquitetura.
Com o tempo, entretanto, passou a adotar uma linguagem escultórica bastante pessoal, projetando edifícios com formas fantásticas e estruturas complexas. Algumas de suas obras-primas, mais notavelmente o Templo Expiatório da Sagrada Família possuem um poder quase alucinatório.
Gaudí é conhecido por fazer extenso uso do arco parabólico catenário, uma das formas mais comuns na natureza. Para tanto, possuía um método de trabalho incomum para a época, utilizando-se de modelos tridimensionais em escala moldados pela gravidade (Gaudí usava correntes metálicas presas pelas extremidades: quando elas ficavam estáveis, ele copiava a forma e reproduzia-as ao contrário, formando suas conhecidas cúpulas catenárias). Também se utilizou da técnica catalã tradicional do trencadis, que consiste de usar peças cerâmicas quebradas para compor superfícies.
   
A igreja católica inacabado da Sagrada Família, considerada a obra-prima de Gaudí
    

Hoje é dia de recordar Lídice...

 


 

Canção de Lídice

Irmão, é a a hora
Apronta-te agora
Passa a outras mãos a invisível bandeira!
No morrer não diferente do que na vida inteira,
Não irás render-te a estes, companheiro bravo.
Estás hoje vencido, e és por isso hoje escravo.
Mas a guerra só acaba co'a última batalha
A guerra não acaba antes da última batalha.

Irmão, é a a hora
Apronta-te agora
Passa a outras mãos a invisível bandeira!
Violência ou Justiça e a balança vacila
Mas, passada a servidão, outro dia cintila.
Estás hoje vencido, mas a coragem não te falta. 
Que a guerra só acaba co'a última batalha
Que a guerra não acaba antes da última batalha.

 


in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

Oradour-sur-Glane - nunca esquecemos nem perdoamos o crime...

 Ruínas queimadas e carcaças de veículos no memorial intocado de Oradour-sur-Glane
   
Oradour-sur-Glane é uma comuna francesa, situada no departamento de Haute-Vienne, na região do Limousin.
A cidade tornou-se famosa por ter sido o local de um dos maiores massacres cometidos pelos soldados nazis das Waffen-SS durante a Segunda Guerra Mundial.
Dias após o desembarque das tropas aliadas na Normandia em 6 de junho de 1944, no que ficou conhecido como Dia D, tropas alemães estacionadas na França dirigiam-se aos locais de desembarque para travar combate com as forças aliadas. Uma delas, a 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, da Waffen-SS, as tropas de combate de elite da SS, atravessava boa parte do país, em direção à costa, tendo sido diversas vezes fustigada no caminho por sabotagens e ações da resistência francesa, os maquis.
  
Massacre
Em 10 de junho de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante de um dos batalhões da divisão, Sturmbannführer Adolf Diekmann, comunicou aos seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS havia sido preso pelos guerrilheiros na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.
No começo da tarde, os pelotões da SS cercaram e fecharam a cidadezinha de Oradour e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja do lugar.
Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados com os  seus corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS atiraram tochas incendiárias para dentro da igreja, onde se encontravam fechadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado.
Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina, fugindo por um buraco de janela partido pelo fogo, sem ser percebida. Após a imolação, a tropa queimou a cidade até às fundações. No total, 642 habitantes de Oradour foram mortos pelas Waffen-SS em algumas horas, de um total de pouco mais de mil habitantes.
     
Dentro desta igreja, conservada em ruínas, exatamente como era em 1944, 452 mulheres e crianças foram queimadas vivas pelas tropas das SS
     
Protestos
A barbárie causou uma onda de protestos dentro das próprias forças alemãs, incluindo o Marechal Erwin Rommel e o governo francês aliado dos nazis em Vichy, na França não-ocupada. O comando da divisão considerou que o comandante Dieckman havia extrapolado em muito as suas ordens - fazer 30 franceses de reféns e usá-los como moeda de troca pelo suposto oficial nazi prisioneiro - e abriu uma investigação judicial militar. Diekman não chegou a ser julgado, morrendo em combate pouco dias depois do massacre, juntamente com a maior parte dos criminosos que destruíram Oradour-sur-Glane.
Após a guerra, o Presidente Charles De Gaulle decidiu que a cidade não seria reconstruída, permanecendo suas ruínas como um memorial à crueldade da ocupação nazi na França. Em 1999. Jacques Chirac ergueu um centro da memória em Oradour, e nomeou oficialmente a vila como 'cidade-mártir'.
Assim como a sua cidade-irmã em martírio, Lídice, na Checoslováquia, a nova Oradour-sur-Glane é uma pequena comuna de pouco mais de 2.000 habitantes, construída a pequena distância das ruínas silenciosas da cidade-mártir francesa da Segunda Guerra Mundial.
     
As ruínas tombadas e transformadas em memorial da cidade-mártir nos dias de hoje
      
Requiem por Oradour-sur-Glane
A tragédia de Oradour foi contada na televisão mundial em documentário na aclamada série da BBC inglesa, The World at War (O Mundo em Guerra) de 1974. Na voz de Laurence Olivier, o primeiro capítulo da série abre com imagens feitas de helicóptero sobre a cidade vazia e silenciosa e a narração grave:
Cquote1.svg Por esta estrada, num dia de verão de 1944, os soldados vieram. Ninguém vive aqui agora. Eles aqui ficaram por algumas horas. Quando eles se foram, a comunidade que existia há mil anos, havia morrido. Esta é Oradour-sur-Glane, na França. No dia em que os soldados vieram, a população foi reunida. Os homens foram levados para garagens e celeiros, as mulheres e crianças foram conduzidas por esta rua e trancadas dentro desta igreja. Aqui, elas escutaram os tiros que matavam seus homens. Então, elas foram mortas também. Algumas semanas depois, muitos daqueles que cometeram essas mortes, foram também mortos, em batalha.
Nunca reconstruiram Oradour. As suas ruínas são um memorial. O seu martírio soma-se a milhares e milhares de outros martírios na Polónia, na Rússia, em Burma, na China, em..... um Mundo em Guerra.
        

Camões desistiu há 442 anos...

(imagem daqui)
      
Camões dirige-se aos seus contemporâneos
    
Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
    
     

Jorge de Sena

Gustave Courbet nasceu há 203 anos

Auto-retrato, Gustave Courbet
 
Gustave Courbet (Ornans, 10 de junho de 1819 - La Tour-de-Peilz, 31 de dezembro de 1877) foi um pintor anarquista francês pertencente à escola realista. Foi acima de tudo um pintor de paisagens campestres e marítimas onde o romantismo e idealização da altura são substituídos por uma representação da realidade fruto de observação directa. Esta busca da verdade é transposta para a tela em pinceladas espontâneas que não deixam de lado os aspectos menos estéticos do que é observado.
Courbet nasceu numa família de milionários na França. Depois de frequentar um colégio na mesma cidade, começou a ter aulas de pintura e iniciou seus estudos de direito em Paris. Finalmente decidiu estudar desenho e pintura por iniciativa própria, copiando os grandes mestres no Louvre, principalmente Hals e Velázquez. Suas primeiras obras foram uma série de auto-retratos. Em 1844 expôs pela primeira vez no Salão de Paris e dois anos mais tarde apresentou os quadros Enterro em Ornans e O Ateliê do Artista, que lhe custaram críticas severas e a recusa do Salão de Paris devido aos seus temas demasiadamente prosaicos. Courbet não se deu por vencido e construiu um pavilhão perto do Salão, onde expôs quarenta e quatro de suas obras, que chamou de realista, fundando assim esse movimento.
O público não viu com satisfação essa nova estética das classes trabalhadoras. Courbet, enquanto isso, se reunia para compartilhar opiniões com seus amigos, entre eles o pintor e notável teórico anarquista Proudhon, o escritor Baudelaire e o irónico caricaturista Daumier.
Já se discutiu muito sobre os motivos que teriam levado Courbet a escolher os trabalhadores como tema. De facto, os homens de seus quadros não expressam nenhuma emoção e mais parecem parte de uma paisagem do que seus personagens. Courbet se manteve, nesta etapa realista, muito longe do colorismo romântico, aproximando-se, em compensação, do realismo tenebroso espanhol do barroco, com uma profusão de pretos, ocres e castanhos, banhados por uma pátina cinza. Comprova-se isto no seu quadro mais importante, O Ateliê do Artista (1855), em que manifestou sua desaprovação em relação à sociedade.
Por volta de 1850, o realismo de Courbet foi se apagando e deu lugar a uma pintura de formas voluptuosas e conteúdo erótico, de figuras femininas no estilo de Ingres, mas mais descarnadas. A elas seguiu-se uma série de naturezas-mortas, quadros de caça e paisagens marinhas que confirmaram sua capacidade criativa e técnica impecável. Por volta de 1870, Courbet foi acusado de ter destruído uma coluna da praça Vendôme, o que levou o pintor a se mudar para Viena. Em Paris, suas obras foram rejeitadas, e o ateliê do artista foi leiloado para pagar a restauração da coluna.
 
Un enterrement à Ornans (1949-50) - Musée d'Orsay, Paris 
    
 O Ateliê do Artista (1855)
     
in Wikipédia

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Filipe, Duque de Edimburgo, nasceu há cento e um anos

    

Filipe Mountbatten, Duque de Edimburgo (em inglês: Philip Mountbatten; Corfu, 10 de junho de 1921Windsor, 9 de abril de 2021), nascido Filipe da Grécia e Dinamarca, foi o marido da rainha Isabel II e Príncipe Consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos reinos da Comunidade das Nações de 1952 até à sua morte. Ele foi o consorte mais velho e com o maior tempo de consorte na história da monarquia britânica, além de o homem mais velho da história da família real.

Filho do príncipe André da Grécia e Dinamarca e da princesa Alice de Battenberg, nasceu na Grécia sendo membro das famílias reais grega e dinamarquesa. Porém, ele foi expulso do país junto com seus pais, quanto ainda era um bebé, durante o golpe de 1922. Filipe estudou na França, Inglaterra, Alemanha e Escócia, entrando na Marinha Real Britânica em 1939, aos dezoito anos. Ele começou a se corresponder no mesmo ano com a princesa Isabel, filha mais velha e herdeira do rei Jorge VI do Reino Unido. Ele serviu no Mediterrâneo e no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.

Depois da guerra, recebeu permissão do Rei para se casar com Isabel. Ele abandonou os seus títulos gregos e dinamarqueses antes do anúncio oficial, abandonou a Igreja Ortodoxa Grega e converteu-se ao anglicanismo e naturalizou-se cidadão britânico, adotando o sobrenome Mountbatten a partir dos seus avós maternos. Os dois se casaram no dia 20 de novembro de 1947, após cinco meses de noivado. Ao se casar, Filipe recebeu o estilo do "Sua Alteza Real" e o título de Duque de Edimburgo. Ele continuou no serviço ativo da marinha até Isabel ascender ao trono, em 1952, tendo alcançado a patente de comandante.

Filipe e Isabel tiveram quatro filhos: Carlos, Ana, André e Eduardo. Filipe foi patrono de mais de oitocentas organizações e realizou diversos deveres oficiais sozinho e principalmente junto com Isabel. Ele exerceu seu papel como príncipe consorte durante 69 anos e faleceu aos 99 anos, em 9 de abril de 2021, no Castelo de Windsor.