terça-feira, janeiro 07, 2014

Marie-Bernard Soubirous nasceu há 170 anos

Marie-Bernard Soubirous, ou Maria Bernada Sobeirons em occitano (Lourdes, 7 de janeiro de 1844 - Nevers, 16 de abril de 1879), foi uma religiosa francesa canonizada pela Igreja Católica.

Filha de um pobre moleiro chamado Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot, Bernadette foi a primeira de nove filhos. Na sua infância trabalhou como pastora e criada doméstica. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido.
Durante os dez primeiros anos viveu no moinho de Boly (onde nasceu). Depois, passando por graves dificuldades financeiras, a família muda-se para Lourdes onde vive em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal que fora abandonado pouco tempo antes. Apesar de parecer insalubre, moravam no andar superior do edifício, o do primo de Francisco Soubirous, pai de Bernadette, junto à sua mulher e seus filhos. Era um buraco infecto e sombrio, a divisão inabitável da antiga prisão abandonada por causa da insalubridade.
Desde pequena, Bernadete teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pelo cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida. Em seguida, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu asma aos dez anos. Tinha dificuldades de aprendizagem e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola e até os quatorze anos manteve-se absolutamente analfabeta.
Em Lourdes, uma cidade com população em torno de quatro mil habitantes, no dia 11 de fevereiro de 1858, Bernadete disse ter visto uma aparição de Nossa Senhora numa gruta denominada "massabielle", o que significa, no dialeto birgudão local - "pedra velha" ou "rocha velha" - junto à margem do rio Gave, aparição que de outra vez se lhe apresentou como sendo a "Imaculada Conceição", segundo o seu relato.
Enquanto o assunto era submetido ao exame da hierarquia eclesiástica que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de "massabielle". Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, por ocasião de uma das suas visões, surgiu sob as mãos de Bernadete uma fonte que jorra água até os dias de hoje no volume de cinco mil litros por dia.
De acordo com o pároco da cidade, padre Dominique, que bem a conhecia, era impossível que Bernadete soubesse ou pudesse ter o conhecimento do que significava o dogma da "Imaculada Conceição", então recentemente promulgado pelo Papa. Afirmou ter tido dezoito visões da Virgem Maria no mesmo local entre 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858.
Afirmou e defendeu a autenticidade das aparições com um denodo e uma firmeza incomuns para uma adolescente da sua idade com o seu temperamento humilde e obediente, nível de instrução e nível sócio-econômico, contra a opinião geral de todos na localidade: sua família, o clero e autoridades públicas. Pelas autoridades civis foi submetida a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações que seriam inadmissíveis nos dias de hoje. Não obstante, nunca vacilou em afirmar com toda a convicção a autenticidade das aparições, o que fez até à sua morte.
Para fugir à curiosidade geral, Bernadete refugiou-se como "pensionista indigente" no hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes (1860). Ali recebe instrução e, em 1861, faz do próprio punho o primeiro relato escrito das aparições. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconhece pública e oficialmente a realidade do facto das aparições.
Em julho de 1866 Bernadette inicia o seu noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, faz a profissão de religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte.
Uma imensa multidão assistiu ao seu funeral, no dia 19 de abril de 1879 que foi necessário ser adiado por causa da grande afluência de gente, totalmente inesperada. Em 20 de agosto de 1908, Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constitui um tribunal eclesiástico para investigar "o caso Bernadette Soubirous".

Local de pergrinações
Em virtude das supostas manifestações divinas nos arredores da cidade, uma relativamente grande massa de peregrinos vai à gruta, estimulados pelos rumores de curas miraculosas por intermédio da água de uma certa fonte que brotara há pouco, no exato local onde a "Senhora de Lourdes" teria aparecido. A pedido do comissário Jacomet da polícia de Lourdes, o prefeito da cidade Alexis Lacadé toma a decisão de proibir, a partir de 8 de junho de 1858, o acesso à gruta. No mês de setembro de 1858 o Imperador Napoleão III e a Imperatriz Eugénia estão em Biarritz. A imperatriz está bem informada dos acontecimentos ocorridos em Lourdes e o Imperador decide pedir explicações ao arcebispo de Auch, metropolitano de Tarbes e Lourdes. Depois, determina ao ministro de Cultos que "deseja que o acesso à gruta fique livre, como também o uso da água do manancial." No dia 2 de outubro levanta-se a proibição de acesso à Gruta de Massabielle. Lourdes, rapidamente, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação da cristandade.

Assim como qualquer local onde houve ou há manifestações de uma força sobrenatural, Lourdes é hoje um grande centro de peregrinação católica, com cerca de 6 milhões de visitantes anuais, interessados não somente no turismo religioso, mas também na história, arquitetura e belezas naturais singulares da pequena cidade. Tal massa turística injeta dezenas de milhões de dólares no comércio geral, o que transforma Lourdes numa parte importante do PIB francês. Além disso, as visões de Bernadette, com as de Fátima em Portugal, foram as mais famosas de uma série de manifestações Marianas que fortaleceram ainda mais o culto a Nossa Senhora como mãe de Deus. Houve também a confirmação do dogma da Imaculada Conceição, que fora declarado pelo Papa pouco tempo antes.

Canonização
Foi canonizada em 8 de Dezembro de 1933, festa da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio XI como Santa Bernadete de Lourdes, depois de terem sido reconhecidas pela Santa Sé a heroicidade das suas virtudes pessoais e curas milagrosas a ela atribuídas após a sua morte. A sua festa litúrgica é celebrada na Igreja Católica no dia 16 de abril. Na França, é celebrada no dia 18 de fevereiro. A ela tem sido atribuídos vários milagres. Em 1983 o Papa João Paulo II esteve em Lourdes em peregrinação e ali retornou em agosto de 2004.


Inês de Castro foi assassinada há 659 anos

Túmulo de D. Inês de Castro - Juízo Final (imagem daqui)

Ainda a rainha depois de morta

Arranca corações, esse punho cruel
que vem fustigando a história
dos amantes e chega até aos púlpitos, tronos,
e matérias de arte.

Na pedra burilada, os anjos muito agudos
pecam por desvelo.
Nas naves ressoa o bramar enrolado em raiva
da realeza sepulta:
eu amei-a viva, vocês venerem-na morta.

Foi um punho cruel.
Talvez houvesse um sexo absoluto em tanto movimento
de ouro, brocado,
soluços ébrios de temor ou de outra natureza
mais embevecida.

A história neste caso é sedutora:
traz o poder ao sol duns seios, à luz duma vagina,
abre a flor dos sentidos, desfeita
a golpes de espada,
de traição.

Aqui neste frio erguido ao redor das naves
a matéria humana
que percorre viva a tarde histórica
tem pressa de fugir
ao pesadelo:
o amor não mata, ninguém o assassina,
é ele e só ele que se expõe
já morto.


 

in De Amore (2012) - Armando Silva Carvalho

O Imperador Hirohito do Japão morreu há 25 anos

Hirohito, também conhecido como Imperador Showa ou O Imperador Shōwa (29 de abril de 1901 - 7 de janeiro de 1989), foi o 124º imperador do Japão, de acordo com a ordem tradicional de sucessão, reinando de 25 de dezembro de 1926 até à sua morte, em 1989. Apesar de ser muito conhecido fora do Japão pelo seu nome pessoal, Hirohito, no Japão ele é atualmente referido pelo seu nome póstumo, Imperador Shōwa.
No seu reinado, o Japão era uma das maiores potências - a nona maior economia do mundo, atrás da Itália, o terceiro maior país naval e um dos cinco países permanentes do conselho da Liga das Nações. Ele foi o chefe de Estado sob a limitação da Constituição do Império do Japão, durante a militarização japonesa e envolvimento na Segunda Guerra Mundial. Ele foi o símbolo do novo estado.
O seu reinado foi o mais longo de todos os imperadores japoneses, e coincidiu com um período em que ocorreram grandes mudanças na sociedade japonesa. Foi sucedido por seu filho, o imperador Akihito.


Infância e Juventude
Nasceu no Palácio Aoyama, em Tóquio, o Príncipe Hirohito foi o primeiro filho do Príncipe Herdeiro Yoshihito (o futuro Imperador Taishō) e a Princesa Herdeira Sadako (a futura Imperatriz Teimei). Na sua infância ele recebeu o título de Príncipe Michi. Em 1908, ele foi estudar para Gakushuin, na Escola de Pares do Reino.
Após a morte de seu avô, Imperador Meiji, em 30 de julho de 1912, ele foi nomeado herdeiro aparente do trono. Ao mesmo tempo, ele foi formalmente alistado no exército e marinha, como Segundo Tenente e também foi condecorado com o Grande Cordão da Ordem de Chrysanthemum. Em 1914, ele foi promovido ao posto de Tenente do Exército e Sub-Tenente da Marinha, e em seguida Capitão e Tenente, respectivamente em 1916. Ele foi oficialmente proclamado Príncipe Herdeiro a 2 de novembro de 1916.
O príncipe ingressou na Escola de Gakushuin de 1908 a 1914 e num instituto especial para príncipes herdeiros, de 1914 a 1921.
Em 1920, o príncipe Hirohito foi promovido ao cargo de Major no exército e marinha. Em 1921, o príncipe Hirohito passou seis meses na Europa, numa visita de estado, que incluiu visitas ao Reino Unido, França, Itália, Países Baixos e Bélgica, tornando-se o primeiro Príncipe a viajar para o exterior. Após o seu regresso ao Japão, ele tornou-se Regente a 29 de novembro de 1921, em lugar do seu pai, que estava doente e incapacitado.
Durante a regência do príncipe, um número de eventos importantes aconteceram: o Tratado das Quatro Potências, assinado em 13 de dezembro de 1921, com Japão, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França e o Tratado Naval de Washington, assinado em 6 de fevereiro de 1922. O Japão retirou ainda as suas tropas da Intervenção Siberiana, em 28 de agosto de 1922, deu-se o Grande sismo de Kantō, que devastou Tóquio, a 1 de setembro de 1923 e a Lei de Eleição Geral, que foi aprovada a 5 de maio de 1925, dando direito de voto a todos os homens com mais de 25 anos.
Em 1923 ele foi promovido ao posto de Tenente-Coronel do exército e marinha e a Coronel em 1925.

Família
O príncipe Hirohito casou-se com a sua prima distante, a Princesa Nagako Kuni (a futura Imperatriz Kōjun), a filha mais velha do príncipe Kuni Kuniyoshi, a 26 de janeiro de 1924. Eles tiveram dois filhos e cinco filhas:
  • Princesa Shigeko Higashikuni, chamada na infância de Teru no miya, (9 de dezembro de 1925 - 23 de julho de 1961)
  • Princesa Sachiko, chamada na infância de Hisa no miya, (10 de setembro de 1927 - 8 de março de 1928)
  • Princesa Kazuko Takatsukasa, chamada na infância de Taka no miya, (30 de setembro de 1929 - 28 de maio de 1989)
  • Princesa Ikeda Atsuko, chamada na infância de Yori no miya, (7 de março de 1931)
  • Príncipe Herdeiro Akihito, chamado na infância de Tsugu no miya, (23 de dezembro de 1933)
  • Príncipe Hitachi, chamado na infância de Yoshi no miya, (28 de novembro de 1935)
  • Princesa Shumazu, chamado na infância de Suga no miya, (3 de março de 1939)
Imperador
Em 25 de dezembro de 1926, Hirohito assumiu o trono, após a morte de seu pai, o Imperador Taishō. A novembro de 1928, a ascensão do Imperador foi confirmada em cerimónias (sokui), sendo convencionalmente identificada como "entronização" ou "coroação".

Reinado
A primeira parte do reinado do Imperador Hirohito foi abalado por crises financeiras e o aumento do poder militar dentro do governo através de meios legais e extra-legais. O Exército Imperial Japonês e da Marinha Imperial Japonesa mantiveram o poder do veto sobre a formação de gabinetes desde 1900 e entre 1921 e 1944 não houve menos de 64 incidentes de violência política.
Hirohito quase foi assassinado por uma granada lançada por um ativista pela independência da Coreia do Norte, Lee Bong-chang em Tóquio, a 9 de janeiro de 1932, no Incidente Sakuradamon.
Outro caso notável foi o assassinato do primeiro-ministro Inukai Tsuyoshi em 1932, que marcou o fim do controle civil dos militares. Este foi seguido por uma tentativa de golpe militar em fevereiro de 1936, o famoso Incidente de 26 de fevereiro, montado por jovens oficiais do Exército, que ganhou a simpatia do Príncipe Yasuhito, o irmão do Imperador. O golpe resultou no assassinato de um número elevado de governos e oficiais do exército.
Quando o chefe ajudante-de-campo Shigeru Honjō foi informado sobre as revoltas, o Imperador imediatamente ordenou que os oficiais fossem referidos como "rebeldes" (bōto). Pouco tempo depois, o Imperador ordenou ao Ministro do Exército Yoshiyuki Kawashima a reprimir a rebelião dentro de uma hora. Ao ter notícias que a repressão não surtiu resultados, ele mesmo tomou a direção e no dia 29 de fevereiro, ela foi controlada.

Antes da Segunda Guerra Mundial, o Japão invadiu a Manchúria em 1931 e o resto da China em 1937 (sendo a Segunda Guerra Sino-Japonesa). As fontes primárias revelam que o Imperador Hirohito realmente nunca teve objeções à invasão da China, em 1937. A sua principal preocupação parece ter sido a possibilidade de um ataque Soviético, ao norte. As suas perguntas aos chefes de gabinete, Príncipe Kan'in Kotohito e o Ministro do Exército, Hajime Sugiyama, era principalmente sobre o tempo que eles levariam para esmagar a resistência chinesa.
O professor Yoshiaki Yoshimi publicou uma série de obras importantes onde estudou os crimes de guerra japoneses perpetrados pelo Exército e pela Marinha durante a parte inicial do Período Showa, tal como o uso pelo exército de armas químicas, por ordem do próprio Hirohito.
De acordo com o historiador Akira Fujiwara, Hirohito teria ratificado pessoalmente a decisão de remover as restrições de direito internacional (Convenção da Haia) no tratamento de prisioneiros de guerra chineses, pela diretriz de 5 de agosto de 1937. Esta notificação também alertava aos oficiais do estado-maior para que parassem de usar a expressão "prisioneiros de guerra".
O governo do primeiro-ministro e general Hideki Tojo era dominado pelos militares, que travaram a guerra em nome do imperador, mas só com o seu consentimento tácito. Hirohito tentou usar de sua influência para evitar a guerra, mas, finalmente, deu o seu consentimento para os ataques que desembocaram na Guerra do Pacífico.
Participaram do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial (Pacto Tripartido, 1940), inicialmente ratificaram com a Alemanha Nazi um pacto anticomunista (Pacto Anticomintern), e depois foi realizada uma visita de oficiais japoneses ao novo aliado. Em um discurso do próprio Führer, Hitler, os japoneses são definidos como "tendo grande capacidade".
Na Segunda Guerra, os japoneses atacam a base norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 1941, o que faz os Estados Unidos entrar no conflito. Hirohito apoiou a guerra num grau mais alto ou mais baixo (os historiadores divergem nesse ponto). O Japão na realidade, já havia perdido a guerra antes dos ataques com bombas atómicas ao Japão, em agosto de 1945, porém recusava aceitar a rendição, então os Aliados fizeram os bombardeamentos com as bombas atómicas, primeiro em Hiroshima, mas mesmo assim o Japão insitia em não aceitar a rendição. Três dias depois do ataque de Nagasaki, então o Japão rende-se e Hirohito anuncia o facto na cadeia nacional de rádio. Neste discurso radiofónico, ao povo japonês, em nenhum momento ele usa a palavra "rendição", optando pela expressão "cessar fogo".
Muitos consideravam Hirohito um criminoso de guerra, um oficial dos Aliados chegou à discursar dizendo que Hirohito "havia levado o Japão à Guerra de forma ainda mais ditatorial que o próprio Hitler", porém o povo apelou, uma vez que consideravam o imperador um deus, seria inadmissível para eles que Hirohito fosse julgado por crimes de guerra, chegando até a mencionarem uma revolta caso isso ocorresse, pelo que os governos aliados permitiram que ele permanecesse no trono após a guerra.

Por imposição dos Aliados, que ficam no Japão até 1950, toma medidas democratizantes, entre elas a negação do caráter divino do seu cargo, que transforma o Japão numa monarquia constitucional. Economicamente destruída pela guerra, a nação transforma-se em potência industrial no período seguinte. Hirohito abandona os rituais da corte, deixa de usar o quimono, permite a publicação de fotos da família imperial e assume publicamente sofrer de cancro. Morre em Tóquio, depois de reinar durante 63 anos (e ter sido regente 5 anos), sendo sucedido pelo seu filho Akihito.

segunda-feira, janeiro 06, 2014

Dizzy Gillespie morreu há 21 anos

John Birks Gillespie, conhecido como Dizzy Gillespie, (Cheraw, 21 de outubro de 1917 - Englewood, 6 de janeiro de 1993) foi um trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz, sendo, a par de Charlie Parker, uma das maiores figuras no desenvolvimento do movimento bebop no jazz moderno.
Nascido na Carolina do Sul, Dizzy era um instrumentista virtuoso e um improvisador dotado. A juntar às suas capacidades instrumentais, os seus óculos, a sua forma de cantar e tocar (com as bochechas extremamente inchadas), o seu trompete recurvo e a sua personalidade alegre faziam dele uma pessoa especial, dando um aspecto humano àquilo que muitos, incluindo alguns dos seus criadores, classificavam como música assustadora.
Em relação à forma de tocar, Gillespie construiu a sua interpretação a partir do estilo "saxofónico" de Roy Eldridge indo depois muito além deste. As suas marcas pessoais eram o seu trompete (com a campânula inclinada 45º em vez de ser a direito) e as suas bochechas inchadas (tradicionalmente os trompetistas são ensinados a não fazer “bochechas”).
Para além do seu trabalho com Parker, Dizzy Gillespie conduziu pequenos agrupamentos e big bands e aparecia frequentemente como solista com a Norman Granz's Jazz at the Philharmonic. No início da sua carreira tocou com Cab Calloway, que o despediu por tocar “música chinesa”, a lendária big band de Billy Eckstine deu a estas harmonias atípicas uma melhor cobertura.
Nos anos 1940, Gillespie liderou o movimento da música afro-cubana, trazendo elementos latinos e africanos para o jazz, e até para a música pop, em particular a salsa. Das suas numerosas composições destacam-se os clássicos do jazz "Manteca", "A Night in Tunisia", "Birk's Works", e "Con Alma".
Dizzy Gillespie publicou a sua autobiografia em 1979, To Be or not to Bop (ISBN 0306802368), e seria vítima de um cancro no início de 1993, sendo sepultado no Flushing Cemetery em Queens, Nova Iorque.
Tem uma estrela com o seu nome na Calçada da Fama em Hollywood, a número 7057, em Hollywood Boulevard.


O pintor e ilustrador Gustave Doré nasceu há 182 anos

Paul Gustave Doré (Estrasburgo, 6 de janeiro de 1832 - Paris, 23 de janeiro de 1883) foi um pintor, desenhador e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros de meados do século XIX. O seu estilo caracteriza-se pela inclinação para a fantasia, mas também produziu trabalhos mais sóbrios, como os notáveis estudos sobre as áreas pobres de Londres, realizados entre 1869 e 1871.


Louis Braille morreu há 162 anos


Louis Braille (Coupvray, 4 de janeiro de 1809 - Paris, 6 de janeiro de 1852), mais raramente, em português, Luís Braille, foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille.

Biografia
Louis Braille nasceu a 4 de janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou para o olho direito, provocando-lhe cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi selecionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
   
(...)

Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome e que, excepto algumas pequenas melhorias, permanece basicamente o mesmo até hoje.
Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceite. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir o seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose, em 6 de janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, o seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panteão Nacional.

O código Braille

O nome "Louis Braille" em braille

Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula braille permite 63 combinações de pontos. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras frequentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
a | b | c | d | e | f | g | h | i | j
As primeiras dez letras só usam os pontos das duas filas de cima.
Os números de 1 a 9, e o zero, são representados por esses mesmos dez sinais, precedidos pelo sinal de número, especial.
k | l | m | n | o | p | q | r | s | t
As dez letras seguintes acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras letras.
u | v | x | y | z
As últimas cinco letras acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a letra "w" é uma exceção, porque foi acrescentada posteriormente ao alfabeto francês.
As combinações restantes, ainda possíveis visto que 63 hipóteses de combinação dos pontos, são usadas para pontuação, contrações e abreviaturas especiais. Estas contrações e abreviaturas às vezes tornam o braille difícil de aprender. Isto acontece especialmente no caso de pessoas que ficam cegas numa idade mais avançada, visto que a única forma de aprender braile é memorizar todos os sinais. Por esse motivo, há vários "graus" de braille.

Lou Rawls morreu há oito anos

Louis Allen Rawls, mais conhecido como Lou Rawls (Chicago, 1 de dezembro de 1933Los Angeles, 6 de janeiro de 2006) foi um cantor estadunidense de jazz, blues e soul music.
Publicou mais de 70 álbuns e participou de flmes e espetáculos televisivos. Montou juntamente com Sam Cooke, seu colega de escola, o grupo de música evangélica Teenage Kings of Harmony, durante a década de 50. Rawls alistou-se no exército norte-americano em 1955. Em 1958, sofreu um sério acidente automobilístico e permaneceu em coma durante cinco dias e meio. Tal acidente fez com que ele levasse vários meses para recuperar a memória e mais de um ano até que se recuperasse totalmente.
Lou Rawls compõe um grupo de grandes artistas norte-americanos que foram consagrados pelo grande público, por uma adesão absoluta às suas canções que cairam no gosto popular e definiu a musicalidade dos anos sententa em diante. O jazz, o soul, o gospel e a disco são estilos que marcam a bem sucedida carreira, que o coloca entre os principais artistas norte-americanos dos últimos tempos. O cantor era conhecida por sua voz grave e aveludada e um de seus sucessos mais conhecidos foi "You'll Never Find Another Love Like Mine", de 1976.
Lou Rawls morreu de cancro de pulmão, em Los Angeles, aos 72 anos.


Malcolm Young, o líder dos AC/DC, faz hoje 61 anos

Malcolm Mitchell Young (Glasgow, Escócia - 6 de janeiro de 1953) é um guitarrista escocês naturalizado australiano e membro fundador da banda de rock australiana AC/DC, juntamente com o seu irmão mais novo, Angus Young, sendo o guitarrista rítmico, vocalista de apoio (juntamente com Cliff Williams) e compositor. É o compositor de todas as músicas do grupo, juntamente com o seu irmão e Bon Scott/Brian Johnson. É bastante conhecido pelos riffs que criou, como por exemplo, o de Back in Black (o álbum homónimo é considerado o segundo mais vendido da história da música). Foi colocado no Rock and Roll Hall of Fame em 2003, com os outros membros dos AC/DC. Ele está com a banda desde sua fundação, em 1973, apesar de uma breve ausência em 1988. Malcolm é o líder da banda e quem toma as decisões principais.
Apesar do seu irmão mais novo, Angus Young, ser mais conhecido, Malcolm é o responsável pela maioria dos riffs dos AC/DC e pela sua amplitude musical.


Syd Barrett, um dos fundadores dos Pink Floyd, nasceu há 68 anos

Roger Keith Barrett, mais conhecido como Syd Barrett (Cambridge, 6 de janeiro de 1946 - Cambridge, 7 de julho de 2006) foi um cantor, produtor, guitarrista e pintor inglês, mais lembrado como um dos fundadores dos Pink Floyd. Vieram de Barrett as principais ideias musicais e estilísticas daquela que, então, era uma banda de rock psicadélico, assim como o nome do grupo. Todavia, especulações sobre a sua deterioração mental, agravada pelo exagerado uso de drogas, levaram à sua saída da banda, em 1968.
Além de ser um dos pioneiros do rock psicadélico, com as suas expressivas linhas de guitarra e composições imaginativas, Barrett também foi um dos pioneiros do space rock e do folk psicadélico. Esteve ativo enquanto músico apenas sete anos, gravando, com os Pink Floyd, quatro singles, dois álbuns e diversas músicas não lançadas; como artista a solo, lançou um single e três álbuns, até entrar em reclusão autoimposta, que durou mais de trinta anos.
Em sua vida pós-música, ele continuou pintando e dedicou-se à jardinagem. Nunca mais voltou a público. Barrett morreu em 2006, por complicações advindas de diabetes. Diversas biografias foram escritas sobre ele desde os anos 80, e os Pink Floyd escreveram e gravaram inúmeros tributos a ele após a sua saída do grupo, sendo o mais conhecido deles o álbum Wish You Were Here, de 1975. Em 1996, ele foi colocado no Hall da Fama do Rock and Roll, como membro dos Pink Floyd.


Alex Turner, o vocalista dos Arctic Monkeys, faz hoje 28 anos

Alexander David Turner (Sheffield, 6 de janeiro de 1986) é um músico inglês, conhecido como o vocalista, guitarrista e principal compositor da banda inglesa de indie rock Arctic Monkeys. Tem também um projeto paralelo, chamado The Last Shadow Puppets, com seu amigo Miles Kane. Turner tem uma voz classificável como de barítono.


Mendel, o desconhecido pai da genética moderna faleceu há 130 anos

Durante a sua vida, Mendel publicou dois grandes trabalhos agora clássicos: "Ensaios com plantas híbridas" (Versuche über Pflanzen-hybriden), que não abrangia mais de trinta páginas impressas e "Hierácias obtidas pela fecundação artificial".
Em 1865, formula e apresenta em dois encontros da Sociedade de História Natural de Brno as leis da hereditariedade, hoje chamadas Leis de Mendel, que regem a transmissão dos caracteres hereditários. Após 1868, as tarefas administrativas mantiveram-no tão ocupado que não pode dar continuidade às suas pesquisas, vivendo o resto da sua vida em relativa obscuridade. É conhecido como "Pai da Genética" atualmente.

Biografia
Nasceu em Heinzendorf bei Odrau (hoje chamada Vražné, no distrito de Nový Jičín), região de Troppau (hoje chamada Opava), na Silésia, que então pertencia ao Império Austríaco. Foi batizado a 22 de julho, data que muitas vezes se confunde com a sua data de nascimento, e era de uma família de humildes camponeses. Na sua infância revelou-se muito inteligente; em casa costumava observar e estudar as plantas. Sendo um brilhante estudante a sua família encorajou-o a seguir estudos superiores, e, aos 21 anos, a entrar num mosteiro da Ordem de Santo Agostinho em 1843 (atual mosteiro de Brno, hoje na República Checa) pois não tinham dinheiro para suportar o custo dos estudos. Obedecendo ao costume, ao tornar-se monge, optou um outro nome: "Gregor". Então Mendel tinha a seu cargo a supervisão dos jardins do mosteiro.
Estudou ainda, durante dois anos, no Instituto de Filosofia de Olmütz (hoje Olomouc, República Checa) e na Universidade de Viena (1851-1853).
Mas Mendel não só se interessou nas plantas, ele também era meteorologista e estudou as teorias da evolução. Ao longo da sua vida foi membro, director e fundador de muitas sociedades locais: director do Banco da Morávia, foi fundador da Associação Meteorológica austríaca, membro da Real e Imperial Sociedade da Morávia e Silésia para a melhoria da agricultura, entre outras.
Morreu a 6 de janeiro de 1884, em Brno, no antigo Império Austro-Húngaro, hoje República Checa de uma doença renal crónica; um homem à frente do seu tempo, mas ignorado durante toda a sua vida.

Experiências - cruzamentos de plantas
Desde 1843 a 1854 tornou-se professor de ciências naturais na Escola Superior de Brno, dedicando-se ao estudo do cruzamento de muitas espécies: feijões, chicória, bocas-de-dragão, plantas frutíferas, abelhas, ratos e, principalmente, ervilhas, cultivadas na horta do mosteiro onde vivia, analisando os resultados matematicamente, durante cerca de sete anos. Gregor Mendel, "o pai da genética", como é conhecido, foi inspirado tanto pelos professores como pelos colegas do mosteiro que o pressionaram a estudar a variação do aspecto das plantas. Propôs que a existência de características (tais como a cor) das flores é devida à existência de um par de unidades elementares de hereditariedade, agora conhecidas como genes.

Abelhas
Após o estudo com ervilheira Mendel dedicou-se ao estudo das abelhas, tentando estender as suas conclusões para os animais. Produziu uma estirpe híbrida entre abelhas do Egipto e da América do Sul que produziam um mel considerado excelente, contudo eram muito agressivas, picando muitas pessoas dos arredores, e foram destruídas. Mendel continuou a dedicar-se ao passatempo de apicultura, mesmo após ser eleito abade do Mosteiro de Brno, tendo inclusive fundado a Sociedade de Apicultura de Brno.

Redescoberta
As descobertas de Mendel, apesar de muito importantes, permaneceram praticamente ignoradas até começos do século XX (embora tivessem estado disponíveis nas maiores bibliotecas da Europa e dos Estados Unidos), sendo publicadas somente no início do século XX, anos após sua morte. Foram "redescobertas" por um grupo de cientistas, um alemão - K. Correns, um austríaco - E. Tschermak e outro neerlandês - H. de Vries. Originalmente pensava-se que o austríaco Eric von Tschermark teria sido um dos "redescobridores" mas nunca mais foi aceite. A sua teoria foi essencial para a síntese evolutiva moderna.

Cronologia
  • 1822 - No dia 20 de julho, nasce Gregor Johann Mendel na Silésia, na região de Troppau, filho de uma família de camponeses.
  • 1841-1843 - Estuda dois anos no Instituto Filosófico em Olomouc.
  • 1843-1854 - Torna-se professor de ciências naturais na Escola Superior de Brno
  • 1843 - Entra no mosteiro de Brno, onde passará a maior parte da sua vida e onde fará as suas famosas experiências.
  • 1847 - É ordenado sacerdote.
  • 1851-1853 - Estuda dois anos na Universidade de Viena história natural.
  • 1853 - De volta ao mosteiro, dá aulas principalmente de Física.
  • 1856 - Inicia as suas experiências nos jardins do mosteiro onde cruza as ervilhas e diferentes árvores.
  • 1862 -  Funda, com alguns colegas do mosteiro, a Sociedade de Ciências Naturais.
  • 1863 - Acaba as suas experiências em animais e plantas que duraram cerca de sete anos.
  • 1865 - A 8 de março e a 8 de fevereiro apresenta à sociedade local o seu trabalho: "Ensaios com Plantas Híbridas".
  • 1866 - Pública oficialmente o seu livro tendo muito pouco impacto na comunidade científica.
  • 1868 - É eleito abade do mosteiro, após o que nunca mais pôde continuar as suas pesquisas, devido às numerosas tarefas administrativas.
  • 1871 - É nomeado presidente da Sociedade de Apicultura de Brno.
  • 1873 - Mendel demite-se do cargo.
  • 1874 - É reeleito, mas por razões pessoais não ocupa o cargo.
  • 1884 - Morre a 6 de janeiro de 1884 em relativa obscuridade, aos 61 anos de idade.
  • 1900 - Os botânicos K. Correns (Alemanha), E. Tschermak (Áustria) e H. de Vries (Países Baixos) redescobrem o trabalho de Mendel, demonstrando a sua importância e estabelecendo as Leis de Mendel.

Rowan Atkinson - 59 anos

Rowan Sebastian Atkinson (Consett, 6 de janeiro de 1955) é um ator, comediante e roteirista britânico. Tornou-se mundialmente conhecido pela carismática personagem Mr. Bean que ele criou e interpretou.


Max Bruch nasceu há 176 anos

Max Christian Friedrich Bruch, também conhecido como Max Karl August Bruch (Colónia, 6 de janeiro de 1838Berlim, 2 de outubro de 1920), foi um compositor e maestro alemão do período romântico da Música Erudita. Max Bruch escreveu mais de 200 obras musicais, incluindo três concertos para violino, um dos quais é considerado pièce de résistance do reportório de violino.

O seu pai era um inspetor de polícia e a sua mãe era uma soprano. Desde pequeno, Bruch já demonstrava talento musical, conforme atestou Ignaz Moscheles, e por isso recebeu uma educação voltada para isso. O seu primeiro professor foi o compositor e pianista Ferdinand Hiller, a quem Robert Schumann dedicou seu "Concerto para Piano".
Por esta razão, aos 11 anos ele já tinha composto algumas obras que eram interpretadas em público. Em 1852, quando tinha somente 16 anos de idade, compôs a sua primeira sinfonia e um quarteto para cordas, que lhe valeu um prémio da Fundação Mozart em Frankfurt e uma bolsa de estudos.
No ano seguinte Bruch iniciou seus estudos musicais em Frankfurt, continuando-os mais tarde em Leipzig. Após cinco anos passaria a trabalhar durante três anos em Colónia, como professor de música. Entre 1861 e 1865 fez numerosas viagens pela Alemanha, Áustria, França e Bélgica, onde deu recitais. No fim desse período aceitou o cargo de diretor de música em Coblenz (onde ficou até 1867) e mais tarde de maestro na Turíngia.
Em 1870, Bruch estabeleceu-se em Berlim, onde retornou ao trabalho como o professor de música. Em 1880, aos 42 anos, casou-se com uma cantora, Clara Tuczek, de quem teve quatro filhos. Neste mesmo ano foi nomeado diretor da Orquestra Filarmónica de Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceu durante três anos. Em seguida dirigiu a Orquestra da cidade de Breslau (já na Alemanha), até que, em 1891, se torna diretor da Escola de Composição de Berlim. Nos anos seguintes, Bruch é reconhecido em repetidas ocasiões. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Cambridge e Berlim. Em Berlim, ingressa na Academia de Belas Artes como diretor.
Nos dez últimos anos de sua vida Bruch renuncia a todas as suas funções e dedica-se inteiramente à composição. Entre as suas obras mais importantes estão os seus concertos para violino, entre os quais o "Concerto n.º 1 em Sol menor para Violino e o Orquestra", que continua tendo no ainda hoje uma aceitação extraordinária, comparado com o também famoso concerto para o violino de Mendelssohn. Também são muito conhecidas hoje em dia as "Fantasia Escocesa", para Violino e Orquestra, as "Danças Suecas" e as suas "Variações sobre o Kol Nidrei", para o Violoncelo e Orquestra, baseadas em melodías litúrgicas judaicas.
Bruch compôs muitas outras obras que foram populares no seu tempo, como as suas três sinfonias, as suas óperas (entre elas especialmente "Loreley") e os seus Corais e Cantatas.
Max Bruch morreu em 1920, em Berlim, aos 82 anos de idade. Está sepultado no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin.


domingo, janeiro 05, 2014

Morreu Eusébio...

(imagem daqui)

O Rei morreu. O Pantera Negra, já doente há longa data, deixou-nos esta noite. Eu, que ainda o pude ver a atuar, como jogador de futebol, no jogo Sport Clube Beira-Mar - Sporting Clube de Portugal, em Aveiro, no campeonato de 76/77 (o último ano que jogou na I Divisão Nacional, já escorraçado do Benfica há algum tempo), num jogo que terminou empatado, sempre o achei um dos melhores jogadores do Mundo e não merecia o tratamento de final de carreia na sua equipa. Viria depois a reentrar, pela porta grande, no clube a que dedicou grande parte da sua vida: o Sport Lisboa e Benfica. Aos adeptos deste clube, aos adeptos do futebol, aos caros compatriotas, os nossos sentidos pêsames...

Notícia no Público sobre dinossáurios

Afinal, os dinossauros bico-de-pato também tinham cristas como os galos

Ilustração científica do Edmontosaurus regalis, com o seu bico de pato e a crista de galo

O fóssil de Edmontosaurus regalis em que ficaram preservadas a crista (o alto arredondado) e as escamas do pescoço


Possuía um focinho semelhante a um bico de pato, uma característica comum deste grupo de dinossauros. Já da crista de tecido mole – agora encontrada – ainda não havia nenhum registo.

O registo fóssil dos Edmontosaurus, um dos dinossauros bico-de-pato, é bastante rico, compondo-se não só de ossos, mas também de conteúdos estomacais e impressões de pele. Foram as impressões das escamas, mas sobretudo as marcas deixadas por uma crista não óssea que tornaram um exemplar de Edmontosaurus regalis encontrado na Formação Wapiti, em Alberta (Canadá), tão surpreendente. A descoberta foi publicada na última edição da revista Current Biology.

“A pele e os músculos estão entre os primeiros materiais a decomporem-se depois de um animal morrer, portanto é raro fossilizarem”, esclarece ao PÚBLICO um dos autores do estudo, Phil Bell, da Universidade da Nova Inglaterra, na Austrália. Justifica-se assim por que é que os investigadores deram destaque à descoberta do primeiro exemplar de Edmontosaurus regalis com uma crista composta exclusivamente de tecidos moles (que se decomporia facilmente).

Acontece, por vezes, que certos materiais de rápida decomposição ficam preservados, como nas múmias naturais ou mesmo nos fósseis, mas em ambos os casos requerem-se condições muito especiais que só se verificam esporadicamente. “[Neste caso] achamos que pode ter havido uma bactéria responsável pela preservação da pele nos primeiros momentos depois do material ter ficado enterrado. Poderá ser uma bactéria que facilite a deposição de elementos como ferro e cálcio na pele, ajudando a que seja criada uma réplica [molde] perfeita da pele e das escamas”, diz o investigador.

As condições particulares a que foram sujeitos os organismos para se transformarem em fósseis na jazida canadiana ainda não são conhecidas, mas Phil Bell especula: “Devem ter sido únicas e ideais para a preservação de tecidos moles, porque há uma elevada percentagem de hadrossauros [família a que pertencem os Edmontosaurus] que deixaram impressões de pele na Formação Wapiti.”

No grupo dos hadrossauros – ou dinossauros bico-de-pato – existem algumas espécies com cristas ósseas ocas, que parecem estar relacionadas com a produção e amplificação de sons, função também atribuída à estrutura existente na cabeça do casuar (uma ave corredora moderna da Oceania). Já no caso da crista de tecido mole, ela poderá ter uma função mais semelhante à crista dos galos, tendo um papel nas relações sociais e na selecção sexual. O uso como defesa ou na acumulação de gordura não parecem adequar-se à estrutura encontrada.

Enquanto alguns cientistas defendem que os hadrossauros terão perdido as suas cristas ao longo do tempo, a recente descoberta vem mostrar que as cristas ósseas (com ou sem tecidos moles) poderão ter sido sucedidas por cristas exclusivamente de tecidos moles (sem estrutura óssea).

Centenas de dentes amontoados
A crista do Edmontosaurus regalis encontrada pela equipa multinacional – com investigadores da Universidade da Nova Inglaterra, Universidade de Bolonha (Itália) e Universidade de Alberta – estava nitidamente agarrada ao crânio, sem, contudo, ter nenhum suporte ósseo associado. Media 33 centímetros de comprimento (num crânio de um metro), tinha praticamente a largura do crânio e a sua altura chegava aos 20 centímetros. Estava revestida por escamas poligonais homogéneas de três a quatro milímetros, que também ficaram preservadas.

Para os autores do estudo, a presença destas cristas pode não ser exclusiva do Edmontosaurus regalis, pode até nem estar restrita ao grupo dos hadrossauros. “Não há nenhuma razão para que outras estruturas carnudas estranhas não pudessem existir numa série de outros dinossauros, incluindo T-rex e Triceratops”, diz Phil Bell, no comunicado de imprensa.

Os Edmontosaurus – que significa "lagartos de Edmonton", uma localidade em Alberta – foram dos dinossauros mais comuns da América do Norte no Cretácico Superior, há 65 a 75 milhões de anos. Estes dinossauros, que podiam chegar aos 13 metros de comprimento, deslocavam-se em grandes manadas de herbívoros, com milhares de indivíduos, cujo papel no ecossistema seria equivalente ao que os veados, por exemplo, desempenham hoje em dia. Tinham centenas de dentes amontoados na parte de trás das mandíbulas, perfeitamente adaptados para moer as plantas de que se alimentavam, incluindo as folhas rígidas das coníferas.

in Público - ler notícia

Nelson Ned deixou-nos hoje...

Nelson Ned d'Ávila Pinto (Ubá, 2 de março de 1947 - Cotia, 5 de janeiro de 2014) foi um cantor e compositor brasileiro.

Nos anos 60 começou a se apresentar e gravar discos, inclusive nos países da América Latina, onde era extremamente popular. Com reportório voltado para a música romântica, os seus shows atraíam multidões em estádios e teatros.
Nelson Ned, como compositor, já teve canções gravadas por Moacyr Franco, Antônio Marcos, Agnaldo Timóteo e outros. O maior sucesso de sua carreira foi a canção Tudo Passará, de 1969, que obteve quarenta regravações, inclusive em versão sertaneja com a dupla João Mineiro & Marciano nos anos 80, que, no mesmo disco, também gravaram de Nelson o hit Se Eu Pudesse Falar Com Deus.
Ganhou Discos de Ouro no Brasil, e teve na sua carreira um feito histórico, apresentar-se no Carnegie Hall, em Nova York, feito que se repetiu 4 vezes com casa cheia.
A partir de 1990 passou a cantar canções evangélicas, após ter-se convertido ao neopentecostalismo, tendo conquistado um Disco de Ouro já no seu primeiro lançamento gospel.
Lançou em 1996 a biografia O Pequeno Gigante da Canção, uma referência à sua condição de anão (o cantor media 1,12 metros de altura). No livro, ele contou que enfrentou uma depressão no auge da sua carreira, passou a beber e envolveu-se no consumo de drogas.
Sofreu um acidente vascular cerebral em 2003, o que o levou a perder a visão do olho direito. Desde então, morava em uma residência adaptada para as suas necessidades em São Paulo. O cantor ainda sofria de diabetes, hipertensão e estaria com doença de Alzheimer.
No dia 24 de dezembro de 2013, passou a viver em uma clínica de repouso na Granja Viana, Cotia, próximo de São Paulo. Poucos dias depois, a 4 de janeiro, ele deu entrada no Hospital Regional de Cotia, com infecção respiratória aguda, pneumonia e problemas na bexiga. Nelson Ned foi internado no dia 4 de janeiro (sábado), no Hospital Regional de Cotia, com um quadro de pneumonia que, segundo a assessoria de imprensa do hospital, já era grave. O músico recebeu tratamento mas não resistiu e veio o óbito no dia seguinte (a 5 de janeiro - domingo).

Passos Manuel nasceu há 213 anos

Manuel da Silva Passos (São Martinho de Guifões, 5 de janeiro de 1801 - Santarém, 18 de janeiro de 1862), mais conhecido por Passos Manuel, bacharel formado em Direito, advogado, parlamentar brilhante, ministro em vários ministérios e um dos vultos mais proeminentes das primeiras décadas do liberalismo, encarnando a esquerda do movimento vintista na fase inicial da monarquia constitucional, tendo depois assumido o papel de líder incontestado dos setembristas. Foi seu irmão mais velho, e inseparável aliado na vida política, José da Silva Passos, um também proeminente político da esquerda liberal. Ficou célebre a sua declaração de princípios: A Rainha é o chefe da nação toda. E antes de eu ser de esquerda já era da Pátria. A Pátria é a minha política.

Dois pequenos sismos sentidos nos Açores - Pico

Recebido via e-mail do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA):

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 05.01.2014, pelas 02.32 e 02.33 (hora local) foram registados nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, dois sismos de magnitude 2.8 e 3.0 (Richter) e cujos epicentros se localizaram próximo de S. Caetano (Pico).

Este sismos, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causaram danos pessoais ou materiais e foram sentidos com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) na região de S. Caetano e S. Mateus, na Ilha do Pico.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).

O Homem que levou a Espanha da ditadura franquista para a democracia nasceu há 76 anos

Juan Carlos da Espanha (nascido Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias; Roma, 5 de janeiro de 1938) é o atual Rei da Espanha. Nasceu na Itália durante o exílio do seu avô, sendo filho de Juan de Borbón y Battenberg e de Maria das Mercedes de Bourbon e Orléans, Princesa das Duas Sicílias.
O seu avô, Afonso XIII, foi Rei da Espanha até 1931, altura em que foi deposto pela Segunda República Espanhola. Por expresso desejo de seu pai, a sua formação fundamental desenvolveu-se na Espanha, onde chegou pela primeira vez aos 10 anos, procedente de Portugal, onde residiam os Condes de Barcelona desde 1946, na vila atlântica do Estoril, e foi aluno interno num colégio dos Marianos, da cidade suíça de Friburgo.
O ditador General Francisco Franco foi quem nomeou Juan Carlos como príncipe herdeiro em 1969, após a Espanha já ter extinto a monarquia. Após a morte de Franco, conseguiu fazer a transição pacífica do regime franquista para a democracia parlamentar e, segundo sondagens de opinião, goza de grande popularidade entre os espanhóis.
Brasão Real de Juan Carlos I