domingo, março 02, 2025
Uma pintura de Miró, para recordar um dia triste...
Postado por
Pedro Luna
às
13:13
0
bocas
Marcadores: Catalunha, Espanha, franquismo, Joan Miró, pena de morte, pintura, Salvador Puig Antich
Hoje é dia de chorar, cantando, o assassinato de Salvador Puig Antich...
Postado por
Pedro Luna
às
05:10
0
bocas
Marcadores: anarquia, Catalunha, Espanha, franquismo, garrote vil, I si canto trist, in memoriam Salvador Puig i Antich, Lluís Llach, pena de morte, Salvador Puig Antich
A Espanha executou, com garrote vil, Salvador Puig Antich há 51 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:51
0
bocas
Marcadores: anarquia, franquismo, garrote vil, pena de morte, Salvador Puig Antich
domingo, fevereiro 23, 2025
O estertor final do franquismo tentou acabar com a Democracia em Espanha há 44 anos
O frustrado golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981 na Espanha, também conhecido como 23-F, foi uma tentativa de golpe de estado perpetrada por certos militares, sendo o acontecimento mais representativo o assalto ao Congresso dos Deputados por um numeroso grupo de guardas civis, comandado pelo tenente-coronel Antonio Tejero. O assalto ocorreu durante a votação da nomeação para Presidente do Governo da Espanha, de Leopoldo Calvo-Sotelo, da UCD.
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
00:44
0
bocas
Marcadores: 23 de fevereiro de 1981, 23-F, democracia, Espanha, franquismo, golpe de estado, Juan Carlos I, Monarquia Constitucional
sexta-feira, janeiro 24, 2025
A matança de Atocha foi há 48 anos...
Monumento aos advogados assassinados, situado na Rua de Atocha em Madrid
A matança de Atocha de 1977 foi um atentado terrorista tardofranquista de extrema direita cometido na Rua Atocha, no centro de Madrid, na noite de 24 de janeiro de 1977. Foi um dos factos que marcaram a transição espanhola.
O autodenominado comando Roberto Hugo Sosa da Aliança Apostólica Anticomunista (AAA) penetrou num escritório de advogados em direito laboral de Comisiones Obreras (CC.OO.) e militantes do Partido Comunista de Espanha (PCE), ainda ilegal no país, situado no número 55 da Rua de Atocha, abrindo fogo contra os ali presentes, matando cinco pessoas e deixando quatro feridos.
O jornal italiano Il Messaggero indicou, em março de 1984, que neofascistas italianos participaram na matança, algo que foi provado em 1990, quando um relatório oficial italiano relatou que Carlo Cicuttini, um neofascista italiano próximo da organização Gládio (uma rede clandestina anti-comunista dirigida pela CIA), participara na matança. Cicuttini fugira para a Espanha, onde adquiriu a nacionalidade espanhola, depois do atentado de Peteano de 1972, feito com Vincenzo Vinciguerra.
Atualmente 24 povoações de Madrid, nas suas ruas e praças, lembram as vítimas do número 55 da Rua Atocha.
O atentado
Os terroristas, aparentemente, iam à procura do dirigente comunista Joaquín Navarro, dirigente do Sindicato de Transportes de CC.OO. em Madrid, que convocara umas greves que, em boa medida, desarticularam a que chamavam máfia franquista do transporte. Ao não o encontrarem, já que saíra um pouco antes, decidiram matar os presentes, concretamente dois jovens com armas de fogo, após tocar a campainha do apartamento entre 22.30 e 22.45 horas. Com eles ia uma terceira pessoa, encarregue de cortar os cabos do telefone e registar os escritórios. Na mesma noite, pessoas desconhecidas assaltaram também um escritório do sindicato da UGT, que estava vazio.
Como consequência dos tiros foram mortos os advogados Enrique Valdevira Ibáñez, Luis Javier Benavides Orgaz e Francisco Javier Sauquillo Pérez del Arco; o estudante de direito Serafín Holgado de Antonio; e o administrativo Ángel Rodríguez Leal. Ficaram ainda gravemente feridos Miguel Sarabia Gil, Alejandro Ruiz Huertas, Luis Ramos Pardo e Dolores González Ruiz, casada com Sauquillo, grávida, que perdeu o seu bebé.
Postado por
Fernando Martins
às
00:48
0
bocas
Marcadores: advogados, comunistas, extrema-direita, franquismo, Gládio, matança de Atocha de 1977, PCE, transição democrática
terça-feira, dezembro 31, 2024
Hoje é dia de celebrar um Poeta...
Unamuno
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo…
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro,
D. Quixote o segundo.)
Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!
Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.
Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe Segundo construído
Com granito da fé peninsular.
E falava com Deus em castelhano.
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico, romano,
Dentro dum corpo quente de heresia.
Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ia de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.
Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel,
E guardava a mais pura na lapela.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por
Pedro Luna
às
22:22
0
bocas
Marcadores: Espanha, Filosofia, franquismo, Miguel de Unamuno, Miguel Torga, poesia
sexta-feira, dezembro 20, 2024
A ETA assassinou Carrero Blanco há cinquenta e um anos...
Luis Carrero Blanco, primeiro Duque de Carrero Blanco (Santoña, 4 de março de 1903 - Madrid, 20 de dezembro de 1973) foi um militar e político espanhol. Ocupou diversos cargos no governo franquista; foi assassinado num atentado quando era presidente do governo de Espanha durante a etapa final dessa ditadura.
Em 1940 redigiu uma recomendação propondo a neutralidade espanhola na II Guerra Mundial. Desde então tornou-se homem de confiança de Franco, foi nomeado Subsecretário (1941) e Ministro da Presidência (1951), logo vice-presidente (1967), o que implicou um acréscimo crescente do seu peso específico no governo do Estado. No seu trabalho procurou limitar a influência dos falangistas, promoveu a modernização económica e administrativa do Estado, embora sempre dentro do franquismo, e apoiou o planeamento da sucessão monárquica do regime, na figura de Juan Carlos I.
"Operação Ogro" foi o nome em chave com o que ETA denominou a este magnicídio. Os membros de ETA deslocaram-se até Madrid e alugaram um porão no número 104 da Rua Claudio Coello; a partir dali escavaram um túnel até o centro da quadra, onde colocaram cerca de 100 quilogramas de Goma-2 que fizeram explodir, em 20 de dezembro de 1973, o carro de Carrero Blanco, quinze minutos antes do começo do julgamento contra dez membros do então sindicato clandestino Comissões Operárias, conhecido como "Processo 1001".
A explosão, que acabou com a vida de Carrero Blanco, foi tão violenta que o carro voou pelos ares e caiu na açoteia de um edifício anexo à igreja onde assistira à missa momentos antes. Também faleceram outras duas pessoas, o inspetor de Polícia José Antonio Bueno Fernández, e o condutor do veículo, José Luis Pérez Mogena.
Carrero Blanco, que sido advertido da possibilidade de sofrer um atentado recusara aumentar as suas escassas medidas de segurança; o seu horário e os seus itinerários eram invariáveis e o carro no que se deslocava não estava blindado.
O objetivo do atentado, segundo indicava o comunicado no que ETA assumia a sua autoria, era intensificar as divisões então existentes no seio do regime franquista entre os "aberturistas" e os "puristas". Segundo declarações posteriores de Txikia, um dos membros do comando, Carrero Blanco era "uma peça fundamental" e "insubstituível" do regime e representava o "franquismo puro":
“ | A execução em si tinha um alcance e uns objetivos claríssimos. A partir de 1951 Carrero ocupou praticamente a chefia do Governo no regime. Carreiro simbolizava melhor que ninguém a figura do «franquismo puro» e sem se ligar totalmente a nenhuma das tendências franquistas, visava puxar paulatinamente o Opus Dei para o poder. Homem sem escrúpulos, montou conscienciosamente o seu próprio Estado dentro do Estado: criou uma rede de informadores dentro dos Ministérios, do Exército, da Falange e mesmo dentro da própria Opus Dei, a sua polícia conseguiu meter-se em todo o aparelho de estado franquista. Foi tornando-se assim no elemento chave do sistema e numa peça fundamental do jogo político da oligarquia. Por outro lado, chegou a ser insubstituível, pela sua experiência e capacidade de manobra e porque ninguém conseguia como ele manter o equilíbrio interno do franquismo […] | ” |
A complexidade do atentado fez suspeitar que talvez outras organizações estiveram implicadas, estando a CIA entre as mais mencionadas, o que foi desmentido pelos próprios autores do atentado.
A única pessoa que supostamente viu o conhecido como "homem da gabardina branca" que entregou os horários e rotas de Carrero Blanco no "Hotel Mindanao" de Madrid, foi assassinado em 1978 por uma organização paramilitar, o Batalhão Basco-Espanhol. Assim mesmo, um dos supostos autores materiais do atentado foi assassinado pouco depois.
Postado por
Fernando Martins
às
00:51
0
bocas
Marcadores: atentado, Carrero Blanco, Espanha, ETA, franquismo, primeiro-ministro, terrorismo
quarta-feira, novembro 20, 2024
O ditador Francisco Franco morreu há 49 anos
Francisco Franco Bahamonde (Ferrol, 4 de dezembro de 1892 - Madrid, 20 de novembro de 1975) foi um militar, chefe de estado e ditador espanhol. Conhecido como Generalíssimo, Francisco Franco ou simplesmente Franco, integrou o Golpe de Estado na Espanha em julho de 1936 contra o governo democrático da Segunda República, que levou à Guerra Civil Espanhola. Foi nomeado como chefe supremo das tropas sublevadas em 10 de outubro de 1936, sendo o chefe de Estado da Espanha desde o final do conflito até ao seu falecimento, em 1975, e como chefe de Governo entre 1938 e 1973.
Postado por
Fernando Martins
às
00:49
0
bocas
Marcadores: ditadores, Espanha, Francisco Franco, Franco, franquismo, Guerra Civil Espanhola, regime franquista
segunda-feira, novembro 18, 2024
As Cortes franquistas aprovaram a lei que levou a Espanha à democracia há 48 anos
- Estabelecia o conceito de soberania popular como direito político igual para todos os maiores de 21 anos (nesse momento a maioridade legal).
- Procedia a criar um sistema bicameral: Congresso dos Deputados e Senado, com um mandato de quatro anos. Os seus membros seriam eleitos por sufrágio universal livre, direto e segredo, exceto uma quinta parte dos senadores que eram designados diretamente pelo Rei.
- Autorizava expressamente o Governo ou o Congresso dos Deputados assim eleito a iniciar uma reforma constitucional, se bem que não indicava textualmente que as Cortes Generales resultantes foram a derrogar o conjunto de Leis Fundamentais que, como bloco constitucional, mantinham a estrutura do regime político proveniente da ditadura. Isto era assim com o fim de não provocar a oposição dos partidários "até à morte" do regime franquista, o chamado búnker.
Postado por
Fernando Martins
às
00:48
0
bocas
Marcadores: democracia, Espanha, franquismo, transição democrática
domingo, setembro 29, 2024
Poema de aniversariante de hoje...
Castilla
Tú me levantas, tierra de Castilla,
en la rugosa palma de tu mano,
al cielo que te enciende y te refresca,
al cielo, tu amo,
Tierra nervuda, enjuta, despejada,
madre de corazones y de brazos,
toma el presente en ti viejos colores
del noble antaño.
Con la pradera cóncava del cielo
lindan en torno tus desnudos campos,
tiene en ti cuna el sol y en ti sepulcro
y en ti santuario.
Es todo cima tu extensión redonda
y en ti me siento al cielo levantado,
aire de cumbre es el que se respira
aquí, en tus páramos.
¡Ara gigante, tierra castellana,
a ese tu aire soltaré mis cantos,
si te son dignos bajarán al mundo
desde lo alto!
Postado por
Pedro Luna
às
16:00
0
bocas
Marcadores: Espanha, Filosofia, franquismo, Generación del 98, Miguel de Unamuno, poesia
Miguel de Unamuno nasceu há cento e sessenta anos...
Unamuno
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo…
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro,
D. Quixote o segundo.)
Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!
Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.
Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe Segundo construído
Com granito da fé peninsular.
E falava com Deus em castelhano.
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico, romano,
Dentro dum corpo quente de heresia.
Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ia de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.
Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel,
E guardava a mais pura na lapela.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por
Fernando Martins
às
00:16
0
bocas
Marcadores: Espanha, Filosofia, franquismo, Miguel de Unamuno, Miguel Torga, poesia
sexta-feira, setembro 27, 2024
As derradeiras vítimas do franquismo foram executadas há 49 anos...
Las ejecuciones
Además de los policías y guardias civiles que participaron en los piquetes, había otros que llegaron en autobuses para jalear las ejecuciones. Muchos estaban borrachos. Cuando fui a dar la extremaunción a uno de los fusilados, aún respiraba. Se acercó el teniente que mandaba el pelotón y le dio el tiro de gracia, sin darme tiempo a separarme del cuerpo caído. La sangre me salpicó.
Jamás el abajo firmante, desde que sigue los procesos políticos en España, ha tenido una impresión tan clara de asistir a un tal simulacro de proceso, en definitiva a una siniestra farsa, si pensamos un momento en el provenir que les aguarda a los acusados.
Todo lo que en España y Europa se ha armado obedece a una conspiración masónico-izquierdista, en contubernio con la subversión comunista-terrorista en lo social, que si a nosotros nos honra, a ellos les envilece.Esta fue la última aparición pública del dictador.
in Wikipédia
(imagem daqui)
Postado por
Fernando Martins
às
00:49
0
bocas
Marcadores: barbárie, ditadura, ETA, farsa judicial, Franco, franquismo, FRAP, julgamento encenado, pena de morte, vergonha
quinta-feira, maio 30, 2024
Música para recordar um pobre rapaz catalão...
Postado por
Pedro Luna
às
13:13
0
bocas
Marcadores: anarquia, El año que mataron a Salvador, franquismo, garrote vil, Loquillo, pena de morte, Salvador Puig Antich
Salvador Puig Antich, o último homem executado no garrote vil em Espanha, nasceu há 76 anos...
Juventud
Militancia
Proceso judicial y ejecución
Cine, literatura, teatro, pintura y música
Postado por
Fernando Martins
às
07:06
0
bocas
Marcadores: anarquia, franquismo, garrote vil, pena de morte, Salvador Puig Antich