sábado, outubro 05, 2013

Porque hoje é um dia especial para a nossa Pátria...

...celebremo-lo com um bonito poema de Manuel Alegre. Não porque hoje passem 103 anos sobre a imposição da república (que transformou um país com uma democracia - os republicanos tinham até elegido deputados para o Parlamento - numa ditadura anárquica e caciquista de pouco mais de 15 anos). Mas porque é o dia da independência nacional - El-Rei D. Afonso Henriques impôs ao seu primo, o Rei de Castela e Leão, a separação do nosso país, que, ainda em vida, viu também reconhecida pelo Papa. Assim hoje, embora não seja feriado (e os senhores de aventais, cada vez menos, não possam ir a alguns cemitérios homenagear os parvos que impuseram um péssimo regime ao país), há que recordar a data:

LIBERDADE

Sobre esta página escrevo
teu nome que no peito trago escrito
laranja verde limão
amargo e doce o teu nome.

Sobre esta página escrevo
o teu nome de muitos nomes feito água e fogo lenha vento
primavera pátria exílio.

Teu nome onde exilado habito e canto mais do que nome: navio
onde já fui marinheiro
naufragado no teu nome.

Sobre esta página escrevo o teu nome: tempestade.
E mais do que nome: sangue. Amor e morte. Navio.

Esta chama ateada no meu peito
por quem morro por quem vivo este nome rosa e cardo
por quem livre sou cativo.

Sobre esta página escrevo o
teu nome: liberdade.


in A Praça da Canção - Manuel Alegre (3ª Edição -1974)

Steve Miller - 70 anos!

Steve Miller (5 de outubro de 1943 em Milwaukee, Wisconsin) é um músico e guitarrista de blues e rock. Ele estudou na Universidade de Wisconsin-Madison durante os anos 60, onde formou a sua primeira banda, The Ardells. Miller ensinou Boz Scaggs alguns acordes, e Scaggs juntou-se aos Ardells no ano seguinte. Outro ano se passaria até que Ben Sidran fosse adicionado como teclista do grupo.
Em 1968, Miller formou a Steve Miller Band com Scaggs nos vocais, lançando o álbum Children of the Future, o primeiro de um série de discos calcados solidamente no estilo de blues psicadélico que dominava o cenário musical de São Francisco na época. Scaggs deixaria a banda depois de mais dois álbuns e seria substituído em sua função pelo baterista Tom Davis; o próprio Miller só começaria a cantar em 1969, assumindo os vocais ocasionalmente no álbum Brave New World.
The Joker, de 1973, marcou o início de uma nova fase na carreira de Miller: mais simplista e direcionado ao pop, o álbum obteve grande êxito com a faixa título e outras de suas canções. Miller agora assumira o papel de cantor de vez; seu alcance vocal limitado na verdade fez com que as músicas se tornassem mais acessíveis e propensas a tocarem nas rádios.
Depois de The Joker veio Fly Like an Eagle (1976) e Book of Dreams (1977). Estes dois últimos representaram o auge do sucesso comercial de Miller, ambos alcançando as colocações máximas nas paradas musicais e emplacando diversos hits, como “Rock ‘N’ Me”, “Take the Money and Run”, “Jet Airliner” e “Jungle Love”. Enquanto a crítica deitava abaixo Miller por ele abandonar as suas composições mais ambiciosas e socialmente empenhadas em favor de simples sucessos de pop-rock influenciados por blues, os fãs aumentavam cada vez mais, e a Steve Miller Band co-encabeçou uma grande turnê por estádios com os The Eagles em 1977.
Do alto de seu enorme sucesso, Miller resolveu fazer uma pausa nas gravações e turnês, só emergindo em 1981 com Circle of Live, um álbum ambicioso possivelmente planeado para aplacar os críticos com o seu novo estilo. As vendas foram decepcionantes, e em 1982 ele retornou à formula pop com outro álbum de sucesso, Abracadabra. Este seria seu último grande êxito comercial; uma série de coletâneas, álbuns ao vivo e tentativas de encontrar um novo estilo apareceriam esporadicamente, mas no começo dos anos 90 Miller desistiu de vez de produzir novos discos.


Brian Johnson - 66 anos

Brian Johnson (Gateshead, 5 de outubro de 1947) é um cantor e compositor britânico. Desde 1980, ele tem sido o vocalista da banda de hard rock australiana AC/DC. Em 1972, Brian Johnson tornou-se um dos membros fundadores da banda de glam rock, Geordie. Depois de alguns singles que se tornaram hits, chegando ao Top 10 no Reino Unido com a música, "All Because Of You" (1973), a banda terminou em 1978 e depois foi reestruturada por Brian em 1980. Mas assim que assinaram um novo contrato com uma gravadora, Brian Johnson foi convidado para a audição do AC/DC, cujo vocalista, Bon Scott, havia falecido em 19 de fevereiro de 1980.
O primeiro álbum de Brian com os AC/DC foi "Back In Black". Em 1997, Brian gravou com a banda "Jackyl" a música "Locked and Loaded", e em 2002 escreveu a música "Kill The Sunshine" do álbum "Relentless".


Música atual para os nossos leitores...

Como hoje eu e o meu filho vamos comemorar, em Leiria, o Dia Mundial da Música (que foi no dia 1 de outubro mas que, na cidade do Lis, celebramos este sábado...), comigo e o meu filhote a cantar no Coro dos Piccolini Filarmónicos, da SAMP, e o meu filho a cantar com os colegas no Coro da Escola Correia Mateus e da SAMP (e ainda a tocar órgão na Sé de Leiria...!) aqui fica uma música atual, proposta por uma aluna minha com bom gosto musical, para os nossos leitores, para recordar o evento:


PS: queremos dedicar a nossa atuação ao Doutor Jorge Dinis (que vive também na cidade de Leiria, é um grande apreciador de música, foi nosso professor na Universidade de Coimbra e é um grande amigos dos Geopedrados) que teve um acidente de viação e está no Hospital da Universidade de Coimbra - estamos com ele e com a sua família, colegas e amigos, neste momento difícil, e gostaríamos de ter (boas) novidades sobre a sua situação (na terça soubemos que ele estava em coma). O nosso coração e as nossas preces estão com ele e são hoje para ele...

Portugal nasceu há 870 anos

(imagem daqui)

O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela. Celebrado a 5 de Outubro de 1143, esta é considerada como a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Este dia é feriado nacional suspenso em Portugal.
Em Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui datado de 1137.
Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. Este procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.
Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser Reino, tendo D. Afonso Henriques como seu "rex" (rei). Embora reconhecesse a independência, D. Afonso Henriques continuava a ser vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela se considerava imperador de toda a Hispânia. Contudo nunca D. Afonso Henriques prestou vassalagem a ele, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.
A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III só em 1179, mas o título de "rex", que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.
A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro.
As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179.
Em 1179 o Papa Alexandre III envia a D. Afonso Henriques a "Bula Manifestis probatum"; neste documento o Papa aceita que D. Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece-se definitivamente a independência do Reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela (pois nenhum vassalo podia ter dois senhores directos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.

Há 25 anos o Chile mandou embora Pinochet

El plebiscito nacional de Chile de 1988 fue un referéndum realizado en Chile el miércoles 5 de octubre de 1988, durante el Régimen Militar. Este plebiscito se llevó a cabo en aplicación de las disposiciones transitorias (27 a 29) de la Constitución Política de 1980, para decidir si Augusto Pinochet seguiría en el poder hasta el 11 de marzo de 1997.
El universo electoral habilitado para votar entonces ascendió a 7 435 913 personas. Del total de votos válidos, el resultado fue de 44,01% por el «Sí» y de 55,99% por el «No» - del total de votos escrutados, el «Sí» obtuvo el 43,01% y el «No», el 54,71%. Conforme a las disposiciones transitorias de la Constitución, el triunfo del «No» implicó la convocatoria de elecciones democráticas conjuntas de presidente y parlamentarios al año siguiente, que conducirían tanto al fin de la dictadura como al comienzo del periodo llamado transición a la democracia.

sexta-feira, outubro 04, 2013

Violeta Parra nasceu há 96 anos

Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.



Violeta Parra - Paloma Ausente

Cinco noches que lloro por los caminos,
cinco cartas escritas se llevó el viento,
cinco pañuelos negros son los testigos,
de los cinco dolores que llevo adentro.
Paloma ausente, blanca paloma,
rosa naciente.

Paso lunas enteras mirando el cielo,
con un solo deseo en el pensamiento,
que no descienda herida mi palomita,
la que viene fundida los elementos.
Paloma ausente, blanca paloma,
rosa naciente.

Dicen un papel escrito con tinta verde,
que teniendo paciencia todo se alcanza,
una que bien la tuvo salió bailando,
de su jardín, al Arco de las Alianzas.
Paloma ausente, blanca paloma,
rosa naciente.

Una jaula del aire viene bajando,
con todos sus barrotes de calaminas,
todos los pajarillos vienen trinando,
sin enbargo, distingo a mi golondrina.
Paloma ausente, blanca paloma,
rosa naciente.

Voy a ponerle un traje de mariposa,
mañana cuando llegue mi palomita,
elo de dos banderas de tres colores,
y en la betania humilde de canderilla.
Paloma ausente, blanca paloma,
rosa naciente.

O Monty Python Graham Chapman morreu há 24 anos

Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um actor e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.

Educação
Graham Chapman nasceu enquanto acontecia um ataque aéreo alemão. O pai de Graham, Walter, era inspector-chefe da polícia e provavelmente inspirou as múltiplas vezes que Graham representou figuras autoritárias. A profissão do seu pai obrigava a sua família a mudar-se constantemente, dependendo de onde o seu pai era colocado. Assim Chapman e o seu irmão mais velho, John, passaram por várias escolas, um pouco por toda a Inglaterra, durante a sua infância. Aquela que parece ter tido uma maior influência em Graham foi a Melton Mowbray Grammar, onde este ficou apaixonado pelo teatro ao envolver-se em várias peças que a escola organizava. Foi também nesta altura que Chapman viu um vídeo do clube humorístico de Cambridge, os Footlights. A descoberta deste grupo influenciou mais tarde a escolha de Cambridge para estudar. Durante a sua infância, Chapman, à semelhança dos restantes membros dos Monty Python, era fã do programa de rádio The Goons, que influenciou muito o seu trabalho.
Quando chegou a altura de escolher a universidade onde queria prosseguir os seus estudos, Graham foi aconselhado pelo director da escola a candidatar-se a Universidade de Cambridge. Chapman estava aberto à ideia, até porque os Footlights o atraíam. A escolha do curso de Medicina foi feita devido ao facto de o seu irmão já se encontrar na universidade a estudar no mesmo curso. Em 1959, Graham foi admitido em Cambridge, depois de ter passado nos exames sem grandes dificuldades.
Assim que conseguiu um lugar em Cambridge, Chapman procurou um lugar no Footlights, no entanto foi-lhe barrada a entrada na primeira tentativa. Chapman não desistiu e em conjunto com o amigo Anthony Branch escreveu um "smoker" (uma espécie de peça que servia de pré-audição para os Footlights). Os dois convidaram membros do grupo para assistir à peça que tinham escrito. Estes ficaram impressionados e decidiram convidar os dois para as audições. Foi nestas audições que Graham Chapman conheceu John Cleese, que viria a se tornar o seu principal colega de escrita nos anos posteriores.
A sua participação no Footlights foi o principal motivo que o fez decidir o queria fazer no futuro. Uma das produções do grupo, uma revista intitulada A Clump Of Pliths, foi exibida no Edinburgh Fringe Festival com um sucesso enorme, o que levou o grupo a fazer uma digressão que os levou ao West End de Londres, à Nova Zelândia, à Broadway e até ao The Ed Sullivan Show, em outubro de 1964. Os pais de Chapman não aprovaram a ida do seu filho em digressão, uma vez que isso implicava ter de interromper os seus estudos durante algum tempo. No entanto, Chapman teve a oportunidade de conhecer a Rainha Mãe, a quem perguntou se deveria fazer a digressão com os Footlights ou ficar em Cambridge a estudar. A Rainha Mãe disse que ele devia fazer a digressão. Quando Graham contou isto aos seus pais, eles deixaram-no ir.
Quando regressou da digressão, Chapman retomou os estudos e conseguiu terminar o curso em Cambridge entre os melhores alunos. Depois de Cambridge, Graham foi para o Barts Hospital Medical College, onde começou a estudar a parte prática da medicina. Também aqui Graham se formou com distinção. No entanto nunca chegou a exercer medicina profissionalmente, uma vez que, na altura, já escrevia para a BBC.

BBC
Chapman e Cleese começaram a escrever profissionalmente para a BBC durante os anos 60, no princípio para David Frost, mas também para Marty Feldman. Chapman também contribuiu com sketches para a série de rádio da BBC, I’m Sorry, I’ll Read That Again e para programas televisivos como The Ilustrated Weekly Hudd (com Roy Hudd como protagonista), Cilla Black, This Is Petula Clarck e This Is Tom Jones. Chapman, Cleese e Tim Brooke-Taylor juntaram-se mais tarde a Martin Feldman na sua série televisiva de comédia, At Last the 1948 Show. Chapman e por vezes Cleese também escreveram para a série Doctor in the House. Chapman também foi um dos escritores de vários episódios com Bernard McKenna e David Sherlock.

Monty Python
Em 1969, Chapman e Cleese juntaram-se a Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones e Terry Gilliam (os quatro tinham feito o programa infantil Do Not Adjust Your Set) e juntos formaram os Monty Python. O programa do grupo, Monty Python's Flying Circus, foi transmitido pela primeira vez pela BBC a 5 de outubro de 1969 e, apesar de os primeiros programas não terem sido um sucesso na altura, o grupo acabou por revolucionar o humor.
Os sketches clássicos da dupla Chapman\Cleese incluem o Raymond Luxury Yacht (o especialista em pele com um nariz enorme) e o Dead Parrot (O Papagaio Morto). Os seus papeis em Flying Circus aproximaram-se mais da sua própria personalidade: personagens calmas, figuras autoritárias e imprevisíveis.
No livro de David Morgan, Monty Python Speaks de 1999, Cleese afirmou que Chapman, embora fosse o seu colega de escrita oficial em muitos dos seus sketches, contribuía relativamente pouco na escrita directa. Segundo os restantes Pythons, a sua maior contribuição na escrita era a sua intuição incomparável para o que era engraçado. Apesar de pequenas, as suas contribuições eram muitas vezes o “tempero” que dava aos sketches o seu sabor. No clássico Dead Parrot, escrito maioritariamente por Cleese, o cliente frustrado estava inicialmente a tentar devolver uma torradeira defeituosa. Chapman perguntou como poderiam fazê-lo mais furioso, e pensou que a devolução de um papagaio morto a uma loja de animais seria mais interessante do que uma torradeira.
Durante os anos dos Monty Python, os problemas de alcoolismo de Chapman, que na altura se encontravam no seu máximo, afectaram em muito o seu desempenho. Os seus piores momentos foram vividos durante as filmagens de Monty Python e o Cálice Sagrado. Muitas das vezes, Graham não se lembrava das suas deixas ou não conseguia executar algumas partes mais físicas do seu papel, como foi o caso da cena da Ponte da Morte. Graham não conseguiu passar a ponte, por se encontrar embriagado. Um dos maiores desafios para Chapman durante as filmagens aconteceu no primeiro dia. Como o grupo se encontrava a filmar numa zona remota da Escócia, era quase impossível comprar álcool. Apesar de ter perguntado a quase toda a equipa se tinha álcool, Graham não o encontrou e começou a sofrer efeitos secundários da sua dependência.
Na altura de A Vida de Brian, Chapman já tinha ultrapassado os seus problemas relacionados com o álcool e os restantes Pythons ficaram surpreendidos e diziam que ele se tinha tornado num "santo" uma vez que, todos os dias, depois das filmagens, este dava consultas e fazia pequenas cirurgias a qualquer membro da equipa e aos figurantes.

Vida pessoal
Chapman era em muitos aspectos o estereótipo da respeitabilidade do ensino público britânico; era alto (1,88 m), um ávido fumador de cachimbo que gostava de montanhismo e de jogar rugby. Ao mesmo tempo e, curiosamente, era um homossexual orgulhoso e muito excêntrico.
Chapman era alcoólico desde o tempo de estudante de Medicina. A bebida afectava os seus desempenhos nos estúdios televisivos e também nos filmes. Ele finalmente parou de beber no Boxing Day em 1977, depois de ter irritado os restantes Pythons com uma entrevista sem tabus (e muito regada) com o New Musical Express.
Chapman manteve a sua homossexualidade em segredo até meados dos anos 70, altura em que a revelou publicamente durante uma entrevista num talk show. Chapman foi uma das primeiras celebridades a admitir a sua homossexualidade e na altura provocou alguma polémica. Alguns dias após a famosa entrevista, Graham organizou uma festa na sua casa onde revelou aos seus amigos que era gay, e para apresentar oficialmente David Sherlock como seu companheiro. A sua relação com Sherlock foi descrita pelo próprio como sendo um verdadeiro casamento. Os dois estiveram juntos durante vinte anos, até à morte de Chapman, e adoptaram um rapaz, John Tomiczek, em 1971. Depois de assumir a sua orientação sexual, Chapman passou a defender publicamente os direitos dos homossexuais, sendo também o fundador da revista Gay News, que apoiava financeira e editorialmente.
Mais tarde, nas suas digressões por universidades, Chapman disse que, quando anunciou publicamente a sua homossexualidade, uma espectadora escreveu para os Monty Python a queixar-se que tinha ouvido dizer que um dos membros do grupo, que segundo ela não se tinha dignado a revelar a identidade, era gay. Juntamente com a carta, a espectadora enviou cerca de 20 páginas de orações que, se fossem repetidas todos os dias, poderiam salvar o membro em questão do inferno. Eric Idle, ciente da orientação sexual do amigo, enviou uma carta à espectadora onde dizia “Descobrimos quem era e matámo-lo.” Mais tarde, no seu livro, A Liar's Autobiography, Chapman escreveu, em tom de brincadeira, que como John Cleese não entrou na temporada seguinte de Flying Circus, a mulher deve ter levado a carta a sério.

Morte
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O elogio foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
O elogio feito por John Cleese foi o seguinte:
Graham Chapman, co-autor de "Parrot Sketch", já não é.
Deixou de ser, foi desta para melhor, descansa em paz, esticou as canelas, bateu as botas, nos deixou, foi-se, deu seu último suspiro e foi ter com o "Poderoso Chefe do Entretenimento do Céu", e acho que estamos todos pensando que é muito triste que um homem com tanto talento, tanta capacidade e bondade, de tanta inteligência, nos tenha sido levado com apenas 48 anos, antes de ter conseguido muitas das coisas de que era capaz, e antes de se ter divertido o suficiente.
Bem, eu sinto que devo dizer algo sem noção como: já vai tarde, otário, espero que queime no inferno.
E a razão pela qual sinto que devo dizer isto, é porque ele nunca me perdoaria se eu não o fizesse, se eu desperdiçasse esta oportunidade de chocar vocês em nome dele. Tudo para ele era contradizer o bom gosto. Podia ouvi-lo a sussurrar nos meus ouvidos ontem à noite quando estava a escrever isto:
"Tudo bem, Cleese, estás muito orgulhoso por ter sido a primeira pessoa a dizer 'merda' na televisão. Se este Memorial é mesmo para mim, quero que seja a primeira pessoa a dizer 'foda-se' num Memorial na Inglaterra!"
O problema é que não consigo. Se ele estivesse aqui comigo agora, provavelmente teria coragem, porque ele me incentivou. Mas a verdade é que, não tenho os tomates dele, o seu desafio esplêndido. E por isso vou ter contentar-me por dizer 'Betty Mardsen…'
Mas depois de mim pessoas mais arrojadas e desinibidas vão vir para aqui. O Jones e o Idle, o Gilliam e o Palin. Só Deus sabe o que a próxima hora vai trazer em nome do Graham. Calças a descer, blasfémias e saltitões, demonstrações espantosas de peidos a alta-velocidade, incesto sincronizado. Um dos quatro está a planear enfiar um ocelote morto e uma máquina de escrever da Remington de 1922 no seu próprio rabo ao som do terceiro movimento do Concerto de Violoncelo de Elgar. E isto é na primeira parte.
Porque o Gray quereria isto desta forma. A sério. Para ele é tudo menos bom gosto sem cabeça. E é isso que vou lembrar sempre dele, sem contar, claro, com a sua extravagância olímpica. Ele era o príncipe do mau gosto. Ele adorava chocar. De facto, mais do que ninguém que eu conheça, o Gray corporizava e simbolizava tudo o que era mais ofensivo e juvenil nos Monty Python. E o seu prazer em chocar pessoas levava-o a feitos cada vez maiores. Gosto de pensar nele como um pioneiro que abriu o caminho para que espíritos mais fracos o pudessem seguir.
Algumas memórias. Lembro-me de escrever o sketche da agência funerária com ele, e ele sugeriu a punch line, "Vamos come-la toda a noite, mas depois vamos sentir-nos mal por isso, vamos escavar uma campa e podemos vomitar para lá". Lembro-me de descobrir que, em 1969, quando escrevíamos todos os dias no apartamento onde a Connie Booth e eu morávamos, que ele tinha descoberto o jogo de escrever palavrões em papelinhos, e depois punha-os discretamente em sítios estratégicos em todo o nosso apartamento, o que nos forçava a fazer procuras frenéticas de última hora sempre que esperávamos convidados importantes.
Lembro-me dele em festas da BBC e rastejar pelo chão a esfregar-se afanosamente nas pernas de executivos de fato e lamber delicadamente os tornozelos femininos mais apetecidos. A senhora Eric Morecambe também se lembra disso.
Lembro-me de quando ele foi convidado para discursar na Oxford Union, e de entrar na sala vestido de cenoura, um fato cor-de-laranja completo com um chapéu verde grande, e depois, quando chegou a vez dele de falar, recusou-se a fazê-lo. Ficou ali especado, sem dizer nada, durante vinte minutos, com um lindo sorriso. Foi a única vez na História em que homem completamente calado conseguiu causar um motim.
Lembro-me de o Graham ter recebido um prémio de TV do jornal Sun do Reggie Maudling. Quem mais! E de levar o troféu a cair para o chão e a rastejar todo o caminho até à sua mesa, a gritar alto, o mais alto que conseguia. E se se lembram do Gray, isso era mesmo muito alto.
É magnifico, não é? Estão a ver, aquilo do choque… não é que zangue algumas pessoas, penso eu; Penso que dá aos outros uma alegria momentânea de libertação, assim que nos apercebemos que nesse instante as regras sociais que comprimem as nossas vidas tão terrivelmente não são, na verdade, muito importantes.
Bem, o Gray não pode fazer mais isso por nós. Ele foi-se. É um ex-Chapman. Tudo o que temos dele agora são as nossas memórias. Mas vai demorar muito tempo até que desapareçam.
No dia 31 de dezembro de 1999, houve rumores de que as cinzas de Chapman tinham sido lançadas para o céu através de um foguetão. Na verdade, as suas cinzas foram espalhadas pelo seu companheiro, David Sherlock, em Snowdon, no norte do País de Gales, em 2005.


Mercedes Sosa morreu há 4 anos

Mercedes Sosa (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 - Buenos Aires, 4 de outubro de 2009) foi uma cantora argentina, uma das mais famosas na América Latina. A sua música, com raízes na música folclórica argentina, ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva canción. Apelidada de La Negra pelos fãs devido à ascendência ameríndia (no exterior acreditava-se erroneamente que era devido a seus longos cabelos negros), ficou conhecida como a voz dos "sem voz".

(...)

Sosa morreu aos 74 anos de idade, em 4 de outubro de 2009, às 05.15 horas (horário local), em Buenos Aires. Ela foi internada no dia 18 de setembro na Clínica de la Trinidad, no bairro de Palermo, por causa de um problema renal. O seu quadro clínico piorou a partir do momento em que teve complicações hepáticas e pulmonares. Nos seus últimos dias, foi mantida sedada, respirando com a ajuda de aparelhos. O seu corpo foi velado no Congresso Nacional, em Buenos Aires, e cremado no cemitério da Chacarita no dia 5 de outubro de 2009. Uma parte de suas cinzas seria depois espalhada na sua província natal, a outra será colocada em Mendoza, província pela qual havia declarado sentir um grande amor e o restante permaneceria na capital argentina, cidade onde morava há décadas.
A cantora havia trabalhado intensamente até poucas semanas antes da sua morte. Em 2008, havia dito que continuaria cantando "até os últimos dias", como uma cigarra. Antes de todos os jogos de futebol da sétima jornada do Torneio Apertura 2009 foi feito um minuto de silêncio, em homenagem à cantora. A presidente argentina Cristina Kirchner declarou luto oficial por três dias pela morte de Sosa, e decidiu antecipar o retorno de uma viagem à Patagónia para comparecer ao velório da cantora. A sua morte também foi lamentada pelo chefe de estado venezuelano Hugo Chávez, que declarou que Sosa lhe "iluminou a vida", e por cantores como Shakira, Daniela Mercury, Fagner e Wagner Tiso. Os governos do Equador, Chile e Brasil também demonstraram pesar em notas divulgadas à imprensa.


Janis Joplin morreu há 43 anos

Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 - Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora norte-americana. Considerada a "Rainha do Rock and Roll", "a maior cantora de rock dos anos 60" e "a maior cantora de blues e soul da sua geração", ela alcançou proeminência no final dos anos 60 como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, como artista a solo, acompanhada das suas bandas de suporte, a Kozmic Blues e a Full Tilt Boogie.
Influenciada por grandes nomes do jazz e do blues como Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Tina Turner, Big Mama Thornton, Odetta, Leadbelly e Bessie Smith, Janis fez de sua voz a sua característica mais marcante, tornando-se um dos ícones do rock psicodélico e dos anos 60. Todavia, problemas com drogas e álcool encurtaram a sua carreira. Morta em 1970 devido à uma overdose de heroína , Janis lançou apenas quatro álbuns: Big Brother and the Holding Company (1967), Cheap Thrills (1968), I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969) e o póstumo Pearl (1971), o último com participação direta da cantora.

Mafalda Arnauth - 39 anos

Mafalda Arnauth, (Lisboa, 4 de outubro de 1974), é uma fadista portuguesa. É um dos nomes incontornáveis do “Novo Fado”. A sua carreira tem início em 1995, ao aceitar o convite de João Braga para participar num concerto seu no Teatro de São Luís em Lisboa.

Nascida em Lisboa e formada em Medicina Veterinária, Mafalda Arnauth nunca exerceu o curso em que se formou, pois optou por uma carreira artística. O seu primeiro álbum, homónimo, “Mafalda Arnauth” (1999), foi aclamado pela crítica e distinguido com o Prémio Revelação pelo Jornal Blitz. Este sucesso repete-se no seus trabalhos seguintes, “Esta Voz que me Atravessa” (2001), “Encantamento” (2003) e “Diário” (2005), ambos saudados pela crítica e fãs e onde Mafalda ganha progressivamente relevo como autora e compositora.
Com “Flor de Fado” (2008) a fadista aumenta a projeção internacional e em 2009 participa no projeto de homenagem a José Carlos Ary dos Santos, “Rua da Saudade”, uma das suas principais referências. Em “Fadas” (2010), o seu sexto álbum, Mafalda, presta homenagem às fadistas que mais influenciam a sua carreira e redescobre o prazer de cantar temas populares e tradicionais e leva-los a diferentes palcos.
Actualmente Mafalda prepara o lançamento do novo disco, que se irá chamar Terra de Luz. O disco inclui um dueto com Hélder Moutinho e uma versão de uma música dos Heróis do Mar. “Partiu de Madrugada", com autoria de Nuno Figueiredo, é o single de apresentação do CD, cujo lançamento está marcada para o dia 21 de outubro.



Mafalda Arnauth - Uma Flor de Verde Pinho
Letra de Manuel Alegre e música de José Niza

Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.

Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.

Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.

Hoje é o dia de S. Francisco de Assis e Mundial do Animal - este foi sepultado há 787 anos

Giotto: Verificação dos estigmas de S. Francisco após sua morte, 1297-1299
(Basílica de S. Francisco - Assis)

Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho de 11823 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália.

(...)

Sentindo a morte próxima, solicitou a uma amiga romana, a nobre Jacopa de' Settesoli, que trouxesse o necessário para seu sepultamento, e também alguma comida bem preparada, que ele havia provado em sua residência em Roma e que deveria aliviar seu sofrimento. Foi despedir-se de Clara e das irmãs em São Damião e voltou à Porciúncula, deu instruções para ser sepultado nu, e ao por do sol de 3 de outubro de 1226, depois de ler algumas passagens do Evangelho, faleceu rodeado de seus companheiros, nobres amigos e outras personalidades. As fontes antigas dizem que nesse momento um bando de aves veio pousar no telhado e cantou. Logo em seguida o Irmão Elias notificou a todos de seu desaparecimento e divulgou a sua estigmatização, até ali mantida em sigilo, seu corpo foi examinado por muitas testemunhas a fim de comprová-lo, e o povo de Assis e dos arredores acorreu para prestar-lhe sua última homenagem.
Foi enterrado no dia seguinte na igreja de São Jorge. Menos de dois anos depois, o papa Gregório IX foi pessoalmente para Assis para canonizá-lo, o que aconteceu em 6 de julho de 1228, com grande pompa. Em 1230 foi inaugurada uma nova basílica em Assis, que recebeu seu nome e hoje guarda as suas relíquias e abriga o seu túmulo definitivo. A basílica foi decorada no fim do século XIII por Giotto di Bondone com uma grande série de afrescos que retratam a vida do santo.


Há 56 anos o primeiro satélite artificial foi lançado para o espaço

Modelo do Sputnik 1
Operação  União Soviética
Tipo de missão Estudos atmosféricos
Contratante Soviet Ministry of Radiotechnical Industry
Satélite da Terra
Lançamento 4 de outubro de 1957, às 19.28.34 UTC
Local CazaquistãoCosmódromo de Baikonur, Cazaquistão
Veículo de Lançamento Sputnik
Duração da missão 90 dias
Massa 83.6 kg
Site oficial NASA NSSDC Master Catalog
Elementos orbitais
Semieixo maior 6,955.2 km (4,321.8 mi)
Excentricidade 0,05200999975204468
Inclinação 65,0999984741211º
Apoastro 939,0 km
Periastro 215,0 km
Período orbital 96,19999694824219 minutos
Instrumentos
Micrometeorite Detector Este instrumento foi concebido para a detecção de pequenos micrometeoritos no espaço.

O Sputnik 1 foi a primeira missão do Programa Sputnik, que enviou o primeiro satélite artificial da Terra. A missão foi lançada pela URSS, em 4 de outubro de 1957, do Cosmódromo de Baikonur. O Sputnik era uma esfera de aproximadamente 50 cm e pesando 83,6 kg.
Ele não tinha nenhuma função, a não ser transmitir um sinal de rádio, "beep", que podia ser sintonizado por qualquer radio-amador.
O satélite orbitou a Terra por três meses antes de cair. O seu foguete lançador, chamado R.7, pesava 4 toneladas e entrou em órbita também. Ele foi projetado originalmente para lançar ogivas nucleares.
O Sputnik 1 foi o primeiro satélite artificial a ser lançado pela antiga União Soviética e o primeiro satélite a ser lançado também pela humanidade. O seu lançamento abriu, simbolicamente falando, a "porta" para o começo da corrida espacial entre os Estados Unidos e a URSS.


Porque hoje é o Dia Mundial dos Animais...


Foto de Fernando Martins

O leite puro

O mundo devia ser refeito
por alguns santos.
São Francisco de Assis,
a seu cargo as criaturas,
não deixaria que se pevertessem
e o sol poluísse os mortos.
Santo António
falaria aos peixes
e dar-lhes-ia de comer
multiplicando as águas
com o canal dessalgado do abismo.
São João da Cruz
faria o amor
exasperadamente sensual
à semelhança do seu por Deus.
E São João
do Apocalipse simularia
ressuscitar Nossa Senhora
e seu pobre Filho.


in Décima Aurora (1982) - António Osório

quinta-feira, outubro 03, 2013

Stevie Ray Vaughan nasceu há 59 anos

Stephen Ray "Stevie Ray" Vaughan (Dallas, 3 de outubro de 1954 - East Troy, 27 de agosto de 1990) foi um guitarrista, cantor e compositor de blues elétrico norte-americano. Era o líder da Double Trouble. Nascido em Dallas, Vaughan se mudou para Austin com 17 anos, quando iniciou sua carreira musical.
Foi uma importante figura do Texas blues, um estilo musical caracterizado pelo swing e pela fusão do blues com o rock. Tornou-se um dos principais músicos do blues rock, com diversas aparições na televisão e álbuns lançados. O trabalho de Vaughan englobou diversos estilos, incluindo o jazz e baladas. Foi nomeado para doze Grammys, vencendo seis; em 2000, foi postumamente induzido ao Hall da Fama do Blues.
Morreu em 27 de agosto de 1990, em um acidente de helicóptero em East Troy que também pôs fim à vida de integrantes da equipa de apoio de Eric Clapton.



NOTA: hoje um geopedrado, o Jorge, de Oliveira do Hospital, também conhecido como Xabregas, faz hoje anos - aqui vão os nossos parabéns (com votos de muitos mais e bons...), com esta música a ser-lhe dedicada por todos os seus ex-colegas e amigos.

Adriana Calcanhotto nasceu há 48 anos

Adriana da Cunha Calcanhotto (Porto Alegre, 3 de outubro de 1965), mais conhecida por Adriana Calcanhotto ou Adriana Partimpim, é uma cantora e compositora brasileira.
As suas composições abordam estilos variados: samba, bossa nova, pop e baladas. De entre as suas características de reportório, observa-se a regravação de antigos sucessos da MPB e arranjos diferenciados.



Metade - Adriana Calcanhotto

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?...
Que você está agora?...

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim...

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?...
Que você está agora?...

Gwen Stefani - 44 anos

Gwen Renée Stefani Rossdale (Fullerton, 3 de outubro de 1969) é uma cantora, estilista, compositora e atriz norte-americana. É a vocalista da banda de rock No Doubt.

O poeta de língua castelhana Gerardo Diego nasceu há 117 anos

Monumento a Gerardo Diego en la calle Pío Baroja de Madrid, delante de la «Casa de Cantabria»

Gerardo Diego Cendoya (Santander, Cantabria, 3 de octubre de 1896Madrid, 8 de julio de 1987) fue un poeta y escritor español perteneciente a la llamada Generación del 27.

Biografía
Nació el 3 de octubre de 1896 en Santander. Fue alumno de la Universidad de Deusto donde estudió la carrera de Filosofía y Letras, y donde conoce a quien seria después un amigo esencial en la vida literaria, Juan Larrea. Finalizada la carrera, se doctoró en Madrid. Desde 1920 fue catedrático de Lengua y Literatura en institutos de Soria, Gijón, Santander y Madrid. En Santander dirigió dos de las más importantes revistas del 27, Lola y Carmen. Fue uno de los principales seguidores de la vanguardia poética española, y en concreto del ultraísmo y del creacionismo. En 1925 obtuvo el Premio Nacional de Literatura.
Elaboró las dos versiones de la famosa Antología de poesía que dio a conocer a los autores de la Generación del 27. Como profesor, dio cursos y conferencias por todo el mundo. Fue además crítico literario, musical y taurino además de columnista en varios periódicos. Se casó en el año 1934, y al año siguiente se traslada como catedrático al Instituto de Santander. Su tarea poética se sigue completando con sus estudios sobre diferentes temas, aspectos y autores de la literatura española, con su labor de conferenciante y su destacada crítica musical, realizada desde diferentes periódicos.
La Guerra Civil estalla cuando se halla de vacaciones en Sentaraille (Francia). A diferencia de gran parte de sus compañeros, Gerardo Diego tomó partido por el bando nacional y permaneció, por tanto, en España al finalizar la misma. Finalizada la contienda, se traslada al Instituto Beatriz Galindo de Madrid, en el que permanecería hasta su jubilación. Durante la guerra y la posguerra, son además frecuentes en la obra de Diego los poemas políticos en defensa de los sublevados y de los voluntarios falangistas de la División Azul.
Desde 1947 fue miembro de la Real Academia Española. En 1979, se le concedió el Premio Cervantes, el cual curiosamente resultó ser la única vez en que se premió a dos personas en un mismo año (el otro premiado fue el argentino Jorge Luis Borges). Murió el 8 de julio de 1987 en Madrid a los 90 años.

Poética
Representó el ideal del 27 al alternar con maestría la poesía tradicional y la vanguardista, de la que se convirtió en uno de los máximos exponentes durante la década de los años veinte. Su obra poética sigue, pues, estas dos líneas.
Es de destacar la influencia de Gerardo Diego en otras figuras de relevancia tanto en el ámbito nacional como regional. Destaca entre sus seguidores la poeta cántabra Matilde Camus, de la que fue profesor en el Instituto de Santa Clara en Santander. Gerardo Diego envió en 1969 una poesía cuyo título es Canción de corro para el prólogo del primer libro de Matilde Camus titulado Voces y que fue dado a conocer en el Ateneo de Madrid. Asimismo, pronto se publicará la correspondencia que mantuvo con Matilde Camus.
Su poesía tradicional comprende poemas de corte tradicional y clasicista, donde recurre con frecuencia al romance, a la décima y al soneto. Los temas son muy variados: el paisaje, la religión, la música, los toros, el amor, etc. Es suyo el considerado por muchos el mejor soneto de la literatura española, El ciprés de Silos, así como de otros poemas importantes como Nocturno, Las tres hermanas o La despedida.
Su inclinación por el nuevo arte de vanguardia le lleva a iniciarse primero en el creacionismo. La falta de signos de puntuación, la disposición de los versos, los temas intrascendentes y las extraordinarias imágenes caracterizan esta poesía.


El ciprés de Silos
A Ángel del Río

Enhiesto surtidor de sombra y sueño
que acongojas el cielo con tu lanza.
Chorro que a las estrellas casi alcanza
devanado a sí mismo en loco empeño.

Mástil de soledad, prodigio isleño,
flecha de fe, saeta de esperanza.
Hoy llegó a ti, riberas del Arlanza,
peregrina al azar, mi alma sin dueño.

Cuando te vi señero, dulce, firme,
qué ansiedades sentí de diluirme
y ascender como tú, vuelto en cristales,

como tú, negra torre de arduos filos,
ejemplo de delirios verticales,
mudo ciprés en el fervor de Silos.

Gerardo Diego, 1924

A reunificação da Alemanha ocorreu há 23 anos

A reunificação da Alemanha (Deutsche Wiedervereinigung, em alemão) ocorreu em 3 de outubro de 1990, quando o território da antiga República Democrática Alemã (RDA ou Alemanha Oriental) foi incorporado na República Federal da Alemanha (RFA ou Alemanha Ocidental).
Após as primeiras eleições livres na RDA, em 18 de março de 1990, as negociações entre as duas Alemanhas culminaram no Tratado de Unificação (Einigungsvertrag, celebrado em 31 de agosto de 1990), enquanto que os entendimentos entre a RDA e a RFA e as quatro potências de ocupação (Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética) resultaram no chamado "Tratado Dois Mais Quatro" (celebrado em 12 de setembro de 1990), que outorgava independência plena ao Estado alemão reunificado.
A Alemanha reunificada continuaria a integrar a Comunidade Europeia (posteriormente, União Europeia) e a NATO.
O termo "reunificação" é utilizado para designar este processo, que é distinto da unificação da Alemanha, em 1871.
A reintegração das duas Alemanhas teve um alto custo económico, que gerou inflação e recessão. Um dos problemas sociais provocados pela reunificação foi a necessidade de estender a toda a população o nível de vida e poder de compra alcançado pelos habitantes do lado ocidental.
A União Democrata Cristã (CDU), de Helmut Kohl, venceu com folga as primeiras eleições na nova Alemanha, em dezembro de 1990, mas o governo enfrentou graves problemas, como o aumento da dívida pública, o alto índice de desemprego e a atuação de grupos neonazis e de extrema direita, cujos ataques visavam sobretudo o grande contingente de imigrantes do país.