Carlos Lopes
Mais do que ser primeiro
Herói é quem
Sabe dar-se inteiro
E dentro de si mesmo, ir mais além...
Manuel Alegre
O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas. Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Carlos Lopes
Mais do que ser primeiro
Herói é quem
Sabe dar-se inteiro
E dentro de si mesmo, ir mais além...
Manuel Alegre
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Era já madrugada e nós seguimos
quilómetro a quilómetro a corrida
Era já madrugada e nós corríamos
com aquele que levava ao peito as quinas
Era já madrugada e nós não víamos
o loiro Menelau e as belas crinas
dos imbatíveis cavalos do Atrida.
Era só Carlos Lopes que nós víamos
e com ele ganhámos a corrida
aquela madrugada e toda a vida.
Manuel Alegre
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(imagem daqui)
Francisco Júlio Amorim Fanhais (Vila Nova da Barquinha, Praia do Ribatejo, 17 de maio de 1941), mais conhecido por Francisco Fanhais, é um ex-sacerdote católico e cantor português.
Intérprete da música portuguesa de intervenção, Francisco Fanhais entrou para o seminário com dez anos e foi ordenado padre aos 23.
Através da música tornou-se uma das mais ativas vozes dos chamados católicos progressistas que, desde a célebre carta de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, a Salazar, em 1958, combateram a ditadura de Salazar.
Com efeito, o então padre Fanhais emergiu na ribalta da música portuguesa após a participação no célebre programa de televisão Zip-Zip. Ainda em 1969 lança Cantilenas, o seu disco de estreia. Aparece na capa do primeiro numero da revista Mundo da Canção, editada em 19 de dezembro de 1969. O seu álbum Canções da Cidade Nova é editado em 1970. A partir de poemas de Sophia de Mello Breyner, musicou Cantata da Paz e Porque.
Impedido de cantar, de exercer o sacerdócio e de lecionar nas escolas oficiais, emigra para França em 1971. Entretanto torna-se militante da LUAR, força revolucionária liderada por Emídio Guerreiro.
Regressa a Portugal após o 25 de abril de 1974 e colabora nas campanhas de dinamização cultural do Movimento das Forças Armadas. Em 1975 é um dos participantes no disco República de José Afonso, gravado ao vivo em Itália.
No disco Ao Vivo no Coliseu de José Afonso, aparece a fazer coros na canção Natal dos Simples.
Em 1993 junta-se a Manuel Freire e Pedro Barroso para apresentarem o espetáculo Encontro. A 9 de junho de 1995 foi feito Oficial da Ordem da Liberdade, por ocasião das comemorações do Dia de Portugal.
A editora Strauss reeditou, em 1998, o disco Canções da Cidade Nova com o novo título de Dedicatória. A servir de capa foi colocado o manuscrito da dedicatória de José Afonso que aparecia na contracapa da edição original.
in Wikipédia
Corpo Renascido
Corpo Renascido
Canção.
Toco-te e respiras
Sangue do meu sangue.
Cantando é como se dissesse:
Estou aqui.
Cantando eu nego o que me nega
Acto de amor
Coração perpendicular ao tempo.
Cantando é como se dissesse:
Estou aqui.
Na multidão que está dentro de mim.
Recuso a morte cantando
Recuso a solidão.
Canção casa de mundo
Viagem do homem para o homem
Meu pedaço de pão rosa de Maio
Criança a rir na madrugada.
Manuel Alegre
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Capa negra, rosa negra - Estudantina Universitária de Coimbra
Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.
Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.
Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.
Música: António Portugal & Adriano Correia de Oliveira
Letra: Manuel Alegre
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Trova do Vento que Passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio — é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
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Estudantina Universitária de Coimbra - Capa negra, rosa negra
Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.
Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.
Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.
Música: António Portugal & Adriano Correia de Oliveira
Letra: Manuel Alegre
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...celebremo-lo com um bonito poema de Manuel Alegre. Não porque hoje passem 112 anos sobre a imposição da república, que transformou um país com uma democracia - os republicanos tinham até eleito deputados para o Parlamento - numa ditadura anárquica e caciquista de pouco mais de 15 anos. Mas porque é o dia da independência nacional - El-Rei D. Afonso Henriques impôs ao seu primo, o Rei de Castela e Leão, a separação do nosso país, que, ainda em vida, viu também reconhecida pelo Papa. Assim hoje, embora não seja feriado por causa do Tratado de Zamora (hoje é o dia em que os senhores de aventais vão a alguns cemitérios homenagear os parvos que impuseram um péssimo regime ao país), há que recordar a data:
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Adriano Correia de Oliveira - Capa negra, rosa negra
Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.
Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.
Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.
Música: António Portugal & Adriano Correia de Oliveira
Letra: Manuel Alegre
NOTA: uma versão, da Estudantina, que aqui no blog, por motivos óbvios, alguns gostam imenso...!
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Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
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...celebremo-lo com um bonito poema de Manuel Alegre. Não porque hoje passem 110 anos sobre a imposição da república, que transformou um país com uma democracia - os republicanos tinham até eleito deputados para o Parlamento - numa ditadura anárquica e caciquista de pouco mais de 15 anos. Mas porque é o dia da independência nacional - El-Rei D. Afonso Henriques impôs ao seu primo, o Rei de Castela e Leão, a separação do nosso país, que, ainda em vida, viu também reconhecida pelo Papa. Assim hoje, embora não seja feriado por causa do Tratado de Zamora (dia em que os senhores de aventais vão a alguns cemitérios homenagear os parvos que impuseram um péssimo regime ao país), há que recordar a data:
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