Retrato anónimo de Giotto, Museu do Louvre
Devido ao alto grau de inovação de seu trabalho (ele é considerado o
introdutor da perspetiva na pintura da época), Giotto é considerado por
Bocaccio o precursor da
pintura renascentista. Ele é considerado o elo entre o renascimento e a pintura medieval e a
bizantina.
A característica principal do seu trabalho é a identificação da figura
dos santos como seres humanos de aparência comum. Esses santos com ar
humanizado eram os mais importantes das cenas que pintava, ocupando
sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem
ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se
firmando até o Renascimento.
Giotto, forma diminutiva de Ambrogio ou Angiolo, não se sabe ao certo,
adotou a linguagem visual dos escultores, procurando obter volume e
altura realista nas figuras em suas obras. Comparando as suas obras com
as
do seu mestre, elas são muito mais naturalistas, sendo Giotto o
pioneiro na introdução do espaço tridimensional na pintura europeia. Nos
seus trabalhos pela
península itálica, Giotto fez amizades com o rei de Nápoles e
Bocaccio, que o menciona no seu famoso livro,
Decameron.
O
Papa Benedito XI decidiu empregar Giotto, que passaria então dez anos em
Roma. Posteriormente, trabalharia para o Rei de Nápoles. Em
1320, ele regressou a
Florença, onde chefiaria a construção da Catedral de Florença. Giotto morreu enquanto pintava "
O Juízo Final" para a capela de
Bargello, em Florença. Durante uma escavação na Igreja de Santa Reparata, em
Florença,
foram descobertos ossos na mesma área que Vasari tinha relatado como o
túmulo de Giotto. Um exame forense parece ter confirmado que a ossada
era mesmo de Giotto.
Os ossos eram de um homem baixo, que pode ter sofrido de uma forma de
nanismo, o que apoia uma tradição da
Basílica de Santa Cruz de que um
anão, que aparece em um dos
afrescos, é um auto-retrato de Giotto.
Dormitio Virginis (detalhe)
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