quinta-feira, setembro 29, 2022

O Desastre de Kyshtym foi há 65 anos...

Área contaminada pelo desastre de Kyshtym

O desastre de Kyshtym foi um acidente de contaminação radioativa que ocorreu a 29 de setembro de 1957, em Mayak, com plutónio, no local de produção de armas nucleares e fábrica de reprocessamento de combustível nuclear da União Soviética. É medido como um Nível de 6 de desastres na Escala Internacional de Eventos Nucleares (INES), tornando-se o terceiro mais grave acidente nuclear da história, apenas atrás do desastre nuclear de Fukushima Daiichi e do desastre de Chernobyl (Nível 7 no INES). O evento ocorreu na cidade de Ozyorsk, Oblast de Chelyabinsk, uma cidade fechada, construída em torno da fábrica Mayak. Como Ozyorsk/Mayak (também conhecido como Chelyabinsk-40 e Chelyabinsk-65) não está nos mapas, o desastre foi chamado depois de Kyshtym, o local mais próximo conhecido da cidade.
  
Kyshtym Memorial
  
Por causa do sigilo em torno de Mayak, as populações das áreas afetadas não foram inicialmente informados do acidente. Uma semana mais tarde (a 6 de outubro), uma operação foi realizada para evacuar 10.000 pessoas da área afetada, ainda sem dar uma explicação das razões da evacuação.
Relatos vagos de um "acidente catastrófico" causando "precipitação radioativa sobre a URSS e muitos estados vizinhos" começaram a aparecer na imprensa ocidental entre 13 e 14 de abril de 1958 e os primeiros detalhes surgiram no jornal vienense Die Presse, em 17 de março de 1959. Mas foi apenas em 1976 que Zhores Medvedev fez com que a natureza e a extensão do desastre fossem conhecidas pelo mundo. Na ausência de informações verificáveis, foram dados valores exagerados da catástrofe.  As pessoas ficaram histéricas com medo de doenças "misteriosas". As vítimas foram vistas com a pele de seus rostos, mãos e outras partes expostas de seus corpos "escamando". A descrição de Medvedev do desastre no New Scientist foi inicialmente ridicularizada por fontes da indústria nuclear ocidental, mas o núcleo da sua história foi logo confirmado pelo professor Leo Tumerman, ex-chefe do Instituto de Biologia Molecular, em Moscovo.
O verdadeiro número de mortos permanece incerto, devido ao facto de que o cancro induzido por  radiação é clinicamente indistinguível de qualquer outro cancro, e sua taxa de incidência só pode ser medido por meio de estudos epidemiológicos. Um livro afirma que "em 1992, um estudo realizado pelo Instituto de Biofísica do antigo Ministério da Saúde Soviético em Chelyabinsk descobriu que 8.015 pessoas morreram nos últimos 32 anos, como resultado do acidente." Por outro lado, apenas 6.000 atestados de óbito foram encontrados por residentes do rio Techa entre 1950 e 1982 de todas as causas de morte, embora talvez o estudo soviético considerasse uma área geográfica maior afetada pela pluma aerotransportada. A estimativa mais citada é de 200 mortes por cancro, mas a origem desse número não está clara. Estudos epidemiológicos mais recentes sugerem que cerca de 49 a 55 mortes por cancro entre residentes ribeirinhos podem ser associadas à exposição à radiação. Isso incluiria os efeitos de todas as libertações radioativas no rio, 98% das quais ocorreram muito antes do acidente de 1957, mas não incluiria os efeitos da pluma transportada pelo ar, que foi levada para o nordeste. A área mais próxima do acidente produziu 66 casos diagnosticados de síndrome de radiação crónica, fornecendo a maior parte dos dados sobre esta condição.
Para reduzir a disseminação de contaminação radioativa após o acidente, o solo contaminado foi escavado e armazenados em áreas fechadas que eram chamados de "cemitério da terra". O governo Soviético, em 1968, disfarçou a área, criando a Reserva Natural Ural Oriental, que proibiu qualquer acesso não autorizado à área afetada.

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo, nasceu há 620 anos

Pormenor de um dos Painéis de São Vicente de Fora mostrando, possivelmente, o Infante D. Fernando (circa 1450-1470 - por Nuno Gonçalves, atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa)
      
O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração a chegar à idade adulta.
   
Le bien me plaît
Brasão e lema do Infante D. Fernando
   
(...)
   
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada por um irmão mais velho, o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de El-Rei D. Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objetivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.
        
Culto
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao Infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.
          

Caravaggio nasceu há 451 anos

Caravaggio, pintura de Ottavio Leoni
         
Michelangelo Merisi da Caravaggio (Milão, 29 de setembro de 1571Porto Ercole, comuna de Monte Argentario, 18 de julho de 1610) foi um pintor italiano que trabalhou em Roma, Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e 1610. É normalmente identificado como um artista barroco, estilo do qual foi o primeiro grande representante. Caravaggio era o nome da aldeia natal da sua família e foi por si escolhido como seu nome artístico.
    
(...)
     
Exceto nas suas primeiras obras, Caravaggio pintou fundamentalmente temas religiosos. No entanto, foram várias as vezes em que as suas pinturas feriam suscetibilidades dos seus clientes. Nos seus quadros, em vez de adotar nas suas pinturas belas figuras,  etéreas e delicadas, para representar acontecimentos e personagens da Bíblia, preferia escolher por entre o povo, modelos humanos tais como prostitutas, crianças de ruas e mendigos, que posavam como personagens para as suas obras.
Caravaggio procurou a realidade palpável e concreta da representação. Utilizou como modelos figuras humanas, sem qualquer receio de representar o feio, a deformidade em cenas provocadoras, características essas que distinguem as suas obras. Tudo isso chocou os seus contemporâneos, pela rudeza das suas pinturas. Dos efeitos que Caravaggio dava aos quadros, originou-se o tenebrismo, em que os tons terrosos contrastam com os fortes pontos de luz.

     

Miguel de Unamuno nasceu há 158 anos

     
Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbau, 29 de setembro de 1864Salamanca, 31 de dezembro de 1936) foi um ensaísta, romancista, dramaturgo, poeta e filósofo espanhol. Foi também deputado entre 1931 a 1933 pela região de Salamanca. É o principal representante espanhol do existencialismo cristão, sendo conhecido principalmente por sua obra O sentimento trágico da vida, que lhe valeu a condenação do Santo Ofício. Tendo apoiado inicialmente o franquismo, passaria seus últimos dias de vida em prisão domiciliária, por se opor aos excessos deste.
      

  

Unamuno visto por Ramon Casas (imagem daqui)
  
    
Unamuno
 
 
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo…
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro,
D. Quixote o segundo.)

Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!

Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.

Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe Segundo construído
Com granito da fé peninsular.

E falava com Deus em castelhano.
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico, romano,
Dentro dum corpo quente de heresia.

Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ia de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.

Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel,
E guardava a mais pura na lapela.


in
Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Cervantes nasceu há 475 anos

       
Miguel de Cervantes Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de setembro de 1547 - Madrid, 22 de abril de 1616) foi romancista, dramaturgo e poeta castelhano. A sua obra-prima, Dom Quixote, muitas vezes considerada o primeiro romance moderno, é um clássico da literatura ocidental e é regularmente considerada um dos melhores romances já escritos. O seu trabalho é considerado entre os mais importantes em toda a literatura e a sua influência sobre a língua castelhana é tão grande que o castelhano é frequentemente chamado de La lengua de Cervantes (A língua de Cervantes).
   
     
D. Quixote e Sancho Pança (ilustração de Gustave Doré)

 

¿Quién dejará, del verde prado umbroso



¿Quién dejará, del verde prado umbroso,
las frescas yerbas y las frescas fuentes?
¿Quién, de seguir con pasos diligentes
la suelta liebre o jabalí cerdoso?

¿Quién, con el son amigo y sonoroso,
no detendrá las aves inocentes?
¿Quién, en las horas de la siesta, ardientes,
no buscará en las selvas el reposo,

por seguir los incendios, los temores,
los celos, iras, rabias, muertes, penas
del falso amor que tanto aflige al mundo?

Del campo son y han sido mis amores,
rosas son y jazmines mis cadenas,
libre nací, y en libertad me fundo.

Mário Botas morreu há 29 anos...

(imagem daqui)

  

Mário Ferreira da Silva Botas (Nazaré, 23 de dezembro de 1952 - Lisboa, 29 de setembro de 1983), foi um artista plástico português.

Biografia

Na vila natal passou a infância e a adolescência. Ali fez os seus estudos primários e secundários.

Em 1970 ingressou na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde se licenciou em 1975 com alta classificação.

O seu nome ficou no entanto ligado à pintura, ao desenho e à ilustração. Fez a primeira exposição individual na Nazaré, em 1971. Em 1973 expôs na Galeria S. Mamede em Lisboa. A sua obra recebeu então a atenção dos galeristas e críticos de arte tanto em Portugal como no estrangeiro e foi reconhecida como de uma enorme qualidade e inovação.

Faleceu, com trinta anos, a 29 de setembro de 1983, em Lisboa, vítima de uma leucemia diagnosticada em 1977. Em setembro de 1984 foi instituída a Fundação Casa-Museu Mário Botas na Nazaré.

A sua extensa obra foi apresentada em várias exposições póstumas.

 

in Wikipédia

Roy Lichtenstein morreu há vinte e cinco anos...

   
Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 - Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um pintor norte-americano identificado com a Pop Art.
Na sua obra, procurou valorizar os clichés das histórias em quadradinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa.
O seu interesse pelas histórias em quadradinhos (banda desenhada), como tema artístico, começou provavelmente com uma pintura do Rato Mickey, que realizou em 1963 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características da banda desenhada e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou uma técnica pontilhista conhecida como Pontos Ben-Day para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas, limitadas e delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.
    
Cap de Barcelona, escultura - Barcelona
         
         

Tony Curtis morreu há doze anos...

   
Tony Curtis (nome artístico de Bernard Schwartz; Nova York, 3 de junho de 1925 - Las Vegas, 29 de setembro de 2010) foi um ator norte-americano, popular desde as décadas de 50 e 60 pelo seu trabalho no cinema, tendo participado em mais de cem filmes desde 1949.
    
Biografia
Filho de um alfaiate húngaro, imigrante judeu, teve uma infância bastante difícil no bairro do Bronx, Nova York, onde a família morava no fundo da alfaiataria. A sua mãe e um dos seus dois irmãos eram esquizofrénicos, o que fez com que ele e o outro irmão fossem internados num orfanato aos oito anos de idade, por impossibilidade do pai de tomar conta de todos.
Curtis serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial e foi um espetador privilegiado da rendição japonesa na Baía de Tóquio em 1945. De volta aos Estados Unidos, passou a estudar teatro, e em 1948, devido à bela aparência e aos olhos marcantes que o tornariam um ídolo do público feminino nos anos seguintes, foi contratado pelo estúdio Universal de Hollywood, que o colocou em aulas de esgrima e montaria e trocou o seu nome para Tony Curtis.
Apesar de parecer ser apenas mais um "menino bonito" a chegar ao cinema, Tony provaria o seu talento em filmes como Sweet Smell of Success, com Burt Lancaster, The Defiant Ones, com Sidney Poitier - que lhe daria uma nomeação para o Óscar -, Boston Strangler (O Estrangulador de Boston ou O Homem Que Odiava as Mulheres), em que interpretava um psicopata real e aquele que seria o seu mais duradouro trabalho na lembrança dos cinéfilos: o clássico de Billy Wilder, Some Like It Hot (Quanto Mais Quente Melhor), com Marilyn Monroe e Jack Lemmon.
Ele também fez diversos trabalhos na televisão, o mais bem sucedido deles na série The Persuaders, com Roger Moore, bastante popular no início dos anos 70, que terminou porque Moore foi escolhido para fazer James Bond no cinema.
Tony tornou-se pintor nos anos 80 e conseguiu grande sucesso nesta segunda atividade, que segundo ele era o seu principal interesse há anos, com seus quadros sendo vendidos por até 50.000 dólares e um deles exposto no Metropolitan Museum of Art de Nova York.
Curtis lamentava nunca ter ganho um Óscar e considera que o mundo do cinema jamais reconheceu verdadeiramente o seu trabalho, mas conquistou diversas honrarias e tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
Morou no estado de Nevada e considerava Cary Grant (com quem filmou em 1959 a ótima comédia Operation Petticoat) o seu ator favorito de todos os tempos.
Faleceu em 29 de setembro de 2010. A notícia foi divulgada pela filha, a também atriz Jamie Lee Curtis. Foi sepultado no Palm Memorial Park (Green Valley), Las Vegas, Nevada no Estados Unidos.
    
Vida pessoal
Tony Curtis foi casado seis vezes. Em duas delas com as atrizes Janet Leigh, o seu mais famoso relacionamento e com quem teve duas filhas, Kelly e a também atriz Jamie Lee Curtis; com a austríaca Christine Kaufmann, com quem também teve duas filhas, Alexandra(1964) e Allegra (1966), nos anos 50 e 60 respectivamente; casou-se com Leslie Allen e também teve dois filhos: Nicholas (nascido em 1971, morreu em 1994 de overdose de heroína) e Benjamin (1973). Ele revelou que tinha engravidado Marilyn Monroe. Um dos mais conhecidos e picantes factos dos bastidores do cinema envolvendo Tony Curtis deu-se em 1959 durante as filmagens de Quanto Mais Quente Melhor. O estilista do filme, ao comentar com Marilyn Monroe, durante provas de roupas (Tony e Jack Lemmon atuam quase o tempo todo travestidos de mulher) que Tony tinha nádegas mais bonitas que ela, fez Marilyn replicar na hora, abrindo a blusa, "é, mas ele não tem isso!", mostrando os seios. A grande tragédia de sua vida, depois da dramática infância que passou, foi a morte do seu filho Nicholas, aos 23 anos, em 1994, por overdose de heroína.
Foi casado com Jill Vandenbergh Curtis, 42 anos mais nova.
        

Émile Zola morreu, misteriosamente, há cento e vinte anos...


Émile Zola
(Paris, 2 de abril de 1840 - Paris, 29 de setembro de 1902) foi um consagrado escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista além de uma importante figura libertária da França. Foi presumivelmente assassinado por desconhecidos em 1902, quatro anos depois de ter publicado o famoso artigo J'accuse, em que acusa os responsáveis pelo processo fraudulento de que Alfred Dreyfus foi vítima.
     

   

Vida

Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola nasceu na capital francesa. Filho do engenheiro italiano François Zola (originalmente Francesco Zola) e a sua esposa Émilie Aubert, cresceu em Aix-en-Provence, onde estudou no Collège Bourbon (atualmente conhecido como Collège Mignet) e aos dezoito anos, retorna a Paris para estudar no Lycée Saint-Louis. Devido às complicações financeiras por que passou após a morte do pai, Zola é levado a trabalhar em uma série de escritórios, ocupando cargos de pouca influência.

Inicia-se no ramo jornalístico escrevendo colunas para os jornais Cartier de Villemessant's e Controversial. Suas colunas não poupavam críticas severas a Napoleão III:

(…) meu trabalho torna-se a imagem de um reinado partido, de um estranho período de loucura e vergonha humanas - e à Igreja - A civilização jamais alcançará a perfeição até que a última pedra da última igreja caia sobre o último padre.

A obra de caráter autobiográfico La Confession de Claude (1865), um dos primeiros trabalhos publicados por Zola, atraiu atenção negativa da crítica especializada. O ainda mais criticado

Thérèse Raquin, romance lançado no ano seguinte, apresentou uma abordagem inovadora em sua concepção: inspirado pelos estudos científicos da época, Zola propõe não um simples romance, mas uma análise científica pormenorizada do ser humano, da moral e da sociedade. Thérèse Raquin tornou-se, portanto, marco inicial de um novo movimento literário, oriundo da análise científica e experimental do ser humano: o naturalismo.

Em vida, Zola também demonstrou elevado engajamento político. Certamente, o seu trabalho de maior influência política foi a carta aberta intitulada J'accuse (Eu Acuso), destinada ao então presidente da França Félix Faure. A carta, publicada na primeira página do jornal parisiense L'Aurore em 13 de janeiro de 1898, acusou o governo francês de antissemitismo por julgar e condenar precipitadamente o capitão Alfred Dreyfus, judeu e oficial do exército francês, por traição em 1894.

Émile Zola faleceu em 29 de setembro de 1902 na sua casa em Paris devido à inalação de uma quantidade letal de monóxido de carbono proveniente de uma lareira defeituosa; alguns estudiosos não descartam a hipótese de homicídio.

Em 1908, o corpo de Zola foi transferido do cemitério de Montmartre para o Panteão.

quarta-feira, setembro 28, 2022

A última invasão bem sucedida da Inglaterra começou há 956 anos

Excerto da Tapeçaria de Bayeux - obra feita em bordado para comemorar o sucesso da Conquista Normanda de Inglaterra
  
A invasão ou conquista normanda da Inglaterra, realizada em 1066 por Guilherme II, Duque da Normandia, que se tornou subsequentemente Guilherme I, Rei de Inglaterra, e a subsequente subida ao poder da dinastia normanda é considerada por alguns historiadores como o fim de uma era.

Em 1066, o rei Eduardo, "o Confessor", da Inglaterra, morreu sem deixar descendentes, gerando uma crise sucessória. O principal pretendente inglês era o seu cunhado, Haroldo Godwinson; outro poderoso candidato era o seu primo, duque Guilherme da Normandia. Eduardo poderá ter-lhe prometido o trono em 1051 e Guilherme fortaleceu a sua posição persuadindo Haroldo (possivelmente com algum truque) a jurar-lhe fidelidade.
Depois da morte de Eduardo, o Conselho elegeu Haroldo para rei e este, durante alguns meses, manteve o exército de prevenção contra uma eventual invasão normanda. No entanto, de imediato teve de se dirigir ao norte para combater um ataque efetuado pelo seu irmão Tostig e pelo rei Haroldo Hardråde da Noruega, a quem derrotou em Stamford Bridge. Logo a seguir à batalha, recebeu a notícia de que Guilherme desembarcara no Sussex. Ele, juntamente com os seus guardas pessoais, mobilizaram novas tropas, inexperientes, interpelando os normandos em Senlac, perto de Hastings; Haroldo foi morto e o seu exército derrotado. No dia de Natal de 1066, Guilherme, "o Conquistador", era coroado na Abadia de Westminster.
Guilherme empreendeu uma sistemática campanha para submeter os rebeldes saxões, confiscando grandes propriedades e entregando-as aos seus seguidores - tomando o cuidado de lhes dar pequenas áreas espalhadas por todo o país, para evitar que se tornassem demasiado poderosos. Todos os proprietários de terras, grandes ou pequenos, foram obrigados a jurar-lhe lealdade.
   
CRONOLOGIA

Música adequada à data...

Ben E. King nasceu há 84 anos

          
Ben E. King, nome artístico de Benjamin Earl Nelson (Henderson, 28 de setembro de 1938 - Hackensack, 30 de abril de 2015), foi um cantor de soul norte-americano. Nasceu em Henderson, Carolina do Norte, mas mudou-se para o Harlem, em New York, com 9 anos. Ele é talvez mais conhecido como vocalista e co-compositor da música Stand by Me do álbum Don't Play That Song, gravado em 1961 e lançado em 1962 pela gravadora Atco Records.
   

 

 

Stand by me - Ben E. King

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
No I won't be afraid, no I won't be afraid
Just as long as you stand, stand by me

And darlin', darlin', stand by me, oh now now stand by me
Stand by me, stand by me

If the sky that we look upon
Should tumble and fall
And the mountains should crumble to the sea
I won't cry, I won't cry, no I won't shed a tear
Just as long as you stand, stand by me

And darlin', darlin', stand by me, oh stand by me
Stand by me, stand by me, stand by me-e, yeah

Whenever you're in trouble won't you stand by me, oh now now stand by me
Oh stand by me, stand by me, stand by me
 
Darlin', darlin', stand by me-e, stand by me
Oh stand by me, stand by me, stand by me

Música adequada à data...

Jennifer Rush faz hoje 62 anos

  

Jennifer Rush, born Heidi Stern, (Queens, New York, September 28, 1960) is an American pop and rock singer. She achieved success during the mid-1980s around the world, with the release of a number of singles and albums including the million-selling single "The Power of Love", which she co-wrote and released in 1984. She saw her greatest success in Europe, particularly Germany.

      

 


Hubble morreu há 69 anos

  

Famoso por ter descoberto que as até então chamadas nebulosas eram na verdade galáxias fora da Via Láctea, e que estas afastam-se umas das outras a uma velocidade proporcional à distância que as separa.
O seu nome foi dado ao primeiro telescópio espacial, posto em órbita em 1990, para estudar o espaço sem as distorções causadas pela atmosfera.
   
Biografia
Aluno promissor, embora não excecional na adolescência, destacou-se mais na época por feitos atléticos, como quando bateu o recorde de salto em altura do estado de Illinois. Como seu pai (o advogado e agente de seguros John Powell Hubble) queria, formou-se em Direito em 1910, na Universidade de Chicago, e chegou a exercer a profissão de advogado, mas acabou por abandoná-la para seguir o seu interesse pela astronomia, pela matemática e pela astrofísica.
Em 1914 foi aceite como pesquisador no Observatório Yerkes, em Williams Bay, Wisconsin, e dedicou-se ao estudo das nebulosas, que começou a dividir como pertencentes ou não à Via Láctea. Depois da I Guerra Mundial, em 1919, voltou aos Estados Unidos e começou a trabalhar no Observatório do Monte Wilson, perto de Pasadena, na Califórnia, onde trabalharia até à sua morte. Continuou a trabalhar com as nebulosas, utilizando um telescópio refletor recém-construído.
A partir da relação conhecida entre período e luminosidade das cefeidas, em geral, e do brilho aparente das cefeidas de Andrómeda, em 1923 Hubble pode calcular a distancia entre esta e a Via Láctea, obtendo um valor de quase 1 milhão de anos-luz. Mesmo obtendo um valor errado para a distância de Andrómeda, pois atualmente o valor aceite é de um pouco mais de 2 milhões de anos-luz, Hubble mostrou que ela estava para além dos limites de nossa galáxia, que tem cem mil anos-luz de diâmetro. Assim ficou provado que Andrómeda era uma galáxia independente. A descoberta não foi explorada pela imprensa, mas no ano seguinte dividiu com um pesquisador de saúde pública um prémio de mil dólares dado pela Academia Americana para o Avanço da Ciência. Hubble provou a existência de nebulosas extragalácticas constituídas de sistemas estelares independentes. No ano seguinte descobriu diversas galáxias e mostrou que várias delas são semelhantes à Via Láctea. A mancha luminosa no céu era na verdade um sistema estelar tão grandioso quanto aquele em que o Sol e a Terra estão situados. Elas passaram a ser chamadas de galáxias, por analogia com a denominação de nossa Via Láctea.
Depois dessas descobertas, passou a pesquisar a estrutura das galáxias e a classificá-las pelo formato, como espiral ou elíptica. Posteriormente começaria a estudar as distâncias que as galáxias se encontram da Via Láctea e suas velocidades no espaço. Em 1929 demonstrou que as galáxias se afastam em grande velocidade e que essa velocidade aumenta com a distância. A relação entre a velocidade e a distância da Terra é conhecida como a Lei de Hubble e a razão entre os dois valores é conhecida como Constante de Hubble.
Este deslocamento das galáxias serviria como base, em 1946, para George Gamow estabelecer a teoria do Big Bang. Analisando o desvio para o vermelho em suas observações, desenvolveu a teoria da expansão do universo e anunciou que a velocidade de uma nebulosa em relação a outra é proporcional à distância entre elas (a chamada constante de Hubble). Ou seja, Hubble estudou a luz emitida pelas galáxias distantes, observando que o comprimento de onda em alguns casos era maior que aquele obtido no laboratório. Esse fenómeno ocorre quando a fonte e o observador se movem: quando se afastam um do outro, o comprimento de onda visto pelo observador aumenta, diminuindo quando a fonte e o observador se aproximam. Se uma galáxia estiver se aproximando, a luz desloca-se para a cor azul e se estiver se afastando a luz desloca-se para a cor vermelha (Efeito Doppler). Em cada caso, a variação relativa do comprimento é proporcional à velocidade com que a fonte se move.
Depois ser condecorado com a medalha de ouro da Real Sociedade de Astronomia de Londres, em 1940, e com a medalha presidencial do mérito dos Estados Unidos, em 1946, Hubble passou a utilizar o telescópio Hale, concluído em 1948, no Monte Palomar, em Pasadena, para estudar objetos estelares fracos.
Faleceu em 1953, antes de completar 64 anos, vitima de um acidente vascular cerebral, que o matou, instantaneamente e sem dor, como garantiu o antigo médico da família à sua esposa, Grace Hubble. Ela recusou-se a fazer um funeral e a dar satisfações com o que havia feito com o corpo do seu marido (alguns acham simplesmente que Hubble "voltou para casa").
O astrónomo seria homenageado em 1990, quando um telescópio espacial foi batizado com o seu sobrenome. Após apresentar problemas relativos à qualidade das imagens, foi consertado por astronautas. Por situar-se fora da atmosfera da Terra, que distorce e enfraquece as imagens do Universo, tem sido utilizado na recolha de dados sobre objetos muito distantes.
   
   

O pintor Bernardo Marques faleceu há sessenta anos

 

Bernardo Loureiro Marques (Silves, 21 de novembro de 1898 - Lisboa, 28 de setembro de 1962) foi um pintor, ilustrador e artista gráfico português.

Figura destacada da 2ª geração de pintores modernistas portugueses, Bernardo Marques participou no movimento renovador das artes em Portugal nas primeiras décadas do século XX. Foi autor de uma obra vasta e multifacetada, centrada sobretudo no desenho, artes gráficas e decoração.


Sem título,1922

   

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El-Rei D. Carlos I nasceu há 159 anos

     
D. Carlos I de Portugal, de nome completo: Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Saboia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha (Palácio da Ajuda, Lisboa, 28 de setembro de 1863 - Terreiro do Paço, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi o penúltimo Rei de Portugal.
     
    
Nascido em Lisboa, era filho do rei Luís I de Portugal e da rainha Maria Pia de Sabóia, tendo subido ao trono em 1889. Foi cognominado O Diplomata (devido às múltiplas visitas que fez a Madrid, Paris e Londres, retribuídas com as visitas a Lisboa dos Reis Afonso XIII de Espanha e Eduardo VII do Reino Unido, do Kaiser Guilherme II da Alemanha e do presidente da República Francesa Émile Loubet), O Martirizado e O Mártir (em virtude de ter morrido assassinado), ou O Oceanógrafo (pela sua paixão pela oceanografia, partilhada com o pai e com o príncipe do Mónaco).
D. Carlos era um apreciador das tecnologias que começavam a surgir no princípio do século XX. Instalou luz elétrica no Palácio das Necessidades e fez planos para a eletrificação das ruas de Lisboa. Embora fossem medidas sensatas, contribuíram para a sua impopularidade visto que o povo as encarou como extravagâncias desnecessárias. Foi ainda um amante da fotografia e autor do espólio fotográfico da Família Real. Foi ainda um pintor de talento, com preferências por aguarelas de pássaros que assinava simplesmente como "Carlos Fernando". Esta escolha de tema refletia outra das suas paixões, a ornitologia. Recebeu prémios em vários certames internacionais e realizou ensaios notáveis na área de cerâmica.
Para além da ornitologia, era um apaixonado pela oceanografia, tendo adquirido um iate, o Amélia, especificamente para se dedicar a campanhas oceanográficas. Estabeleceu uma profunda amizade com Alberto I, Príncipe do Mónaco, igualmente um apaixonado pela oceanografia e as coisas do mar. Desta relação nasceu o Aquário Vasco da Gama, que pretendia em Portugal desempenhar papel semelhante ao Museu Oceanográfico do Mónaco. Alguns trabalhos oceanográficos realizados por D. Carlos, ou por ele patrocinados, foram pioneiros na oceanografia mundial. Honrando esta faceta do monarca, a Armada Portuguesa opera atualmente um navio oceanográfico com o nome de D. Carlos I.
D. Carlos foi também um excelente agricultor, tendo tornado rentáveis as seculares propriedades da Casa de Bragança (património familiar destinado a morgadio dos herdeiros da Coroa), produzindo vinho, azeite, cortiça, entre outros produtos, tendo também organizado uma excelente ganadaria e incentivado a preservação dos prestigiados cavalos de Alter.
Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, ao lado do filho que com ele foi assassinado. As urnas com tampas transparentes ficaram aí depositadas durante 25 anos. Só em 1933 é que uma comissão privada abriu uma subscrição nacional que levou à inauguração de dois belos túmulos, concebidos pelo arquiteto Raúl Lino, junto dos quais está uma figura feminina, representando "A Dor", esculpida por Francisco Franco, conjunto esse que ainda hoje pode ser visto.
     
O Sobreiro (1905), pintura de D. Carlos I
    
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A Rainha D.ª Amélia nasceu há 157 anos

   
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última Rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o Rei D. Carlos I, e do filho mais velho, D. Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o futuro rei Manuel II; e também ficou de luto com a morte de sua filha, a infanta Maria Ana de Bragança, nascida de parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante Afonso, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi o único membro da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
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Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
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Reconciliação familiar
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de batismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família Bragança.
   
Morte
No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 horas da manhã. O corpo da rainha foi então trasladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa, numa multidão nunca vista.

Títulos
  • 1865-1886: Sua Alteza Real a princesa Amélia de Orleães
  • 1886-1889: Sua Alteza Real a Princesa Real D. Amélia, Duquesa de Bragança
  • 1889-1908: Sua Majestade a Rainha
  • 1908-1910: Sua Majestade a rainha D. Amélia
  • 1910-1951: Sua Majestade a rainha D. Amélia de Portugal
Brasão da Rainha Dona Amélia