segunda-feira, janeiro 25, 2021

O ditador Idi Amin tomou o poder há cinquenta anos

Uma caricatura de Idi Amin em 1977 - Edmund S. Valtman
     
Idi Amin Dada (~192016 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin fez parte do King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quénia. Eventualmente, ele chegou à patente de Major-General no exército ugandês, e tornou-se Chefe Supremo do Exército, antes de liderar um golpe de estado em 25 de janeiro de 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, ele auto-promoveu-se a Marechal de Campo.
O governo de Amin foi caracterizado por violações dos direitos humanos, repressão política, perseguição étnica, assassinatos, nepotismo, corrupção e má gestão económica. O número de mortos durante o seu regime ditatorial é estimado por observadores internacionais e grupos de direitos humanos como estando entre cem mil e quinhentos mil. Durante os seus anos no poder, Amin deixou de ser um anticomunista com considerável apoio de Israel e passou a ser apoiado por Muammar al-Gaddafi, a União Soviética e a Alemanha Oriental. Entre 1975 e 1976, ele foi o presidente da Organização da Unidade Africana, um grupo criado para promover a solidariedade entre as nações no continente. Entre 1977 e 1979, Uganda foi membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Em 1977, quando o Reino Unido rompeu relações diplomáticas com o país, Amin declarou que havia derrotado os britânicos, adicionando "CBE", de "Conquistador do Império Britânico", aos seus títulos. O seu título completo era "Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada, VC, DSO, MC, CBE".
Após a Guerra Uganda-Tanzânia, em 1978, onde Idi Amin tentou anexar a região de Kagera, dissidentes conseguiram terminar com o seu regime de oito anos, forçando o seu exílio. Primeiro ele foi para a Líbia, depois para a Arábia Saudita, onde viveu até à sua morte, em 16 de agosto de 2003.
  
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Em janeiro de 1979, o presidente tanzaniano Nyerere mobilizou o exército de seu país e contra atacou, com o apoio de grupos dissidentes ugandeses, como a Frente de Libertação Nacional de Uganda (UNLA). As forças de Amin recuaram frente à contra-ofensiva e, apesar do apoio militar vindo do ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, ele foi obrigado a fugir do país, a 11 de abril de 1979, após a queda da capital, Kampala. Ele fugiu então para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando Gaddafi o expulsou do país. Recebeu então asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até ao fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar ao Uganda para morrer, mas o governo negou-lhe o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.
  
Em 2007, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker fez o papel do ditador ugandês, pelo qual conquistou o Óscar da Academia como melhor ator.
      

  
in Wikipédia

A metrópole de São Paulo faz hoje 467 anos!

Do topo, da esquerda para a direita: Catedral da Sé, vista das antenas da Avenida Paulista, Parque Ibirapuera, Ponte Octávio Frias de Oliveira, Museu de Arte de São Paulo (MASP) e vista do centro da cidade
  
São Paulo é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul, e a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é "Non ducor, duco", frase latina que significa "Não sou conduzido, conduzo".
  
Brasão da Cidade de São Paulo - Brasil
  
Fundada em 25 de janeiro de 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, económico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1, São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.
O município possui o 10º maior PIB do mundo, representando, isoladamente, 11,5% de todo o PIB brasileiro e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005. A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado. São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sexta cidade mais populosa do planeta e a sua região metropolitana, com 19.223.897 habitantes, é a quarta maior aglomeração urbana do mundo. Regiões muito próximas de São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba; outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. A população total dessas áreas somada à da capital – o chamado Complexo Metropolitano Expandido – ultrapassa 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.
  
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A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu a 25 de janeiro de 1554, com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha, por finalidade, a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".
O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus.
   

Alicia Keys - quarenta anos...!

  
Alicia Keys
(nome artístico de Alicia Augello-Cook; Nova Iorque, 25 de janeiro de 1981) é uma cantora de R&B/soul, pianista, compositora, produtora musical e atriz norte-americana. Keys é uma artista de renome, tendo vendido mais de 30 milhões de álbuns e 25 milhões de singles, o que faz dela uma das artista mais bem sucedidas da sua era. Ao longo de sua carreira, já arrecadou mais de dez Grammys, dez Billboard Music Awards e cinco American Music Awards. Alicia é conhecida mundialmente por canções como "Fallin'", "You Don't Know My Name", "If I Ain't Got You", "No One" e "Empire State of Mind".
Iniciou uma incursão no mundo do cinema, em 2007, com a comédia de acção Smokin' Aces e The Nanny Diaries, ao lado de Scarlett Johansson. Em 2008, protagoniza o filme The Secret Life of Bees, com as também estrelas da música, Jennifer Hudson e Queen Latifah.
Em 2010, o canal de música VH1 incluiu Alicia Keys na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos o Tempos". Em fevereiro de 2012, Keys foi colocada em 14.º na lista da VH1 100 Greatest Women in Music. Em 2013, Keys foi colocada no número 33 pela VH1 em "50 Greatest Women of the Video Era" e número 10 na lista das "100 artistas mais sensuais". Em 2016, foi incluída na lista de cem mulheres mais inspiradoras e influentes pela BBC. Em 2020 a Recording Industry Association of America classificou Alicia como a "Artista de R&B feminina com mais certificações do milénio".

    

 


O químico Robert Boyle nasceu há 394 anos

  
Robert Boyle (Lismore, 25 de janeiro de 1627 - Londres, 31 de dezembro de 1691) foi um filósofo natural, químico e físico irlandês que se destacou pelos seus trabalhos no âmbito da física e da química.
Foi um cientista importante e influente na sua época, uma das suas mais importantes descobertas foi a chamada Lei de Boyle-Mariotte, que diz que o volume de um gás varia de acordo com a pressão, de forma inversamente proporcional, e as propriedades do ar e do vácuo. Também acreditava que o calor era um movimento mecânico que estava relacionado com a agitação de moléculas. Boyle teve influencia na Física, em especial no campo da mecânica quântica. Ele acreditava que o comportamento das substâncias poderia ser explicado pelo movimento dos átomos através de uma espécie de mecânica. Na área das ciências médicas, Boyle sempre esteve interessado no sangue, realizou investigações com a ajuda de outros pesquisadores de Oxford, onde estava interessado na natureza do sangue e os efeitos de determinadas substâncias no sangue. Em 1684 lançou o livro Memoirs for the Natural History of Humane Blood, onde incluiu dados de suas investigações como cores, gostos, odores e inflamabilidade do sangue e as diferenças entre o sangue humano e animal. Faleceu devido a um acidente vascular cerebral em 1691, aos 64 anos.
   

O Ali Químico foi barbaramente enforcado há onze anos

  
Ali Hassam al-Majid, conhecido como Ali Químico, (Tikrit, 30 de novembro de 1941 - Bagdad, 25 de janeiro de 2010) foi um integrante do governo iraquiano no regime de Saddam Hussein, de quem era primo em primeiro grau.
  
Vida
Nascido em Tikrit, no antigo Reino do Iraque, Ali Hassam al-Majid teve uma infância muito pobre e pouca educação formal. Juntou-se ao Partido Ba'ath em 1968, conjuntamente com o seu primo Saddam Hussein. Em 1979, ele conspirou, com Saddam Hussein, para derrubar o então presidente Al-Bakr.
No governo do ditador Saddam Hussein, Al-Majid foi ministro da Defesa, ministro do interior e chefe do serviço de inteligência do Iraque e considerado o mentor do genocídio cometido contra os curdos em 1988, quando milhares de civis foram mortos pelo uso de gás venenoso pelas tropas iraquianas. Nestes ataques pelo menos 180 mil curdos morreram e mais de 1,5 milhão de pessoas foram desalojadas.
Em março de 2003, os Estados Unidos e os seus aliados invadiram o Iraque com o objetivo de derrubar Saddam Hussein e instaurar um novo governo democrático naquele país. Em 9 de abril a capital Bagdad caiu e, em maio, as forças norte-americanas já ocupavam o país e o então presidente norte-americano George W. Bush declarou o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath.
Ali Hassan sobreviveu aos bombardeamentos americanos de abril de 2003 mas foi preso pelas forças da coligação a 17 de agosto de 2003. Ele era o 5º homem mais procurado no Iraque pelos Estados Unidos, mostrado como Rei de espadas no jogo de cartas americano dos mais procurados do antigo regime.
  
Execução
Em 23 de junho de 2007 foi condenado à morte na forca por crimes contra a humanidade pelo Supremo Tribunal Criminal Iraquiano, que investiga os crimes cometidos pelo Partido Baath, entre 1968 e 2003. A sua sentença foi executada no dia 25 de janeiro de 2010.
  
 

The Iraqi Cabinet put pressure on the Presidential council on 17 March 2009 for Al-Majid's execution.

The situation was similar on 17 January 2010 prior to 9 am (GMT); a fourth death penalty was issued against him in response to his acts of genocide against Kurds in the 1980s. He was also convicted of killing Shia Muslims in 1991 and 1999. Alongside him in the trial was former defense minister Sultan Hashem, who was also found guilty by The Iraqi High Tribunal for the Halabja attack and sentenced to 15 years' imprisonment. Al-Majid was executed by hanging on 25 January 2010. He was buried in Saddam's family cemetery in al-Awja the next day; near Saddam's sons, half-brother and the former vice president, but outside the mosque housing the tomb of Saddam. While he was sentenced to death on four separate occasions, the original 2007 verdict sentenced him to five death sentences, and so the combined tally of death sentences handed out was eight.

Amnesty International's Middle East and North Africa Director Malcolm Smart later criticized the execution as "only the latest of a mounting number of executions, some of whom did not receive fair trials, in gross violation of human rights..."
   

Tom Jobim nasceu há 94 anos

   
Antônio “Tom” Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 - Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e guitarrista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira pela revista Rolling Stone, e um dos criadores e principais forças do movimento da bossa nova.
   

  


Demis Roussos morreu há seis anos

  
Demis Roussos
, nome artístico de Artemios Ventouris Roussos, (Alexandria, 15 de junho de 1946 - Atenas, 25 de janeiro de 2015) foi um cantor grego, nascido no Egipto. O nome Artemios acabou sendo abreviado para Demis.
   

 


A Igreja Católica celebra hoje a conversão de São Paulo...

 

A conversão de São Paulo, uma pintura de 1600 de Caravaggio

 


Conversão de Saulo - Damasco, Síria

domingo, janeiro 24, 2021

O Imperador Adriano nasceu há 1945 anos

   
Públio Élio Trajano Adriano (em latim: Publius Aelius Traianus Hadrianus; 24 de janeiro de 76 - 10 de julho de 138), mais conhecido apenas como Adriano, foi imperador romano de 117 a 138. Pertence à dinastia dos Antoninos, sendo considerado um dos chamados "cinco bons imperadores". Em Roma, ele re-construiu o Panteão e construiu o Templo de Vénus e Roma. Além de ser imperador, Adriano era um humanista e foi philhellene em todos os seus gostos. Durante o seu reinado, Adriano viajou para quase todas as províncias do Império. Um ardente admirador da Grécia, ele procurou fazer de Atenas a capital cultural do império e ordenou a construção de muitos templos opulentos na cidade. Adriano foi educado em vários assuntos específicos para jovens aristocratas do dia, e gostava tanto de aprender a literatura grega que ele foi apelidado de Gréculo (Graeculus; "Pequeno Grego").
Adriano entrou para expedição de Trajano contra Pártia como um legado na tropa de Trajano. Nem durante a primeira fase, vitoriosa, nem durante a segunda fase da guerra, quando a rebelião foi arrastado até à Mesopotâmia, Adriano nada faz de digno. No entanto, quando o governador da Síria teve que ser enviado para resolver problemas renovados na Dácia, Adriano foi apontado como um substituto, dando-lhe um comando independente.
  
Nascimento
Adriano nasceu Públio Élio Trajano Adriano em Itálica, próximo da atual Santiponce, na Espanha. Outras fontes citam Roma, na Itália. Adriano era descendente de colonos romanos domiciliados no sul da Hispânia e primo de Trajano, tendo sido nomeado por este para uma série de dignidades públicas que o fizeram aparecer como herdeiro presuntivo deste imperador. À época das guerras contra os partas, durante o reinado de Trajano, era governador da província romana da Síria
  
    
      
Imperador
Logo após a morte de Trajano, consta que teria sido adotado por este no seu leito de morte como filho e sucessor na dignidade imperial. Muitos dizem, no entanto, que tal adoção teria sido uma farsa engendrada pela viúva de Trajano, a imperatriz Plotina. Seja como for, a ascensão de Adriano ao trono imperial foi imediatamente seguida pela execução sumária de quatro importantes ex-cônsules - entre eles o príncipe mouro e comandante de um contingente de cavalaria moura no exército romano Lúsio Quieto - expoentes da política de conquistas militares de Trajano. Estas execuções, ordenadas pelo imperador sem o acordo prévio do senado, fizeram muito para alienar a velha assembleia do imperador e deram o tom da política imperial subsequente, que foi dirigida no sentido de ampliar a base de apoio do principado para além de Roma, mediante o contacto direto do imperador com as elites provinciais, em oposição à velha política de manutenção de Roma como cidade imperial hegemónica.
Talvez por entender que o império esgotara sua capacidade de expansão, Adriano abandonou a política de conquistas de Trajano, adotando outra nitidamente defensiva, optando pela via diplomática para resolver questões relativas ao relacionamento com povos vizinhos. Na prática, isso significou renunciar às conquistas recentes - e, a esta altura, pouco mais do que teóricas - de Trajano na Mesopotâmia. Adriano também retificou os limites de uma outra conquista de Trajano, esta já antiga, a Dácia (atual Roménia), cedendo aos sármatas a planície do Baixo Danúbio e concentrando a ocupação romana na região da Transilvânia, protegida pela barreira natural dos Cárpatos.
Segundo Dião Cássio, Adriano teria também ordenado a demolição da ponte construída por Trajano sobre o Danúbio, de forma a evitar uma invasão das províncias danubianas tradicionais a partir da Dácia.
Com o intuito de proteger as demais fronteiras romanas contra os bárbaros, construiu grande número de fortificações contínuas na Germânia e na Inglaterra (por exemplo, mandou construir, em 122, a chamada Muralha de Adriano, que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia).
Adriano implementou uma profunda reforma na administração, transformando o conselho do príncipe um órgão de governo, e procurou unificar a legislação (Édito Perpétuo, 131). Durante o seu reinado, foi um viajante incansável, visitando as várias províncias do império: parece ter passado 12 anos do seu reinado fora de Roma.
   
A cultura e arte 
Letrado, Adriano era um grande admirador da cultura grega, sendo um dos responsáveis pela propagação do helenismo no mundo antigo. Realizou grandes viagens pelo império, realizando obras e melhorando a infraestrutura e a economia das províncias. Como gesto simbólico, ordenou uma série de emissões monetárias honrando as províncias, que eram representadas nestas moedas por alegorias femininas que lhes davam uma personalidade moral distinta. Estas alegorias seriam mais tarde representadas como uma série de estátuas que, após a morte de Adriano, seriam colocadas no seu templo em Roma.
Foi o arquiteto responsável pela construção do Panteão de Roma, reconstruindo um antigo prédio muito menor erguido por Marco Vipsânio Agripa, porém mantendo a velha fachada com o nome do antigo construtor. Construiu perto de Roma a grande villa que leva seu nome (Villa Adriana).
Foi um imperador ambulante, viajava sempre e por onde passava ia levantando cidades, construindo estradas, erigindo monumentos. Estes monumentos tinham um significado político: sua construção geralmente significava uma aliança em pé de igualdade abstrata entre Roma e a cidade onde eram erguidos. Assim, Adriano mandou completar em Atenas a construção de um gigantesco templo a Zeus, o Olimpeu, cuja construção já se arrastava desde a época do tirano Pisístrato, do século VI a.C.. Nas vizinhanças desta construção, organizou um bairro dentro do estilo romano de urbanismo, de maneira a poder igualar-se a um rei mítico de Atenas, Teseu. Esta Atenas "romana" era separada da antiga cidade por um pórtico na entrada do qual estava inscrito: "Esta é a cidade de Adriano, e não a de Teseu".
Ao mesmo tempo, Adriano fez de Atenas a sede de um fórum regional de discussão de assuntos comuns das cidades helénicas, o Pan-helénio (Panhellenion; 131-132). Esta reelaboração da legitimidade política do império em torno não mais da hegemonia da cidade de Roma e do seu senado e da Itália, mas como um império ecuménico dotado de uma cultura helénica comum, que prenunciava já de certa forma o Império Bizantino, permitiu ao historiador francês Paul Veyne chamar Adriano de "um Nero bem sucedido", que soube transformar sua mania da cultura helénica num programa político Por isto, tal política encontrou sua maior contestação entre o povo que havia oposto, historicamente, maior resistência a esta matriz cultural grega: na Judeia, os judeus reuniam-se preparando uma nova (e última) revolta contra o elemento greco-romano.
Essa guerra estalou porquanto Adriano mandara reconstruir Jerusalém, destruída por Tito em 70 d. C., como uma cidade grega, e os judeus de então sentiam que a sua cidade sagrada estava sendo profanada por estrangeiros. De facto, em toda parte surgiam estátuas, banhos públicos, centros ruidosos de vida profana. Durante o final do reinado de Adriano, um movimento armado anti-romano estourou no interior da Judeia, comandado pelo rebelde messiânico que viria a ser conhecido pelo nome de Bar Kochba ("o Filho da Estrela").
Assim que Adriano soube do levante dos judeus, determinou que as legiões localizadas nas províncias vizinhas atacassem os judeus e os destruíssem. Não se sabe com certeza se Adriano participou ativamente da guerra judaica, e em que medida. O certo é que esta guerra foi longa e terrível. Após mais de dois anos de combates, as tropas romanas acabaram por sufocar a revolta. O exército romano sofreu um tal desgaste que Adriano teria, segundo Dião Cássio, eliminado dos seus despachos militares ao senado a fórmula usual de abertura: "o exército e o imperador vão bem".
Os sobreviventes foram vendidos como escravos. Roma decretou a exclusão dos judeus de Jerusalém, que foi reconstruída como cidade grega e passou a chamar-se Élia Capitolina. No lugar do antigo templo judaico ergueu-se a estátua de Zeus e junto ao Gólgota (onde, segundo a tradição bíblica, teria sido crucificado Jesus) ergueu-se um templo à deusa grega Afrodite. A antiga província da Judeia passou a chamar-se Palestina - forma de tentar apagar a memória da presença judaica na região pela recordação dos filisteus, também antigos habitantes da região nos tempos bíblicos.
Por isso, no Talmud, essa revolta ficou sendo chamada "a guerra do extermínio". De fato, por mais que a diáspora judaica tivesse-se iniciado séculos antes de Adriano, e que as narrativas sobre a guerra judaica tenham-se cedo revestido de características legendárias, é certo que a guerra eliminou definitivamente qualquer possibilidade de renascimento de um judaísmo centrado no Templo de Jerusalém e na sua casta sacerdotal, dando origem, assim, ao judaísmo como uma expressão puramente religiosa e cultural, e não mais política, situação esta que se perpetuaria até o surgimento do sionismo no século XIX.
   
Morte e sucessão 
Adriano morreu em 138, em Roma. O seu corpo foi depositado num mausoléu, que veio a ser o castelo de Santo Ângelo, em Roma. A sucessão de Adriano foi complicada: a princípio ele havia pensado em adotar como filho e sucessor um dos seus muitos antigos favoritos (tal como o adolescente grego Antínoo), Lúcio Élio Vero - e efetivamente fê-lo, mas, tendo Élio falecido prematuramente, Adriano acabou por adotar o senador T. Aurélio Fúlvio Boiónio Antonino - que tornou-se depois o imperador Antonino Pio - sob a condição, no entanto, de que este adotasse como seu filho e sucessor o parente distante de Adriano, o jovem Marco Ânio Vero, o futuro imperador Marco Aurélio, assim como o filho do falecido Lúcio Ceiônio, Lúcio Vero, que viria a ser co-imperador junto com Marco Aurélio. Entrementes, Adriano acabou por ordenar o suicídio de outro dos seus parentes, o nonagenário senador Lúcio Júlio Urso Serviano - ou Serviano Urso - de quem ele desconfiava que buscaria a sucessão imperial para seu neto (que também foi obrigado a suicidar-se). Tal decisão fez muito para confirmar a alienação mútua entre Adriano e o senado romano, que levaria, após sua morte, a uma tentativa fracassada do senado de invalidar seus atos, o que foi impedido por Antonino Pio. A hostilidade duradoura entre o senado e Adriano seria reconhecida pelo seu contemporâneo mais jovem, o senador, orador e correspondente de Marco Aurélio, Frontão, que comparava Adriano ao deus da guerra Marte e ao deus dos mortos Dis Pater - ambos deuses que se deve tentar apaziguar, mas sem poder realmente amá-los.
Como prova das políticas autoritárias de Adriano, deve ser assinalado que credita-se a ele a criação de um corpo de polícia política no Império Romano, os frumentários, cujos agentes foram destacados do corpo de funcionários imperiais dedicados à supervisão do abastecimento de trigo da cidade de Roma, daí seu nome em latim.
    
    

O rapper brasileiro Sabotage foi assassinado há dezoito anos

Graffiti Sabotage em desenho artístico
  
Mauro Mateus dos Santos (São Paulo, 3 de abril de 1973 - São Paulo, 24 de janeiro de 2003), mais conhecido pelo seu nome artístico de Sabotage, foi um cantor, compositor, rapper e ator brasileiro. Mauro, pai de 3 filhos, nasceu na Zona Sul de São Paulo, onde, depois de ter sido assaltante e traficante, encontrou a saída no rap, entrando na música e percebendo o seu verdadeiro dom. A origem da alcunha Sabotage deu-se por estar sempre a conseguir burlar as leis com tremendo êxito, como entrar em bailes, festas e boates sem permissão e saindo ileso de inúmeras confusões. Considerado uma lenda na Zona Sul, ele inspirou vários rappers, como Rhossi, Pavilhão 9, além de ter ensinado Paulo Miklos como ser um digno malandro, no filme "O Invasor", de Beto Brant, com quem escreveu até uma música. Sabotage fez um único disco solo, o Rap é Compromisso!, e participou em vários CD's com o RZO, SP Funk e outros. Em 2016, 13 anos após a sua morte, o álbum que leva o mesmo nome do cantor foi lançado no serviço de streaming Spotify. Nele estão diversas canções feitas na semana em que o rapper foi assassinado.
Também fez parte de dois filmes, o já citado "O Invasor", e o premiado "Carandiru", além de ter recebido vários prémios, como personalidade, revelação e outros em Hútus, o grande festival de prémios de rap do Brasil. Morreu com 4 tiros pelas costas, em 24 de janeiro de 2003. Vale ressaltar que Sabotage era o próprio compositor e cantor de suas músicas. Ele foi enterrado no Cemitério do Campo Grande no dia 25 de janeiro de 2003. Em toda a sua carreira, compôs dezenas de trabalhos e alguns deles se tornaram uma espécie de hino para jovens da periferia. Para muitos, Sabotage é uma rica expressão da constante luta que o pobre enfrenta diariamente para viver dignamente e isso fez com que vários outros artistas usassem as suas obras como samples, colagens e scratches dos seus trabalhos.
 

 

 


E agora José?


José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

 

Carlos Drummond de Andrade

Música boa para a data...

O biólogo Desmond Morris faz hoje 93 anos

   
Desmond Morris (Purton, Reino Unido, 24 de janeiro de 1928) é um conhecido biólogo, doutorado na área, reconhecido pelo seu trabalho como zoólogo e etólogo; é ainda um pintor surrealista e um expert em sociobiologia humana. Ele passou a ser bastante conhecido nos anos 60 como apresentador do programa Zoo Time, na ITV. Os seus estudos concentram-se no comportamento animal e humano, explicados de um ponto de vista zoológico. Morris escreveu vários livros e produziu alguns programas de televisão, muitas vezes convertendo-os em livros. As suas análises dos humanos de um ponto de vista zoológico geraram muita controvérsia mas são bastante populares nos meios académicos.
   

O sismo de Chillán foi há 82 anos

  
O sismo de Chillán de 1939 foi um sismo que sacudiu Chillán e todas as cidades circunvizinhas, em 24 de janeiro de 1939, com uma intensidade registada de 7,8 na escala de Richter.

Ostenta o recorde de maior quantidade de mortos em um sismo na história do Chile, com cerca de 30.000 vítimas. 

 

in Wikipédia

 

Paulo Diniz nasceu há 81 anos

(imagem daqui)
  
Paulo Diniz (Pesqueira, Pernambuco, 24 de janeiro de 1940) é um cantor e músico brasileiro.
Foi para o Recife trabalhar como crooner e baterista em casas noturnas. Foi locutor e ator de rádio e televisão, em Pernambuco e no Ceará. Em 1964 foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou  na Rádio Tupi e passou a compor com mais frequência. Seu primeiro disco saiu em 1966, com a música O Chorão.
Quatro anos depois lançou dois LPs, e em seguida dedicou-se à tarefa de musicar poemas de língua portuguesa de importantes autores como Carlos Drummond de Andrade (E Agora, José?), Gregório de Matos (Definição do Amor), Augusto dos Anjos (Versos Íntimos), Jorge de Lima (Essa Nega Fulô) e Manuel Bandeira (Vou-me Embora pra Pasárgada).
As suas músicas foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Simone e outros. Entre seus sucessos destacam-se Pingos de Amor, gravado por vários intérpretes, Canoeiro, Um Chopp pra Distrair, I Want to Go Back to Bahia (uma homenagem a Caetano Veloso, então exilado em Londres) e Quem Tem um Olho É Rei, todas em parceria com Odibar.

Entre 1987/1996, por de graves problemas de saúde que quase o deixaram paralítico, não gravou nenhum disco.

Parcialmente recuperado, em 1997 retomou a carreira, quando novamente já tinha residência fixa no Recife.

Atualmente, residindo no Recife, faz apresentações por várias cidades e capitais do Nordeste brasileiro, com a mesma voz vibrante de antes, porém numa cadeira de rodas, já que a doença que quase o paralisou nos anos 80 retornou a partir de 2005, e dessa vez paralisou seus membros inferiores.

    

   


Nico Fidenco nasceu há 88 anos

   
Nico Fidenco, nome artístico de Domenico Colarossi, (Roma, 24 de janeiro de 1933) é um cantor e compositor italiano, um dos mais importantes nomes da canção italiana dos anos sessenta.
Uma de suas canções mais conhecidas é "A casa di Irene", que é um grande clássico, uma canção profundamente identificada internacionalmente com a imagem da Itália.
  

 


Hoje é dia de recordar a música de Neil Diamond...

John Belushi nasceu há 72 anos


John Adam Belushi (Chicago, 24 de janeiro de 1949 - West Hollywood, 5 de março de 1982) foi um ator, comediante e músiconorte-americano, integrante da primeira formação do célebre programa de televisãoSaturday Night Live, na década de 70. Ficou conhecido por seu estilo ousado e humor atrevido. John Belushi faleceu em Los Angeles, Califórnia, no dia 5 de março de 1982, depois de ter uma overdose de cocaína e heroína, aos 33 anos. Era irmão do também ator James Belushi.

Recebeu uma Estrela da Calçada da Fama de Hollywood em 1 de abril de 2004.

Belushi também brilhou no cinema, em filmes como National Lampoon's Animal House (A República dos Cucos) e The Blues Brothers (O Dueto da Corda).

   

  

 


Sharon Tate nasceu há 78 anos

   
Sharon Marie Tate Polanski (Dallas, 24 de janeiro de 1943Los Angeles, 9 de agosto de 1969) foi uma atriz e modelo norte-americana e uma das mulheres mais bonitas do cinema da década de 60. Morreu de maneira trágica, brutalmente assassinada, aos oito meses de gravidez, pelas mãos da famigerada Família Manson, seita de jovens seguidores de Charles Manson.
Considerada uma das melhores promessas do cinema e sex symbol de Hollywood, na época de sua morte, aos 26 anos, já era conhecida mundialmente, estava casada com o diretor polaco Roman Polanski, havia participado de sete filmes, trabalhado como modelo para comerciais e revistas de moda e tinha sido nomeada para o Globo de Ouro pelo filme O Vale das Bonecas, de 1967.
Uma década após o seu assassinato, a sua mãe, Doris Tate, em resposta a um crescente status cult que envolvia os seus assassinos e temerosa de que pudessem conseguir liberdade condicional - apesar de condenados à prisão perpétua - organizou uma campanha pública contra o que considerava deficiências no sistema correcional da Califórnia. A campanha resultou em emendas criadas na lei criminal do estado, que passou a permitir às vítimas de crimes e aos seus familiares a participação com depoimentos durante o julgamento ou pedidos de liberdade condicional de criminosos condenados. Ela foi a primeira pessoa nos Estados Unidos a ter o direito de se expressar em audiência oficial após a aprovação da nova lei, o que fez durante a audiência do pedido de liberdade condicional de um dos assassinos de sua filha, Tex Watson. Ela acreditava que a mudança na lei tinha dado a Sharon Tate a dignidade que lhe havia sido retirada pelos seus assassinos e que por isso agora era capaz de transformar o legado de Sharon de vítima de assassinato em símbolo de vítimas de crimes de morte.
   

Há sessenta anos choveram nukes na Carolina do Norte

  
acidente de Goldsboro, em 1961, foi a queda de um avião que ocorreu perto de Goldsboro, Carolina do Norte, em 24 de janeiro de 1961. Um B-52 Stratofortress transportando duas bombas nucleares Mark 39 de 3,8 megatoneladas se desintegrou em pleno voo, derrubando a sua carga nuclear no acidente. O comandante do voo ordenou que a tripulação se ejetasse a 9.000 pés (2.700 m). Cinco homens ejetaram-se com êxito e pousaram em segurança. Um outro ejetou-se, mas não sobreviveu à queda, e dois morreram no acidente. Informações, recentemente desclassificadas, em 2013, mostraram que uma das bombas ficou muito perto de detonar.

 

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