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domingo, novembro 24, 2024

Darwin publicou A Origem das Espécies há 165 anos...!

 

A Origem das Espécies (em inglês: On the Origin of Species), do naturalista britânico Charles Darwin, é um dos livros mais importantes da história da ciência, apresentando a Teoria da Evolução, base de toda biologia moderna. O nome completo da primeira edição (1859) é On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida). Somente na sexta edição (1872), o título foi abreviado para The Origin of Species (A Origem das Espécies), como é popularmente conhecido.
Nesse livro, Darwin apresenta evidências abundantes da evolução das espécies, mostrando que a diversidade biológica é o resultado de um processo de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através da seleção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande árvore: a árvore da vida.
A primeira edição, publicada pela editora de John Murray em Londres no dia 24 de novembro de 1859 com tiragem de 1.250 exemplares, esgotou-se no mesmo dia, criando uma controvérsia que ultrapassou o âmbito académico. Um exemplar da primeira edição atinge hoje mais de 50 mil dólares em leilão.
A proposta de Darwin, que as espécies se originam por processos inteiramente naturais, contradiz a crença religiosa na criação divina tal como é apresentada na Bíblia, no livro de Génesis. As discussões que o livro desencadeou disseminaram-se rapidamente entre o público, criando o primeiro debate científico internacional da história.
     

quinta-feira, novembro 07, 2024

O naturalista Alfred Russel Wallace morreu há cento e onze anos

 

Em fevereiro de 1858, durante uma jornada de pesquisa nas ilhas Molucas, Indonésia, Wallace escreveu um ensaio no qual praticamente definia as bases da teoria da evolução e enviou-o a Charles Darwin, com quem mantinha correspondência, pedindo ao colega uma avaliação do mérito da sua teoria, bem como o encaminhamento do manuscrito ao geólogo Charles Lyell.
Darwin, ao dar conta de que o manuscrito de Wallace apresentava uma teoria praticamente idêntica à sua - aquela em que vinha trabalhando, em grande sigilo, ao longo de vinte anos - escreveu ao amigo Charles Lyell: "Toda a minha originalidade será esmagada". Para evitar que isso acontecesse, Lyell e o botânico Joseph Hooker - também amigo de Darwin e também influente no meio científico - propuseram que os trabalhos fossem apresentados simultaneamente à Linnean Society of London, o mais importante centro de estudos de história natural da Grã-Bretanha, o que aconteceu a 1 de julho de 1858. Em seguida, Darwin decidiu terminar e publicar rapidamente a sua teoria: A Origem das Espécies foi publicada logo no ano seguinte.
Wallace foi o primeiro a propor uma "geografia" das espécies animais e, como tal, é considerado um dos precursores da ecologia e da biogeografia e, por vezes, chamado de "Pai da Biogeografia".
     
 
 
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A Linha de Wallace é uma fronteira que separa as regiões zoogeográficas da Ásia e da Australásia. A oeste e a norte da linha estão os organismos relacionados ao ecossistema asiático; a leste e a sul, os relacionados às espécies australasiáticas ou oceânicas. A linha foi identificada pelo naturalista Alfred Russel Wallace, e foi em sua homenagem que foi assim designada. Alfred Wallace foi o primeiro a notar a divisão entre os dois ecossistemas durante suas viagens pelas Índias Orientais no século XIX. A linha atravessa o Arquipélago Malaio, entre Bornéu e Celebes, e entre Bali (a oeste) e Lombok (a leste). 

terça-feira, novembro 05, 2024

J. B. S. Haldane nasceu há 132 anos


John Burdon Sanderson Haldane (Oxford, 5 de novembro de 1892 - Bhubaneswar, Orissa, Índia, 1 de dezembro de 1964), que normalmente usava "J.B.S." a anteceder o apelido, foi um pensador marxista, geneticista e biólogo britânico.
Haldane foi um dos fundadores, junto com Ronald Fisher e Sewall Wright, da genética populacional. Ajudou a desenvolver as tabelas de mergulho usadas pela Marinha Inglesa e Americana durante a II Guerra Mundial, que serviram de base para as tabelas usadas, até hoje, por todos os mergulhadores. Emigrou em 1957 para a Índia, obtendo a cidadania indiana. Haldane também contribuiu para a ideia aceite até hoje sobre a origem da vida, para além de Oparine. Além disso, no seu tratado intitulado "Enzimas", sugeriu que as interações fracas que se estabelecem entre a enzima e o seu substrato poderiam ser usadas para distorcer a molécula do substrato e catalisar a reação. Esse conhecimento representa o cerne da compreensão atual da catálise enzimática.

domingo, outubro 20, 2024

Whittaker morreu há quarenta e quatro anos

    
Whittaker propôs em 1969 uma nova classificação dos organismos, em cinco reinos, que é classificação atualmente adotada. Esses reinos, que se diferenciam pelo tipo de nutrição do ser vivo e pela organização das suas células, são os seguintes:
   

  

    


(imagem daqui - clicar para aumentar)

terça-feira, outubro 08, 2024

O Padre Luís Archer, pioneiro no estudo da genética, faleceu há doze anos...

  

Luís Jorge Peixoto Archer, S.J. (Porto, Nevogilde, 5 de maio de 1926 - Lisboa, 8 de outubro de 2011) foi um padre jesuíta e cientista português

 

Luís Archer concluiu os estudos liceais no "Liceu Rodrigues de Freitas" e estudou piano no Conservatório de Música do Porto entre 1936 e 1945. Terminou a licenciatura em Ciências Biológicas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto no ano de 1947 com a média final de 18 valores, pelo que ganhou o prémio, atribuído pelo Rotary Club, de melhor estudante dessa Faculdade.

No dia 7 de dezembro de 1947, e depois de já ter sido contratado como Assistente Extraordinário por Américo Pires de Lima, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, em Guimarães (onde estudou humanidades durante dois anos). Nos anos seguintes estudou filosofia (1951-1954) na Faculdade Pontifícia de Braga (atualmente Universidade Católica Portuguesa) e teologia (1956-1959) na Alemanha, em Frankfurt am Main, onde foi ordenado sacerdote, no dia 31 de julho de 1959.

No ano de 1964 começou a estudar bioquímica e genética na Universidade de Georgetown nos Estados Unidos, onde fez o doutoramento em genética molecular em 1967. A partir de 1968 Archer introduziu em Portugal a investigação em genética molecular, tendo fundado os laboratórios de Genética Molecular do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Durante vinte anos trabalhou no Instituto Gulbenkian de Ciência e foi professor catedrático de Genética Molecular na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa de 1979 a 1996.

Foi diretor da série de Ciências Naturais da revista Brotéria entre 1962 e 1979. Entre 1980 e 2002 dirigiu a Brotéria-Genética, instituída em 1980 como órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Genética, de que foi presidente entre 1978 e 1981.

No final dos anos setenta, e sem que abandonasse a sua atividade científica, Luís Archer começou a dirigir os seus interesses intelectuais para a bioética, área em que desempenharia um papel pioneiro em Portugal. A sua obra concentrou-se em três grandes áreas: a reprodução humana artificial; a terapia génica; e o conhecimento do genoma humano e suas implicações éticas.

A 26 de abril de 1991 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Em homenagem a Luís Archer, a Sociedade Portuguesa de Genética criou o Prémio Prof. Doutor Luís Archer.

Morreu aos 85 anos, após ter sido transportado para o Hospital de Santa Maria em Lisboa, devido a uma indisposição.

   

terça-feira, setembro 17, 2024

O nosso botânico favorito, Jorge Paiva, celebra hoje 91 anos...!

(imagem daqui)

 

Jorge Américo Rodrigues de Paiva, nascido em Cambondo (Angola), a 17 de setembro de 1933, licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Coimbra e doutorado em Biologia pelo Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha), aposentado, tendo sido investigador principal no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, onde lecionou algumas disciplinas, tendo também lecionado, como professor convidado, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, nos Departamentos de Biologia das Universidades de Aveiro e da Madeira, na licenciatura de Arquitetura Paisagista da Universidade Vasco da Gama de Coimbra, no Departamento de Engenharia do Ambiente do Instituto Superior de Tecnologia de Viseu e no Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha).


Como bolseiro do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC) trabalhou durante três anos em Londres nos Jardins de Kew e na Secção de História Natural do Museu Britânico. Como fitotaxonomista tem percorrido a Europa, particularmente a Península Ibérica, Ilhas Macaronésicas, África, América do Sul e Ásia, tendo também já visitado a Austrália.

Pertenceu à Comissão Editorial e Redatorial da Flora Ibérica (Portugal e Espanha) e da Flora de Cabo Verde, assim como de algumas revistas científicas. Tem sido colaborador (estudo de alguns grupos de plantas superiores) de algumas floras africanas, como a Flora Zambesiaca (Moçambique, Malawi, Zimbabwe, Zambia e Botswana) e a Flora of Tropical East Africa (Quénia, Tanzania e Uganda). Assim, tem integrado grupos internacionais de investigadores em estudos e colheitas de material de campo, não só na Península Ibérica, como também em países africanos (Moçambique, Quénia, Seychelles, Tanzania, Zimbabwe, Angola, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe), asiáticos (Timor, Tailandia e Vietname) e americanos (Brasil e Paraguai).

Dos trabalhos de taxonomia em que colaborou como co-autor, o Catalogue des Plantes Vasculaires du Nord du Maroc (1008 páginas em 2 volumes), foi galardoado pela OPTIMA (Organization for the Phyto-Taxonomic Investigation of the Mediterranean Area) com a Medalha de Prata, como o melhor trabalho sobre Flora Mediterrânica publicado em 2003.

Como palinologista colaborou com entidades apícolas e com os Serviços de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo sido distinguidos dois dos trabalhos que elaborou em colaboração com o corpo clínico desta Faculdade com o 1º Prémio da Sociedade Portuguesa de Patologia Respiratória («Boehringer Ingelheim S.P.P.R., 1979»), pelo trabalho de colaboração «Pólens e Polinose na Região Centro de Portugal) e o 1º Prémio Anual SPAIC/UCB-STALLERGENES 1994, pelo trabalho de colaboração "HLA e Alergia — Aplicação ao estudo da Parietaria lusitanica ".

Como ambientalista é muito conhecido pela defesa intransigente do Meio Ambiente, sendo membro activo de várias Associações e Comissões nacionais e estrangeiras. A sua atividade em defesa do Meio Ambiente foi distinguida, em 1993, com o Prémio “Nacional” da Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza); em 2005, com o Prémio “Carreira” da Confederação Nacional das Associações de Defesa do Ambiente; em 2005, com o Prémio “Amigos do Prosepe” pelo Prosepe (Projeto de Sensibilização da População Escolar) e em 2001 e 2002, com as menções honrosas dos respetivos Prémios Nacionais do Ambiente “Fernando Pereira” conferidas pela Confederação Nacional das Associações de Defesa do Ambiente.
Publicou já mais de cinco centenas de trabalhos sobre fitotaxonomia, palinologia e ambiente, sendo dos mais relevantes, a monografia (Polygalarum africanarum et madagascaiensum prodromus atque gerontogaei generis Heterosamara Kuntze, a genere Polygala L. segregati et a nobis denuo recepti, synopsis monographica in Fontqueria 50: I-VI; 1-346, tab. 1-52; 1998) com 62 novidades fitotaxonómicas e as obras de educação ambiental A Crise Ambiental - Apocalipse ou Advento de uma Nova Idade 1: 1-36; 1998 e 2: 1-187; 2000 e A Relevância do Património Natural, edição da Câmara de Leiria e Quercus em 2002 destinadas, fundamentalmente, a apoiar os professores que se preocupam com a docência da problemática ambiental. Apresentou variadas comunicações e proferiu diversas conferências em reuniões científicas, congressos, simpósios ou ações pedagógicas (mais de 1 milhar).
   

terça-feira, setembro 10, 2024

Stephen Jay Gould nasceu há oitenta e três anos...

     

Stephen Jay Gould (Nova Iorque, 10 de setembro de 1941 - Nova Iorque, 20 de maio de 2002) foi um paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos. Foi também um autor importante no que diz respeito à história da ciência. É reconhecido como o mais lido e conhecido divulgador científico da sua geração.

Nascido numa família judia, não praticou nenhuma religião organizada. Ainda que tenha sido educado num meio ideologicamente marcado pelo socialismo, nunca assumiu qualquer militância política. Como escritor, lutou contra a opressão cultural, principalmente contra a pseudociência legitimadora do racismo.
Começou a lecionar como membro da faculdade da Universidade de Harvard, em 1967, onde se tornou professor na cadeira de Alexander Agassiz, de zoologia. Ajudou Niles Eldredge a desenvolver a teoria do equilíbrio pontuado (1972), segundo a qual as mudanças evolucionárias ocorreriam de forma acelerada em períodos relativamente curtos, em populações isoladas, intercalados de períodos mais longos, caracterizados pela estabilidade evolutiva.
Na perspetiva do próprio Gould, esta teoria derrubava um princípio-chave do neodarwinismo (o gradualismo das mudanças evolutivas) - perspetiva não partilhada por grande parte da comunidade dos biólogos evolucionários que a consideram apenas como uma retificação importante, sem dúvida, mas que não punha em causa o que já era conhecido e defendido como certo pelos cientistas até ao momento.
         
Carreira académica
Stephen Jay Gould formou-se em Geologia em 1963, pelo Antioch College e em 1967 tornou-se Doutor em Paleontologia pela Universidade de Columbia. Nesse mesmo ano tornou-se professor na Universidade de Harvard, tornando-se professor efetivo em 1973.
Desde de 1973 Gould era o Curador da coleção de Paleontologia de Invertebrados do Museu de Zoologia Comparada de Harvard e membro adjunto do Departamento de História das Ciências em Harvard. Em 1983 tornou-se Professor de Zoologia da Cátedra Alexander Agassiz (também na Universidade de Harvard) e em 1996 Professor Convidado de Biologia da Cátedra Vicent Astor na Universidade de Nova York. Gould manteve todos estes cargos até 2002.

 

(imagem daqui)

 

sábado, agosto 10, 2024

Eugene Odum morreu há vinte e dois anos...

   
Foi pioneiro nos trabalhos sobre a ecologia e na disseminação da consciência social sobre os ecossistemas.
Filho do sociólogo Howard W. Odum. Uma de suas principais obras é o clássico Fundamentos da Ecologia (1953).
 
  

quinta-feira, agosto 01, 2024

Lamarck nasceu há 280 anos

 

  
Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck (Bazentin, 1 de agosto de 1744 - Paris, 28 de dezembro de 1829) foi um naturalista francês que desenvolveu a teoria dos caracteres adquiridos, uma teoria da evolução agora desacreditada. Lamarck personificou as ideias pré-darwinistas sobre a evolução. Foi ele que, de facto, introduziu o termo biologia.
Originário da baixa nobreza (daí o título de 'chevalier'), Lamarck pertenceu ao exército, interessou-se por história natural e escreveu uma obra de vários volumes sobre a flora da França. Isto chamou a atenção do conde de Buffon, que o indicou para o Museu de História Natural de Paris. Depois de ter trabalhado durante vários anos com plantas, Lamarck foi nomeado curador dos invertebrados (mais um termo introduzido por ele), e começou uma série de conferências públicas. Antes de 1800, ele era um essencialista que acreditava que as espécies eram imutáveis. Mas graças ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou convencido da transmutação das espécies ao longo do tempo, e desenvolveu a sua teoria da evolução (apresentada ao público em 1809 na sua Philosophie Zoologique).

   

domingo, julho 28, 2024

sábado, julho 20, 2024

Richard Owen nasceu há 220 anos

    
Richard Owen (Lancaster, 20 de julho de 1804 - Londres, 18 de dezembro de 1892) foi um biólogo,  especialista em anatomia comparada e paleontólogo britânico. É considerado (depois de Charles Darwin) o segundo mais significativo naturalista da era vitoriana.
     
Sir Richard Owen ao lado do esqueleto de um Dinornis robustus (Moa)
     
Introduziu na Inglaterra a anatomia comparada, desenvolvida na França e Alemanha. Foi laureado com a Medalha Wollaston em 1838, com a Medalha Real em 1846, com a Medalha Copley em 1851 e com a Medalha Linneana em 1888. Owen foi o primeiro a sugerir o termo dinossauro (lagarto terrível) para indicar os repteis de ossos gigantes que encontrara no sul da Inglaterra.
    
       

sábado, junho 08, 2024

Francis Crick, um dos descobridores da estrutura do ADN, nasceu há 108 anos

 
Francis Harry Compton Crick
(Northampton, 8 de junho de 1916 - San Diego, 28 de julho de 2004) foi um biólogo molecular, biofísico e neurocientista britânico, mais conhecido pela descoberta do "modelo de dupla hélice", juntamente com James Watson e Maurice Wilkins, da estrutura da molécula de ADN em 1953.
   
  
in Wikipédia

segunda-feira, maio 27, 2024

Rachel Carson nasceu há 117 anos...



Rachel Louise Carson (Springdale, 27 de maio de 1907 - Silver Spring, 14 de abril de 1964) escritora, cientista bióloga e ecologista norte-americana que, através da publicação do livro Silent Spring (1962) ajudou a lançar a consciência ambiental moderna.
Desde a infância - influenciada pela mãe - mostrou-se interessada pela Natureza.
Foi contratada pelo governo americano para escrever boletins para a rádio durante a Depressão e também escrevia artigos sobre história natural para o Jornal Baltimore Sun.
Em 1936, torna-se editora–chefe de todas as publicações do renomeado U.S. Fish e Wildlife (Departamento de Pesca e Vida Selvagem). As suas primeiras publicações foram sobre os estudos das espécies e seres vivos que habitavam os mares e oceanos como: Under The Sea Wind (Sob o Vento do Mar1941), The Sea Around Us (O Mar Que Nos Rodeia1951), que foi sucesso nacional e internacional e foi traduzido para 30 diferentes idiomas.
   
     
Livros publicados
  • Under the Sea Wind, 1941, Simon & Schuster, Penguin Group, 1996
  • Fishes of the Middle West, 1943, United States Government Printing Office (online pdf)
  • Fish and Shellfish of the Middle Atlantic Coast, 1945, United States Government Printing Office (online pdf)
  • Chincoteague: A National Wildlife Refuge, 1947, United States Government Printing Office (online pdf)
  • Mattamuskeet: A National Wildlife Refuge, 1947, United States Government Printing Office (online pdf)
  • Parker River: A National Wildlife Refuge, 1947, United States Government Printing Office (online pdf)
  • Bear River: A National Wildlife Refuge, 1950, United States Government Printing Office (com Vanez T. Wilson) (online pdf)
  • The Sea Around Us, 1951, Oxford University Press, 1991
  • The Edge of the Sea, 1955, Mariner Books, 1998
  • Silent Spring, Houghton Mifflin, 1962, Mariner Books, 2002
  • The Sense of Wonder, 1965, HarperCollins, 1998
  • Always, Rachel: The Letters of Rachel Carson and Dorothy Freeman 1952–1964 An Intimate Portrait of a Remarkable Friendship, Beacon Press, 1995
  • Lost Woods: The Discovered Writing of Rachel Carson, Beacon Press
  

quarta-feira, maio 22, 2024

Hoje é o Dia Internacional da Biodiversidade...!

 

DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE

Neste dia, comemora-se a adoção, a 22 de maio de 1992, do Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity.

Inicialmente, o dia da Biodiversidade comemorava-se a 29 de dezembro, data da entrada em vigor da Convenção sobre a Diversidade Biológica. Todavia, em dezembro de 2000, a Assembleia-Geral das Nações Unidas escolheu o dia 22 de maio como Dia da Diversidade Biológica, para comemorar a adoção do texto da Convenção.

 

in  ICNF

segunda-feira, maio 20, 2024

Stephen Jay Gould morreu há vinte e dois anos...

     
Stephen Jay Gould (Nova Iorque, 10 de setembro de 1941 - Nova Iorque, 20 de maio de 2002) foi um paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos. Foi também um autor importante no que diz respeito à história da ciência. É reconhecido como o mais lido e conhecido divulgador científico da sua geração.
Nascido numa família judia, não praticou nenhuma religião organizada. Ainda que tenha sido educado num meio ideologicamente marcado pelo socialismo, nunca assumiu qualquer militância política. Como escritor, lutou contra a opressão cultural, principalmente contra a pseudociência legitimadora do racismo.
Começou a lecionar como membro da faculdade da Universidade de Harvard, em 1967, onde se tornou professor na cadeira de Alexander Agassiz, de zoologia. Ajudou Niles Eldredge a desenvolver a teoria do equilíbrio pontuado (1972), segundo a qual as mudanças evolucionárias ocorreriam de forma acelerada em períodos relativamente curtos, em populações isoladas, intercalados de períodos mais longos, caracterizados pela estabilidade evolutiva.
Na perspetiva do próprio Gould, esta teoria derrubava um princípio-chave do neodarwinismo (o gradualismo das mudanças evolutivas) - perspetiva não partilhada por grande parte da comunidade dos biólogos evolucionários que a consideram apenas como uma retificação importante, sem dúvida, mas que não punha em causa o que já era conhecido e defendido como certo pelos cientistas até ao momento.
      
       
(imagem daqui)

Stanley Miller morreu há dezassete anos

  
Stanley Lloyd Miller (Oakland, 7 de março de 1930 - National City, 20 de maio de 2007) foi um cientista norte americano.
Formou-se em Química na Universidade da Califórnia em Berkeley em 1951 e fez doutoramento na Universidade de Chicago, concluído em 1954. Passou um ano com uma bolsa no Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e outros cinco anos na Universidade de Columbia, antes de se instalar na Universidade da Califórnia, em San Diego, onde terminou a sua carreira científica.
Ficou conhecido pelos seus trabalhos sobre a origem da vida. Notabilizou-se, pela primeira vez, aos 23 anos de idade, pelo seu trabalho, feito em colaboração com Harold Clayton Urey, que ficou conhecido como a Experiência de Urey-Miller, ou mesmo como a "Sopa Orgânica".

sexta-feira, abril 19, 2024

Charles Darwin morreu há cento e quarenta e dois anos...


Charles Robert Darwin
(Shrewsbury, 12 de fevereiro de 1809 - Downe, Kent, 19 de abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta teoria culminou no que é, agora, considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do brigue HMS Beagle e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objeções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 1858.
Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele ingressou na Royal Society e continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais, incluindo a espécie humana, notavelmente "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" (The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex, 1871) e "A Expressão da Emoção em Homens e Animais" (The Expression of the Emotions in Man and Animals, 1872).
Em reconhecimento da importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo dos túmulos de Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.
      

quinta-feira, março 14, 2024

Félix Rodríguez de la Fuente nasceu há 96 anos - e morreu há 44...

      
Félix Samuel Rodríguez de la Fuente (Poza de la Sal, Burgos; 14 de marzo de 1928 - Shaktoolik, Alaska; 14 de marzo de 1980) fue un naturalista y divulgador ambientalista español, defensor de la naturaleza, y realizador de documentales para radio y televisión, destacando entre ellos la exitosa e influyente serie El hombre y la Tierra (1974-1980). Licenciado en medicina por la Universidad de Valladolid y autodidacta en biología, fue un personaje polifacético de gran carisma cuya influencia ha perdurado a pesar del paso de los años.​ Su saber abarcó campos como la cetrería y la etología, destacando en el estudio y convivencia con lobos. Casado con Marcelle Geneviève Parmentier Lepied.
Ejerció además como expedicionario, guía de safaris fotográficos en África, conferenciante y escritor. Contribuyó en gran medida a la concienciación ecológica de España en una época en la que el país todavía no contaba con un movimiento de defensa de la naturaleza. Su repercusión no fue solo a nivel nacional sino también internacional y se calcula que sus series de televisión, emitidas en numerosos países y plenamente vigentes hoy en día, han sido vistas por varios cientos de millones de personas. Murió en Alaska, Estados Unidos, junto con dos colaboradores y el piloto al accidentarse la aeronave que los transportaba mientras hacían una filmación aérea para uno de sus documentales.
  
 
  
Félix Rodríguez de la Fuente - monumento no Zoo de Madrid

terça-feira, março 05, 2024

Lynn Margulis nasceu há 86 anos...

    
Lynn Margulis, nascida Lynn Alexander (Chicago, 5 de março de 1938 - Massachusetts, 22 de novembro de 2011), foi uma bióloga e professora na Universidade de Massachusetts. O seu trabalho científico mais importante foi a  teoria da endossimbiose, segundo a qual as mitocôndrias teriam surgido por endossimbiose: as mitocôndrias seriam organismos separados que teriam entrado em simbiose com células eucarióticas. Foi casada com Carl Sagan e com ele teve dois filhos, Jeremy Sagan e Dorion Sagan, jornalista e escritor especializado em divulgação científica.
Menos aceitação do meio científico tem a hipótese de Gaia, em que Margulis começou a trabalhar no ano de 1972. A hipótese de Gaia fora apresentada por James E. Lovelock, químico inglês e inventor. Gaia é uma deusa, a Mãe terra grega. Na sua hipótese, Lovelock sustentava que a Terra é um organismo vivo e Margulis especificou que a Biota terrestre – o agregado de toda a matéria viva do planeta – é habilitada para o crescimento e tem um metabolismo e uma interação química apropriada à manutenção da temperatura do planeta e da composição atmosférica nos níveis desejáveis para a eclosão e a existência da vida na Terra.
Nasceu em Chicago, a 5 de março de 1938, filha de Morris e Leone Alexander, foi aceite na Universidade de Chicago com 15 anos. Aí conheceu Carl Sagan, então doutorando em física. Casaram quando Lynn tinha 19 anos. Recebe o bacharelato em Liberal Arts. Do casamento com Carl Sagan teve dois filhos, Dorion Sagan (com quem co-escreveu vários livros) e Jeremy Sagan. Do seu segundo casamento, com o cristalógrafo Thomas N. Margulis, teve dois filhos, Zachary Margulis-Ohnunma e Jennifer Margulis di Properzio.
       
       

domingo, março 03, 2024

Mário Ruivo nasceu há 97 anos...


Mário João de Oliveira Ruivo (Campo Maior, 3 de março de 1927Lisboa, 25 de janeiro de 2017), mais conhecido por Mário Ruivo, foi um cientista e político português, pioneiro na defesa do oceano e no lançamento das temáticas ambientais em Portugal. Deixa como legado o compromisso com uma relação mais harmoniosa entre a sociedade e o oceano, através das ciências oceânicas.

 

Vida

Mário Ruivo foi um cientista e humanista português, precursor na defesa dos oceanos, das questões ambientais e de cidadania.

Foi dirigente da Direção Universitária de Lisboa, do MUD Juvenil, na década de 40, tendo estado preso em 1947 por atividades contra a ditadura. Formado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no ano de 1950, especializou-se em oceanografia biológica e gestão de recursos vivos na Universidade Paris-Sorbonne (1951-54), tendo desenvolvido a sua investigação em Portugal e em diversos países europeus. Regressado a Portugal, integrou o conselho editorial da Revista Seara Nova.

Foi diretor da Divisão de Recursos Aquáticos e do Ambiente do Departamento de Pescas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (1961-74), sediado em Roma.

Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros no V Governo Provisório (1975) e Secretário de Estado das Pescas nos II, III e IV Governos Provisórios (1974-75).

Entre 1975 e 1979 foi Diretor-Geral dos Recursos Aquáticos e Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas e Chefe da Delegação Portuguesa à Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1974-78). Foi Secretário da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (1980-88), membro do Conselho Consultivo da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica - SFCT (1986-95) e presidente da Comissão de Avaliação e Controle Independente - Projeto COMBO, MEPAT (1996-97). Foi também coordenador da Comissão Mundial Independente para os Oceanos (1995-98) e membro da Comissão Estratégica dos Oceanos (2003-2004), bem como conselheiro científico da Expo 98, dedicada ao tema “Os Oceanos, um Património para o Futuro”.

Foi membro do Board of Trustees do International Ocean Institute e vice-presidente da Associação Europeia da Ciência e Tecnologia do Mar.

Esteve na criação e presidiu à Eurocean – European Centre for information on Marine Science and Technology, em 2002, organização que procura promover a troca de informação na área das ciências e tecnologias do mar, com sede em Lisboa.

Foi membro da Direção do Centro Nacional de Cultura, membro da Sociedade de Geografia de Lisboa e membro vitalício do Conselho Geral da Fundação Mário Soares, entre outros cargos relevantes.

Foi, até ao seu falecimento, em 2017, presidente da Comissão Oceanográfica Intersetorial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e presidente do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar.

Morreu a 25 de janeiro de 2017, em Lisboa, aos 89 anos de idade.

Em 2012, a Eurocean lançou o Prémio Mário Ruivo com o objetivo de chamar a atenção para a importância do oceano e dos serviços que presta à humanidade. 

Em 2018, o Ministério do Mar lançou o prémio “Mário Ruivo – Gerações Oceânicas”, para promover o conhecimento sobre o oceano entre os jovens, alertando para a sua importância no quotidiano e no futuro da humanidade.