Os incêndios florestais em Portugal de outubro de 2017 deflagraram no dia 15 de outubro de 2017 no centro e norte do país, bem como na região da Galiza em Espanha. 440 incêndios estavam ativos em Portugal (523 ocorrências, segundo o primeiro-ministro), dos quais 33 de tamanho importante. A porta-voz da proteção civil descreveu este dia como "o pior dia do ano em matéria de incêndios florestais".
- Lousã, onde perto de 700 bombeiros combateram as chamas.
- Pampilhosa da Serra , o fogo começou no concelho da Sertã acabando por passar para o concelho da Pampilhosa onde se perderam cerca de 500 infraestruturas e arderam 30.000 hectares, deixando apenas 20% do município por arder.
- Marinha Grande e Vieira de Leiria , mais precisamente no Pinhal de Leiria onde cerca de 500 bombeiros estiveram no terreno e onde o bombeiro Hélio Madeiras tirou a famosa fotografia do pinhal em chamas.
- Seia, com mais de 400 bombeiros a tentar travar o incêndio. Neste concelho houve dois incêndios em pontos distantes das populações mais próximas a horas distintas. Na área do Sabugueiro e depois em Sandomil. Apenas uma das duas ignições fez chegar o fogo aos concelhos de Mangualde, Gouveia; ambas fizeram depois uma única frente de fogo que atingiu o concelho de Nelas.
- Nelas, onde o fogo consumiu grande parte da zona sul do concelho, provocando uma vítima mortal, na aldeia de Caldas da Felgueira.
- Mangualde.
- Gouveia.
- Oliveira do Hospital, este concelho foi fustigado por dois incêndios, um vindo de Seia e outro resultado de um reacendimento na Serra do Açor .
- Tábua.
- Penacova, São Pedro de Alva, onde o fogo provocou 5 vítimas mortais e consumiu 28 habitações permanentes, cerca de uma dezena de empresas e seis mil hectares de floresta.
- Mortágua.
- Santa Comba Dão.
- Tondela.
- Arganil, Coja, onde cerca de 200 homens combateram o incêndio.
- Vale de Cambra, onde também perto de 200 homens estiveram no terreno.
- Sertã, com mais de 200 bombeiros no combate às chamas.
- Monção, que destruiu casas nas localidades de Bela e Longos Vales.
- Quiaios, Tocha, Mira, Vagos e Ílhavo, com 115 operacionais, onde arderam cerca de 25.000 hectares de floresta.
- Carregal do Sal, o incêndio consumiu cerca de 70 a 80% da mancha florestal de Carregal do Sal, uma dezena de casas e vitimou uma pessoa.
No concelho de Oliveira do Hospital, 10 pessoas morreram, e mais de uma centena de famílias foram desalojadas.
Concelho | Locais | Vítimas mortais |
---|---|---|
Sertã | 1 | 1 |
Arganil | 4 | 4 |
Oliveira do Hospital | 10 | 12 |
Pampilhosa da Serra | 1 | 1 |
Penacova | 4 | 5 |
Tábua | 2 | 3 |
Gouveia | 1 | 1 |
Seia | 2 | 3 |
Carregal do Sal | 1 | 1 |
Nelas | 1 | 1 |
Oliveira de Frades | 1 | 1 |
Santa Comba Dão | 2 | 3 |
Tondela | 3 | 4 |
Vouzela | 5 | 8 |
No mesmo distrito, vários estabelecimentos de ensino foram fechados devido às dificuldades de respiração causadas pelas nuvens de fumo nas cidades de Leiria, Marinha Grande, Vieira de Leiria, entre outras localidades.
Outro incêndio ocorrido no mesmo dia, iniciado em Quiaios destruiu a Mata Nacional da região, e progrediu para norte, destruindo quase por completo as zonas florestais da Tocha e de Mira. O Parque de Campismo da Praia da Tocha foi evacuado ao final da tarde de dia 15 de outubro e a estrada de acesso à praia foi cortada, isolando os habitantes da localidade. A mesma foi reaberta por volta da 01:20 de segunda-feira, 16 de Outubro. A Zona Industrial de Mira foi afectada por este incêndio, tal como a Zona Industrial da Tocha, onde ardeu a fábrica da Sanindusa, provocando um prejuízo de mais de 25 milhões de euros. Esta área florestal já tinha ardido em julho de 1993, com a diferença de que esse incêndio tinha começado a norte, perto de Mira, evoluindo para o sul.