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quarta-feira, abril 10, 2024

O paroxismo da erupção do Tambora, que provocou o ano sem verão, foi há 209 anos

       
O monte Tambora ou vulcão Tambora (em indonésio: Gunug Tambora) é um estratovulcão ou vulcão composto, ativo, na ilha de Sumbawa, Indonésia, com 2.850 m de altitude.
A ilha de Sumbawa é flanqueada tanto ao norte como ao sul por crosta oceânica, e Tambora foi formado pelas zonas de subducção ativas sob ele. Isto elevou o Monte Tambora a uma altura de 4.300 metros, fazendo-o uma das mais altas formações do arquipélago da Indonésia e injetando uma grande câmara magmática dentro da montanha. Demorando séculos para abastecer a sua câmara magmática, a sua atividade vulcânica atingindo o pico em abril de 1815.
O monte Tambora entrou em erupção entre 5 e 10 de abril de 1815, atingindo o nível 7 no índice de explosividade vulcânica, realizando a maior erupção desde a erupção do lago Taupo (em 181 d.C.). Esta erupção é considerada a maior registada na Terra, detendo o recorde do volume de matéria expelida: 180.000.000.000 m³ ou 180 km³.
A explosão foi ouvida na ilha de Samatra (a mais de 2.000 km de distância). Uma enorme queda de cinza vulcânica foi observada em locais distantes como nas ilhas de Bornéu, Celebes, Java e no arquipélago das Molucas. A atividade começou três anos antes, de uma forma moderada, seguindo-se a enorme explosão que lançou material a uma altura de 33 km, que, no entanto, ainda não foi o ponto culminante da atividade. Cinco dias depois, houve material eruptivo lançado a 44 km de altura, obscurecendo o céu num raio de 500 km durante três dias e matando cerca de 60.000 pessoas, havendo ainda estimativas superiores, de 71.000 mortos, das quais de 11 a 12 mil mortas diretamente pela erupção; a frequentemente citada estimativa de 92.000 mortos é considerada superestimada. A erupção criou anomalias climáticas globais, pois não houve verão no hemisfério norte em consequência desta erupção, o que provocou a morte de milhares de pessoas devido a falta de alimento com registos estatísticos confiáveis especialmente na Europa, passando o ano de 1816 a ser conhecido como o ano sem verão. Culturas agrícolas foram destruídas e gado morreu, resultando na pior fome do século XIX. Durante uma escavação em 2004, uma equipe de arqueólogos descobriu artefactos que permaneceram enterrados pela erupção de 1815. Eles mantinham-se intactos, sob 3 metros de depósitos piroclásticos. Neste sítio arqueológico, apelidado "a Pompeia do Oriente", os artefactos foram preservados nas posições que ocupavam em 1815.
Depois da erupção, a montanha do vulcão ficou com metade da altura anterior e formou-se uma enorme caldeira, hoje contendo um lago.
  
(...)
  
Em 1812 o monte Tambora tornou-se altamente ativo, com o seu pico eruptivo no evento catastrófico explosivo de abril de 1815. A magnitude foi sete na escala de índice de explosividade vulcânica (VEI - do inglês Volcanic Explosivity Index), com um volume total de tefra ejetado de 1.6 × 1011 metros cúbicos. Foi uma erupção explosiva da chaminé central com fluxos piroclásticos e um colapso da caldeira, causando tsunamis e danos extensos em terras e propriedades. Ela criou um efeito de longo prazo sobre o clima global. A erupção cessou em 15 julho de 1815 e a atividade posterior foi registada em agosto de 1819, consistindo de uma pequena erupção (VEI = 2) com jatos de lava e ruidosos sismos vulcânicos, sendo considerada por alguns com ainda fazendo parte da erupção de 1815. Aproximadamente em 1880 ± 30 anos, Tambora entrou em erupção novamente, mas somente no interior da caldeira. Isto criou pequenos fluxos de lava e a extrusão de um domo de lava. Esta erupção (VEI = 2) criou o cone parasítico Doro Api Toi dentro da caldeira.
O vulcão do monte Tambora está ainda ativo. Menores domos de lava e escoadas de lava têm-se formado sobre o chão da caldeira durante os séculos XIX e XX. A última erupção foi registada em 1967, mas esta foi muito pequena e não explosiva (VEI = 0).
   
Cronologia da erupção
Começa em 5 de abril de 1815, quando as duas placas que formam a crosta terrestre se chocaram sob a ilha, então densamente povoada. A zona de subducção sob a ilha permitiu o início do rompimento da câmara magmática, até então, de um vulcão considerado adormecido.
No início da erupção, o vulcão ejetou uma enorme quantidade de fluxos piroclásticos, que desceram pelas encostas a velocidades estimadas de 700 km/h, com temperatura de 500 °C, e que pode ter carbonizado 10 mil pessoas em seu caminho, sendo registado, ao contrário de outros eventos similares, não o "cozimento" das vítimas, mas a carbonização completa dos corpos e inclusive explosão de seus crânios, pela ebulição abrupta da massa encefálica.
Conjuntamente com os fluxos piroclásticos vieram as nuvens de gases quentes, compostas por gás e cinzas quentes, também libertados na explosão. Além de causar problemas respiratórios na população, numa muito maior distância, a mistura, superquente, queimou florestas e construções num raio de dezenas de quilómetros em torno do vulcão.
Após a erupção inicial, o Tambora passou por cinco dias de relativa inatividade. Esta etapa foi interrompida pela libertação de outra gigantesca nuvem de cinzas, que alcançou uma altura estimada em 44 quilómetros e provocado três dias de escuridão num raio de 500 quilómetros do monte.
Por causa da nuvem de cinzas, as plantações ficaram cobertas e foram destruídas. O peso da cinzas acumuladas nos telhados fez desabar casas até 1.300 quilómetros de distância do vulcão. Com tudo isso, os especialistas estimam que outras 82 mil pessoas morreram em poucos dias devido a causas indiretas da erupção, como fome, desabamentos e doenças. Foi registada fome inclusive na família do marajá de Sumbawa, evidentemente o homem mais rico da ilha.
As ilhas vizinhas, como Java, também foram significativamente afetadas. O clima nesses locais ficou quente e seco, vitimando indiretamente mais pessoas nos anos que se seguiram ao desastre. Somente na ilha vizinha de Lombok, os cálculos estimam entre 44 mil e 100 mil mortos.
     
Efeitos posteriores  
Embora as notícias da erupção demorassem mais seis meses para chegar ao mundo ocidental, os seus efeitos foram sentidos no hemisfério norte. A libertação de gases vulcânicos, com destaque para o dióxido de enxofre, diminuiu a incidência de raios solares na Terra. Como consequência, a Europa teve o chamado "ano sem verão" e a temperatura global desceu 3°C, caracterizando um inverno vulcânico, similar a um inverno nuclear.
  
       

domingo, março 17, 2024

O vulcão Agung matou milhares de pessoas há sessenta e um anos

    
O Monte Agung (em indonésio: Gunung Adung) é um estratovulcão localizado no leste da ilha de Bali, na Indonésia. É o ponto mais alto da ilha, e possui 3.142 metros de altitude. A sua última grande erupção foi no ano de 1963, quando os fluxos piroclásticos (nuvens ardentes) mataram milhares de pessoas. Durante essa erupção, o Agung expeliu cinza a uma altura de vinte quilómetros, permanecendo ativo por um ano. A lava expelida deslocou-se 7,5 quilómetros, e as cinzas chegaram a Jacarta, a cerca de mil quilómetros de distância.
  
   
  

The eruption of 1963 was one of the largest and most devastating eruptions in Indonesia's history.
On February 18, 1963, local residents heard loud explosions and saw clouds rising from the crater of Mount Agung. On February 24, lava began flowing down the northern slope of the mountain, eventually traveling 7 km in the next 20 days. On March 17, the volcano erupted (VEI 5), sending debris 8 to 10 km into the air and generating massive pyroclastic flows. These flows devastated numerous villages, killing an estimated 1,100–1,500 people. Cold lahars caused by heavy rainfall after the eruption killed an additional 200. A second eruption on May 16 led to pyroclastic flows that killed another 200 inhabitants. Minor eruptions and flows followed and lasted almost a year.
The lava flows missed, sometimes by mere yards, the Mother Temple of Besakih. The saving of the temple is regarded by Balinese as miraculous and a signal from the gods that they wished to demonstrate their power but not destroy the monument that the Balinese had erected.
Andesite was the dominant lava type with some samples mafic enough to be classified as basaltic andesite.
  

sábado, janeiro 27, 2024

Suharto, ditador e genocida indonésio, morreu há 16 anos

     
Hadji Mohamed Suharto, ou simplesmente Suharto (Kemusuk, Yogyakarta, 8 de junho de 1921 - Jacarta, 27 de janeiro de 2008) foi um político e militar indonésio.
Foi general e o segundo presidente da Indonésia, entre 1967 e 1998.
Suharto nasceu a 8 de junho de 1921 nas Índias Orientais Holandesas, numa casa de bambu trançado murado na aldeia de Kemusuk, uma parte da grande aldeia de Godean. A aldeia fica a 15 km a oeste de Yogyakarta, o coração cultural do javanesa. O seu pai, Kertosudiro, tinha dois filhos de um casamento anterior e era um oficial de irrigação da aldeia. A sua mãe, Sukirah, era parente distante do sultão Hamengkubuwono V.
Em 30 de setembro de 1965, Suharto orquestrou um golpe que foi acompanhado pelo massacre de comunistas e democratas indonésios e que resultou num genocídio que fez entre 500 mil e dois milhões de vítimas, perante a indiferença mundial, num episódio que ficou conhecido como o Massacre na Indonésia de 1965–66.
Durante as três décadas em que esteve à frente dos destinos da Indonésia, Suharto construiu um governo nacional forte e centralista, forçando a estabilidade no heterogéneo arquipélago indonésio através da supressão dos dissidentes políticos e dos separatismos regionais. As suas políticas levaram a um substancial crescimento económico do país, apesar de muitos dos ganhos no nível de vida tenham sido perdidos com a crise financeira asiática que começou em 1997 e acabou por precipitar a sua queda. Com a prosperidade económica, Suharto enriqueceu pessoalmente, tendo criado um pequeno círculo de privilegiados através da implementação de monopólios estatais, subsídios e outros esquemas menos lícitos.
   
A invasão de Timor-Leste
Em 1975, na sequência da retirada de Portugal do Timor Português, a Fretilin tomou momentaneamente o poder e Suharto ordenou às suas tropas que invadissem o país. Em causa estavam elevados interesses económicos, nomeadamente o petróleo do Mar de Timor. Estima-se que 200 mil timorenses tenham perecido, cerca de um terço da população total. Em 15 de julho de 1976 o antigo Timor Português tornou-se a 27.ª província indonésia, com o nome de "Timor Timur". A situação só foi alterada em 1999, quando o seu sucessor, Baharuddin Jusuf Habibie, acordou a transferência da administração para as Nações Unidas e a realização de um referendo que acabou na proclamação da independência de Timor-Leste.
    
Morte
Após um período de internamento que durou 23 dias, o ex-ditador indonésio morreu no hospital Petarmina, em Jacarta, depois de um coma causada por falência múltipla dos órgãos. A sua rejeição na cultura popular marcou os media internacionais até ao século XXI.
   

domingo, janeiro 14, 2024

Há oito anos, em Jacarta, um atentado matou 8 pessoas...


   

Os atentados em Jacarta em 2016 ocorreram a partir das 10.55 horas da manhã de 14 de janeiro de 2016, no centro de Jacarta, capital e maior cidade da Indonésia. Constaram de sete explosões e tiroteios. Fontes da polícia relataram que entre os mortos confirmados estão quatro terroristas e quatro civis. As explosões ocorreram num raio de 50 metros. A Al Jazeera informou que um posto de trânsito da polícia foi destruído por uma granada. Um dos mortos era um cidadão holandês e um dos feridos era argelino. O ataque foi levado a cabo por homens com armas de fogo e granadas, que se faziam transportar, alguns deles, de mota. Há ainda relatos de que seis homens se terão barricado no edifício Skyline, na rua Thamrin. Foi o primeiro grande atentado terrorista na Indonésia desde os atentados em Jacarta em julho de 2009. O ataque foi reivindica pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

 

terça-feira, dezembro 26, 2023

O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foram há dezanove anos...

Tsunami ao atingir Ao Nang, na Tailândia
    
O sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004 foi um terramoto submarino que ocorreu às 00.58.53 horas UTC de 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia. O terramoto é conhecido pela comunidade científica como o terramoto de Sumatra-Andaman. O tsunami resultante é chamado por diversos nomes, incluindo tsunami do Oceano Índico em 2004, tsunami do sul da Ásia e tsunami da Indonésia.
O terramoto foi causado pela subducção da placa oceânica indo-australiana que desencadeou uma série de tsunamis devastadores ao longo das costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, matando mais de 230.000 pessoas em catorze países diferentes e inundando comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura. Foi um dos mais mortais desastres naturais da história. Em número de vítimas, a Indonésia foi o país mais atingido, seguida pelo Sri Lanka, Índia e Tailândia.
Com uma magnitude de entre 9,1 e 9,3 foi o terceiro maior terramoto já registado por sismógrafos. Este sismo teve a maior duração do movimento da falha já observada, entre 8,3 e 10 minutos. Isso fez com que o planeta inteiro vibrasse um centímetro e deu provavelmente origem a outros terramotos em pontos muito distantes do epicentro, como no Alasca, nos Estados Unidos. O seu hipocentro foi a cerca de 30 km de profundidade e o epicentro situou-se entre Simeulue e Samatra.
A situação de muitos povos e países afetados em todo o mundo provocou uma resposta humanitária. Ao todo, a comunidade mundial doou mais de 14 mil milhões de dólares em ajuda humanitária.
     
Sismo
O Sismo ocorreu a 26 de dezembro de 2004, por volta das oito da manhã, na hora local da região do seu epicentro, em pleno oceano, a oeste da ilha de Sumatra, nas coordenadas 3,298°N (latitude) e 95,779°O (longitude). O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0 e sendo o sismo mais violento registado desde 1960, sendo um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um tsunami de cerca de dez metros de altura que devastou as zonas costeiras. O tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia.
O terramoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia e Austrália mergulha por baixo da placa da Birmânia. A linha de rutura está calculada como tendo cerca de 1.200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas foi cerca de 15 metros. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220 000 quando o governo da Indonésia suspendeu as buscas a 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de mortos no desastre.
     
Animação mostrando a progressão do tsunami
       
Efeitos
O sismo de 26 de dezembro alterou em 2,5 cm a posição do Polo Norte. Este movimento sugere uma tendência sísmica já verificada em terramotos anteriores. O sismo também afetou a forma da Terra. A forma da Terra (aplanada nos polos e com maior diâmetro sobre a linha do equador), variou uma parte em 10 milhões, tornando a Terra mais redonda. No entanto, todas as mudanças são muito pequenas para serem percebidas sem instrumentos.
O sismo diminuiu ainda o comprimento dos dias em 6,8 microssegundos, pelo que se depreende que a Terra gira um pouco mais rápido do que o fazia antes.
Sempre que acontecem variações da posição das massas sobre a Terra, como acontece num sismo, estas têm de ser compensadas por variações da velocidade de rotação do planeta. É isto que em Física se designa por conservação do momento angular. Apesar da oscilação do eixo terrestre ter sido muito pequena - abaixo de três microssegundos - o planeta sofreu tal efeito, graças a um tempo superior a três minutos de vibração contínua, na zona do epicentro. Como a Terra não é perfeitamente esférica, mas sim um elipsoide achatado nos polos, as diferentes posições do planeta em relação ao Sol e à Lua, bem como as referidas movimentações de massas, dão origem ao tal movimento. No Brasil os radares mostraram uma elevação dos mares e o radar que alerta como possível tsunami foi acionado.
  
Mapa do epicentro do terramoto e países mais afetados pelo tsunami
      
Países afetados
Os países mais afetados foram:
  
Uma cidade em ruínas próxima da costa de Samatra, em 2 de janeiro de 2005
   
 Vítimas
Países Mortes Feridos Desaparecidos Desalojados
Confirmadas Estimado
Indonésia 126 915 +126 915 ~100 000 37063 400 000 - 700 000
Sri Lanka 30 957 38 195 15 686 5637 ~573 000
Índia 10 749 16 413 5640 380 000
Tailândia 53953 11 000 8457 2932
Somália 298 298 5000
Birmânia 61 290 - 600 45 200 3200 confirmados
Malásia 68–  74 74 299
Maldivas 82 108 26 12000–  22000
Seychelles 1 -  3 3
Tanzânia 10 +10
Bangladesh 2 2
África do Sul 2 2
Quénia 1 2 2
Iémen 1 1
Madagáscar 23000 +1000
Total 174 542 ~193 623 ~125 000 ~51 498 ~1,5 milhão
       

sexta-feira, dezembro 22, 2023

Um tsunami, provocado pelo Krakatoa, matou centenas de pessoas há cinco anos...

Destruição numa praia de Banten após o tsunami

 

No dia 22 de dezembro de 2018 um tsunami causado por uma erupção do vulcão Anak Krakatoa no Estreito de Sunda atingiu a região costeira de Banten e Lampung, Indonésia. Pelo menos 437 pessoas morreram, mais de 14000 ficaram feridas e 24 ainda estão desaparecidas. A Agência Meteorológica, Climatológica e Geofísica da Indonésia (BMKG), atribuiu o tsunami à maré alta e a um deslizamento submarino de terra causado por uma erupção vulcânica. 

 

quinta-feira, dezembro 07, 2023

O genocídio em Timor-Leste começou há 48 anos...

       
A invasão indonésia de Timor-Leste começou a 7 de dezembro de 1975, quando os militares indonésios invadiram Timor-Leste sob o pretexto de anti-colonialismo. O derrube de um breve governo popular liderado pela Fretilin provocou uma ocupação violenta durante um quarto de século em que, aproximadamente, se estima que 100 a 180 mil soldados e civis  terão sido mortos.
Durante os primeiros anos da ocupação, os militares indonésios enfrentaram forte resistência no interior montanhoso da ilha, mas, a partir de 1977-1978, os militares adquiriram armamento moderno aos Estados Unidos, Austrália e outros países para destruir o grupo rebelde. No entanto, nas duas últimas décadas do século XX viram-se contínuos combates entre grupos indonésios e timorenses sobre o estatuto de Timor- Leste; até que os violentos confrontos em 1999 levaram à intervenção da ONU pela Missão das Nações Unidas em Timor-Leste, depois da realização de um referendo em que os timorenses votaram pela independência, que viria a ocorrer em 2002.
   

terça-feira, novembro 28, 2023

A breve, precoce e abortada independência de Timor-Leste foi declarada há 48 anos

   
Timor-Leste
(oficialmente chamado de República Democrática de Timor-Leste) é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor no Sudeste Asiático, além do exclave de Oecusse, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. A sua capital é Díli, situada na costa norte.
Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província, com o nome de "Timor Timur". Em 30 de agosto de 1999 cerca de 80% do povo timorense optou pela independência, em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas.

 
O primeiro contacto europeu com a ilha foi feito pelos portugueses quando estes lá chegaram em 1512 em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital do Timor Português, apenas nos anos 1960 começou a dispor de luz elétrica, e na década seguinte, água, esgoto, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas rurais, continuava atrasado.
Até agosto de 1975 Portugal liderou o processo de auto-determinação de Timor-Leste, promovendo a formação de partidos políticos tendo em vista a independência do território. Quando as forças pró-indonésias atacam as forças portuguesas no território, estas são obrigadas a deixar a ilha de Timor e refugiam-se em Ataúro quando se dá início à Guerra Civil entre a FRETILIN e as forças pró-Indonésias. A FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor-Leste) saiu vitoriosa da guerra civil e proclamou a independência a 28 de novembro do mesmo ano, o que não foi reconhecido por Portugal. A proclamação da independência por um partido de tendência marxista levou a que a Indonésia invadisse Timor Leste. Em 7 de dezembro, os militares indonésios desembarcavam em Díli, ocupando brevemente toda a parte oriental de Timor, apesar do repúdio da Assembleia-Geral e do Conselho de Segurança da ONU, que reconheceram Portugal como potência administrante do território.
A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27.ª província indonésia, chamada "Timor Timur". Uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeamentos do exército da Indonésia, sendo utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense (chamada de Falintil). O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local.

domingo, novembro 12, 2023

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta e dois anos...

Túmulo do Sebastião Gomes, no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo da independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
  
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
  

quinta-feira, outubro 12, 2023

Há vinte e um anos morreram mais duzentas pessoas nos atentados em Bali...

Monumento em memória das vítimas dos atentados
  
Os atentados em Bali em outubro de 2002 ocorreram no final do dia 12 de outubro de 2002 na zona turística de Kuta, na ilha de Bali, na Indonésia. O ataque terrorista foi o ato mais mortífero da história da Indonésia, com um total de 202 pessoas assassinadas, das quais 164 eram estrangeiros e 38 cidadãos indonésios. Houve ainda 209 pessoas que ficaram feridas nos atentados.
O ataque foi provocado com a detonação de três bombas: um dispositivo montado numa mochila levada por um terrorista suicida e um grande carro-bomba que foram detonados junto a centros noturnos populares em Kuta; e um terceiro dispositivo menor que foi detonado fora do consulado dos Estados Unidos da América, em Denpasar, e que apenas causou danos menores.
Vários membros do Jemaah Islamiya, um grupo terrorista islâmico, foram sentenciados pela participação no ato terrorista, incluindo três indivíduos que foram condenados à pena de morte. Abu Bakar Bashir, o suposto líder espiritual do Jemaah Islamiyah, foi julgado e considerado culpado, sentenciado a dois anos e meio de prisão. Riduan Isamuddin, geralmente conhecido como Hambali e suposto ex-líder operacional do Jemaah Islamiyah, está sob custódia dos Estados Unidos, em lugar não revelado, e não foi ainda formalmente acusado. Em 9 de novembro de 2008, Iman Samudra, Amrozi Nurhasyim e Ali Ghufron foram executados, por fuzilamento, numa prisão da ilha de Nusa Kambangan. Mais tarde, o então presidente, Abdurrahman Wahid e o ex-terrorista Umar Abdu alegaram que naquele atentado teria havido participação do exército indonésio e do serviço de inteligência. 
 
 
  

sábado, setembro 30, 2023

A ilha de Sumatra sofreu os efeitos de um terramoto há catorze anos


O sismo de Sumatra de 2009 foi um sismo com violentas réplicas, de magnitude 7,6 que afetou Sumatra às 17.16.10, hora local, em 30 de setembro de 2009 e teve uma magnitude de momento de 7,6. O epicentro localizou-se 45 km a oeste-noroeste de Padang, na ilha de Samatra, e 220 km a sudoeste de Pekanbaru, também em Sumatra. A estimativa do número de mortos varia de 770 a 1.100. Milhares de pessoas ficaram presas entre os escombros. Só em Sumatra Ocidental e Jambi foram confirmados 716 mortos.

 

quinta-feira, setembro 21, 2023

Notícia sobre os efeitos dos vulcões...

O som mais alto da História estourou os tímpanos de pessoas a 60 quilómetros de distância

 

O som foi provocado pela erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, a 27 de agosto de 1883. Ainda se ouviu um som semelhante ao tiro de um canhão a 4.800 quilómetros de distância.

A 27 de agosto de 1883, às 10.02 horas, uma ilha na Indonésia colapsou quando um tsunami com ondas de 46 metros se alastrou pelo oceano até chegar à África do Sul. Tudo isto foi desencadeado pela erupção do vulcão Krakatoa, que terá emitido o som mais alto da História.

A erupção de 1883 libertou uma força comparável à de uma bomba de 200 megatoneladas e terá matado 36 mil pessoas, sendo a segunda mais mortífera de sempre, depois da erupção de Tambora em 1815, escreve o IFLScience.

Um barómetro a 160 quilómetros de distância de Krakatoa indicou que a erupção atingiu os 172 decibéis, quando o limite de dor humano é 130 decibéis. Mais perto do local da erupção, o som chegou a um valor de 194 decibéis (o máximo que um som atinge no ar) e pressão do ar transformou-o numa explosão que rompeu os tímpanos dos marinheiros num navio que estava a 64 quilómetros da ilha.

“Tão violentas são as explosões que os tímpanos de mais da metade da minha tripulação foram estilhaçados. Os meus últimos pensamentos são com minha querida esposa. Estou convencido de que o Dia do Juízo Final chegou”, pode ler-se no diário de bordo do navio britânico Norham Castle.

Essa mesma onda de choque continuou a alastrar-se pelo planeta, ficando mais silenciosa à medida que viajava mais longe, mais ainda era audível a milhares de quilómetros de distância. De acordo com Brüel & Kjær, ainda podia ser ouvido como um tiro de canhão a uma distância de 4.800 quilómetros.

A onda de pressão deu a volta à Terra três vezes em cada direção, com ondas de choque a colidir umas com as outras ocasionalmente noutras partes do planeta, criando picos de pressão extras. “

A grande onda de ar”, como ficou conhecido o fenómeno, continuou a espalhar-se ao durante algum tempo mesmo depois de ter caído abaixo do limite para a audição humana.

 

in ZAP

quarta-feira, agosto 30, 2023

Timor-Leste votou pela independência há vinte e quatro anos...!

        
Invasão
A 7 de dezembro de 1975 Timor-Leste foi invadido pela Indonésia, que a ocupou durante os 24 anos seguintes. Timor mergulhou na violência fratricida e o governador Mário Lemos Pires, destituído de orientações precisas de Lisboa e sem forças militares suficientes para reimpor a autoridade portuguesa, abandonou a capital e refugiou-se na ilha de Ataúro, que fica de frente para a cidade de Díli (atual capital de Timor-Leste).
A Indonésia justificou a invasão alegando a defesa contra o comunismo, discurso que lhe garantiu apoio do governo dos Estados Unidos e da Austrália, entre outros, mas que não impediu a sua condenação pela comunidade internacional.
A invasão indonésia seguiu-se uma das maiores tragédias do pós II Guerra Mundial. A Indonésia recorreu a todos os meios para dominar a resistência: calculam-se em duzentas mil as vítimas de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam de forma sistemática e sem controlo meios brutais de tortura, a população rural, nas áreas de mais acesa disputa com a guerrilha, era encerrada em "aldeias de recolonização", procedeu-se à esterilização forçada de mulheres timorenses.
Simultaneamente, a fim de dar ao facto consumado da ocupação um carácter irreversível, desenvolveu-se uma política de descaracterização do território, quer no plano cultural (proibição do ensino do português e a islamização), quer no plano demográfico (javanização), quer ainda no plano político (integração de Timor na Indonésia como sua 27ª província). A esta descaracterização há que acrescentar a exploração das riquezas naturais através de um acordo com a Austrália para a exploração do petróleo no Mar de Timor.
       
Independência
No terreno, a guerrilha não se rendeu, embora com escassos recursos materiais, humanos e financeiros e apesar de ter sofrido pesados desaires, como a deserção de dirigentes e a perda de outros, pela morte em combate de Nicolau Lobato ou por detenção de Xanana Gusmão. Embora reduzida a umas escassas centenas de homens mal armados e isolados do mundo, conseguiu, nos tempos mais recentes, alargar a sua luta ao meio urbano com manifestações de massas e manter no exterior uma permanente luta diplomática, para o que contou, em muitas circunstâncias, com a compreensão e o apoio da Igreja Católica local, liderada por D. Carlos Ximenes Belo, bispo de Díli.
Para atingir a almejada independência, Timor-Leste contou antes do mais com as suas próprias forças e capacidade de resistência, mas também com apoios externos de ativistas em todo o mundo, bem como da diplomacia de países amigos, em particular os de língua portuguesa. Em Portugal, nomeadamente, além da ação do governo, muitos núcleos de ativistas pró-Timor foram formados, culminando em 1999 com um buzinão permanente em frente à embaixada dos Estados Unidos, e um cordão humano gigante cercando as embaixadas de potências influentes.
Em 30 de agosto de 1999, os timorenses votaram, por esmagadora maioria, pela independência, pondo fim a 24 anos de ocupação indonésia, na sequência de um referendo promovido pelas Nações Unidas. O resultado do referendo gerou confrontos por parte de grupos pró-Indonésia. O conflito, que destruiu boa parte da infraestrutura do país e matou cerca de duzentas mil pessoas (1/4 da população), só foi resolvido com a mobilização da Missão das Nações Unidas de Apoio no Timor-Leste (UNMISET). Em 20 de maio de 2002 a independência de Timor-Leste foi restaurada e as Nações Unidas entregaram o poder ao primeiro Governo Constitucional de Timor-Leste.
   

   
in Wikipédia
 
      
  
O referendo sobre a independência do Timor-Leste foi realizado em 30 de agosto de 1999, como decisão política sobre o Timor-Leste, um país do Sudeste Asiático. As origens do referendo deram-se com o pedido feito pelo Presidente da Indonésia, Bacharuddin Jusuf Habibie, ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, em 27 de janeiro de 1999. O pedido consistia em realizar um referendo em Timor-Leste, no qual seria dado, à população da província indonésia, o poder de escolha de uma maior autonomia dentro da Indonésia ou a independência
  
Origem
Nos meses anteriores, o Presidente Jusuf Habibie tinha feito várias declarações públicas em que ele mencionava que os custos de manutenção de subsídios monetários para apoiar a província não foram equilibrados por qualquer benefício mensurável para a Indonésia. Devido a esta desfavorável análise custo-benefício, a decisão mais racional seria ser dada, à província, que não fazia parte dos limites originais da Indonésia até 1945, a escolha democrática sobre se queria ou não permanecer na Indonésia. Esta escolha também ficou ligada com o programa de democratização geral de Habibie, no período pós-Suharto.
Como etapa de acompanhamento para o pedido de Habibie, a ONU organizou uma reunião entre o governo indonésio e o governo português (que detinha a autoridade colonial anterior sobre Timor-Leste). Em 5 de maio de 1999, essas negociações resultaram no "Acordo entre a República da Indonésia e a República Portuguesa sobre a Questão de Timor-Leste". O referendo seria realizado para determinar se Timor Leste permaneceria parte da Indonésia como uma Região Autónoma Especial, ou separar-se-ia da Indonésia. O referendo foi organizado e monitorizado pela Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNAMET) e 450.000 pessoas estavam aptas a votar, incluindo 13.000 timorenses fora dos limites territoriais do Timor-Leste.
  
Resultados
Foram apresentados, aos eleitores, as seguintes alternativas:
  1. Você aceita a proposta de autonomia especial a Timor-Leste, dentro do estado unitário da República da Indonésia?
  2. Você rejeita a proposta de autonomia especial a Timor-Leste, levando à separação de Timor-Leste da Indonésia?
Alternativa Votos %
Aceitar 94 388 21,50
Rejeitar 344 580 78,50
Inválidos/brancos/nulos
Total 438 968 100
Eleitores registados 451 792 98,60

   
Reações 
O governo indonésio aceitou o resultado em 19 de outubro de 1999, revogando as leis que formalmente anexavam Timor-Leste à Indonésia. As Nações Unidas aprovaram uma resolução que instituía a Administração Transitória das Nações Unidas em Timor Leste (UNTAET), que levaria à independência do país, em maio de 2002.