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quinta-feira, dezembro 19, 2024

Brejnev nasceu há 118 anos

     
Leonid Ilitch Brejnev (Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até a sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do liberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, pelo seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
      
     
beijo socialista
O Beijo de Erich Honecker e Leonid Brejnev (daqui)

domingo, novembro 10, 2024

Brejnev morreu há quarenta e dois anos

 
Leonid Ilitch Brejnev
(Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até à sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do liberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, por seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retoma das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a tentativa da criação de um bem-estar social em seu país, que resultou na crise económica que fez tremer a URSS. Também teve influente participação na expansão do socialismo à sua maior extensão, financiando de revoluções armadas ao redor do globo.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder estalinista, tendo ele inclusive tentado uma (má sucedida...) reabilitação do nome de Estaline. Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Pelas suas contribuições na Grande Guerra Patriótica (II Guerra Mundial) recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética. Morre, de forma suspeita, em 1982, provavelmente de overdose, estimulada pela sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumível sucessor de Brejnev. Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos de Brejnev são muitas vezes lembrados na Rússia como anos dourados.
     
Leonid Brejnev beija o presidente da Alemanha Oriental, Walter Ulbricht
                   

segunda-feira, outubro 14, 2024

Brejnev derrubou Khrushchev, num golpe de estado, há sessenta anos...

Leonid Brejnev beija o presidente da Alemanha Oriental (RDA), Walter Ulbricht
   
Leonid Ilitch Brejnev (Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da liderança da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até à sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do neoliberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, pelo seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retomada das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a criação de um bem-estar social em seu país, que entretanto potencializou a crise económica que fez estremecer a URSS. Ele também teve influente participação na expansão do socialismo a sua maior extensão, através do investimento em revoluções ao redor do globo.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder estalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de seu antecessor Estaline.
Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Pelas suas contribuições na Grande Guerra Patriótica, o nome que a URSS dava à II Grande Guerra, recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética.
Morre, de forma suspeita, em 1982, provavelmente de overdose, estimulada pela sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumido sucessor de Brejnev. Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos de Brejnev são muitas vezes lembrados como anos dourados.
   
(...)
   
Até 1962, aproximadamente, o posto de Khrushchev na liderança soviética permanece sólido, mas em parte por causa da derrota na crise dos mísseis cubanos, políticas demasiado liberais e diversos comentários inoportunos, os membros do partido começam a se preocupar com o futuro do país. Para piorar, aumento das dificuldades económicas da União Soviética aumentou a pressão. Aparentemente, Brejnev era leal a Khrushchev, mas em 1963 vê-se implicado numa conspiração iniciada pelo arménio Anastas Mikoyan, cujo objetivo é depor Khrushchev. Neste ano, sucede a Frol Kozlov na liderança do Comité Central, e passa a ser, por esse posto, o sucessor oficial de Khrushchev. Em 14 de outubro de 1964, aproveitando as férias de Khrushchev, os conspiradores executam o seu golpe de estado e retiram-lhe o poder, instituindo um triunvirato, cuja versão soviética seria denominada troika. Brejnev converte-se no chefe do PCUS, Alexey Kosygin no chefe de governo, e Mikoyan no chefe de estado, sendo sucedido, quatro anos depois, por Nikolai Podgorny.
     

quarta-feira, setembro 11, 2024

O corajoso Homem que denunciou os crimes de Estaline morreu há 53 anos...

  
Nikita Sergueievitch Khrushchov
(também grafado Khrushchev, Kalinovka, Oblast de Kursk, 17 de abril de 1894 - Moscovo, 11 de setembro de 1971) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1953 e 1964 e líder político do mundo comunista até ser afastado do poder, por causa da sua perspetiva reformista e substituído na direção da URSS pelo político conservador Leonid Brejnev.
   
(...)
  
Com a morte de Estaline em 1953, Khrushchov chegou ao poder como líder do PCUS, vencendo uma sangrenta disputa interna com políticos poderosos da era estalinista - como Gueórgui Malenkov, Lazar Kaganovitch, Viatcheslav Molotov e Nikolai Bulganin. A disputa culminou na prisão e execução de Laurenti Béria, o líder da temida NKVD - a polícia política da URSS - e Ministro do Interior.
Khrushchov iniciou uma série de reformas no país, priorizando a fabricação de bens de consumo para a população soviética ao invés da ênfase no desenvolvimento da indústria pesada.
Em 23 de fevereiro de 1956, durante o XX Congresso do PCUS, Khrushchov chocaria a nação e o mundo ao fazer o seu famoso “discurso secreto”, no qual acusava Estaline do crime de genocídio durante as grandes purgas realizadas nos anos 30 na URSS e denunciava o culto da personalidade que o cercava. O seu ato acabou afastando-o dos líderes soviéticos mais conservadores, mas ele acabou derrotando-os numa disputa interna que visava derrubá-lo do poder em 1957.
Em 1958, Khrushchov substituiu Nikolai Bulganin como primeiro-ministro da União Soviética. Ao tornar-se o líder incontestado da URSS, teve condições para dar maior agilidade ao processo de implementação das suas reformas.
Khrushchov era um líder pouco diplomático, de instrução apenas básica, a quem faltavam entendimento e conhecimento da história e do mundo fora das fronteiras da URSS, apesar dos seus adversários o reconhecerem como inteligente, dentro e fora da URSS. Ficou conhecido no período da Guerra Fria pelas suas atitudes pouco convencionais e grosseiras, famoso por interromper oradores de outros países em eventos internacionais para insultá-los e por suas atitudes insólitas, como tirar os sapatos e batê-los na mesa de discussões, durante sessões do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou brandir uma bota na cara do líder chinês Mao Tsé Tung, ou ainda fazer comentários xenófobos e racistas sobre o povo búlgaro, com o próprio primeiro-ministro da Bulgária.
Em 1959 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Conjuntamente com erros estratégicos, tanto na condução da economia agrícola soviética, como na derrota política sofrida frente aos Estados Unidos na crise dos mísseis de Cuba (1962), o seu comportamento e suas atitudes humilhavam os seus companheiros do Politburo e acabaram por causar a sua queda.
Em 14 de outubro de 1964, Khrushchov foi derrubado do poder na União Soviética pelos seus adversários do Politburo, acusado de erros políticos graves e desorganização da economia soviética, a principal acusação foi de se meter numa guerra armamentista, iniciada pela invasão da Baía dos Porcos, cuja atribuição, segundo os soviéticos foi única e exclusiva de John F. Kennedy, iniciando-se a chamada Guerra Fria. Passou os restantes sete anos de sua vida em prisão domiciliar, até morrer, em Moscovo, a 11 de setembro de 1971.
  

terça-feira, dezembro 19, 2023

Brejnev nasceu há 117 anos

     
Leonid Ilitch Brejnev (Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até a sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do liberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, pelo seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
      
     

O Beijo de Erich Honecker e Leonid Brejnev (daqui)

sexta-feira, novembro 10, 2023

Brejnev morreu há quarenta e um anos

 
Leonid Ilitch Brejnev
(Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até à sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do liberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, por seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retoma das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a tentativa da criação de um bem-estar social em seu país, que resultou na crise económica que fez tremer a URSS. Também teve influente participação na expansão do socialismo à sua maior extensão, financiando de revoluções armadas ao redor do globo.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder estalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de Estaline. Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Pelas suas contribuições na Grande Guerra Patriótica (II Guerra Mundial) recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética. Morre de forma suspeita em 1982, provavelmente de overdose, estimulada pela sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumido sucessor de Brejnev. Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos de Brejnev são muitas vezes lembrados na ex-URSS como anos dourados.
     
Leonid Brejnev beija o presidente da Alemanha Oriental, Walter Ulbricht
                   

sábado, outubro 14, 2023

Brejnev derrubou Khrushchev, num golpe de estado, há 59 anos


Leonid Brejnev beija o presidente da Alemanha Oriental (RDA), Walter Ulbricht
   
Leonid Ilitch Brejnev (Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da liderança da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até à sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do neoliberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, pelo seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retomada das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a criação de um bem-estar social em seu país, que entretanto potencializou a crise económica que fez estremecer a URSS. Ele também teve influente participação na expansão do socialismo a sua maior extensão, através do investimento em revoluções ao redor do globo.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder estalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de seu antecessor Estaline.
Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Pelas suas contribuições na Grande Guerra Patriótica, o nome que a URSS dava à II Grande Guerra, recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética.
Morre, de forma suspeita, em 1982, provavelmente de overdose, estimulada pela sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumido sucessor de Brejnev. Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos de Brejnev são muitas vezes lembrados como anos dourados.
   
(...)
   
Até 1962, aproximadamente, o posto de Khrushchev na liderança soviética permanece sólido, mas em parte por causa da derrota na crise dos mísseis cubanos, políticas demasiado liberais e diversos comentários inoportunos, os membros do partido começam a se preocupar com o futuro do país. Para piorar, aumento das dificuldades económicas da União Soviética aumentou a pressão. Aparentemente, Brejnev era leal a Khrushchev, mas em 1963 vê-se implicado numa conspiração iniciada pelo arménio Anastas Mikoyan, cujo objetivo é depor Khrushchev. Neste ano, sucede a Frol Kozlov na liderança do Comité Central, e passa a ser, por esse posto, o sucessor oficial de Khrushchev. Em 14 de outubro de 1964, aproveitando as férias de Khrushchev, os conspiradores executam o seu golpe de estado e retiram-lhe o poder, instituindo um triunvirato, cuja versão soviética seria denominada troika. Brejnev converte-se no chefe do PCUS, Alexey Kosygin no chefe de governo, e Mikoyan no chefe de estado, sendo sucedido, quatro anos depois, por Nikolai Podgorny.
     

segunda-feira, setembro 11, 2023

O grande homem que denunciou os crimes de Estaline morreu há 52 anos...

  
Nikita Sergueievitch Khrushchov
(também grafado Khrushchev, Kalinovka, Oblast de Kursk, 17 de abril de 1894 - Moscovo, 11 de setembro de 1971) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1953 e 1964 e líder político do mundo comunista até ser afastado do poder, por causa da sua perspetiva reformista e substituído na direção da URSS pelo político conservador Leonid Brejnev.
   
(...)
  
Com a morte de Estaline em 1953, Khrushchov chegou ao poder como líder do PCUS, vencendo uma sangrenta disputa interna com políticos poderosos da era estalinista - como Gueórgui Malenkov, Lazar Kaganovitch, Viatcheslav Molotov e Nikolai Bulganin. A disputa culminou na prisão e execução de Laurenti Béria, o líder da temida NKVD - a polícia política da URSS - e Ministro do Interior.
Khrushchov iniciou uma série de reformas no país, priorizando a fabricação de bens de consumo para a população soviética ao invés da ênfase no desenvolvimento da indústria pesada.
Em 23 de fevereiro de 1956, durante o XX Congresso do PCUS, Khrushchov chocaria a nação e o mundo ao fazer o seu famoso “discurso secreto”, no qual acusava Estaline do crime de genocídio durante as grandes purgas realizadas nos anos 30 na URSS e denunciava o culto da personalidade que o cercava. O seu ato acabou afastando-o dos líderes soviéticos mais conservadores, mas ele acabou derrotando-os numa disputa interna que visava derrubá-lo do poder em 1957.
Em 1958, Khrushchov substituiu Nikolai Bulganin como primeiro-ministro da União Soviética. Ao se tornar o líder incontestado da URSS, teve condições para dar maior agilidade ao processo de implementação de suas reformas.
Khrushchov era um líder pouco diplomático, de instrução apenas básica, a quem faltavam entendimento e conhecimento da história e do mundo fora de suas fronteiras, apesar de reconhecidamente inteligente por seus adversários, dentro e fora da URSS. Ficou conhecido no período da Guerra Fria por suas atitudes pouco convencionais e grosseiras, famoso por interromper oradores de outros países em eventos internacionais para insultá-los e por suas atitudes insólitas como tirar os sapatos e batê-los na mesa de discussões durante sessões do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou brandir uma bota na cara do líder chinês Mao Tsé Tung ou ainda fazer comentários xenófobos e racistas sobre o povo búlgaro com o próprio primeiro-ministro da Bulgária.
Em 1959 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Conjuntamente com erros estratégicos, tanto na condução da economia agrícola soviética, como na derrota política sofrida frente aos Estados Unidos na crise dos mísseis de Cuba (1962), seu comportamento e suas atitudes humilhavam seus companheiros do Politburo e acabaram por causar sua queda.
Em 14 de outubro de 1964, Khrushchov foi apeado do poder na União Soviética pelos seus adversários do Politburo, acusado de erros políticos graves e desorganização da economia soviética, a principal acusação foi de se meter numa guerra armamentista iniciada pela invasão da Baía dos Porcos, cuja atribuição, segundo os soviéticos foi única e exclusiva de John F. Kennedy, iniciando-se a chamada Guerra Fria. Passou os restantes sete anos de sua vida em prisão domiciliar, até morrer, em Moscovo, a 11 de setembro de 1971.
  

quinta-feira, junho 15, 2023

Iúri Andropov, o sucessor de Leonid Brejnev, nasceu há 109 anos


Iúri Vladimirovitch Andropov (Stavropol, 15 de julho de 1914 - Moscovo, 9 de fevereiro de 1984) foi um político soviético e Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética do dia 12 de novembro de 1982 até à sua morte, além de chefe do serviço secreto soviético, o KGB, durante quinze anos.
O exato local do seu nascimento é incerto, porém acredita-se que foi próximo de Stavropol, na Rússia meridional. Estudou por um curto período no Instituto Técnico para o Transporte Aquático de Rybinsk, antes de se juntar ao Komsomol em 1930. Ele concluiu a graduação em 1939 e foi o primeiro secretário do Komsomol na república da Carélia finlandesa, entre 1940 e 1944. Após a guerra, mudou-se para Moscovo em 1951 e entrou para o Secretariado do Partido.
Após a morte de Estaline, em março de 1953, Andropov foi rebaixado de posto e enviado para um "exílio" na embaixada soviética em Budapeste por Georgi Malenkov, onde teve um papel importante na invasão soviética da Hungria em 1956.
Andropov voltou a Moscovo para chefiar o Departamento para as relações com países socialistas (1957-1967) e foi promovido para o secretariado do Comité Central do PC Soviético em 1962, sucedendo a Mikhail Suslov. Em 1967 foi indicado para chefe da KGB. Em 1973 tornou membro-se pleno do Politburo, apesar de não ter renunciado à chefia da KGB até 1982.
Envolveu-se em rumores e acusações com a morte suspeita do então líder Leonid Brejnev, em 10 de novembro de 1982. Brejnev teria morrido de uma overdose, motivada pela sua enfermeira, que era do KGB, chefiado por Andropov. Quando a enfermeira foi inocentada e o caso abafado, passou-se a questionar a culpa de Andropov na morte de seu antecessor. Dias depois, foi indicado, como previsto, para a liderança do Partido Comunista, vencendo Konstantin Chernenko, líder parlamentar de longa data. Foi o primeiro chefe da KGB a ser indicado. Herdou ainda, de Brejnev, a presidência e conselho de Defesa do país.
Durante o seu mandato fez tentativas de melhorar a economia e de reduzir a corrupção. Também é lembrado pela sua campanha contra o alcoolismo e esforços para melhorar a disciplina no trabalho. As duas campanhas foram conduzidas com uma visão administrativa tipicamente soviética, e lembraram vagamente reminiscências do estalinismo.
Fez pouca coisa em termos de política externa - a guerra iniciada após a invasão do Afeganistão continuou. O seu governo também foi marcado pela deterioração das relações com os EUA por causa das atitudes fortemente anti-soviéticas de Ronald Reagan, exacerbadas pelo derrube por caças soviéticos de um avião civil sul-coreano que invadiu o espaço aéreo russo em 1 de setembro de 1983 e pelo aumento do número dos mísseis Pershing na Europa.
Morreu, de falência renal, em 9 de fevereiro de 1984, após vários meses com problemas de saúde, e foi brevemente sucedido por Konstantin Chernenko.
O legado de Andropov ainda é tema de muito debate, tanto na Rússia quanto em outros locais, e tanto entre académicos como nos meios de comunicação. Ele permanece no foco de vários documentários televisivos e em livros de não-ficção, particularmente em datas importantes.
Apesar da sua atuação de linha-dura na Hungria e de numerosos banimentos e intrigas pelas quais foi responsável durante a sua longa permanência na chefia da KGB, ele tornou-se muito lembrado por vários comentaristas como um reformador. Eles apontam como evidências o facto de ele haver promovido Mikhail Gorbachev no aparelho do PC soviético, e ter sido considerado um chefe da KGB particularmente tolerante. Ele é também lembrado como menos inclinado a reformas rápidas do que foi Gorbachev; o ponto central das especulações é se Andropov teria conseguido ou não reformar a URSS de maneira tal que tivesse evitado o seu colapso.
       

segunda-feira, dezembro 19, 2022

Brejnev nasceu há 116 anos

     
Leonid Ilitch Brejnev (Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até a sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do liberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, pelo seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
      
     
O Beijo de Erich Honecker e Leonid Brejnev (daqui)

quinta-feira, novembro 10, 2022

Brejnev morreu há quarenta anos

 
Leonid Ilitch Brejnev
(Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até à sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do liberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, por seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retoma das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a tentativa da criação de um bem-estar social em seu país, que resultou na crise económica que fez tremer a URSS. Também teve influente participação na expansão do socialismo à sua maior extensão, financiando de revoluções armadas ao redor do globo.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder estalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de Estaline. Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Pelas suas contribuições na Grande Guerra Patriótica (II Guerra Mundial) recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética. Morre de forma suspeita em 1982, provavelmente de overdose, estimulada pela sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumido sucessor de Brejnev. Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos de Brejnev são muitas vezes lembrados na ex-URSS como anos dourados.
     
Leonid Brejnev beija o presidente da Alemanha Oriental, Walter Ulbricht
                   

sexta-feira, outubro 14, 2022

Brejnev tomou o poder, num golpe de estado, há 58 anos

Leonid Brejnev beija o presidente da Alemanha Oriental (RDA), Walter Ulbricht
   
Leonid Ilitch Brejnev (Kamenskoe, 19 de dezembro de 1906 - Moscovo, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da liderança da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido ao Soviete Supremo de 1977 até à sua morte. Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. Pôs em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que buscou impedir a expansão e influência do neoliberalismo pelo mundo, razão pela qual é considerada neoestalinista, pelo seu cunho expansionista, agressivo e revolucionário.
As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retomada das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a criação de um bem-estar social em seu país, que entretanto potencializou a crise económica que fez estremecer a URSS. Ele também teve influente participação na expansão do socialismo a sua maior extensão, através do investimento em revoluções ao redor do globo.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder estalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de seu antecessor Estaline.
Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte deturpada pelo ateísmo comunista.
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz. Pelas suas contribuições na Grande Guerra Patriótica, o nome que a URSS dava à II Grande Guerra, recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética.
Morre, de forma suspeita, em 1982, provavelmente de overdose, estimulada pela sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumido sucessor de Brejnev. Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos de Brejnev são muitas vezes lembrados como anos dourados.
   
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Até 1962, aproximadamente, o posto de Khrushchev na liderança soviética permanece sólido, mas em parte por causa da derrota na crise dos mísseis cubanos, políticas demasiado liberais e diversos comentários inoportunos, os membros do partido começam a se preocupar com o futuro do país. Para piorar, aumento das dificuldades económicas da União Soviética aumentou a pressão. Aparentemente, Brejnev era leal a Khrushchev, mas em 1963 vê-se implicado numa conspiração iniciada pelo arménio Anastas Mikoyan, cujo objetivo é depor Khrushchev. Neste ano, sucede a Frol Kozlov na liderança do Comité Central, e passa a ser, por esse posto, o sucessor oficial de Khrushchev. Em 14 de outubro de 1964, aproveitando as férias de Khrushchev, os conspiradores executam o seu golpe de estado e retiram-lhe o poder, instituindo um triunvirato, cuja versão soviética seria denominada troika. Brejnev converte-se no chefe do PCUS, Alexey Kosygin no chefe de governo, e Mikoyan no chefe de estado, sendo sucedido, quatro anos depois, por Nikolai Podgorny.
     

domingo, setembro 11, 2022

O grande homem que denunciou os crimes de Estaline morreu há 51 anos...

  
Nikita Sergueievitch Khrushchov
(também grafado Khrushchev, Kalinovka, Oblast de Kursk, 17 de Abril de 1894 - Moscovo, 11 de Setembro de 1971) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1953 e 1964 e líder político do mundo comunista até ser afastado do poder, por causa da sua perspetiva reformista e substituído na direção da URSS pelo político conservador Leonid Brejnev.
   
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Com a morte de Estaline em 1953, Khrushchov chegou ao poder como líder do PCUS, vencendo uma sangrenta disputa interna com políticos poderosos da era estalinista - como Gueórgui Malenkov, Lazar Kaganovitch, Viatcheslav Molotov e Nikolai Bulganin. A disputa culminou na prisão e execução de Laurenti Béria, o líder da temida NKVD - a polícia política da URSS - e Ministro do Interior.
Khrushchov iniciou uma série de reformas no país, priorizando a fabricação de bens de consumo para a população soviética ao invés da ênfase no desenvolvimento da indústria pesada.
Em 23 de fevereiro de 1956, durante o XX Congresso do PCUS, Khrushchov chocaria a nação e o mundo ao fazer o seu famoso “discurso secreto”, no qual acusava Estaline do crime de genocídio durante as grandes purgas realizadas nos anos 30 na URSS e denunciava o culto da personalidade que o cercava. O seu ato acabou afastando-o dos líderes soviéticos mais conservadores, mas ele acabou derrotando-os numa disputa interna que visava derrubá-lo do poder em 1957.
Em 1958, Khrushchov substituiu Nikolai Bulganin como primeiro-ministro da União Soviética. Ao se tornar o líder incontestado da URSS, teve condições para dar maior agilidade ao processo de implementação de suas reformas.
Khrushchov era um líder pouco diplomático, de instrução apenas básica, a quem faltavam entendimento e conhecimento da história e do mundo fora de suas fronteiras, apesar de reconhecidamente inteligente por seus adversários, dentro e fora da URSS. Ficou conhecido no período da Guerra Fria por suas atitudes pouco convencionais e grosseiras, famoso por interromper oradores de outros países em eventos internacionais para insultá-los e por suas atitudes insólitas como tirar os sapatos e batê-los na mesa de discussões durante sessões do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou brandir uma bota na cara do líder chinês Mao Tsé Tung ou ainda fazer comentários xenófobos e racistas sobre o povo búlgaro com o próprio primeiro-ministro da Bulgária.
Em 1959 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Conjuntamente com erros estratégicos, tanto na condução da economia agrícola soviética, como na derrota política sofrida frente aos Estados Unidos na crise dos mísseis de Cuba (1962), seu comportamento e suas atitudes humilhavam seus companheiros do Politburo e acabaram por causar sua queda.
Em 14 de outubro de 1964, Khrushchov foi apeado do poder na União Soviética pelos seus adversários do Politburo, acusado de erros políticos graves e desorganização da economia soviética, a principal acusação foi de se meter numa guerra armamentista iniciada pela invasão da Baía dos Porcos, cuja atribuição, segundo os soviéticos foi única e exclusiva de John F. Kennedy, iniciando-se a chamada Guerra Fria. Passou os restantes sete anos de sua vida em prisão domiciliar, até morrer em Moscovo a 11 de setembro de 1971.
  

quarta-feira, junho 15, 2022

Iúri Andropov, o momentâneo sucessor de Leonid Brejnev, nasceu há 108 anos


Iúri Vladimirovitch Andropov (Stavropol, 15 de julho de 1914 - Moscovo, 9 de fevereiro de 1984) foi um político soviético e Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética do dia 12 de novembro de 1982 até à sua morte, além de chefe do serviço secreto soviético, o KGB, durante quinze anos.
O exato local do seu nascimento é incerto, porém acredita-se que foi próximo de Stavropol, na Rússia meridional. Estudou por um curto período no Instituto Técnico para o Transporte Aquático de Rybinsk, antes de se juntar ao Komsomol em 1930. Ele concluiu a graduação em 1939 e foi o primeiro secretário do Komsomol na república da Carélia finlandesa, entre 1940 e 1944. Após a guerra, mudou-se para Moscovo em 1951 e entrou para a Secretaria do Partido.
Após a morte de Estaline, em março de 1953, Andropov foi rebaixado de posto e enviado para um "exílio" na embaixada soviética em Budapeste por Georgi Malenkov, onde teve um papel importante na invasão soviética da Hungria em 1956.
Andropov voltou a Moscovo para chefiar o Departamento para as relações com países socialistas (1957-1967) e foi promovido para o secretariado do Comité Central do PC Soviético em 1962, sucedendo a Mikhail Suslov. Em 1967 foi indicado para chefe da KGB. Em 1973 tornou membro-se pleno do Politburo, apesar de não ter renunciado à chefia da KGB até 1982.
Envolveu-se em rumores e acusações com a morte suspeita do então líder Leonid Brejnev, em 10 de novembro de 1982. Brejnev teria morrido de uma overdose, motivada pela sua enfermeira, que era do KGB, chefiado por Andropov. Quando a enfermeira foi inocentada e o caso abafado, passou-se a questionar a culpa de Andropov na morte de seu antecessor. Dias depois, foi indicado, como previsto, para a liderança do Partido Comunista, vencendo Konstantin Chernenko, líder parlamentar de longa data. Foi o primeiro chefe da KGB a ser indicado. Herdou ainda, de Brejnev, a presidência e conselho de Defesa do país.
Durante o seu mandato fez tentativas de melhorar a economia e de reduzir a corrupção. Também é lembrado pela sua campanha contra o alcoolismo e esforços para melhorar a disciplina no trabalho. As duas campanhas foram conduzidas com uma visão administrativa tipicamente soviética, e lembraram vagamente reminiscências do estalinismo.
Fez pouca coisa em termos de política externa - a guerra iniciada após a invasão do Afeganistão continuou. O seu governo também foi marcado pela deterioração das relações com os EUA por causa das atitudes fortemente anti-soviéticas de Ronald Reagan, exacerbadas pelo derrube por caças soviéticos de um avião civil sul-coreano que invadiu o espaço aéreo russo em 1 de setembro de 1983 e pelo aumento do número dos mísseis Pershing na Europa.
Morreu de falência renal em 9 de fevereiro de 1984, após vários meses com problemas de saúde, e foi brevemente sucedido por Konstantin Chernenko.
O legado de Andropov ainda é tema de muito debate, tanto na Rússia quanto em outros locais, e tanto entre académicos como nos meios de comunicação. Ele permanece no foco de vários documentários televisivos e em livros de não-ficção, particularmente em datas importantes.
Apesar da sua atuação de linha-dura na Hungria e de numerosos banimentos e intrigas pelas quais foi responsável durante a sua longa permanência na chefia da KGB, ele tornou-se muito lembrado por vários comentaristas como um reformador. Eles apontam como evidências o facto de ele haver promovido Mikhail Gorbachev nos escalões do PC soviético, e ter sido considerado um chefe da KGB particularmente tolerante. Ele é também lembrado como menos inclinado a reformas rápidas do que foi Gorbachev; o ponto central das especulações é se Andropov teria conseguido ou não reformar a URSS de maneira tal que tivesse evitado o seu colapso.