segunda-feira, outubro 14, 2019

Rommel, a Raposa do Deserto, foi obrigado a suicidar-se há 75 anos

Erwin Johannes Eugen Rommel (Heidenheim, 15 de novembro de 1891Herrlingen, 14 de outubro de 1944) conhecido popularmente como A Raposa do Deserto, foi um marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Rommel ficou mundialmente famoso por sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, no comando do Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que então batiam em retirada frente ao exército britânico. Por sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, granjeou o apelido de A Raposa do Deserto e entre os árabes como O Libertador .
  
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Em 17 de julho de 1944, 41 dias após o início dos desembarques aliados em França, lançados no Dia D, Rommel foi gravemente ferido por um caça Spitfire canadiano e permaneceu hospitalizado durante vários dias. Nesse período, Claus von Stauffenberg executou o atentado de 20 de julho de 1944 contra Hitler, que escapou por pouco, com ferimentos leves - a mesa da conferência acabou por lhe servir de escudo. Sem nunca ter feito parte do partido nazi, Rommel tornara-se cada vez mais crítico ao governo do Führer.
  
Implicado no atentado pelas suas ligações com os oficiais conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais, a 14 de outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir a Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, condenando também a sua família a ser confinada a um campo de concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade de seus familiares. Rommel, sem dúvidas, escolhe a segunda alternativa, despede-se da família e acompanha os dois oficiais embarcando em seu automóvel.
Às 13.25 os Generais Burgdorf e Maisel, fizeram a entrega do cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as providências." Talvez jamais se venha a saber o que se passou exatamente no caminho de Ulm, pois Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo da chancelaria do Reich, e Maisel, que no final da guerra foi condenado juntamente com o motorista da SS, afirmam terem recebido ordens de abandonar o carro durante alguns momentos e quando retornaram encontraram Rommel agonizando.
O seu funeral foi celebrado em 18 de outubro de 1944 com as mais altas honrarias militares do III Reich e, oficialmente a sua "causa mortis" foi anunciada como sendo consequência dos ferimentos que recebera meses antes.
Os seus restos mortais, depois de cremados, foram sepultados em Herrlingen, Alemanha, no cemitério próximo da sua casa. a sua família não foi perseguida após a sua morte e um dos seus filhos chegou ao cargo de presidente da câmara (Bürgermeister) da cidade de Estugarda.
Muitas lendas foram criadas a partir do mito Rommel, porém nunca questionado do ponto de vista militar e da conduta no campo de batalha. Histórias como "fazer um Rommel", que para os soldados do 8º Exército Britânico, significava fazer algo de forma impecável. A sua astúcia e faculdade de improvisação granjearam-lhe a alcunha de Raposa do Deserto. Certa vez encontrando-se sob violenta pressão britânica, o general conseguiu inverter a situação dando-lhes impressão de comandar grandes destacamentos. Sabia que a RAF fotografava diariamente as linhas alemãs, então, ordenou que todos os veículos fossem movimentados a noite, crivando o solo do deserto com milhares de sulcos, e projetando a movimentação de um grande destacamento de blindados. Diante disto os ingleses bateram em retirada.
   

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