sábado, janeiro 29, 2011

O Sócrates induca e o uisque instroi

(imagem daqui)



Streams of Whiskey - The Pogues


Last night as I slept
I dreamt I met with Behan
I shook him by the hand and we passed the time of day
When questioned on his views
On the crux of life's philosophies
He had but these few clear and simple words to say


I am going, I am going
Any which way the wind may be blowing
I am going, I am going
Where streams of whiskey are flowing


I have cursed, bled and sworn
Jumped bail and landed up in jail
Life has often tried to stretch me
But the rope always was slack
And now that I've a pile
I'll go down to the Chelsea
I'll walk in on my feet
But I'll leave there on my back


Oh the words that he spoke
Seemed the wisest of philosophies
There's nothing ever gained
By a wet thing called a tear
When the world is too dark
And I need the light inside of me
I'll go into a bar and drink
Fifteen pints of beer

O Irão e a barbárie do costume

Acusada de tráfico de droga
Irão enforca cidadã com nacionalidade holandesa

Zahra Bahrami, de 46 anos

Zahra Bahrami, com dupla nacionalidade iraniana e holandesa, foi executada este sábado por tráfico de droga, de acordo com os oficiais iranianos. Assim que foi oficialmente confirmada a sua execução, o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês declarou o corte de relações com o Irão.

A mulher de 46 anos foi detida em 2009 por participar em manifestações contra o governo iraniano, quando visitava familiares. O gabinete do procurador do Teerão alega que as autoridade iranianas encontraram, na altura, durante as buscas à sua casa, 450 gramas de cocaína e 420 gramas de ópio.

“A traficante de droga, chamada Zahra Bahrami, filha de Ali, foi enforcada na manhã de sábado depois de ser condenada por venda e posse de droga”, informou o gabinete. Estes consideraram que Bahrami fazia parte de um grupo de tráfico de cocaína ilegal com ligações à Holanda.

A sua filha disse a um grupo internacional para os Direitos Humanos no Irão que a acusação foi inventada. “Ela nem cigarros fuma, muito menos possui drogas. Como é que alguém que participa em encontros pós-eleitorais e põe em risco a sua vida, toma estas acções contra o seu país?”, reage.

Assim que foi confirmada a sua execução oficialmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês informou que o governo cortou relações com o país. As autoridades holandesas viram negadas o acesso a Bahrami, visto que o Irão reconhece a sua dupla nacionalidade, noticia a 'BBC'.

Este ano já foram executadas 66 pessoas no país, de acordo com a imprensa local.

in CM - ler notícia

Revista de Gestão Costeira Integrada

Recebido por e-mail, para divulgação:


Foi recentemente publicado na forma de “e-journal” o número 4 (Dezembro) do volume 10 da Revista de Gestão Costeira Integrada / Journal of Integrated Coastal Zone Management (http://www.aprh.pt/rgci/).

 Este número pode ser acedido no endereço http://www.aprh.pt/rgci/revista10f4.html e integra os seguintes artigos:

• Estudo do Galgamento de Estruturas Marítimas utilizando um Modelo Numérico baseado na Teoria da Onda em Condições de Água pouco Profunda / Numerical Modelling of Wave Overtopping of Maritime Structures using a NLSW Equation Model - Maria Teresa Reis, Maria da Graça Neves.

• Avaliação de Impactos Ambientais no Meio Físico decorrentes de Obras de Engenharia Costeira - Uma Proposta Metodológica / Assessment of Environmental Impacts on the Physical Environment due to Coastal Engineering Works - A Proposed Methodology - Alessandro Farinaccio, Moysés Gonzalez Tessler.

• Modelação da Interacção entre uma Onda e uma Estrutura de Protecção Costeira usando um Modelo Numérico SPH – Smoothed Particles Hydrodynamics / Study of Wave Interaction with Coastal Structures using a SPH Numerical Model - Eric Didier, Maria da Graça Neves.

• A Contribuição do Escoamento Superficial e da Drenagem de Águas Pluviais para os Processos Erosivos no Litoral de Olinda, Pernambuco, Brasil / The Contribution of the Surface Runoff and the Pluvial Water Draining for the Erosive Processes in the Coast of Olinda, Pernambuco, Brasil - Luis A. de Gois, Niédja M. G. A. e Oliveira.

• Aplicação ao Porto de Sines (Portugal) de uma nova Metodologia de Avaliação do Risco para a Navegação Portuária utilizando o Sistema de Informação Geográfica Guiomar / Application to the Port of Sines (Portugal) of a new Tool for Risk Assessment in Port Navigation using the GIS Guiomar System - Diogo Ruben Neves, Sara Rodrigues, Maria Teresa Reis, Conceição Juana Fortes, João Alfredo Santos.

• Subsídios para a Gestão e o Aproveitamento do Espaço Costeiro na Península de Itapagipe,Salvador, Bahia, Brasil / Subsidies for the Management and Development of Coastal Areas on the Itapagipe Peninsula - Salvador, Bahia, Brasil - Iracema Reimão Silva, Maria Helena Ochi Flexor, Sergio Nascimento, José Rodrigues de Souza Filho, Sergio Pinheiro de Santana Neto, Jamille Evangelista Alves.

• Uso de Técnicas de Geoprocessamento para a Análise da Evolução da Linha de Costa em Ambientes Litorâneos dp Estado do Ceará, Brasil / Use of Geoprocessing Techniques for Analysis of the Coast Line Evolution of Ceará State, Brazil - Eduardo Guilherme Gentil de Farias, Luís Parente Maia.

• Geomorfologia de uma área com alta sensibilidade ambiental na Bacia Potiguar (NE do Brasil) / Geomorfology of a High Sensitive Area on Potiguar Basin (NE Brazil) - Dalton Rosemberg Valentim da Silva, Venerando Eustáquio Amaro, Michael Vandesteen Silva Souto, Miriam Cunha do Nascimento, Bruno Rafael de Barros Pereira.

• Capacitação e Mobilização: a Perspectiva da Participação Cidadã no Plano Diretor de Balneário Camboriú (SC), Brasil / Capacity Building and Mobilization: a Citizens’ Participation Perspective on The Master Plan of Balneário Camboriú (SC), Brasil - Sérgio Moraes, Renato Saboya, Stavros Abib, Maria José Reis

• Avaliação das Formas de Fósforo nos Sedimentos Superficiais da Plataforma Continental do Rio Amazonas / Evaluation Forms of Phosphorus in Surface Sediments of the Continental Shelf of the Amazon River - Maria de Lourdes Souza Santos, André Luis de Lima Saraiva, Ismaily Bastos Delfino, Leny da Conceição Antunes, Rosa Maria Matos Batista, Igor Charles Castor Alves.

• Recensão Crítica / Book Review: Recuperação de Praias e Dunas, de Karl. F. Nordstrom. Tradução do Original Beach and dune restoration - Dieter Muehe
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Call for Papers sobre "Morfodinâmica Estuarina e Costeira"

Está aberto um “call for papers” no âmbito do tema "Morfodinâmica Estuarina e Costeira" (http://www.aprh.pt/rgci/callforpapers_mec.html) Pretende-se agregar um conjunto de artigos que abordem diversos aspectos relacionados com este tema que abordem, entre outros, os seguintes aspectos:

* Morfodinâmica e gestão das zonas costeiras (praias, embocaduras e estuários);
* Metodologias de estudo: modelação, experimentação e detecção remota;
* Análise de processos físicos e sua interacção com processos químicos e biológicos;
* Alterações climáticas: impactes e adaptação;
* Engenharia costeira: avaliação, monitorização e soluções;


Os manuscritos, redigidos em inglês ou em português, e de acordo com as normas da revista, devem ser submetidos até dia14 de Fevereiro de 2011 para aprh@aprh.pt, rgci.editor@gmail.com, ou para qualquer dos editores convidados.


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Call for Papers sobre "Interacções Homem - Meio em Zonas Costeiras"

Está aberto um “call for papers” no âmbito do tema "Interacções Homem - Meio em Zonas Costeiras" (http://www.aprh.pt/rgci/callforpapers_ih.html) Pretende-se agregar um conjunto de artigos que abordem diversos aspectos relacionados com este tema. Nesse sentido, são especialmente relevantes os artigos que abordem, entre outros, os seguintes aspectos:

* Alterações (geomorfológicas, sedimentológicas, geoquímicas, biológicas, etc.) em ambientes costeiros provocadas indirectamente por actividades humanas;
* Modificações directas de ambientes costeiros devidas a intervenções humanas (aterros, dragagens, abertura ou colmatação de canais, efluentes, introdução de espécies exóticas, etc.) nesses ambientes;
* Evolução de ambientes costeiros forçada por actividades antrópicas em escalas temporais variadas (decenal, secular, milenar);
* Transformações em ambientes costeiros devidas a actividades antrópicas nas bacias hidrográficas para aí drenantes.


Os interessados em submeter artigos devem consultar a parte de submissão de artigos (http://www.aprh.pt/rgci/submartigos.html) do portal da RGCI/JICZM.

Música do meio dos anos oitenta para geopedrados


NOTA: ideia roubada ao blog A Educação do meu Umbigo...

Associação Portuguesa de Geólogos - Boletim e Blog

A Associação Portuguesa de Geólogos dá mais um passo em direcção às potencialidades de divulgação e comunicação na Internet, criando 2 blogues que facilitam a comunicação com os sócios e o público em geral. São eles:

APGnews (Boletim electrónico)
APG - Blog Oficial
Finalmente uma sugestão: activem os "feeds", para que  possam receber, segmentar, redireccionar e distribuir mundialmente as notícias de Geologia portuguesa!

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Estamos a ficar velhos (como espécie...)

Ferramentas de pedra encontradas na Arábia põem em causa a visão consensual
O Homo sapiens terá começado a espalhar-se pelo mundo muito mais cedo, há 125 mil anos

Estes machados encontrados na Península Arábica têm 125 mil anos e levaram os cientistas a uma nova hipótese

E se, há uns 125 mil anos, muitas dezenas de milénios antes de se lançarem à conquista da Europa e do resto do mundo, vindos do seu berço africano, os primeiros humanos modernos tivessem começado por atravessar um estreito braço de mar para se instalarem em terras que hoje fazem parte dos Emirados Árabes Unidos? Uma equipa internacional de arqueólogos, liderada por Hans-Peter Uerpmann, da Universidade Eberhard Karls de Tubingen, sugere precisamente isso, com base em escavações realizadas na localidade de Jebel Faya, a uns 50 quilómetros do Golfo Pérsico. Os seus resultados são publicados sexta-feira na revista "Science".

O debate sobre como e quando os primeiros homens modernos emigraram de África e se espalharam pelo mundo vem de longe. Há quem diga que houve uma única vaga de migração e quem diga que houve várias. Mas seja como for, os dados conhecidos até aqui indicavam que o êxodo tinha acontecido há mais ou menos 60 mil anos. Quanto à rota seguida por aqueles emigrantes até a Europa e Ásia, também aí havia consenso: através do Vale do Nilo e do Médio Oriente.

O que os cientistas encontraram agora na Península Arábica são ferramentas que, segundo eles foram fabricadas com tecnologias semelhantes às utilizadas pelas populações de "Homo sapiens" que viviam no Leste de África, mas diferentes das tecnologias originárias do Médio Oriente. Isso não seria problemático se elas tivessem menos de 60 mil anos de idade. Mas acontece que, quando foram datadas (pela técnica dita de luminescência), revelaram ter... 125 mil anos.

Ou seja, estas ferramentas — pequenos machados e lâminas de pedra, entre outros — parecem contar uma história diferente. Uma história de emigração directa, há muito mais tempo, de África para a Arábia — e daí, dizem os cientistas, para o Crescente Fértil e para a Índia. Porém, nem todos os especialistas concordam com esta interpretação.

“Os humanos ‘anatomicamente modernos’ — como nós — emergiram em África há uns 200 mil anos e a seguir povoaram o resto do mundo”, diz em comunicado Simon Armitage, da Universidade de Londres e co-autor do trabalho. “Os nossos resultados deveriam estimular uma reavaliação da maneira como nós, os humanos modernos, nos tornamos uma espécie global.”

Os cientistas analisaram ainda as condições climáticas que reinavam na região há uns 130 mil anos, durante o último período interglaciar, para ver se a passagem de África para a Arábia teria sido fácil. E de facto, concluíram que o estreito de Bab al-Mandab, que separa a Península Arábica do Corno de África, tinha naquela altura pouca água devido ao baixo nível do mar, permitindo a passagem em segurança sem grandes problemas.

E mais: a Península Arábica era então uma região muito mais húmida, com vegetação abundante, com lagos e rios — muito mais acolhedora do que hoje. “Em Jebel Faya”, salienta Armitage, “a datação revela uma visão fascinante, na qual humanos modernos emigraram de África muito mais cedo do que se pensava, ajudados pelas flutuações globais do nível do mar e pelas mudanças climáticas.”

Uma voz dissonante

Num artigo jornalístico que acompanha na revista "Science" a publicação dos resultados da datação das ferramentas de Jebel Faya, surge uma voz dissonante entre os comentários entusiastas de vários especialistas. Paul Mellars, arqueólogo da Universidade de Cambridge, diz que, quanto a ele, apesar da descoberta das ferramentas ser importante e a datação bem feita, as conclusões estão erradas.

“Não há qualquer indício aqui que sugira que foram feitas por humanos modernos, nem de que eles vinham de África”, declara. E salienta que, ao contrário do que afirmam os autores da descoberta, não fica excluída de forma convincente a hipótese de se tratar de ferramentas fabricadas pelos Neandertais — ou até pelo "Homo erectus", antepassado dos humanos modernos que se sabe ter emigrado de África para Ásia há cerca de 1,8 milhões de anos.

Hans-Peter Uerpmann, um dos líderes da equipa que fez as escavações em Jebel Faya, concede que para “poder ter a certeza absoluta” de que as ferramentas foram fabricadas pelo Homo sapiens, vai ser preciso encontrar ossos fossilizados. Várias equipas de arqueólogos já declararam que tencionam lançar-se nessa procura.

Olhar para longe - olhar para o passado

Astronomia
Telescópio Hubble encontrou galáxia mais distante e antiga jamais vista no Universo

Esta galáxia ter-se-á formado quando o Universo tinha apenas 480 milhões de anos (Foto: NASA)

Os astrónomos levaram as capacidades do telescópio espacial Hubble, da NASA (agência espacial norte-americana) até ao limite e descobriram aquela que poderá ser a galáxia mais distante e antiga alguma vez vista no Universo.

Esta galáxia ter-se-á formado quando o Universo tinha apenas 480 milhões de anos - hoje terá cerca de 13,7 mil milhões de anos. A galáxia terá existido quando o Universo teria apenas quatro por cento da sua idade actual, precisa Rychard Bouwens, astrónomo da Universidade da Califórnia que estuda a formação e evolução de galáxias, e a sua equipa, que publicaram o estudo na revista “Nature” de ontem.

A luz da galáxia, captada através da câmara de infravermelhos do telescópio, terá sido emitida há 13,2 mil milhões de anos. Ainda assim, os astrónomos são prudentes e falam da sua descoberta no condicional. “Este resultado está no limite das nossas capacidades. Mas passámos meses a fazer testes que o confirmaram e agora estamos seguros”, comentou Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo.

Os astrónomos ainda não sabem ao certo quando é que apareceram as primeiras estrelas no Universo mas começam a compor o quadro de quando as estrelas e as galáxias começaram a surgir, depois do Big Bang.

“Esta última descoberta do Hubble vai aprofundar o nosso conhecimento do Universo”, salientou Charles Bolden, administrador da NASA, em comunicado publicado no site da agência norte-americana.

Para chegar mais longe e vislumbrar o período em que se formaram as primeiras estrelas e galáxias, os astrónomos vão precisar do sucessor do Hubble, o telescópio espacial James Webb, que tem lançamento previsto para 2014. Por enquanto, os primeiros 500 milhões de anos da existência do Universo continuam a ser o capítulo que falta.

O Hubble, lançado há 20 anos, é um projecto internacional fruto da cooperação entre a NASA e a Agência Espacial Europeia.

A propósito da entrega do espólio de Sophia à Biblioteca Nacional de Portugal



NOTA: excelente texto do Público, que recomendamos - ver AQUI.

E, quando o fizer, já vai tarde...

Demita-se


in O Cachimbo de Magritte - post de Miguel Noronha

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Dia Internacional de Recordação do Holocausto


 

Recordar a História impede velhos erros...

Viva V.E.R.D.I.!

Recordar Verdi

Verdi: Requiem, Dies irae

Formação sobre Chás em Leiria



À volta dos chás

Centro de Interpretação Ambiental - Leiria

12 de Fevereiro de 2011


Formadora: Fernanda Botelho

Preço de Inscrição: €15,00

Horário: das 14.00 às 18.00 horas

Público-alvo: crianças a partir dos 7 anos, jovens e adultos

Participantes: mínimo 12 e máximo 20

Aspectos a abordar:
  • Confecção e degustação de vários chás.
  • Experimentar a diferença entre chás de plantas secas e de plantas frescas.
  • Quais os atributos dos diferentes chás, tisanas, infusões, decorações.
  • Qual a forma correcta na confecção dos mesmos.
  • Como secar e conservar as plantas, quando, como e onde colher.
  • Como manter um cantinho no jardim ou na varanda de plantas para chás, quais as mais fáceis e mais populares.
  • Trocas de chás, traga a sua planta verde ou seca e troque-a por outra que gostasse de experimentar, cultivar, secar, utilizar etc.
  • Plantas úteis para tratar o aparelho urinário e reprodutor.

Centro de Interpretação Ambiental de Leiria

Telefone: 244 845 651

Inscrições: cia@cm-leiria.pt

FICHEIROS DE APOIO:

Não têm iodo? Comam magalhães...

Estudo da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo
Metade das crianças portuguesas têm carência de iodo

A iodização do sal é uma forma de ultrapassar o problema

A sabedoria popular aponta as idas à praia como uma solução mágica para não existirem carências de iodo, mas a realidade não é bem assim. Um estudo que será apresentado hoje no âmbito do Congresso Português de Endocrinologia mostra que há muito a fazer neste campo: quase metade das crianças portuguesas em idade escolar têm carência de iodo, sendo que 35,1 por cento têm um aporte de iodo ligeiramente insuficiente, 11,8 moderadamente insuficiente e 2,2 uma carência grave – valores que potenciam possíveis problemas na tiróide, que se podem traduzir, por exemplo, em défices cognitivos e de crescimento e, nos casos mais graves, em doenças como o bócio.

O estudo Aporte do Iodo em Portugal, desenvolvido pelo Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, com o apoio da farmacêutica Merck Serono, e a que o PÚBLICO teve acesso, partiu da avaliação de 3990 crianças entre os seis e os 12 anos de 78 escolas do continente e de 40 escolas da Madeira e detectou diferenças entre as várias regiões. Por exemplo, a carência na Madeira é muito superior à média nacional, situando-se nos 68 por cento. Um dado que surpreendeu os investigadores, já que nas zonas de mais fácil acesso a uma alimentação rica em peixe este problema não costuma aparecer, apesar de ser cada vez mais comum nos países europeus.

Já no continente, Aveiro e Coimbra foram as zonas com mais problemas, com 70 por cento das crianças analisadas com carências deste micronutriente, seguidos por Bragança (60 por cento) e Porto (54,5 por cento). Com menos problemas neste campo, destaca-se Leiria e Vila Real onde não foram detectados casos de carência e Portalegre (25 por cento) e Lisboa (26,3).

“Em Portugal não tínhamos dados actuais. Os únicos que existiam eram da década de 80 quando Castelo Branco lidava com bócio endémico e fez profilaxia para a doença”, esclareceu ao PÚBLICO Edward Limbert, coordenador do estudo. O especialista explicou, ainda, que este estudo segue-se a um que foi desenvolvido em grávidas e que encontrou os mesmos problemas, sendo que no período da gravidez e aleitamento e mesmo antes de a mulher engravidar é essencial “reforçar os stocks de iodo”, nomeadamente através de um suplemento como se faz com o ácido fólico, para evitar problemas graves no desenvolvimento do feto.

Peixe, marisco e algas

Edward Limbert lembrou que as doenças da tiróide como o hipotiroidismo estão directamente relacionadas com a falta de iodo e que, apesar de serem facilmente detectáveis através de uma análise de urina, são silenciosas. Segundo o especialista, o iodo é fundamental para a produção da hormona tiroideia e está presente nos alimentos que vêm do mar, como peixe, marisco ou algas. “O leite também tem algum teor de iodo, em virtude da alimentação das vacas e a verdade é que nas escolas onde era dado leite às crianças encontrámos valores mais positivos”, salientou Limbert. Sobre as idas à praia, precisou que “a absorção é demasiado baixa para ser suficiente” e sobre o peixe de viveiro recordou que “não serve”.

No que diz respeito à solução para este problema, o médico assegurou que na maioria dos casos a carência pode ser revertida sem se recorrer a suplementos e que bastaria garantir que o sal vendido no supermercado ou utilizado nos restaurantes e cantinas fosse iodado, isto é, enriquecido com iodo. Desta forma, sem ser feito um consumo exagerado de sal conseguiríamos ir buscar este nutriente.

Questionado sobre se a falta de iodo, ao fazer a tiróide funcionar de forma mais lenta, pode aumentar os casos de obesidade infantil, o investigador admite que são necessários mais estudos, mas sublinha que “o hipotiroidismo leva a resistências à insulina e a uma tendência para a obesidade”. Limbert adiantou, também, que a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo está a trabalhar com a Direcção-Geral da Saúde no sentido de se avançar para medidas como as tomadas em Itália, Dinamarca ou Espanha, onde as mulheres que queiram engravidar ou que estão grávidas tomam um suplemento de iodo, ao mesmo tempo que se procede à iodização do sal.

in Público - ler notícia

A trapalhada dos Magalhães vista pela União Europeia


Um governo virtual, a estranha associação desaparecida em combate, um curioso estatuto de utilidade pública e vinte e cinco milhões de euros a voar


Lusitânia: 25 milhões sem rasto

Associação para promover região vai ser extinta e não se sabe onde estão 25 milhões de euros.

O Governo concedeu, em 2009, utilidade pública à Lusitânia, uma associação de municípios e desenvolvimento regional, que gastou mais de 25 milhões em fundos comunitários, públicos e municipais mas que não apresenta contas há cinco anos. A associação existe desde 2002 e vai agora ser extinta. Na prática criou sites na Internet que não funcionam.

São 16 os municípios e organismos públicos dos distritos de Viseu, Guarda e Coimbra que constituíram a Associação de Desenvolvimento Regional Lusitânia, que gastou, de fundos comunitários e públicos, 25 milhões de euros em projectos para a sociedade da informação. A maior parte deles são sites, sem qualquer funcionalidade. Passados oito anos da sua criação, a Lusitânia continua sem apresentar contas e "irá ser extinta", garante o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, que faz parte da direcção. José Morgado adianta que "todas as funções da associação irão ser assumidas pela Comunidade Intermunicipal Dão-Lafões porque a Lusitânia está moribunda".

A última actividade conhecida da Lusitânia foi a Assembleia Geral de Abril de 2006 que aprovou o relatório de contas de 2005 - documento que o DN não conseguiu encontrar - sob a direcção das câmaras de Viseu, Tondela e Penalva do Castelo. O relatório é mencionado em Junho de 2006, numa acta da Câmara de Viseu, mas os órgãos sociais, eleitos por quatro anos, não foram renovados em 2009, aquando das últimas autárquicas, como ditam os estatutos.

As actividades da associação começaram em 2002 quando apresentou o programa Viseu Digital (ver caixa). Em 2005 lançou novo projecto na área da prevenção dos incêndios florestais. Mais 12 milhões de euros de Sistema de Informação para a Prevenção Florestal que não é conhecido de bombeiros ou protecção civil. Um ano depois eram apresentados os museus virtuais de Grão Vasco e de Almeida Moreira, que não se encontram online. Projectos que funcionariam em rede através de 38 pontos de acesso à Internet espalhados pelos 16 municípios. Que não existem. Ainda assim, no mesmo ano, a Lusitânia apresentava mais um projecto, 1,2 milhões para infra-estruturas de banda larga integradas no Viseu Digital. Foi então que soaram os alertas.

Luís Caetano, dirigente do CDS e deputado municipal, avisava que do Viseu Digital "não se vê nada". Passados estes anos, mantém as críticas e alerta para "a falta de transparência em todo este investimento". É que desde 2006 que a associação não apresenta contas dos milhões que gastou apesar de o presidente do conselho fiscal garantir que "até 2008 houve apresentação de contas", mas não se conseguem consultar.

Mesmo com este histórico o Governo concedeu à Lusitânia o estatuto de utilidade pública. No despacho, datado de 2009, a Presidência do Conselho de Ministros exigia a "a alteração dos estatutos para assegurar uma gestão privada". Os estatutos nunca foram alterados, mas, em 2010, a Câmara de Viseu nomeou um novo representante da autarquia na Lusitânia, Ana Paula Santana, com quem o DN não conseguiu falar. Por esclarecer fica ainda o paradeiro de 23 milhões de euros.

in DN - ler notícia

Verdi morreu há 110 anos


Giuseppe Fortunino Francesco Verdi (Roncole, 10 de Outubro de 1813Milão, 27 de Janeiro de 1901) foi um compositor de óperas do período romântico italiano, sendo na época considerado o maior compositor nacionalista da Itália, assim como Richard Wagner era na Alemanha.

Foi um dos compositores mais influentes do século XIX. Suas obras são executadas com frequência em casas de ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do género, alguns de seus temas já estão há muito enraizados na cultura popular - como "La donna è mobile de Rigoletto, "Va, pensiero" (O Coro dos Escravos Hebreus) de Nabucco , "Libiamo ne' lieti calici" (A Canção da Bebida) de La Traviata e o "Grande Março de Aida. Embora sua obra tenha sido algumas vezes criticada por usar de modo geral a expressão musical diatónica em vez de uma cromática e com uma tendência de melodrama, as obras-primas de Verdi dominam o repertório padrão um século e meio depois de suas composições.


quarta-feira, janeiro 26, 2011

Divulgação científica - notícia no CiênciaHoje

Comunicar ciência… de Aveiro a Granada
O Parque de las Ciencias - Andaluzia é um museu interactivo com mais de 70 000 metros quadrados
por Vera Ferreira*

Vera Ferreira, licenciada em Biologia pela Universidade de Aveiro

Sempre gostei de comunicar, mas quando segui pelo caminho das ciências pensei que esse lado ficasse para sempre excluído. Sábia a voz que diz que quando terminamos um curso não significa necessariamente que sigamos esse rumo.

Com a licenciatura em Biologia pela Universidade de Aveiro (UA) quase terminada, tive a oportunidade de fazer algumas disciplinas de mestrado em Biologia Aplicada, também na UA. Embora a área escolhida tenha sido Ecologia, a disciplina de Exposição, Divulgação e Comunicação em Biociências, obrigatória para todos os ramos do mestrado, veio reavivar o desejo de comunicar e ainda melhor: comunicar ciência.

Pela mesma altura decorriam as inscrições para os programas de mobilidade. A última etapa da minha licenciatura é um estágio profissionalizante opcional numa entidade exterior à universidade e nada mais adequado que o sub-programa Erasmus Estágio. A escolha do Parque de las Ciencias, em Granada, Espanha, foi imediata. Não por mim, que nada entendia destas andanças, mas pelo meu orientador, o professor da tal disciplina.

O Parque de las Ciencias oferece um conjunto de actividades educativas a escolas e professores contribuindo para o ensino não-formal da ciência através de ateliês, formação, guias e cadernos didácticos. Foi exactamente no Departamento de Educação e Actividades que fui integrada em Novembro do ano passado para iniciar o meu estágio. O meu compromisso era o de conhecer os espaços museológicos e aprender o máximo sobre as actividades desenvolvidas no Departamento para que numa segunda fase pudesse desenvolver o meu próprio projecto.

A adaptação ao local de trabalho foi rápida. No Parque ninguém se aborrece pois há sempre numerosas coisas a decorrer nas quais podemos participar. A língua não foi entrave mas outros aspectos culturais foram de difícil adaptação, como sair para hora de almoço às três da tarde! Granada não é uma cidade de grandes dimensões. Para quem estudou numa cidade como Aveiro, a transição é simples mas nem pensem em passear pelo centro num feriado. O fluxo de turistas é incrivelmente grande, não fosse a Alhambra, ex-libris citadino, Património da Humanidade.

Passados os primeiros meses começa-se a sentir falta da calçada portuguesa ou de ouvir música e assistir a televisão noutro idioma que não seja o castelhano, mas ao mesmo tempo começamos a admirar a cultura desportiva que leva os granadinos todos os dias aos parques da cidade ou ao fim-de-semana até à Serra Nevada para passear. Ouvir flamenco nas discotecas e na rua é comum e é com grande facilidade que somos atropelados pelas centenas de carrinhos de bebés que existem na cidade espanhola onde se regista um verdadeiro baby boom.

Alhambra a partir de Generalife

Agora, já integrada no desafio que é comunicar ciência tenho que o pôr em prática sem nunca esquecer o meu percurso académico que me faz pensar segundo o método científico. Conseguirá um cientista ser um comunicador de ciência?

O objectivo agora é procurar falhas no percurso ciência-sociedade e dar o meu contributo para que os conteúdos científicos principalmente a investigação actual cheguem facilmente ao grande público. Parece mais simples do que é na realidade. A probabilidade de mutação das “certezas” de um projecto de investigação, em comparação com teorias e conceitos já estabelecidos, é muito maior e os fins que consolidam os resultados finais são muitas vezes longínquos dos objectivos iniciais.

Parque das Ciências
O Parque de las Ciencias - Andaluzia, em Granada, é um museu interactivo com mais de 70 000 metros quadrados de espaços dedicados ao ócio cultural e científico, situado a poucos minutos do centro histórico da cidade. Construído em cinco fases, conjuga pavilhões temáticos com zonas ao ar livre onde a ciência se funde com os espaços verdes. Criado em 1995, foi o primeiro museu interactivo dedicado à ciência nesta região espanhola.

* Licenciatura em Biologia, Universidade de Aveiro, nova colaboradora Ciência Hoje


NOTA: a Vera Ferreira, minha ex-aluna e irmã de uma actual aluna, está de parabéns! De recordar que ela já apareceu aqui no Blog neste post e neste também...

Música caboverdiana para alegrar a malta


NOTA - letra da música e respectiva tradução, roubada daqui:

BIDA DI GOSSI

Ess bida di gossi bira mariado
‘M firfiri sucuru fitcha
Doedjo na tchon cabeça marian
Galo canta ‘m djobé caminho

Qui dia lifanti cansa cu sé denti
Fidjo cabra ca salta rotcha
Po tchiga casa nha Péma
Osso quebrado corpo mangrado
Quem catem cabeça ca ta poi tchapéu
Quem catem dinheiro ca ta gasta tcheu
Quess bida di gossi é sim qué fêto


VIDA DE AGORA

A vida agora tornou-se mofina
A buscar a vida a noite caiu
De joelhos no chão, a cabeça às voltas
O galo cantou procurei o caminho

Quando é que os dentes cansaram ao elefante
O cabrito não saltou na rocha
Eu cheguei à casa da dona Péma
Osso partido corpo gasto
Quem não tem cabeça não põe chapéu
Quem não é rico não deve gastar muito
Porque a vida de agora é assim feita.

Quando ninguém é culpado (ou a culpa é dos anarquistas do costume)





Música dos anos noventa para geopedrados

terça-feira, janeiro 25, 2011

Hoje temos um fado para leitores e geopedrados

A Paleontologia portuguesa está de parabéns!

Fundação de Spielberg premeia paleontólogos lusos

Octávio Mateus, um dos investigadores premiados

A Fundação do Jurássico, criada com os lucros dos filmes da saga "Parque Jurássico", de Steven Spielberg, atribuiu uma bolsa a dois investigadores da Universidade Nova de Lisboa (UNL), que assim vão poder estudar, ainda este ano, uma coleção de achados de dinossauros saurópodes.

Os paleontólogos Octávio Mateus e Emanuel Tschopp, que também integram a equipa do Museu da Lourinhã, pretendem "digitalizar e modelar em três dimensões os pescoços de dinossauros saurópodes", uma forma inovadora de estudar os animais caracterizados pelos enormes pescoços, reporta a agência Lusa.

"A anatomia destes dinossauros evoluiu de forma a permitir crescer enormes pescoços, através da complexidade das suas vértebras, o que lhes dava uma grande resistência sem aumentar significativamente o seu peso", explica Octávio Mateus.

O objetivo do estudo agora financiado pela Fundação do Jurássico é apurar "a classificação real destes dinossauros", cujos fósseis estão alojados no Museu dos Dinossauros de Aathal, perto da cidade suíça de Zurique.

Octávio Mateus foi o primeiro português a ser galardoado pela Fundação do Jurássico, quando há onze anos recebeu um prémio cuja verba investiu nas escavações de vestígios de um dinossauro saurópode, no concelho da Lourinhã. 

segunda-feira, janeiro 24, 2011

O país dos mentirosos, aldrabões e cobardes



Em causa o Cartão do Cidadão
Conselho de Ministros rejeita responsabilidades nas dificuldades em votar

O Ministro da Administração Interna deverá explicar no Parlamento a razão dos problemas ocorridos

A Presidência do Conselho de Ministros (PCM) clarificou que o cartão de cidadão “serve apenas para identificar” e “não possui o número de eleitor” em chip ou sob qualquer outra forma.

Deste modo, segundo o assessor de imprensa da PCM, a responsabilidade dos problemas que se verificaram no domingo, com os eleitores que tiveram dificuldades a votar, não estão relacionadas com o cartão de cidadão, uma vez que é a Direcção Geral da Administração Interna (DGAI) que tem a cargo a gestão do recenseamento.

No entanto, a página oficial do cartão de cidadão na Internet – gerida pela Agência para a Modernização Administrativa que pertence à Presidência do Conselho de Ministros – explica que o cartão de cidadão “agrega e substitui os actuais cartões de contribuinte, de utente do serviço nacional de saúde, de beneficiário da segurança social e de eleitor”. Uma informação que pode ter criado alguma confusão.

Muitos eleitores com cartão de cidadão não se tinham apercebido que lhes tinha sido atribuído novo número de eleitor – devido a alguma alteração efectuada quando fizeram o pedido do cartão - e que por isso votavam numa assembleia de voto diferente do habitual. Esta situação foi agravada pelo bloqueio, durante a tarde, dos serviços tecnológicos da DGAI, que não conseguiram responder aos pedidos dos cidadãos que procuravam saber o seu número de eleitor e local de voto.

Ontem, o PSD e o BE requereram a ida do Ministro da Administração Interna ao Parlamento para explicar o sucedido. Mas esta terça-feira mesmo, o ministro da Administração Interna deverá ser questionado sobre o assunto numa audição parlamentar pedida pelo PCP sobre a detenção de sindicalistas em frente à residência oficial do primeiro-ministro.

in Público - ler notícia

Música para alguém que faz hoje anos...

Música do final dos anos oitenta para geopedrados


Fado - Heróis do Mar

À volta do adro duas ou três casas
Dois bancos vermelhos, ao meio uma cruz
Ali num café ao lado da igreja
Dois homens parados e uma linda luz


Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Às coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe


Se estou convencido que isto é mesmo assim
Que nunca se conta bem o que se vê
E levo comigo já sem aprender
O que os olhos vêem e eu já não sei


Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Às coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe


Ao longe...

ADENDA: faz hoje 70 anos o cantor Neil Diamond - uma música para celebrar a data:

domingo, janeiro 23, 2011

Um sério aviso

(imagem daqui)

As eleições de hoje tiveram uma abstenção recorde em presidenciais - 52,47 por cento (...). O resultado ultrapassa o da reeleição de Jorge Sampaio (50,29%), em 2001. Votos brancos e nulos também atingiram pico histórico.

Da mesma notícia, com dados actualizados:

As eleições também foram marcadas por um elevado número de votos brancos (191.159 votos, 4,26 por cento do total) e nulos (86.543 votos, 1,93 por cento do total). Foi o maior registo de sempre. Em 2006, ambos tinham somado 1,84 por cento e em 2001, dois por cento. O valor máximo anteriormente registado fora em 1991 - dois por cento de votos brancos e um por cento de nulos.

Humor - as trapalhadas do governo, as eleições e a abstenção no 31 da Armada



Hugo Chavez já soube das novidades de Portugal e ligou a José Sócrates a dar-lhe os parabéns pela confusão nestas eleições.

a qualquer momento devo receber o SMS com o meu número de eleitor


Nascemos. O Estado regista o nosso nascimento e dá-nos um número.
Mas não confundir o nascimento com a identidade.
Crescemos. O Estado regista a nossa identidade e dá-nos um número.
Mas não confundir a identidade com a cidadania.
Crescemos mais um pouco. Fazemos 18 anos. O Estado finge que não sabe a nossa idade e manda-nos fazer outro registo. Chama-se recenseamento e é o registo mais estúpido de todos.

NOTA: Há três dias o Instituto Francisco Sá Carneiro parecia que adivinhava o que era óbvio para todos menos para quem manda. Aqui fica o link para a petição “eu voto onde quero”.


A Comissão Nacional de Eleições responsabilizava os cidadãos pela confusão nas mesas de voto. Claro. Deviam-se ter informado. E, já agora, adivinhado que o cartão de cidadão alteraria o número de eleitor. É suposto os cidadãos fazerem o trabalho da Comissão Nacional de Eleições.


O cartão do cidadão não tem o número para exercer a cidadania.


Alegre consegue uma semi-vitória com a incompetência do Governo. A Administração Interna terá de encontrar uma segunda volta, pelo menos para os milhares de eleitores que se viram privados de exercer o seu direito de voto. E já agora pedir desculpa pelo transtorno causado a tantos portugueses. O choque tecnológico do engenheiro está a electrocutar a democracia.


O caos está instalado nas secções de voto por todo o país. Seis anos depois de Sócrates ter chegado ao poder como Primeiro-ministro, a universalidade do sufrágio é colocada em causa.


São quase 16.00 horas. José Magalhães ainda é secretário de Estado?

O governo anarquista da república e as eleições para a presidência da mesma

(imagem daqui)





Música adequada à data

Poema para um estranho dia

 (imagem daqui)

Claro-Escuro


Dia da vida
Noite da morte...
O verso
E o reverso
Da medalha.
E não há desespero que nos valha,
Nem crença,
Nem descrença,
Nem filosofia.
Esta brutalidade, e nada mais:
Sol e sombra - o binómio dos mortais.

Só que o sol vem primeiro,
E a sombra depois...
E à luz do sol é tudo o que sabemos:
Juventude,
Beleza,
Poesia,
E amor
- Amargo fruto que na sepultura,
Em vez de apodrecer, ganha doçura.

in Orfeu Rebelde - Miguel Torga

sábado, janeiro 22, 2011

A Era Vitoriana acabou há 110 anos


Vitória do Reino Unido (Londres, 24 de Maio de 1819East Cowes, 22 de Janeiro de 1901), oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837 até a morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia ao Império Britânico em 1877 conferiu a Vitória o título de Imperadora da Índia.
O reinado de Vitória foi o mais longo, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Este período foi marcado pela revolução Industrial e por grandes mudanças nos níveis económico, político, cultural e social.

Remar, remar



Remar, remar - Xutos & Pontapés

Mares convulsos, ressacas estranhas
Cruzam-te a alma de verde escuro
As ondas que te empurram
Aa vagas que te esmagam
Contra tudo lutas
Contra tudo falhas


Todas as tuas explosões
Redundam em silêncio
Nada me diz


Berras às bestas
Que te sufocam
Em braços viscosos
Cheios de pavor
Esse frio surdo
O frio que te envolve
Nasce na fonte
Na fonte da dor


Remar remar
Forçar a corrente
Ao mar, ao mar
Que mata a gente

Poema para um dia de reflexão


Poemas de um livro destruído

V

Não procures verdade no que sabes
Nem destino procures nos teus gestos
Tudo quanto acontece é solitário
Fora de saber fora das leis
Dentro de um ritmo cego inumerável
Onde nunca foi dito nenhum nome

in No tempo dividido (1954) - Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Há 50 anos a Santa Liberdade ameaçava a paz podre de Salazar

50 anos: Desvio do "Santa Maria"
Os 'piratas' que ameaçaram Salazar

Há 50 anos, estava por horas o assalto e desvio do paquete 'Santa Maria'. Começa na madrugada de 22, com a entrada de vários membros na ponte de comando do navio, e durante vários dias vai concentrar as atenções de todo o mundo para a primeira acção política deste género. Inicia-se um acontecimento que vai marcar o tom da contestação a Salazar, ao regime e à política colonial.

"Em todo o país o acto de pirataria causou indignação e repulsa", era um dos muitos títulos que ocupavam a primeira página do Diário de Notícias de há 50 anos. Durante os dias seguintes, variantes sem fim desse título continuaram a ser destaque na capa do jornal, para explicar o assalto e o desvio do paquete Santa Maria por um comando liderado por Henrique Galvão.

Era o primeiro acontecimento radical, dos muitos que desafiariam Salazar em 1961, ano de sucessivos contratempos políticos para com um regime que se perpetuava e com o qual a maior parte dos portugueses convivia adormecido.

Se foi notícia em Portugal o assalto ao Santa Liberdade, nome com que o comando o rebaptizou após a tomada do navio, a repercussão mundial foi enorme e centenas de jornalistas de todo o planeta viajaram para o Brasil e cobriram o acontecimento. Houve até um que, no desespero de ser o primeiro a contactar os revoltosos, alugou uma avioneta e atirou-se de pára-quedas. Falhou o convés e quase ia sendo devorado pelos tubarões.

Enquanto o desvio prosseguia erraticamente até ser decidido atracar no Recife, a contra-informação em Portugal era gigantesca, mas não suficiente para retirar a dimensão de herói ao capitão que desafiara o ditador português e de o acto ser notícia com interesse planetário.

Camilo Mortágua foi um dos membros do comando de Henrique Galvão, que, aos 29 anos, participou numa das mais extraordinárias aventuras duma vida bastante repleta de actos de rebelião. Poucos meses depois, em Outubro, entraria num avião da TAP e executaria, com Palma Inácio, outro desvio, para sobrevoar Lisboa e outras cidades portuguesas numa distribuição de panfletos contra o regime.

in DN - ler notícia

Um poema dito por Villaret em desenho animado

Tribunais, professores e funcionários públicos: 1 - Sócrates: 0

(imagem daqui)


Uns pagam a crise, outros brincam aos carrinhos

(imagem daqui)

CDS-PP pede explicações sobre aquisição de 2655 viaturas


Humor (só) cretino - que o digam os ruis-pedros, coelhones, varas e afins

(imagem daqui)


Poema dito por aniversariante de hoje

Música dos anos oitenta para geopedrados...


Glória - Sétima Legião

A morte não te há-de matar
Nem sorte haverá de ele viver
Sem amar sem te ter
Sem saber se rezar

Amor oxalá seja amar
Ter prazer sem poder
Nem sequer te tocar

Os deuses não te hão-de levar
Sem que eu der a mão
P'ra ser par
Sermos dois a partir
E depois a voltar

Não vais-me deixar sem o céu
Ser o chão onde vão se deitar os mortais

E a Glória será não esquecer
Memoria de tanto te querer
Sem razão meu amor
Com paixão sem morrer

Talvez ao luar
Possas ver o olhar
Que lembrar fez nascer
Português