Reitor de Baçal, Antigo Vereador da Câmara Municipal de Bragança, Antigo Vogal à Junta Geral do Distrito do mesmo nome, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos, do Instituto de Coimbra, da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Etnológico da Beira, do Instituto Histórico do Minho, Presidente Honorário do Instituto Científico-Literário de Trás os Montes, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de S. Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, em atenção às suas qualidades de escritor reveladas na obra "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", distinguido pelo Clero Bragançano com a oferta dum cálix de valor artístico, com uma pena de ouro e um tinteiro no mesmo metal de alto valor artístico por oferta do Distrito de Bragança em reconhecimento dos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo, pedaço de asno se acredita que estas honrarias douram a sua muita ignorância, e ainda, ultimamente, Diretor-Conservador do Museu Regional de Bragança.
quarta-feira, novembro 13, 2024
O Abade de Baçal morreu há 77 anos...
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Marcadores: Abade de Baçal, Arqueologia, Bragança, etnografia, Igreja Católica, judeus, Museu do Abade de Baçal
sexta-feira, agosto 09, 2024
Francisco Martins Sarmento morreu há 125 anos...
Postado por Fernando Martins às 01:25 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, citânia de Briteiros, Francisco Martins Sarmento
quarta-feira, agosto 07, 2024
A gastronomia neandertal alvo de estudo...
Arqueólogas portuguesas desvendam os segredos da cozinha à la Neandertal
O que é que os Neandertais gostavam de comer? Os arqueólogos que estudam os nossos primos extintos fazem esta pergunta muitas vezes.
Mas descobrir detalhes sobre a dieta dos Neandertais é muito parecido com vasculhar os caixotes do lixo do vizinho - estudando cuidadosamente os ossos e utensílios de abate que usavam, em sítios onde se sabe que estas populações viviam.
Nos últimos anos, diferentes estudos foram apresentando resultados divergentes sobre os hábitos alimentares do Neandertais: em 2014, consumiam mais vegetais do que se pensava; eram pescadores; mas a carne fresca era a base da sua dieta; eram carnívoros, mas odiavam sangue e ossos.
Agora, uma equipa de arqueólogas, incluindo as investigadores portuguesas Marina Igreja e Mariana Nabais, do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, tentaram cozinhar pratos neandertais - para melhor compreender a sua dieta.
A equipa incluiu também Anna Rufà Bonache, investigadora do Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano da Universidade do Algarve.
Os resultados do estudo foram publicados esta quarta-feira na revista Frontiers in Environmental Archaeology.
As autoras testaram métodos de preparação de alimentos que os Neandertais poderiam ter usado para verificarem que vestígios deixariam nos ossos das aves, e como se comparavam com danos causados por processos naturais ou por ação de outros animais.
Durante a experiência, a equipa confrontou-se com dificuldades imprevistas, como utilizar lascas de sílex para cortar carne. A borda das lascas era mais afiada do que as investigadoras pensavam, o que exigiu a sua manipulação com cuidado para fazer cortes precisos sem causar ferimentos nas mãos.
As arqueólogas utilizaram cinco aves selvagens que morreram de causas naturais no Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens, em Gouveia: dois corvos, duas rolas-turcas e um pombo-torcaz, espécies semelhantes às consumidas pelos Neandertais.
A equipa selecionou métodos culinários a partir de provas arqueológicas e dados etnográficos. Todas as aves foram depenadas à mão.
O corvo e uma rola-turca foram esquartejados em cru com uma lasca de sílex e as restantes aves foram assadas sobre brasas e depois desmembradas.
Posteriormente, as arqueólogas limparam e secaram os ossos e examinaram-nos ao microscópio à procura de marcas de cortes, fraturas e queimaduras, tendo analisado a lasca de pedra usada para procurar sinais de desgaste.
Os cortes feitos para extrair a carne das aves cruas não deixaram marcas nos ossos, mas os dirigidos aos tendões criaram marcas semelhantes às dos ossos de aves encontrados em sítios arqueológicos.
Os ossos das aves assadas eram mais quebradiços e quase todos apresentavam queimaduras compatíveis com a exposição ao calor. As manchas negras no interior de alguns ossos sugerem que o conteúdo da cavidade interna também tinha sido queimado.
Segundo o estudo, estes indícios lançam luz sobre como a preparação dos alimentos dos Neandertais pode ter funcionado e quão visível pode ser essa preparação no registo arqueológico.
Embora o acesso à carne seja facilitado quando é assada, a maior fragilidade dos ossos leva a que não sejam encontrados pelos arqueólogos durante as escavações.
As autoras do trabalho ressalvam que a investigação feita deve ser aprofundada com estudos que incluam mais espécies de presas pequenas, para se compreender melhor o regime alimentar dos Neandertais.
Estes hominídeos, sobreviviam à custa da caça e da recolha de vegetais e frutos, e dominavam o fogo. Surgiram há cerca de 230 mil anos e extinguiram-se há quase 30 mil anos, por razões ainda desconhecidas - há quem diga que pelo frio, ou genocídio, ou mera má sorte.
in ZAP
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Marcadores: Arqueologia, gastronomia, neandertais
domingo, julho 21, 2024
Mais uma descoberta arqueológica espantosa no Alentejo...
Postado por Pedro Luna às 14:23 0 bocas
Marcadores: Alentejo, Arqueologia, Serpa
domingo, julho 07, 2024
Leite de Vasconcelos nasceu há 166 anos
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de Vasconcellos (Ucanha, 7 de julho de 1858 – Lisboa, 17 de maio de 1941), foi um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português.
Biografia
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo nasceu no seio de uma família aristocrata na aldeia vinhateira de Ucanha do concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Era filho de José Leite Cardoso Pereira de Melo e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcellos Pereira de Melo.
A infância e a adolescência foram passadas num meio rural rico em testemunhos históricos, que desde cedo despertaram o seu interesse pela observação das tradições e dos costumes locais, anotando as suas experiências em pequenos cadernos. Deixou a Beira aos 18 anos para trabalhar no Porto, num liceu e num colégio, assim ajudando ao sustento da família e assegurando os seus estudos no Colégio de São Carlos e, mais tarde, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Durante o curso de Medicina escreveu uma das suas primeiras obras - Tradições Populares Portuguesas - e editou o opúsculo Portugal Pré-Histórico (1885). Ao concluir o curso e após defesa da tese, A Evolução da Linguagem: Ensaio Antropológico (1886), recebeu o Prémio Macedo Pinto, destinado ao aluno mais brilhante. Assumiu, então, as funções de subdelegado de saúde do Cadaval, onde tinha família, durante seis meses. No entanto, dois anos mais tarde, depois de ter exercido funções de subdelegado de saúde, médico municipal e presidente da Junta Escolar do Cadaval, decide abandonar a carreira médica e dedicar-se ao estudo das suas ciências prediletas: Linguística, Arqueologia e Etnologia.
Prossegue os seus estudos em Paris, tirando um curso de Filologia na Universidade de Paris, no qual defendeu a tese Esquisse d'une dialectologie portugaise (1901), o primeiro importante compêndio diatópico do português (depois continuado e melhorado por Manuel de Paiva Boléo e Luís Lindley Cintra), que foi classificada com a menção de "très honorable". Por essa altura, encetou relações sólidas com figuras de prestígio e desenvolveu pesquisas em obras raras de bibliotecas estrangeiras. Na Biblioteca de Leiden descobriu A canção de Sancta Fides de Agen, manuscrito medieval que publicou em 1902. Na Biblioteca Palatina de Viena identificou o Livro de Esopo, que editou em 1906.
Fez inúmeras viagens em Portugal, visitou vários países europeus e deslocou-se ao Egito para participar no Congresso do Cairo de 1909, no qual presidiu à secção de Arqueologia Pré-Histórica. Estas digressões permitiram-lhe recolher material para o museu e criar laços de amizade com colegas portugueses e estrangeiros. Em 1911 é integrado no corpo docente da recém-criada Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leciona Filologia Clássica, Filologia Românica, Arqueologia e Epigrafia. Em 1914 solicitou a Bernardino Machado que lhe fosse atribuída a categoria de professor titular de Arqueologia.
Em 1929 aposenta-se. Em sua homenagem, o Museu Etnológico passou a ter o seu nome, tendo Leite de Vasconcellos recebido o título de diretor honorário. A partir dessa altura dedica-se à escrita, na qual se salienta o projeto Etnografia Portuguesa publicado em vários volumes pela Imprensa Nacional. Foi agraciado com diversas distinções, como a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (1930), a Comenda da Legião de Honra (1930) de França e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1937), a que se juntaram muitas outras, alcançadas ao longo da sua carreira, como a de correspondente do Instituto de França (1920). Foi autor, também, de poesia e do maior epistolário português (24.289 cartas de 3.727 correspondentes, editadas em 1999), produto da imensa rede de contactos que estabeleceu ao longo da vida.
Além de fundador das revistas O Arqueólogo Português e Revista Lusitana, foi também um dos criadores da revista O Pantheon (1880-1881) e teve diversas colaborações em publicações periódicas, nomeadamente: A Mulher (1879), Era Nova (1880-1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), A Imprensa (1885-1891), Branco e Negro (1896-1898), Atlântida (1915-1920), Lusitânia (1924-1927), Ilustração (1926-1939), Feira da Ladra (1929-1943), Boletim cultural e estatístico (1937) e Revista de Arqueologia (1932-1938).
Faleceu a 17 de maio de 1941, na sua residência, o número 40 da Rua Dom Carlos de Mascarenhas, freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, aos 82 anos de idade, vítima de broncopneumonia, sem nunca ter casado ou ter tido filhos. Deixou em testamento ao Museu Nacional de Arqueologia parte do seu espólio científico e literário, incluindo uma biblioteca com cerca de oito mil títulos, para além de manuscritos, correspondência, gravuras e fotografias. Encontra-se sepultado em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres.
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Marcadores: Arqueologia, etnografia, filologia, Leite de Vasconcelos, Museu Nacional de Arqueologia
terça-feira, junho 18, 2024
Mário Saa nasceu há cento e trinta e um anos...
- Evangelho de S. Vito (1917)
- Portugal Cristão-Novo ou os Judeus na República (1921)
- Poemas Heróicos / Simão Vaz de Camões; Pref. de Mário Saa (1921)
- Camões no Maranhão (1922)
- Táboa Genealógica da Varonia Vaz de Camões (1924)
- A Invasão dos Judeus (1925)
- A Explicação do Homem: Através de uma auto explicação em 207 táboas filosóficas (1928)
- Origens do Bairro-Alto de Lisboa: Verdadeira notícia (1929)
- Nós, Os Hespanhóis (1930)
- Proclamações à Pátria: Uma Aliança Luso-Catalã (?)
- Proclamações à Pátria: Até ao Mar Cantábrico (1931)
- Erridânia: A Geografia Mais Antiga do Ocidente (1936)
- As Memórias Astrológicas de Camões e o Nascimento do Poeta em 23 de Janeiro de 1524 (1940)
- As Grandes Vias da Lusitânia: O Itinerário de Antonino Pio (6 T.; 1957-1967)
- Poesia e alguma prosa - Organização, introdução e notas de João Rui de Sousa, INCM, (2006)
Xácara das Mulheres Amadas
Quem muitas mulheres tiver,
em vez de uma amada esposa,
mais se afirma e se repousa
pera amar sua mulher;
Quem isto não entender...
em cousas d'amor não ousa,
em cousas d'amor não quer!
Quantas mais, mais se descansa,
mais a gente serve a todas;
quantas mais forem as bodas,
quantos mais os pares da dança,
menos a dança nos cansa
O gosto d'andar nas rodas.
Que quantas mais, mais detido
a cada uma per si;
nem cansa tanto o que vi,
nem fica o gosto partido;
ao contrário, é acrescido
a cada uma per si!
No paladar de mudar
mais se sente o gosto agudo:
que amar nada ou amar tudo
é estar pronto a muito amar;
o enjoo vem de não estar
a par do nada e do tudo.
Mais facilmente se chega
pera muitas que pera uma;
e a razão é porque, em suma,
se esta razão me não cega,
quem quer que muitas adrega
é como tendo...nenhuma!
Com muitas, descanso vem,
faz o desejo acrescido:
que é o mais apetecido
aquilo que se não tem;
e o apetite é o bem;
e em saciá-lo é perdido.
Também a mulher que tem
seu marido repartido
é mais gostosa do bem
que advém de seu marido!
Tão gostosa e recolhida,
tão pronta e tão conformada,
quanto o gosto é não ter nada;
porque o gosto é ser servida
e não o estar contentada.
O gosto é coisa corrente,
e quem o tem já não sente
o gosto dessa corrida,
que tê-lo, é cousa ... jazente...
que tê-lo , é cousa... perdida!
Ora, pois, nesta jornada
não vi nada mais de amar
que ter muito por chegar
e cousa alguma chegada;
não vi nada mais de ter...
que ter muito que perder...
e cousa alguma ganhada!
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Marcadores: Arqueologia, Esoterismo, Fernando Pessoa, Geografia, judeus, Mário Saa, Orpheu, poesia, Presença
domingo, maio 19, 2024
Lawrence da Arábia morreu há 89 anos
As circunstâncias do acidente levaram Hugh Cairns, neurologista que atendeu Lawrence, a realizar um estudo sobre a adoção de capacete motociclístico por civis e militares, concluindo que a prática poderia diminuir drasticamente o número de fatalidades causadas por traumatismo craniano. A morte de Lawrence e o subsequente trabalho de Cairns contribuiu largamente para a adoção de capacetes entre motociclistas, trabalhadores e desportistas em todo o mundo.
Postado por Fernando Martins às 08:09 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, espionagem, I Grande Guerra, Lawrence da Arábia, Revolta Árabe de 1916/18, SM
sexta-feira, maio 17, 2024
Leite de Vasconcellos morreu há 83 anos...
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de Vasconcellos (Ucanha, 7 de julho de 1858 – Lisboa, 17 de maio de 1941), foi um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português.
Biografia
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo nasceu no seio de uma família aristocrata na aldeia vinhateira de Ucanha, do concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Era filho de José Leite Cardoso Pereira de Melo e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcellos Pereira de Melo.
A infância e a adolescência foram passadas num meio rural rico em testemunhos históricos, que desde cedo despertaram o seu interesse pela observação das tradições e dos costumes locais, anotando as suas experiências em pequenos cadernos. Deixou a Beira aos 18 anos para trabalhar no Porto, num liceu e num colégio, assim ajudando ao sustento da família e assegurando os seus estudos no Colégio de São Carlos e, mais tarde, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Durante o curso de Medicina escreveu uma das suas primeiras obras - Tradições Populares Portuguesas - e editou o opúsculo Portugal Pré-Histórico (1885). Ao concluir o curso e após defesa da tese A Evolução da Linguagem: Ensaio Antropológico (1886), recebeu o Prémio Macedo Pinto, destinado ao aluno mais brilhante. Assumiu, então, as funções de subdelegado de saúde do Cadaval, onde tinha família, durante seis meses. No entanto, dois anos mais tarde, depois de ter exercido funções de subdelegado de saúde, médico municipal e presidente da Junta Escolar do Cadaval, decide abandonar a carreira médica e dedicar-se ao estudo das suas ciências prediletas: Linguística, Arqueologia e Etnologia.
Prossegue os seus estudos em Paris, tirando um curso de Filologia na Universidade de Paris, no qual defendeu a tese Esquisse d'une dialectologie portugaise (1901), o primeiro importante compêndio diatópico do português (depois continuado e melhorado por Manuel de Paiva Boléo e Luís Lindley Cintra), que foi classificada com a menção de "très honorable". Por essa altura, encetou relações sólidas com figuras de prestígio e desenvolveu pesquisas em obras raras de bibliotecas estrangeiras. Na Biblioteca de Leiden descobriu A canção de Sancta Fides de Agen, manuscrito medieval que publicou em 1902. Na Biblioteca Palatina de Viena identificou o Livro de Esopo, que editou em 1906.
Fez inúmeras viagens em Portugal, visitou vários países europeus e deslocou-se ao Egito para participar no Congresso do Cairo de 1909, no qual presidiu à secção de Arqueologia Pré-Histórica. Estas digressões permitiram-lhe recolher material para o museu e criar laços de amizade com colegas portugueses e estrangeiros. Em 1911 é integrado no corpo docente da recém-criada Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leciona Filologia Clássica, Filologia Românica, Arqueologia e Epigrafia. Em 1914 solicitou a Bernardino Machado que lhe fosse atribuída a categoria de professor titular de Arqueologia.
Em 1929 aposenta-se. Em sua homenagem, o Museu Etnológico passou a ter o seu nome, tendo Leite de Vasconcellos recebido o título de diretor honorário. A partir dessa altura dedica-se à escrita, na qual se salienta o projeto Etnografia Portuguesa publicado em vários volumes pela Imprensa Nacional. Foi agraciado com diversas distinções, como a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (1930), a Comenda da Legião de Honra (1930) de França e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1937), a que se juntaram muitas outras, alcançadas ao longo da sua carreira, como a de correspondente do Instituto de França (1920). Foi autor, também, de poesia e do maior epistolário português (24.289 cartas de 3727 correspondentes, editadas em 1999), produto da imensa rede de contactos que estabeleceu ao longo da vida.
Além de fundador das revistas O Arqueólogo Português e Revista Lusitana, foi também um dos criadores da revista O Pantheon (1880-1881) e teve diversas colaborações em publicações periódicas, nomeadamente: A Mulher (1879), Era Nova (1880-1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), A Imprensa (1885-1891), Branco e Negro (1896-1898), Atlântida (1915-1920), Lusitânia (1924-1927), Ilustração (1926-1939), Feira da Ladra (1929-1943), Boletim cultural e estatístico (1937) e Revista de Arqueologia (1932-1938).
Faleceu a 17 de maio de 1941, na sua residência, o número 40 da Rua Dom Carlos de Mascarenhas, freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, aos 82 anos de idade, vítima de broncopneumonia, sem nunca ter casado ou ter tido filhos. Deixou em testamento ao Museu Nacional de Arqueologia parte do seu espólio científico e literário, incluindo uma biblioteca com cerca de oito mil títulos, para além de manuscritos, correspondência, gravuras e fotografias. Encontra-se sepultado em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres.
O seu nome faz parte da toponímia de: Amadora (Alfragide e Brandoa), Barrancos, Barreiro (Alto do Seixalinho), Bragança (Sé), Cadaval, Caminha (Vila Praia de Âncora), Cascais (Estoril), Coimbra (Eiras), Felgueiras (Margaride), Lisboa (São Vicente de Fora), Matosinhos (Leça do Balio), Miranda do Douro, Oeiras (Paço de Arcos), Ovar, Paredes (Castelões de Cepeda, Madalena e Mouriz), Portalegre (Sé), São Brás de Alportel, Seixal (Amora e Fernão Ferro), Setúbal (São Sebastião), Tarouca, Tavira (Cabanas de Tavira), Trofa (Bougado) e Vila Nova de Famalicão (Calendário).
Postado por Fernando Martins às 08:30 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, etnografia, filologia, Leite de Vasconcellos
sábado, maio 04, 2024
Notícia interessante sobre arqueologia na Amazónia...
Cidades “anteriores a Cristo” descobertas na Amazónia - são as maiores e mais antigas já encontradas
Uma investigação, cujos resultados foram publicados esta quinta-feira na revista Science, revelou as maiores e mais antigas cidades alguma vez encontradas na floresta da Amazónia.
“Os assentamentos são muito maiores do que outros na Amazónia”, nota o líder da investigação Stéphen Rostain, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, citado pela New Scientist.
As cidades em causa - que terão existido entre 3.000 e 1.500 anos atrás - sugerem a existência de uma população amazónica pré-colombiana que podia chegar aos oito milhões de habitantes.
A equipa de investigação tem estudado sítios arqueológicos no vale de Upano no Equador desde a década de 90.
Mas foi uma pesquisa aérea feita em 2015 que sugeriu a existência de mais de 6000 plataformas terrestres elevadas numa área de 300 quilómetros quadrados.
Nas tais “estruturas de assentamento sofisticadas” incluíam-se casas e grandes edifícios cerimoniais, rodeados por pequenos canais e campos com evidências de cultivo de milho, feijão, mandioca e batatas-doces.
Além disso, a pesquisa descobriu uma rede de estradas que, em alguns casos, se estendiam por mais de 25 quilómetros.
A equipa encontrou camadas de cinza vulcânica, apontando possíveis erupções como razão para o abandono.
A Amazónia não mesmo é uma região imaculada. Em outubro, outra investigação - também publicada na Science - apontou para a existência de mais de 10.000 lugares arqueológicos, debaixo da flora amazónica.
Os investigadores estimaram que poderão, naquela região, poderão existir ainda entre 10.272 e 23.648 “obras” por descobrir.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 20:37 0 bocas
Marcadores: Amazónia, Arqueologia, Equador, vulcanismo
terça-feira, abril 09, 2024
O Abade de Baçal nasceu há 159 anos...
Francisco Manuel Alves, mais conhecido como Abade de Baçal, (Baçal, 9 de abril de 1865 - Baçal, 13 de novembro de 1947) foi um arqueólogo, historiador e genealogista português.
Reitor de Baçal, Antigo Vereador da Câmara Municipal de Bragança, Antigo Vogal à Junta Geral do Distrito do mesmo nome, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos, do Instituto de Coimbra, da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Etnológico da Beira, do Instituto Histórico do Minho, Presidente Honorário do Instituto Científico-Literário de Trás os Montes, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de S. Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, em atenção às suas qualidades de escritor reveladas na obra "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", distinguido pelo Clero Bragançano com a oferta dum cálix de valor artístico, com uma pena de ouro e um tinteiro no mesmo metal de alto valor artístico por oferta do Distrito de Bragança em reconhecimento dos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo, pedaço de asno se acredita que estas honrarias douram a sua muita ignorância, e ainda, ultimamente, Diretor-Conservador do Museu Regional de Bragança.
Postado por Fernando Martins às 01:59 0 bocas
Marcadores: Abade de Baçal, Arqueologia, Bragança, genealogia, História, Igreja Católica, judeus, Museu Abade de Baçal
sexta-feira, abril 05, 2024
O quinto Conde de Carnarvon morreu há cento e um anos...
George Edward Stanhope Molyneux Herbert, 5th Earl of Carnarvon (Mayfair, London, 26 June 1866 – Cairo, 5 April 1923), styled Lord Porchester until 1890, was an English aristocrat best known as the financial backer of the search for and the excavation of Tutankhamun's tomb in the Valley of the Kings.
Exceedingly wealthy, Carnarvon was at first best known as an owner of
racehorses and a reckless driver of early automobiles, suffering in 1901
a serious motoring accident near Bad Schwalbach in Germany which left him significantly disabled. In 1902, he established Highclere Stud to breed thoroughbred racehorses. In 1905, he was appointed one of the Stewards at the new Newbury Racecourse. His family has maintained the connection ever since. His grandson, the 7th Earl, was racing manager to Queen Elizabeth II from 1969, and one of Her Majesty's closest friends.
- Henry George Herbert, 6th Earl of Carnarvon (1898–1987), who married Anne Catherine Tredick Wendell and had issue.
- Lady Evelyn Leonora Almina Herbert (15 August 1901-1980), who married Sir Brograve Beauchamp, 2nd Baronet and had issue.
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Marcadores: Arqueologia, Egipto, egiptologia, faraó, Lord Carnarvon, maldição, Tutankhamon
sábado, março 16, 2024
Os humanos fabricavam cordas no Paleolítico superior...
Varinha mágica intrigou cientistas durante décadas. A sua função foi agora descoberta
Um novo estudo fornece uma explicação plausível para a finalidade de um misterioso artefacto da Idade do Gelo, que anteriormente se especulava que poderia ter sido usado como uma “varinha mágica” ou um símbolo de poder do oculto.
Descoberto na caverna de Hohle Fels, no sudoeste da Alemanha, o artefacto, feito de marfim de mamute e datado de há 40.000 anos atrás, intriga cientistas há décadas.
Os arqueólogos consideraram inicialmente que se trataria de uma “varinha mágica” para uso em rituais religiosos, um cetro ou até mesmo um instrumento musical devido à sua forma pontiaguda e buracos perfurados.
Mas a verdadeira função do artefacto acaba agora de ser finalmente revelada, após um estudo conduzido por Nicholas Conard, investigador da Universidade de Tübingen, na Alemanha, e Veerle Rots, da Universidade de Liège, na Bélgica.
Segundo os autores do estudo, publicado no fim de janeiro na revista Science Advances, o artefacto não era um instrumento de feitiçaria - seria na realidade uma ferramenta prática para fazer cordas - um objeto essencial na vida dos humanos do Paleolítico.
Dada a natureza perecível de materiais como fibras de plantas, as evidências para o fabrico de cordas na era Paleolítica têm sido escassas.
No entanto, o estado bem preservado deste artefacto, juntamente com fibras de plantas encontradas no local, apoiou a hipótese de que seria uma ferramenta para a criação de cordas.
A importância da corda na Idade da Pedra, para tarefas que vão desde a segurança de armas até a confeção de roupas, implica a existência de tecnologia para produzi-la eficientemente.
Para validar a sua hipótese, Conard e Rots criaram uma réplica do artefacto e realizaram experiências com vários materiais, incluindo tendões de veado, cânhamo, linho e urtigas.
Os investigadores descobriram que as fibras de junco, tília e salgueiro produziram os melhores resultados, possibilitando a criação de cordas duráveis e flexíveis.
Através dos seus testes, os investigadores demonstraram que o artefacto poderia realmente facilitar a criação de cordões mais grossos, aumentando a eficiência da produção das cordas paleolíticas.
Embora replicar o uso do artefacto não prove conclusivamente o seu propósito original, a combinação de análise microscópica das ranhuras do artefacto e a presença de fibras de plantas no local fornecem evidências convincentes que suportam a teoria da fabricação de cordas.
“Esta ferramenta responde a uma questão que intrigava os cientistas há décadas: como é que se faziam cordas no Paleolítico“, explica Veerle Rots, citado pelo Science Alert.
Dois mistérios resolvidos com um só estudo?
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Marcadores: Arqueologia, cordas, Paleolítico
sábado, março 09, 2024
O arqueólogo Francisco Martins Sarmento nasceu há 191 anos
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Marcadores: Arqueologia, citânia de Briteiros, Francisco Martins Sarmento
segunda-feira, março 04, 2024
Champollion morreu há 192 anos...
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Marcadores: Arqueologia, Champollion, Egipto, egiptologia, França, hieróglifos egípcios, Pedra de Roseta
domingo, março 03, 2024
Novidades geológicas sobre o mais famoso henge...
A pedra do altar de Stonehenge não veio de onde pensávamos
O mistério em torno de Stonehenge aprofundou-se ainda mais graças a um novo estudo sobre a Pedra do Altar, que desafia as crenças sobre a sua origem.
Contrariamente às anteriores suposições de que a Pedra do Altar partilhava a sua origem com as outras pedras do círculo interior de Stonehenge, o estudo sugere que pode ter vindo de um local ainda mais distante.
Acredita-se que Stonehenge, situado em Wiltshire, no sudoeste de Inglaterra, tenha sido construído ao longo de milénios, com a fase inicial a datar de há cerca de 5.000 anos.
Esta fase envolveu a colocação de 56 pedras, que notavelmente têm a sua origem na região de Mynydd Preseli, no País de Gales, aproximadamente 225 quilómetros a oeste de Stonehenge. Este transporte de longa distância está entre os mais extensos conhecidos desde a origem até à construção do monumento a nível mundial.
A Pedra do Altar, a maior das pedras, tinha sido anteriormente considerada parte do grupo das pedras. No entanto, utilizando técnicas avançadas, os investigadores descobriram que a composição mineral da Pedra do Altar não se alinhava com o Old Red Sandstone (ORS) típico da Bacia Anglo-Welsh, explica o IFLScience.
Como resultado, a Pedra do Altar já não se enquadra na classificação convencional de pedras provenientes de Mynydd Preseli. Os resultados da nova investigação foram recentemente publicados na revista Journal of Archaeological Science: Reports.
A análise revelou concentrações significativamente mais elevadas de baritina, um mineral que contém sulfato de bário, na Pedra do Altar em comparação com o ORS galês. Esta descoberta levou os investigadores a explorar fontes alternativas de arenito no Reino Unido.
Os depósitos em Cumbria, no norte de Inglaterra, e nas ilhas escocesas de Orkney e Shetland surgiram como potenciais candidatos à origem da Pedra do Altar.
O que torna estas regiões particularmente intrigantes é a presença de monumentos neolíticos, o que implica que as comunidades locais podem ter extraído a pedra para fins rituais. Além disso, há indícios de que Stonehenge tinha ligações com regiões tão distantes como a Escócia, que remontam a cerca de 2500 a.C., durante a segunda fase de construção do monumento.
O estudo propõe que a Pedra do Altar possa ter sido transportada para Stonehenge durante este período posterior, muito depois da colocação inicial das pedras. No entanto, são necessárias mais análises, realça ainda o IFLScience.
Postado por Fernando Martins às 15:02 0 bocas
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